Condenada

Condenada Chuck Palahniuk




Resenhas - Condenada


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Day 23/07/2016

Ler condenada é brincar de uma forma que há muito não sentíamos mais graça.
Ler condenada é voltar a viver aquelas aventuras que toda criança vive quando brinca com os amigos, quando o chão é de lava, quando somos fugitivos que só podemos nos mexer ao passarem correndo por baixo de nossas pernas para quebrar a magia imposta sobre nós. Ler condenada é brincar de uma forma que há muito não sentíamos mais graça.

As vezes, a leitura se torna um tanto massacrante. Mergulha em detalhes que normalmente jogamos contra nossos colegas quando contamos uma história vivida por nós, aquelas vírgulas que colocamos em nossos contos para explicar que não somos perfeitos, mas que devem entender a situação em que estávamos. Então, sem avisar, de uma hora para a outra, emergimos em um mar revoltado de energia e situações fantásticas. Arregalamos nossos olhos, prendemos a respiração e até mesmo gargalhamos coma a situação que Chuck Palahniuk nos forja.

site: http://antedepe.blogspot.com.br/
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Na Literatura Selvagem 10/07/2016

Condenada, de Chuck Palahniuk [#MLI2016]
E mais uma vez escrevo com a sensação de ter sido socada no estômago. A leitura que me desconforta me atrai demais. Mas não esperava ver num livro aparentemente sobre uma guria que morre aos 13 anos por overdose de maconha e vai para o Inferno, as críticas tecidas de maneira tão inteligente e mordaz escritas pelo autor, Chuck Palahniuk [conhecido aqui no Brasil por Clube da Luta]...

Madison se encontra morta e no Inferno, mesmo sendo uma adolescente que tinha tudo pra viver ainda... Ela narra sua estadia por lá e encontra figuras bem distintas, de padrões bem familiares encontrados aqui na Terra, tais como o nerd, o punk de moicano azul, a líder de torcida 'cocotinha' e o valentão esportista. Ao fazer amizades, ela já vai se habituando e explorando o lugar além de sua cela mal-cheirosa, em que não seria legal encostar nas grades... E nesses passeios pelo reino de Hades, ela se depara com uma perseguição que quase lhe custa ser comida por um demônio, naquele ritual que fazemos ao comer tortuguita...

Digamos que a partir dessa cena B-I-Z-A-R-R-A EXTREME, ela ganha 'alguns pontos' por lá... Madison narra como era sua vida antes de ir parar ali. Filha de um casal de ricos famosos, extremamente narcisistas e desleixados com a atenção que deveriam dar a filha, são do tipo de ricos que adotam crianças esfomeadas do Nepal, da África ou Índia para fazer pose de bons samaritanos. A mãe é uma das personagens mais detestáveis que já vi na literatura, fútil e egoísta, com ares 'apavoneados' [isso existe?] de quem se importa [e acha] que faz algum bem a filha.

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/07/condenada-de-chuck-palahniuk-mli2016.html
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Ana 31/05/2017minha estante
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Isabella Yoza 27/05/2016

Cansativo
Demorei muito para finalizar a leitura deste livro, quase abandonei, achei ele cansativo e bem juvenil! Foi meu primeiro livro do Chuck Palahniuk e não agradei muito. O tal humor irônico e debochado característico dele não me convenceu...Depois vi outros comentários de pessoas que gostam desse autor e indicaram ler primeiro o Clube da Luta, para entender melhor a escrita dele! Vou ler o Clube da Luta e depois tentarei lê-lo de novo para ver se mudo de opinião!
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Douglas 10/05/2016

Condenada
Eu nunca tinha lido nada do Palahniuk. Claro que a gente sempre conhece "Clube da Luta" pelo excelente filme, mas não encaro como a mesma coisa. A leitura de "Condenada", portanto, foi mergulhar num novo tipo de leitura para mim.

A temática foi o que me chamou atenção no primeiro momento, sempre me atraí por historias da mitologia cristã com seus demônios e anjos, bem como todo o peso que obras como as de Dante Alighieri trazem. No entanto, Palahniuk não me trouxe nada disso.

Numa narrativa satírica e cômica, sua protagonista conta de forma não-linear suas aventuras desde que chegou ao Inferno. Maddy, essa protagonista, está longe de ser o tipo padrão de personagens principais, o que só a deixa mais interessante. Sua caracterização do submundo é bem-humorada e divertida, o que confesso não ter gostado em um primeiro momento, mas depois identifiquei certo sarcasmo que me apeteceu.

