Os Videntes

Os Videntes Libba Bray




Resenhas - Os Videntes


42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Halloween 24/07/2013

Precisava pelo menos dizer que amei esse livro!!!!
OS VIDENTES

LIBBA BRAY
EDITORA ID

Os Videntes foi uma grande surpresa, pois eu não sabia que o enredo acontecia na Década de 20, uma época linda, glamorosa que me conquistou sem dúvida nenhuma (Queria ter nascido nessa época e é claro morar em NY)! O estudo feito pela linda da Libba Bray me deixou de boca aberta, gente essa mulher é fodastica.

Bom basicamente o livro aborda algo maligno que acabou sendo despertado e que ameaça a terra, e existem algumas pessoas que terão o dever de “lutar” contra esse mal, simples não é? Só que não é! Apesar de não ser uma década muito antiga, ainda assim, nem se equiparava com nossa tecnologia atual, tudo era meio a vapor e a eletricidade ainda era novidade, então os protagonistas dessa trama tinham de utilizar muito mais o cérebro do que músculos pra vencer.

O enredo aborta magia negra, assassinato e sobrenatural de uma maneira que eu nunca vi em outro YA, com vários momentos que eu fiquei preso na cadeira porque eu realmente precisava saber o que ia acontecer em determinado capítulo, ou se a vitima conseguiria escapar.

O livro se passa por vários pontos de vista, mas são tipo muitos mesmo, Inclusive das vítimas do vilão da estória, o que me causou extrema angustia porque embora eu soubesse que a pessoa não iria sobreviver eu torcia pela vida dela... Angustiante!!
Dentre os muitos personagens Evie se destaca mais, ela é minha preferida, impulsiva, fútil, egoísta, e curiosa além de corajosa também, um personagem com defeitos e qualidades totalmente humanos, ela é a chave para todo enredo, temos Memphis que não simpatizei muito, por ser muito medroso, a poderosa Theta e o carismático Henry, essa dupla é demais! Tem muitos mais personagens que prefiro que quem tiver curiosidade de ler, conheça pessoalmente.

A leitura é extremamente rápida, praticamente devorei o livro, e li suas 600 páginas em três dias, com um thriller eletrizante e um final tipo... ”O-QUE-É-ISSO... apenas o começo?” ao terminar a leitura minha boca formou um grande O de surpresa, e a ressaca literária desse livro eu tenho até hoje, vez ou outra ainda me vejo pensando no quanto essa estória foi boa e que vontade de ler de novo e de novo! Não fica a dúvida que eu recomendo a leitura muito mesmo.

Obs: infelizmente esse livro é um lançamento tanto aqui quanto no exterior então sua continuação provavelmente só saíra no próximo ano. Mas se você e como eu e não aguentar esperar pode reviver a estória visitando o site do livro, que consta musica da época algumas citadas no livro e pesquisas da autora, além é claro de fotos baseadas nos personagens!!!
P
Adriano 20/10/2013minha estante
Oi amigo,
Adorei sua resenha! Excelente :)
Você poderia me passar esse site que tu menciona no finalzinho de sua resenha?!
Ficarei no aguardo!
excelente domingo


Halloween 20/10/2013minha estante
Olá amigo.

obrigado pelo elogio!!

o site é : http://www.thedivinersseries.com/
recentemente foi divulgado a continuação em inglês que será Lair of Dreamns e esta previsto para Maio de 2014, só esperar no Brasil agora né.
Até mais!!


Adriano 06/11/2013minha estante
Imagina *-*

Adorei o site!
haha, é torcer pra ser lançado logo aqui no Brasil!

Abração
Sucesso


Cláudia 06/01/2017minha estante
undefined




Taylor 03/01/2014

Entediante...
Como começar?
Comprei este livro na Bienal de 2013 porque me senti altamente atraída pelo tema "sobrenatural" que a autora prometeu - e que cumpriu com maestria -. Mas vamos aos pontos mais fortes:
...
O livro é narrado em 3º pessoa. O que pode ter salvado a história toda! Porque se todas aquelas aterrorizantes 600 páginas fossem do ponto de vista da Srta. Evie, eu asseguro que jogaria o livro pela janela antes da página 100!
Por quê? Bem, Evie é fútil, teimosa e só pensa em si mesma (todas as características que mais odeio em uma personagem só!) então posso dizer que ela me irritou MUITO durante a leitura.
Mas e os outros personagens?
Ora, vejamos... Temos Theta! Uma das melhores personagens em minha opinião! Apeguei-me bastante a ela e confesso que senti sua falta nas páginas finais... Ela é aquele tipo de pessoa fechada, que não sai fazendo qualquer tipo de basteira por aí (ou seja, o oposto de Evie). Sem falar que o passado dela me comoveu! Achei sua história uma das mais fascinantes!
Quem mais? Temos o lindo e sedutor Sam! Atrevo-me a dizer que ele foi o personagem masculino que mais me agradou em toda a história. E confesso que torcia para ele ser o interesse amoroso de Evie.
Além dele temos Jericó. Que é um chato! Acho que foi um dos personagens que mais me desagradou durante toda a leitura (sem falar do Tio de Evie, o tal Will). Enfim, desde o início da história a autora faz questão de demonstrar que ele nutre um interesse meio louco por Evie (acho que Libba está levando muito a sério essa história de que "os opostos se atraem").
E para finalizar temos Memphis. Que é um personagem bastante interessante... Acho que a autora poderia desenvolver melhor o lado dele da história (já que a narrativa dele é menos insuportável que a da Evie).
...
Mas em relação aos assassinatos? Bem, se você busca algo assustador e de dar arrepios na madrugada, esse é um livro adequadíssimo!
A autora narra as cenas antes dos assassinatos, dando um toque de terror que salvou a narrativa! Estamos falando de um vilão muito interessante e que foi a chave para eu não largar a leitura. (Mesmo o seu final sendo totalmente clichê e brochante...).
...
E para finalizar, afirmo que as 600 páginas poderiam ter sido BEM reduzidas, já que na maioria das vezes eu os via narrando um monte de coisas sem importância. Confesso que pulei vários parágrafos totalmente desnecessários para o enredo como, por exemplo:
O cachorro do vizinho latia em agonia. Será que estava com dor de barriga? Ou será que estava sofrendo pela solidão?
Obs.: Esse trecho acima NÃO estava presente no livro.
...
E só mais uma observação: Libba Bray, você é muito boa para escrever mistérios e até mesmo terror, mas não escreva romance ou eu serei obrigada a parar de ler seus livros!
E com essas palavras, termino esta resenha.
Mille baisers e boa sorte para quem resolver ler...
Beth 29/04/2016minha estante
É literatura juvenil. Comprei enganada.


