ArthurmalariA 26/05/2023
Escrito pelo americano Ira Levin, O bebê de Rosemary foi lançado em março de 1967 e conta a história do casal Rosemary e Guy Woodhouse, que se muda para um prestigioso prédio em Nova York. Enquanto tudo parece perfeito no início, os eventos estranhos e inexplicáveis começam a se desenrolar, levando a um crescente sentimento de inquietação. Rosemary logo descobre que está grávida, mas a atmosfera sombria e o comportamento suspeito das pessoas ao seu redor alimentam suas suspeitas de que há algo sinistro acontecendo.
A habilidade de Ira Levin em criar uma atmosfera de suspense e desconfiança é extraordinária. Você é levado a questionar cada personagem e a mergulhar nas próprias dúvidas e temores de Rosemary. A narrativa é envolvente, me manteve grudado às páginas enquanto acompanhava a progressão da trama.
A construção dos personagens é excepcional, com cada um desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da história. Rosemary, em particular, é uma protagonista marcante, cujo crescente desespero e vulnerabilidade me deixaram angustiado. As relações complexas e as interações carregadas de suspense entre os personagens contribuem para a atmosfera claustrofóbica e angustiante do livro.
Além disso, "O Bebê de Rosemary" aborda temas profundos, como o controle, o poder e a submissão, de forma sutil e perturbadora. Levin utiliza esses elementos para explorar os medos e ansiedades da sociedade, deixando uma impressão duradoura no leitor. Para mim, esse livro é um dos melhores exemplos de suspense psicológico já escrito. A narrativa habilmente executada, os personagens envolventes e a atmosfera opressiva combinam-se para criar uma experiência literária excepcional. 10/10