O livro também é inundado de referências e, apesar de ter deixado algumas passarem, me diverti com as que identifiquei. Uma versão diabólica da detenção do excelente filme "O Clube dos Cinco" de John Hudges, faz desse livro uma boa porta de entrada para quem não conhece o autor. Experiência própria.
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Cristiane 06/04/2016

"A vida é curta. A morte é eterna."

Madison Spencer, uma garota gorda igual uma porca (segundo ela), com 13 anos de idade, que para a sua infelicidade, está morta e no Inferno. Ela acredita que sua morte foi simplesmente por overdose de maconha, o que é estranho, porque para alguém morrer de overdose de maconha é quase impossível. Ela está presa dentro de uma cela e não sabe exatamente o que vai acontecer com ela dali para frente. Ao lado da sua cela está Babette, uma garota muito bonita, líder de torcida que usa uma bolsa falsa da marca Coach e uma sandália branca também falsa da marca Manolo Blahnik.

Detalhe interessante no livro: todo inicio de capítulo, Madison sempre fala: Está ai, Satã? Sou eu, Madison. ela quer muito conhecer o famoso Satã, chamar sua atenção e sempre que toma alguma atitude que acha que possa interessar a ele, ela descreve no início do capítulo às vezes se desculpando por alguma coisa, o que no inferno não faz diferença, outras vezes demonstrando esperança, um sentimento que no Inferno não adianta nada você ter e às vezes, se sente orgulhosa por suas atitudes que faz questão de confidenciar sua alegria para Satã, mesmo ainda não conhecendo ele.

Quando era viva, Madison era filha de uma atriz hollywoodiana e seu pai era um bilionário. Sua família tinha mansões em vários lugares do mundo e sua mãe, controlava todas elas pelo computador, para passar o tempo e também para pregar peças em suas empregadas. A mãe de Madison trancava-as dentro do banheiro, mexia nas luzes, no ar condicionado só por diversão. Seus pais não tinham religião, ora eram Hippies, ora Rasta, antigos anarquistas e eram liberais, tanto é que, a maconha que Madison afirma ter a matado, foi dada pelo seu pai.

Para manter a fama de serem pessoas boas, sempre que ia sair um filme novo da atriz hollywoodiana, eles adotavam uma criança para chamar atenção. Mas eles não cuidavam dessas crianças, era apenas marketing. Depois de um tempo após apresentar a mídia sua nova filha ou filho adotado, eles eram enviados para colégios internos e não tinham o menor acesso a vida pessoal deles. Inclusive Madison, ela vivia em um colégio interno e chegou até a passar um Natal no local sozinha.

Madison é bem clara sobre como o inferno é horrível. O cheiro de coco, a sujeira por todo lado, onde é principalmente notável nas grades das celas uma gosma preta na qual Madison evita tocar depois da orientação de Babette e muitos doces jogados pelo chão, fora que, vamos aos poucos descobrindo que muitas coisas que os seres humanos descartam aqui vão parar no inferno.

Por um momento Madison acha que avista Satã. Ela simplesmente começa a gritar, tentando de todas as formas chamar sua atenção para a sua cela, mas o suposto Satã está mais preocupado em escolher sua vítima. Isso mesmo, vítima! Todos que estão no inferno ficam a disposição dos demônios que de vez em quando decidem comer todos os seus membros, mas não se preocupe, depois da dor horrível que você vai sentir, seu corpo vai se recompor novamente, para que em breve, seja devorado de novo por algum demônio. Em uma cela próxima Leonard, explica a Madison que na verdade aquele não era Satã e sim outro demônio. Como um bom nerd, ele começa a dar uma bela explicação sobre o demônio que estava ali e é cortado por Patterson, o jogador de futebol que foi comido pelo demônio há pouco. Os três ficam conversando e depois de já estar com seu corpo todo reconstituído de pele novamente, Patterson repara em Babette e não tira os olhos dela, mas ela não está nem ai, só liga para continuar se olhando no espelho e para retocar sua maquiagem, que, aliás, ela usa AVON, meu bem! Enquanto os dois ficam tentando chamar a atenção de Babette, Madison tenta se distrair com outras coisas e é nesse momento que vê em outra cela um adolescente com uma jaqueta de couro, com um alfinete espetado na bochecha e com um moicano azul.