Tainã Almeida 29/12/2018minha estante
é porque tem continuidade ,aqui no brasil que não lançaram




Bea de Brida 01/10/2022

tortura medieval
só deus sabe oq eu passei pra terminar esse livro. não tem um personagem cativante e demora 50 anos pra qualquer coisa acontecer. o tanto de descrição é de matar. enfim, ambientação bacana e tals
Pattr_ 01/10/2022minha estante
acho que deve rolar uma metáfora do tipo "vou fazer o leitor prever que vai se irritar pra terminar o livro" por isso o título 'os videntes'


Bea de Brida 01/10/2022minha estante
total KKKKK




Evilania.Fagundes 19/08/2016

Fantástico!!!
Então, a história acontece na década de 20. Evie O'Neill, nossa personagem principal, é uma jovem impetuosa e que ama contrariar e desafiar a alta sociedade de Ohio, por isso é despachada, literalmente, para viver com seu tio em Nova York. O problema é que, para Evie, seu tio é entediante e leva uma vida sem a menor graça como curador do Museu do Folclore Americano, Superstição e Ocultismo, também conhecido como "O Museu dos Insetos Rastejantes".
O que Evie não sabe é que essa mudança de cidade trará emoção, adrenalina e perigos que ela jamais imaginou... vai descobrir que seu tio não é tão entediante assim e que ela não é a única que esconde segredos...
Bom, a saga de Evie e seus amigos tem continuação, porém a editora que publicou o livro no Brasil infelizmente fechou as portas e temos apenas a opção de importar a versão em inglês. Mas garanto que vale muito a pena ler esse livro.

site: ocafelifetime.wordpress.com
Tainã Almeida 21/12/2018minha estante
olá , eu pedi a editora alfaguara que lançassem os livros restantes da trilogia aqui no país. se puder dar uma forcinha https://www.facebook.com/editora.alfaguara/posts/2052495271473314?comment_id=2067771739945667&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R%22%7D




Carolina 11/01/2018

Uma obra de arte!
Uau! Vocês PRECISAM ler esse livro! Preciso "espalhar a palavra" imediatamente! E esse livro precisa virar um filme! URGENTE!

Esse livro é muito diferente! É uma obra de arte! Primeiro, ele se passa em 1926. Acho que nunca li um livro nessa época. Mas antes de continuar babando, vou dar a sinopse.

A história começa em uma festa na casa de uma pessoa. Uma festa cheia de jovens bêbados (apesar da proibição de bebidas alcoolicas da época) e entediados. A anfitriã então se lembra de uma antiguidade que ela havia comprado: um tabuleiro ouija (sim, uma ideia bem estúpida). No meio da brincadeira, os participantes não percebem que libertam um espírito terrível.

Nossa protagonista se chama Evie O’Neil e, apesar de morar na pacata Ohio, ela não tem nada de pacata. Evie gosta de festas, de beijar rapazes, de se divertir e ser uma garota moderna. E ela tem um segredo. Se ela segurar o objeto de alguém e se concentrar, ela consegue revelar segredos sobre essa pessoa. E é fazendo isso em uma festa que ela se mete em confusão e é enviada por seus pais para morar com seu tio em Nova York.

Seu tio Will é o curador do Museu Norte-americano de Folclore, Superstição e Ocultismo, também conhecido como Museu dos Insetos Rastejantes. Em meio ao glamour da cidade grande, Evie se vê diante a uma série de assassinatos ligados ao ocultismo, enquanto seu tio ajuda em uma investigação policial.

Esse livro é uma viagem a essa época. É um livro que possui muitos personagens e, portanto, a narrativa não se foca apenas em Evie. Temos outros personagens importantes para observar (e todos eles são maravilhosos e complexos). Você é convidado a andar pelos bairros de Nova York dos anos 20, ver como as pessoas se comportavam, observar a modernidade chegar e, ao mesmo tempo, o preconceito que ainda estava muito enraizado. Dá para perceber que a autora fez um grande trabalho de pesquisa.

Além disso, essa é uma hgistória assustadora. Os assassinatos são extremamente violentos e a atmosfera é bem sombria. Juro que senti como se estivesse vendo um filme.

Por enquanto apenas o primeiro livro foi traduzido para o português, mas acredito que os outros serão traduzidos em breve. Vale muito a pena!