A morte é um longo processo. Seu corpo é só a primeira parte de você que acaba.

O jovem punk chamado Archer começa a usar o alfinete que estava preso na sua bochecha para tentar abrir sua cela até que, enfim consegue e se dirige até a cela de Madison e dos outros. Neste momento Madison, que já não está aguentando mais olhar para Babette e para os outros dois que estão vidrados nela, fica surpresa ao ver o menino punk abrindo sua cela. Patterson, Archer e Babette decidem sair de suas celas e ir explorar o Inferno. Leonard recua por ter medo de ser pego por algum demônio e é lógico, todos zoam muito o nosso querido CDF, já Madison nem se manifesta, apenas corre atrás deles quando percebe que vai acabar ficando ali sozinha.

Os cinco partem de suas celas em direção ao desconhecido Inferno, pelo menos para Madison é. Eles passam por lugares com descrições bem engraças, nas quais a maioria das vezes são restos de partes humanas, como por exemplo: O deserto de Caspa, O grande oceano de esperma desperdiçado (isso mesmo), O mar de insetos, o Deserto de unhas. Eis que surge a primeira batalha, digamos assim, do grupo e Leonnard grita a todos para mergulhar e escavar um esconderijo no meio das montanhas de unhas mortas. Mesmo tentando se esconder no meio das unhas mortas, Madison é pega pelo demônio fêmea cujo nome é Psezpolnica a mulher tornado do meio-dia segundo os sérvios -, mas nossa heroína da história, para conseguir vencer a batalha e ainda conseguir uma aliada mesmo que por pouco tempo, encontra uma forma bem diferente de agradar o demônio fêmea sem causar tantos problemas ao grupo.

O confronto termina e todos pegam uma carona na mão da diaba e chegam até o prédio onde todos os que estão no inferno têm suas documentações guardadas. Aparentemente, os documentos de Madison foram perdidos e a menina vai ter que passar por uma entrevista para saber se realmente era para ela estar no inferno. O mais engraçado, é que para você conseguir comprar um demônio, basta você dar a ele muitos chocolates que você vai conseguir o que você quer bem mais rápido.

Madison começa a lembrar-se de seu último irmão adotado chamado Goran. Ela ficou extremamente impressionada com o garoto e apaixonada para completar. E foi no dia que sua mãe e seu pai foram participar de uma belíssima entrega de prêmios de cinema, que o grande desastre na vida de Madison acontece. Ela tinha feito grandes planos para aquela noite que ia ficar sozinha com seu novo irmão. Antes de seus pais saírem, o pai de Madison dá para ela um pacote com maconha e várias camisinhas da Hello Kitty para que ela aproveite sua noite. Depois de ficarem finalmente sozinhos, os dois começam a assistir o evento que sua mãe e seu pai estão participando. Como uma distração, Madison propõe que os dois brinquem do Jogo do Malho que aprendeu com suas supostas amigas no colégio interno. Goran aceita a brincadeira sem saber ao certo o que deve fazer é então que Madison explica exatamente o que fazer.

Aos poucos, Madison vai lembrando o que realmente aconteceu no dia da sua morte. Sua inocência, apesar de saber de muitas coisas, é grande demais. Ela é incentivada a se tornar algo que ela não era e com isso consegue arrumar muitos seguidores no inferno. Algo engraçado que o autor expõe no livro, é que quem vai para o Inferno tem duas opções: trabalhar com telemarketing ou trabalhar no ramo pornô. Madison com seu humor incrível, afirma que a maioria das ligações de telemarketing que recebemos aqui na terra, certeza que a maioria delas são feitas diretamente do inferno.

Acredite em mim, a maioria do povo de telemarketing que liga para você está morta. Como grande parte de todos os modelos pornôs da internet.

A história tem muitos detalhes e situações engraçadas, Madison cada dia que passa se sente mais a vontade no inferno e encontra pessoas famosas, como por exemplo, Hitler. Como Madison morre de vontade encontrar Satã e saber quem ele é, ela acaba descobrindo sem querer que na verdade ela já o conhece e que, por causa dele, muitas coisas aconteceram. Foi um dos finais de livro mais engraçados e diferentes que eu já li na vida. Você nunca espera algo do tipo, você pensa em qualquer coisa, mas nunca em algo parecido. Fiquei bem surpresa e intrigada e quero muito ler Maldita que é a continuação da história de Madison e ver o que mais essa garota de 13 anos é capaz de fazer.