Resenha com spoilers: https://www.goodreads.com/review/show/2150466403
Tainã Almeida 21/12/2018minha estante
olá , eu pedi a editora alfaguara que lançassem os livros restantes da trilogia aqui no país. se puder dar uma forcinha https://www.facebook.com/editora.alfaguara/posts/2052495271473314?comment_id=2067771739945667&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R%22%7D




Anna Bonniee 22/03/2018

Perfeito!
Estou apaixonada pela escrita da Libba Bray
Que livro espetacular! Que história incrível!
Um dos melhores livros que li até hoje.
Tainã Almeida 21/12/2018minha estante
olá , eu pedi a editora alfaguara que lançassem os livros restantes da trilogia aqui no país. se puder dar uma forcinha https://www.facebook.com/editora.alfaguara/posts/2052495271473314?comment_id=2067771739945667&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R%22%7D




AndyinhA 13/07/2013

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Tudo que está lá em cima é um pouco do que tem no livro. O foco é a protagonista Evie, que sempre se sentiu muito para viver na pequena cidade onde mora e depois de ter falado o que não deveria, seus pais acham que ela deve passar um tempo em Nova York com o tio. Ela começa chata, mimizentinha, só querendo saber de festas e dançar o Charleston, no início você não dá nada por ela. Até seu relacionamento com a amiga de cartas – Mabel, parece ser falso, ou que ela se sente superior, mas aos poucos ela muda essa visão e nós começamos a entender o porque dela viver como se não houvesse amanhã. Ela tem um dom, ela consegue ver as coisas se segurar o objeto de seu dono.

Ela não é a única e por a história ser narrada em 3ª pessoa, acompanhamos outros personagens tem situações parecidas com Evie, mas apesar de estarem na mesma Nova York, eles pertencem a bairros e classes diferentes e eu só ficava me perguntando quando eles iam se encontrar e revelarem mais do segredo deles. Os dois protagonistas desse outro lado são Sam e Memphis. Sam é uma figura, ele sempre tem uma piadinha pronta, sempre que ele aparecia, a história ganhava um ritmo engraçado e descontraído. Já Memphis tem uma situação mais carregada e acredito muito que quando for falar do lado dele (que deve evoluir no próximo livro), a autora explore mais.

O foco desse livro é uma série de assassinatos que parecem não ter explicação, mas a gente sabe quem pode estar por trás e nossa brava Evie, Sam e Mabel que vão tentar solucionar o caso, já que a policia não acredita muito nessa coisa de sobrenatural e tudo está ligado a seitas, oferendas e jogos com espíritos. Tinha umas cenas meio medonhas, deu para ficar com medo em algumas partes. Por isso, essa parte do assassinato tem começo, meio e fim. Mas ainda tem gancho para mais coisas acontecerem devido a outros personagens terem seus segredos, só falta entender melhor como tudo isso é amarrado.

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2013/07/poison-books-os-videntes-libba-bray.html
comentários(0)comente



Psychobooks 26/07/2013

Já faz um tempo, eu estava olhando as prateleiras da livraria Cultura, quando me deparei com o livro The Diviners, é claro que a primeira coisa a chamar minha atenção foi a capa, seguido do nome da autora e por fim, um pedaço da sinopse em que citava as palavras sobrenatural, assassinatos e anos 20. Trouxe o livro para casa e ele ficou negligenciado na estante por algum tempo, até eu ter a notícia que ele seria lançado no Brasil pela Editora iD. Fiquei um pouco desapontada com a leitura, mas vamos por partes que vou explicar tudo.

- Enredo

Evie O'Neill sonha com uma vida de fama e glamour. Durante uma festa, ela quis mostrar sua habilidade de 'adivinhação' e disse que o garoto de ouro da cidade tinha engravidado uma camareira. Ofendido com tamanha revelação - que mais tarde mostrou-se verdadeira -, ele exige um pedido público de desculpas, mas Evie se recusa a pedir desculpas por algo que é real. Cansados de sua boêmia e confusões, os pais de Evie a mandam passar uma temporada com o tio em Nova York.

A garota até fica feliz com essa decisão, pois é sua oportunidade de outro de morar em uma cidade grande e ter a chance de ser uma das garotas Ziegfield. E é claro que as coisas não serão tão fáceis quanto ela imagina. Logo na estação de trem ela já é passada para trás e perde 20 dólares, ao chegar no endereço que seu tio enviou ela encontra o Museu dos Insetos Rastejantes e conhece o ajudante - Jericó -, sem graça de seu tio.

Mas logo as coisas melhoram, pois ela faz amizade com a glamourosa Theta - que tem um passado triste -, e vai ajudar seu tio a solucionar assassinatos que estão relacionados ao ocultismo.
Aparentemente, apenas Evie tem um 'dom', mas vários outros personagens escondem um segredo que será revelado conforme a leitura avança.

- Narrativa

A narrativa é feita em terceira pessoa, sob o ponto de vista de vários personagens, mas principalmente da Evie. O ritmo da narrativa não me agradou muito, em partes a autora se perde nas descrições, divagações e em cenas que - para mim -, foram desnecessárias. A ação só vai começar realmente quando estamos quase na página 100.

A ambientação merece destaque, a autora foi cuidadosa ao tentar retratar os dois lados da sociedade dos anos 20 nos EUA. De um lado temos os ricos com seus carros possantes, as festas, as melindrosas, o jeitinho certo para driblar a lei seca e do outro, temos menos abastados, os malandros e os negros que enfrentavam muito preconceito. No entanto, a linguagem deixa um pouco a desejar, com muitas repetições de gírias da época como 'meu velho', 'supimpa', 'melindrosa', entre outros.


- Personagens

Evie é a protagonista, uma garota que só pensa em festas e ser reconhecida e admirada por todos. Muitas vezes egoísta, tem um crescimentos mínimo ao longo do livro, não vou dizer que ao final eu estava morrendo de amores por ela, muito pelo contrário, simplesmente odiei a atitude que ela tomou nas últimas páginas.

Mabel é a única amiga de Evie em Nova York. Filha de pais revolucionários, ela sabe de cor quais são as reivindicações de sua mãe, mas está cansada de ser conhecida apenas como sua filha. É recatada, gostaria de ser mais espontânea como sua amiga e é apaixonada por Jericó.