É uma história com um humor bem ácido, mas para quem gosta de histórias que saem bem do padrão, tenho certeza que vai gostar e muito de Condenada.

site: http://www.sugestoesdelivros.com/2016/04/resenha-condenada.html#.VwUmr_krJdg
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Alberto 04/04/2016

Ãtima sátira sobre o mundo louco em que vivemos!
A acidez da sátira do Palahniuk está bem evidente do começo ao fim. Ao longo do livro, ele destila sua ironia sobre temas como religião, a noção de bem e mal, santo e profano, os "pecadilhos" cotidianos das pessoas, a sociedade de consumo, a mídia e a indústria do entretenimento, as relações trabalhistas e diversas coisas bizarras que acabamos identificando no nosso dia a dia. Um excelente livro, bem ao estilo do autor: bizarro, escatológico, estranho mas muito, muito real. Muito bom!
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Frederico 06/12/2015

O estilo mórbido, pessimista e singular do Chuck Palahniuk nos ataca mais uma vez e nos leva tudo de bom que temos (e teremos algum dia). Madison, a dose menina (mas que te fará sentir mal por querer [algo?] com ela) de treze anos é a narradora personagem de sua estadia no inferno. Cuidado.
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Vianco 04/10/2015

O desperdício da vida
CONDENADA é uma crítica ao desperdício, bem ao estilo do Chuck.
A começar pela protagonista, uma adolescente de 13 anos que morre antes da primeira menstruação é ainda virgem.
Seus pais e deus jatinhos queimando zilhões de litros de gasolina por qualquer coisa é adotando 40 filhos que vivem em internatos.
A vida de Madison foi um completo desperdício. Vir ao mundo e morrer ais 13 anos não parece muito justo.
O tema continua no retrato do inferno, com o chão recoberto de pipocas, chicletes e doces, paisagens insólitas formadas por tudo que é jogado fora, como montanhas de bitucas de cigarros, unhas cortadas e vales compostos por membros extirpados em salas de cirurgia.
Começa morno, fica divertido, mas talvez para não trair o tema a que o romance é ancorado, os capítulos finais se perdem também resultando numa narrativa desperdiçada.
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Beth_lol 23/09/2015

Esse foi o primeiro livro do Palahniuk que li e confesso que criei uma certa expectativa e, no final, foi um pouco decepcionante. Não é de todo ruim, tem até algumas partes divertidas, mas é bem repetitivo, o que torna meio maçante. Eu esperava uma "fundição" de cérebro, bombardeada por criticas sociais, mas foi só uma garotinha repetitiva, hora conversando com Satã, hora conversando com você. Não vou dizer que não tem critica social, tem sim, mas ela se mescla em meio ao "Clube dos Cinco". Mas, repetindo (como a Madison), não é de todo ruim. Dá pra tirar umas criticas sobre a vida, do tipo "não adianta se esforçar demais, gastando seu tempo em prolongar a vida com coisas chatas...você vai morrer e há grandes chances de ir para o inferno (se existir um)". Resumindo, um bom divertimento, apenas, não leia esperando mais do que isso.
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Horroshow 13/09/2015

Tênue divisão entre “sem sentido” e “genial”
Resenha por Mikael Nogueira

Poucos escritores conseguem conquistar o leitor de maneira tão voraz quanto Chuck Palahniuk. Denominando seu próprio trabalho como “Ficção Transgressiva”, Chuck busca tramas absurdas ou surreais e transforma em algo cômico e até crível. Assim como em “Clube da Luta” e “O Sobrevivente”, Palahniuk cumpre seu cargo como um dos escritores mais originais do século XXI em Condenada.

“Está aí, Satã? Sou eu, Madison”, é assim que nossa protagonista inicia cada capítulo, tentando se comunicar com o senhor das trevas para obter respostas sobre sua súbita morte. Madison é uma menina mimada de 13 anos, filha de uma estrela de cinema e de um bilionário, que, logo no primeiro capítulo, percebe que está morta. Provavelmente por causa de uma overdose de maconha, o que causou sua condenação ao inferno.

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/03/condenada-chuck-palahniuk.html
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Leandro 30/08/2015

Bom, mas nem tanto.
3.5
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Ernani 25/07/2015

Morrer e estar mais vivo que nunca?
E aí, Satã? Sou eu, Skoober!