Jericó é um mistério, um jovem de estrutura forte com uma personalidade calma, ele só quer ficar em paz com seus livros e viver um dia de cada vez. Sua vida muda bastante depois da chegada de Evie e aos poucos vamos conhecendo todos os seus segredos. Seu desenvolvimento amoroso não foi nenhuma surpresa, ao menos para mim.
Sam Lloyd é um trapaceiro que aparece logo no começo do livro e por causa de um segredo, ele acaba se juntando ao grupo do Museu dos Insetos Rastejantes. Seu passado é triste e obscuro, conforme as páginas vão passando, o leitor pode acompanhar melhor sua história e tentar entender quais são suas motivações.

Memphis Campbell já foi conhecido como curandeiro do Harlem, mas ele não possui mais esse dom, desde que sua mãe morreu. Seu pai foi para outra cidade procurar emprego e ele tem que cuidar do seu irmão menor. A vida dos negros naquela época não era nada fácil e para conseguir um dinheiro ele é coletor de apostas. Tem um coração enorme e adora ler.

Por algum motivo a vida desses personagens estão interligadas, mesmo que alguns morem do outro lado da cidade.

- Concluindo

A melhor parte da leitura - na minha opinião -, foram os elementos do ocultismo e o toque macabro que a autora deu à sua história. Os assassinatos foram realizados com muitos requintes de crueldade e descritos de forma a revirar o estômago dos mais fracos.
O final foi o esperado, sem um grande ápice, com um bom gancho para o próximo livro - e espero que seja apenas mais um. No geral foi uma leitura um pouco cansativa com momentos interessantes onde eu não queria largar o livro e outros em que eu achava difícil continuar. As quase 600 páginas se arrastam e poderiam ter sido enxugadas, não havia necessidade de tudo isso para o enredo que foi desenvolvido e é interessante.

Sim, vou querer ler o próximo livro, que ainda não tem título definido e deve ser lançado em inglês apenas em 2014, mas minhas expectativas serão bem baixas.

- Edição Brasileira

Gostei da editora ter mantido a arte da capa, pois está diretamente relacionada ao enredo. As folhas são amareladas com um espaçamento duplo, porém as letras são pequenas. Infelizmente, encontrei muitos erros de digitação e concordância ao longo da leitura e a tradução de algumas expressões deixaram a desejar.


Sussurros encheram a sala, suaves a princípio, depois mais altos, como o som de milhares de demônios soltos no deserto. A escuridão se moveu. As sombras surgiram, passando pelo estranho e por sua oferenda, enquanto as frias e distantes estrelas desviavam seu olhar.
Página 128


site: http://www.psychobooks.com.br
comentários(0)comente



Flavs Machado 30/08/2013

Junção perfeita de suspense e sobrenatural
Simplesmente não consegui largar o livro. Cada vez mais que a história se aprofundava, mais eu queria saber sobre ela e qual seria seu desfecho. O suspense é muito bem controlado durante a leitura, revelando as coisas aos pouquinhos, de maneira que não fique cansativo com todo mistério deixado pra ser resolvido no final.

Eu geralmente costumo estranhar e não ser muito fã de livros que contam a história de muitos personagens - extremamente interessantes e intrigantes, diga-se de passagem -, mas esse teve o efeito oposto. Apesar de uma grande quantidade de personagens que beiram a serem principais, eu não encontrei nenhum problema com a leitura e não achei cansativa, nem confusa como costuma acontecer. Pelo contrário, acredito que a autora, Libba Bray tenha conseguido uma fórmula muito boa para esse tipo de narração. Inclusive, acho que não teria tanta graça se os mais diversos ponto de vistas não nos fossem mostrados. Durante a leitura, somos surpreendidos com um pouco mais de informação pessoal - seja pelo passado ou pelo presente - de cada um dos personagens.
Além da excelente forma de escrita e apresentação de personagens, conforme a leitura passa, descobrimos que todos eles se encaixam de alguma maneira na história e que acima de tudo, seus passados acabam por resultarem em uma nova história por trás do enredo principal - e consequentemente a abertura para as continuações.

Os Videntes foi uma história muito bem escrita, envolvente e do tipo que nenhum ponto é dado sem nó pela autora e dá aquela satisfação ver cada peça se encaixando durante o livro e formando o quebra-cabeça. Estou ansiosa pelo segundo volume!
Talvez os únicos defeitos do livro - se é que posso chamar assim, é o fato de com a tradução diversos trocadilhos foram extintos, já que na nossa linguagem acabaram perdendo o sentido. Por isso, aconselho quem prefere a leitura em inglês para ter uma visão plena de tais trocadilhos; e também de sempre anunciar a Evie como personagem principal, quando não há apenas ela e quando Memphis também tem tanta importância. Ela é o ponto de partida para a história, mas todos os outros personagens tem grande importância também.

site: http://psychoreader.wordpress.com
comentários(0)comente



ka mcd 27/11/2013

Os Videntes
Assim que ouvi sobre o lançamento de Os Videntes eu soube que ia gostar. Eu simplesmente soube que seria um livro incrível. Imaginem, então, a minha surpresa quando o livro superou minhas expectativas e me deixou implorando por mais.

Começamos o livro com um prólogo que poderia ter saído de um filme de suspense ou de terror, para logo no primeiro capítulo sermos jogados no mundo de festas de Evie O’Neil, nossa protagonista. Ela está sendo mandada de Ohio para NY porque deixou escapar alguns segredos sobre pessoas influentes em sua pequena cidade. E depois de ser assaltada na primeira meia hora em NY acompanhamos nossa melindrosa a festas e na investigação policial que seu tio Will está auxiliando por ser um conhecedor de folclore, superstição e ocultismo.

Evie não é uma personagem feita para ser amada - assim como todos os personagens deste livro -; ela é agitada, um tanto quanto fútil na maior parte do tempo, egoísta e insolente, mas consegue, de algum modo, se redimir mostrando seu lado profundo e verdadeiro, com seus comentários sarcásticos, sua sagacidade e personalidade completamente humana. É simplesmente impossível não se identificar, mesmo que minimamente, com Evie. Impossível também odiá-la completamente, afinal, você vê a humanidade dela, como ela é simplesmente cheia de falhas e características favoráveis - como qualquer um de nós. E como todas as outras personagens.


"- Evangeline. – Disse Will com um suspiro. – A caridade começa no lar.
- Assim como doenças mentais."


Jericó, assistente do tio de Evie, é um cara fechado, inteligente e grosseiro, mas inacreditavelmente engraçado, adorável e violento em certos momentos, alguém que tem um grande segredo a esconder. Já Sam é um cara de pau, trapaceiro, sério e sedutor. Temos também Mabel que é incrível: inteligente, meiga, com uma ótima personalidade, mas que se perde no brilho das pessoas próximas a ela.

Nosso segundo narrador mais presente, Memphis, é responsável, charmoso, determinado e inteligentíssimo e foi fácil me apaixonar por ele logo de cara, mas com o passar do livro vemos que ele sempre acaba empacando nos momentos decisivos por puro medo. E a única que foge deste padrão imperfeito é Tetha. Com seu passado obscuro, poderes indecifráveis, talento incrível e humor ácido ela se mostra uma personagem cativante em todos os sentidos.

E todos eles estão ligados - de forma evidente ou não. E até o fim do livro Libba dá um jeito de fazer com que todos se esbarrem na rua de um modo ou de outro, reforçando a ideia de que suas histórias estão mais ligadas do que se imagina.

Grande parte deles é narrador ao lado de Evie, além de sermos apresentados também a um ponto de vista onisciente que descreve os momentos que antecedem os assassinatos.

E este mistério e essas cenas que são a grande surpresa de Os Videntes. Libba Bray escreveu um livro que te deixa arrepiado de medo e te faz olhar para os lados para checar que não há ninguém ali com você - finalmente um thriller bem executado! Todas aquelas cenas de passos ecoando em ruas desertas, sussurros em corredores escuros e tábuas rangendo em casas vazias são apenas as mais fracas do livro.

Esperei por tanto tempo um livro que descrevesse sem medos os assassinatos nele contidos e finalmente encontrei! Em Os Videntes as descrições dos cadáveres são de revirar o estômago dos mais fracos, não minuciosamente descritas, mas com artifícios e detalhes que criam a imagem de um modo quase palpável.

Descrições interessantes são também as do ambiente, onde Libba transforma a cidade de NY em um gigante mecanismo; as pessoas, os ônibus, as fábricas e carros sendo engrenagens dessa máquina capitalista que nossa autora tanto critica. Ela aproveita esse momento tão crucial da economia mundial, os anos 20, para exibir os pontos baixos (e alguns altos também) dos dois sistemas: o comunista e o capitalista. O comunista sendo representado pelos pais de Mabel que, mesmo lutando por boas causas, ainda são ricos e se esquecem de cuidar da filha que têm em casa.

E para completar esse pacote fantástico, Libba Bray nos descreve lindamente a NY dos anos 20 - as melindrosas, as festas, as apresentações teatrais, grandes pensadores começando a serem reconhecidos, o avanço absurdo da indústria nos EUA e os vestígios da Belle Époque, transformando esse pré-crise em um mundo glamoroso e apaixonante. Enquanto lia Os Videntes tudo o que eu queria era poder voltar no tempo e viver na América do começo do século passado, quando as pessoas começaram a quebrar tradições e preconceitos, mas mantinham a cordialidade e educação de outrora.


"Terrível o que as pessoas podem fazer umas às outras, não é?"


Só posso terminar essa resenha dizendo, então, que este livro merece ser lido apesar de sua leve lentidão inicial, mas que os leitores se preparem para roerem as unhas enquanto esperam por uma continuação porque Libba Bray mais uma vez consegue criar um livro com uma trama adolescente bem elaborada - sem perder seu humor característico -, mas infiltrando aquele seu tom singular que traz questionamentos e ideais muito mais complexos do que se esperaria de um livro com uma premissa como a de Os Videntes.

site: http://blogminha-bagunca.blogspot.com.br/2013/11/resenha-os-videntes.html
comentários(0)comente



House of Chick 12/03/2014

Quando vi que este livro da autora Libba Bray tinha sido lançado aqui no Brasil pela Editora iD fiquei muito curiosa a respeito da história, justamente pelo nome do livro e pela capa me chamarem bastante atenção. Além de tudo, eu queria muito ler um dos livros desta autora, que já teve alguns de seus títulos publicados aqui no Brasil, como “Louco aos Poucos” (pela Editora iD) e “Belezas Perigosas” (primeiro livro da trilogia Gemma Doyle, publicado pela Rocco) resenhados aqui no House of Chick (para ler as resenhas clique nos títulos). Após ler a sinopse de “Os Videntes” fiquei morrendo de curiosidade para ler a obra completa e, assim que foi possível, comecei minha leitura. Agora, venho contar para vocês as minhas opiniões a respeito deste título.

A história é narrada na década de vinte e logo no seu início conhecemos Evie O’Neil, uma jovem a frente do seu tempo, que gosta de festas e glamour, e que para se mostrar em uma festa da sua cidade, acabou revelando um segredo de uma pessoa influente, que mais tarde foi descoberto que era verdade. Por conta de todas as confusões, e por se recusar a pedir desculpas, os pais de nossa protagonista a mandam de Ohio para Nova York para passar um tempo com o seu tio na grande cidade.

Logo quando Evie chega à NY vemos que ela é assaltada nas suas primeiras horas na cidade, e acompanhamos sua vida de festas e badalação. Vemos também sobre a investigação de seu tio que está tentando solucionar assassinatos, que estão relacionados a ocultismo e por isso encontramos diversas mortes, repletas de elementos sobrenaturais.