Condenada (Chuck Palahniuk, 2013) é um livro muito atrativo para quem curte uma abordagem 'trash' e cheia de referências críticas.

O livro conta a campanha de uma garota de 13 anos pelo inferno. Madison Spencer, que acredita ter morrido de overdose de maconha, mostra aos leitores que "os fantasmas que assombram os mortos são os próprios erros."

O livro é super engraçado por parte da protagonista com suas atitudes e vocabulário "sassy" e intelectual. Palahniuk criou uma personagem muito humana e real que propõe momentos de reflexão sobre nossas ambições na vida material e o que nós consideramos de importante em nosso dia a dia.

Considerando que seus pais sejam milionários, você estude num renomado colégio suíço e seu quadragésimo irmão postiço seja muito atraente, o que pode te deixar arrependida de ter morrido? Talvez não ter menstruado pela primeira vez.

Madison tem apenas treze anos mas seu vício por esperança irá te levar aos confins do inferno mais tosco e bacana que você pode imaginar com a companhia de seus amigos inspirados nos estereótipos do clássico "The Breakfast Club".

Recomendo muito essa leitura aos que gostam de se ver nos personagens e se imaginar na pele deles. Leia refletindo sobre os conceitos expostos por Palahniuk e irá perceber que a morte pode não ser tão ruim assim. (Brincadeirinha)

Boa leitura! =)

- Ernani Valente, julho de 2015.
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Enio Myrddin 24/06/2015

Um inferno diferente
Fica com 4 estrelas pela originalidade, fluidez e pois eu adorei a protagonista. Só não ganha 5 por algumas pequenas coisas meio irritantes.
Não sei o que esperar da continuação, mas quero muito descobrir.
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Mikael 12/05/2015

Poucos escritores conseguem conquistar o leitor de maneira tão voraz quanto Chuck Palahniuk. Denominando seu próprio trabalho como “Ficção Transgressiva”, Chuck busca tramas absurdas ou surreais e transforma em algo cômico e até crível. Assim como em “Clube da Luta” e “O Sobrevivente”, Palahniuk cumpre seu cargo como um dos escritores mais originais do século XXI em Condenada.

“Está aí, Satã? Sou eu, Madison”, é assim que nossa protagonista inicia cada capítulo, tentando se comunicar com o senhor das trevas para obter respostas sobre sua súbita morte. Madison é uma menina mimada de 13 anos, filha de uma estrela de cinema e de um bilionário, que, logo no primeiro capítulo, percebe que está morta. Provavelmente por causa de uma overdose de maconha, o que causou sua condenação ao inferno.

“Talvez a gente não vá para o inferno pelas coisas que faz. Talvez a gente vá para o inferno pelas coisas que não faz.”

É com esse plano de fundo que a aventura de Madison pela vasta área do submundo começa. As descrições do inferno criadas por Chuck são feitas com o mais alto nível de criatividade e absurdo, sem medo de cair no nonsense. A ambientação cômica tira a densidade e a negatividade que conhecemos sobre o inferno e toda a história parece ter saída de um episódio absurdo de “South Park”.

Palahniuk não se limita em expor críticas a todos os estereótipos de seus personagens: desde os pais fúteis, com impulsos consumistas e que prezam apenas a aparência, até o simples medo da morte. A agilidade de sua escrita dispensa descrições longas e desnecessárias, deixando mais espaço para sua árdua exposição de defeitos e hipocrisias humanas, colocando o dedo na ferida e desafiando o ego do leitor a ponto de deixa-lo angustiado.

Com o desenrolar da trama criamos mais afinidade com Madison, a morta mais animada de todas. Em sua jornada de finalmente encontrar satã junto aos seus amigos, ela nos apresenta a vastidão do inferno, como as Grandes Planícies de Caco de Vidro, o Pântano de Abortos dos Semiformados ou até o Grande Oceano de Esperma Desperdiçado.

“O que faz com que a terra se pareça o inferno é a nossa expectativa de que deveria ser como o paraíso”

Andando de mãos dadas entre a tênue divisão entre “sem sentido” e “genial”, Chuck nos presenteia com esta obra – provavelmente com a trama mais criativa de todos os seus trabalhos – que irá deliciar o leitor, contendo desde críticas sociais até ao humor cômico e inteligente de um dos maiores escritores do século XXI.

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/03/condenada-chuck-palahniuk.html
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