Alguns personagens são inseridos na trama e de alguma forma eles acabam sendo interligados, como Jericó, que é assistente do Will (tio de Evie), Mabel, vizinha de Will, que se torna inseparável de nossa protagonista, apesar de terem estilos bem diferentes, Sam Lloyd um trapaceiro bem inteligente que comete pequenos furtos para sobreviver, e Memphis Campbell, um ex-curandeiro. Esses personagens, cada um de sua maneira, conseguiram fazer com que a gente ficasse com os olhos colados nas páginas, e a história do passado de cada um deles abre possiblidades para as continuações.

O livro é narrado em terceira pessoa e, por isso, conhecemos pontos de vistas diferentes, o que foi bem legal, já que assim vimos que outras pessoas acabam passando por situações parecidas com a de nossa protagonista.

A autora consegue nos prender do começo ao fim com a descrição dos locais, o ritmo fluido e gostoso da leitura e uma história surpreendente que também é daquele tipo assustador. Além disso, vemos que a autora pesquisou bastante para nos trazer um livro de excelente qualidade, com uma descrição incrível dos ambientes, mesmo de muito tempo atrás.

A capa foi mantida a original (o que eu aprovo!), é bem bonita, e representa bem a história. A diagramação está ótima, com letras em um tamanho bem confortável, assim como o espaçamento entre elas, e páginas amarelas, tudo isso junto contribui para que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista.

Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostem de um bom thriller, que consegue nos prender o tempo inteiro com sua narrativa rápida, fluida e assustadora, que se passa na década de vinte e que tem ótimos personagens, além de um delicioso plano de fundo. Quem ainda não leu, mas gosta de um bom mistério, não perca tempo e leia logo.

site: Confira essa e outras resenhas no blog: http://www.houseofchick.com/
comentários(0)comente



gilmore girlie 04/07/2014

"John Malvado, John Malvado..."
"Teve que mentir sobre seu nome, sua história e sua idade, mas todos faziam isso. Era isso o que ela adorava sobre a cidade - você podia ser quem quisesse ser."

O ano é 1926. Jazz ecoa por todas as ruas de Nova York, embalando festas exageradas em clubes noturnos ilegais onde a bebida é consumida como se não houvesse amanhã. Todos querem dançar conforme a música proibida, quebrar as regras por uma noite. Evie O'Neil deseja desesperadamente se tornar uma dessas pessoas, desfrutar os prazeres da cidade de seus sonhos e viver intensamente. Afinal, os últimos acontecimentos e seu dom misterioso já a tornam uma adolescente intensa.

Apesar de Evie se mostrar uma personagem extremamente cativante e engraçada, vivemos uma relação de amor e ódio durante todos os capítulos. O motivo? Suas escolhas nem sempre são as melhores e em diversos momentos seu egoísmo fala mais alto. Tive vontade de agarrar seus ombros e dizer: Seja inteligente, Evangeline, sei que você é uma garota esperta. Foi um pouco complicado ser compreensiva em certas ocasiões.

O mais importante, na minha opinião, é que não vemos tudo através dos olhos de Evie O'Neil. Existem diversos personagens e a maioria ganha, em algum momento, uma parte parte da narrativa. Isso foi simplesmente genial da parte da autora, pois abriu portas para que conhecêssemos cada um de uma maneira íntima e ficássemos intrigados com seus segredos mais obscuros - pois todos têm algo a esconder.

"(...) Não é esse o jeito do mundo agora? A boa sorte vira azar. O azar vira sorte. É só um grande jogo de dados entre esse mundo e o outro e nós somos os dados sendo atirados."

A quantidade de pesquisa, não somente histórica, mas também religiosa, indo das religiões mais comuns até o ocultismo, que Libba Bray se mostrou disposta a fazer para escrever esse livro me deixou de queixo caído. Sua escrita maravilhosa, onde até mesmo diversos parágrafos sobre o vento se mostram magníficos, já haviam me encantando. Mas depois de ler o relato da própria autora, mostrando o quando se dedicou ao seu trabalho, adquiri uma certa admiração e respeito por ela.

Os Videntes se tornou um dos meus livros favoritos, mas não posso dar uma classificação máxima quando a edição é um horror. No início são pequenos erros, completamente passáveis. Porém, quanto mais nos aproximamos no final, mais erros aparecem. A Edira iD precisa corrigir isso imediatamente. Tirando esse inconveniente, Os Videntes foi o melhor livro do ano e eu recomento muito!


site: www.apenasumahistoria.com
comentários(0)comente



Ana 18/01/2015

Trilogia Os Videntes, Libba Bray - Livro #1 I Blog Tag Literária
Os Videntes é um thriller sobrenatural que se passa no ano de 1926. no primeiro volume de um trilogia homônima, acompanhamos o desenrolar de uma sequência de assassinatos com circunstâncias peculiares. quando Evie O’Neill é enviada à cidade de Nova Iorque, mais especificamente ao distrito de Manhattan, para passar um tempo de ensino com seu tio, Will Fitzgerald, o que ela menos esperava é que a cidade grande, nos majestosos anos 20, seria tão perigosa. um assassino parece seguir um roteiro religioso ao oferecer oferendas humanas e Evie, como como ajudante de seu tio e do detetive da cidade, usa seu estranho dom para descobrir pistas que os levem ao encontro do Maníaco de Manhattan.

Libba Bray constrói um Os Videntes um cenário de mistério sobrenatural numa época de festas, bebidas, lei seca e melindrosas loucas para viverem toda a suas cotas de extravagância em uma única noite. a autora conseguiu me deixar nostálgica com os anos 20 nos Estados Unidos, mesmo com a minha limitada leitura sobre a época (que eu adoro, mesmo assim).

de pouquissímo romance e bebedeiras se faz a história do livro, e sim de muito suspense e terror. a narrativa em terceira pessoa intercala de personagens a todo momento e somos levados a diversos ambientes de Manhattan, em algumas épocas do passado e inúmeras situações. sim, a história faz justiça às 600 páginas. Libba Bray costura personagens e épocas e consegue montar uma perseguição sobrenatural que foge, e muito, do clichê e abraça poderes sobrenaturais, fanatismo religioso e bruxaria a fatos históricos e, estranhamente, muito bom humor. é uma narrativa que flui absurdamente bem e pode facilmente deixar o leitor sem fôlego – e com insônia, segundo experiência própria.

"- Will pausou por um segundo – frase estranha, essa. Confusa. Pode ser de uma religião inventada pelo assassino.
- Como alguém inventa uma religião? – Evie perguntou.
Will olhou por cima de seus óculos.
- Você diz, “Deus me disse o seguinte”, e espera as pessoas acreditarem."

o principal cenário do livro é a perseguição ao assassino que tem deixado Manhattan em alerta. levado a agir pelo por um enigma que vai sendo descoberto ao longo do livro, o assassino escolhe suas vítimas por diferentes características e tem como objetivo final algo que afetará a vida não só da população de Nova Iorque, mas de toda a terra. é claro que como em toda boa história de suspensa ninguém sabe disso, a não ser aqueles poucos seres que resolvem arriscar as próprias vidas para salvar um mundo todo de ignorância e superstição (com) fundamento. a pior coisa que pode acontecer em uma investigação é as autoridades não conseguirem dar o devido crédito ao perigo que se está acontecendo – e é exatamente o que ocorre em Os Videntes.

o grupo que se dedica a reunir os fatos e possíveis caminhos que levam o assassino a cometer atos hediondos é constituído da jovem Evie, seu tio Will, dono de um museu, Jericó, o misterioso e aparentemente bobalhão assistente de museu e Sam, um batedor de carteiras que por uma série de fatores acaba por entrar para o outro lado da lei.

"- Você não pode pegar coisas que não pertencem a você, Sam – Evie disse.
- Por que não? Se os capitães da indústria fazem isso, são heróis. Se pessoas comuns como eu fazem isso, são criminosas.
- Agora você falou como um bolchevique. Diga, você não é um desses anarquistas, é?
- Bombas e revolução? Não é o meu estilo. Tenho minha própria missão – Sam disse, pronunciando a última parte com certa dureza."

se Libba Bray soube debruçar-se sobre os livros (e o teclado do computador) para reunir fatos históricos no enredo do seu livro, ela também soube manusear sua criatividade para construir personagens tão interessantes quanto a premissa da história. Evie é uma melindrosa de dezessete anos que se vê em problemas na sua cidade natal, e como castigo é enviada por seus pais aos cuidados do seu tio Will, que mora em Nova Iorque. obviamente isso não é visto como um castigo por parte da jovem e ela chega na nova cidade cheia de energia para curtir bebidas, festas e todo o glamour que os anos 20 proporcionaram. ao exercer sua melhor característica, a intensa procura por encrencas, é levada a acompanhar o tio em um caso de assassinato. com um dom que se mostra mais importante a cada capítulo, e dona da maior porcentagem de humor da história, ela pode ser uma importante peça na descoberta do assassino. inicialmente contra qualquer intervenção de Evie na sua vida e muito menos em seu trabalho, Will tenta afastar a sobrinha de si. conforme a insistente jovem demonstra o seu valor como familiar e colega de trabalho, Will vê sua confiança aumentar e passa a contar com a ajuda de Evie no caso de investigação. junto a eles, como outros dois essenciais personagens da trama, o misterioso Jericó e o esperto Sam se revelam únicos em sua história – e prometem ser muito importantes no próximo volume da trilogia. assim espero, pelo menos.

"- Eu vou descobrir os seus segredos – espere só para ver!
Poucas coisas eram piores do que ser comum, na opinião de Evie. Ser comum era para imbecis. Evie queria ser especial, uma estrela brilhante. Ela não se importava de ter a mais terrível das dores de cabeça da história dos batedores de crânios. Cerrando bem os olhos, pressionou o anel contra as mãos. O objeto tornou-se muito mais quente, revelando a ela seus segredos. eu sorriso se espalhou. Ela abri os olhos.
- Harry, seu danadinho…"

ainda como uma divertida característica de Evie O’Neil e do trabalho de pesquisa da autora, destaco a criatividade de Libba Bray ao colocar a personagem como uma apreciadora da música. Evie cantarola famosas músicas dos anos 20 durante vários capítulos – o que despertou a minha curiosidade e me fez até iniciar uma playlist com as músicas que aparecem na história. pena que eu desisti de todo esse trabalho e não procurei todas as canções – do contrário até compartilharia elas com vocês. adoro autores que abusam de recursos narrativos!

no decorrer do livro descobrimos que o distrito de Manhattan reúne diversas pessoas com poderes sobrenaturais. fica claro no livro que nenhuma delas necessariamente executa os poderes desde o seu nascimento, gosta ou quer mostrá-los para o mundo. na margem entre praga e milagre, cada personagem com um poder parece carregar uma história marcante – e, talvez, o mais frustrante do primeiro volume da trilogia seja a falta de tempo para estudar essas histórias mais a fundo. os poderes que cercam esses personagens são parecidos porque a maioria contém visões do passado e/ou do futuro, mas todos eles agem de maneira diferente. é por isso que cada um deles acaba por ser importante a sua maneira para a história.

a conexão entre os personagens, seus poderes e os acontecimentos ao longo de Os Videntes é clara, mas não muito desenvolvida no primeiro volume da trilogia – que é mais voltada para a caça ao assassino. a autora instiga a curiosidade sobre o restante dos mistérios da história, mas não responde todas as questões. espero – muito – que os acontecimentos finais signifiquem uma intenção de explicação nos próximos livros para os dons e o motivo de todas as pessoas com dons se encontrarem na mesma cidade. mesmo com essa expectativa, não tenho nada a reclamar da trama. Libba Bray fez um trabalho fantástico com a história, juntou elementos importantes de diferentes gêneros, explorou-os com grande sabedoria e deixou muitas pontas soltas para o resto da trilogia. estou ansiosa para conferir a continuação da história. sinceramente, não sei o que esperar. espere, na verdade sei, sim. editora iD, trate de lançar a continuação de Os Videntes porque curiosidade mata. :(

site: https://tagliteraria.wordpress.com/2015/01/18/trilogia-os-videntes-libba-bray-livro-1/
comentários(0)comente



Rebeca 01/05/2024

Quero mais!
Sei que o livro é introdutório de uma série, mas o tanto de informações que não serviram de quase nada pra conclusão da história me deixaram frustrada. O arco de Memphis e Isaías não contribuiu com quase nada na narrativa e todas as partes deles eram um pouco repetitivas. Pouca coisa de fato foi revelada e achei o gancho pro próximo livro muito sem graça pq não trouxe satisfação com a derrota do vilão. Houve algumas facilitações narrativas e isso me deixou um pouco decepcionada.

Não comprei o romance final, não fez muito sentido.

Apesar desses detalhes eu achei a ambientação incrível e fiquei completamente imersa na história. Consegui enxergar as cenas com perfeição na minha cabeça. Gostei de quase todos os personagens que apesar de serem muito coerentes apresentam várias nuances. Amei o fato de que apesar de serem videntes os poderes não são ilimitados e que muitas coisas descobertas não vieram das habilidades e sim de investigação e esperteza. Amei a dupla de Evie com Sam, eles sim tem uma química juntos que foi bem trabalhada desde o início.
comentários(0)comente



Nana 20/05/2016

Você está convidado para uma festa num porão obscuro de Nova York
Estados Unidos da América. Anos 20. Evie O’Neill, uma garota de uma abastada família do interior, sonha com o glamour e a fama dos palcos do Ziegfield Follies e das telas de cinema. A sorte parece sorrir para ela quando se envolve em uma confusão em sua cidade natal por conta de um poder sobrenatural que deve ser mantido a sete chaves, o que motiva seus pais a fazerem justamente o que ela queria: mandá-la para a cidade grande. Evie vai passar uns tempos com seu tio Will em Nova York, até a poeira baixar em casa. Mas, ela logo vai perceber que nem tudo são flores...

Will é o curador-responsável pelo Museu do Folclore Americano, Superstição e Ocultismo, também conhecido como “Museu dos Insetos Rastejantes”, apelido que, por si só, dá uma ideia do quão entediante esse mundo vai parecer para Evie. Além disso, NY é uma cidade muito maior do que aquela com a qual ela estava acostumada e, atrelado a isso, vem não só as vantagens, como os shows do Ziegfield na Broadway e as festas regadas a álcool escondidas nos porões da cidade, que Evie tanto gosta. NY é, também, cheia de trombadinhas e charlatões querendo se dar bem em cima dos outros. Mesmo assim, ninguém esperava (muito menos a inocente Evie) que uma série de assassinatos baseados em magia negra e ocultismo fossem começar a acontecer. E ninguém melhor do que o chefe do único museu (da cidade) especializado nesse assunto para solucioná-los, não é mesmo?

Os Videntes é um livro envolvente. Libba Bray consegue criar uma teia de mistério e suspense envolvendo esses assassinatos e o sobrenatural. Os crimes vêm acompanhados de bilhetes e símbolos enigmáticos, que deixam claro que não se tratam de homicídios quaisquer. Além do mais, os requintes de crueldade (tanto do assassino quanto de Libba, que descreve tudo nos mínimos detalhes), me deixaram curiosa e amedrontada. Às eu estava lendo o livro à noite e tinha que parar e deixar pro dia seguinte por medo de ter pesadelos (embora não quisesse largá-lo por nada, visto que eu precisava MUITO saber o que ia acontecer). Embora a trilogia Gemma Doyle, trabalho anterior da autora, também flertasse com o sobrenatural e o macabro, nada me preparou para o que veio nessa.

Mas, Libba conseguiu balancear esse peso com a atmosfera da década de 1920, com suas melindrosas, jazz e festas a lá Gatsby. A autora reconstrói a NY daquela época nos mínimos detalhes, nos transportando para aquele tempo. Algo que eu achei interessantíssimo foram as diferentes faces da cidade e classes sociais exploradas por Libba. De um lado os ricos e abastados que frequentavam o Follies e os bares dos porões; e de outro, os mais humildes, que moravam na periferia e eram os empregados e funcionários dos locais frequentados pela elite. Temos ainda uma comunidade de fanáticos religiosos, os comunistas, os imigrantes, o começo de Chinatown e por aí vai... Os EUA e, consequentemente NY, não eram ainda a potência que são hoje, embora o pós-guerra (época do livro) tenha sido um dos momentos cruciais para o crescimento do país, e isso é muito bem retratado aqui.

No decorrer do livro somos apresentados não só aos dons de Evie, mas também aos de Theta, Memphis Campbell, Sam Lloyd, entre outros. Todos têm poderes sobrenaturais e, de uma maneira ou de outra, se veem ligados aos casos de assassinato, que também lidam com o sobrenatural. Isso me remeteu a algo tratado num livro que li há muito tempo, chamado Kiki Strike e a Cidade das Sombras, que lida com a premissa de que existe uma NY escondida (nesse caso, uma outra NY literalmente embaixo de Manhattan). Todas essas pessoas tentando esconder seus poderes sobrenaturais me deram a impressão de que existe uma NY mais sombria e misteriosa por trás das luzes das fachadas da Broadway.

-

Essa e outras resenhas na íntegra você confere em Nas Quartas Usamos Rosa!

site: http://nasquartasusamosrosa.blogspot.com.br/2016/02/voce-esta-convidado-para-uma-festa-num.html
comentários(0)comente



42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR