As flores do mal

As flores do mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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Aline 10/03/2018

Flores doentias
Baudelaire dedica este livro a Gautier ( escritor francês ). O livro é considerado um marco da poesia moderna.
Nele o poeta exalta o amor erótico, o tédio, a morte, o exílio... O livro não foi bem visto na época que fora lançado, rendendo á Baudelaire um processo que duraria anos.
Conheci o livro em uma aula de Teoria da Literatura e apresentei um seminário onde o tema era 'As flores do mal'. Acredito ser um livro essencial para uma leitura, mas aviso que não será uma leitura fácil. A intensidade de Baudelaire é assustadora.
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Fernando Figura 25/02/2018

A edição da Martin Claret é plágio descarado de uma tradução dos anos 1950
A Martin Claret tem um projeto audacioso: editar obras clássicas da literatura mundial por preços muito populares.

Só que em 2007, a casa caiu. Descobriu-se que muitas traduções eram cópias de traduções alheias, cujos nomes dos tradutores verdadeiros eram omitidos.

É o caso aqui. A "tradução" de um certo Pietro Nassetti na verdade é um plágio descarado da tradução feita pelo poeta paulista Jamil Almansur Haddad (1914-1988), feita em 1957.

As diferenças são pouquíssimas. Resumem-se em trocar palavras mais difíceis por outras mais fáceis, atropelando rima e métrica.

Por isso, ler esse livro é uma sensação desconfortável. Quem desconhece desse fato e topa pela primeira vez o livro do gênio francês, é um interessante primeiro contato.

Se você tem esse exemplar porque comprou há muito tempo, ganhou ou simplesmente é o único que conseguiu, acho que dá pra seguir a leitura e conhecer versos célebres que inspiraram inúmeros poetas em fins do século XIX e começo do XX.

Falei da edição, agora falarei do texto. Quer dizer, não sei se tenho algo para falar da obra. São versos "elevados" sobre "coisas inglórias", versos que pintam com grande apuro poético coisas que à época eram tidas como feias e degradantes. A morte, a doença, a prostituição, o desespero, corpos em estado de putrefação, etc.

O parnasianos sofreram inegável influência de Baudelaire. São versos históricos. Baudelaire é um gigante do mundo da poesia, um clássico na real acepção da palavra.

Para quem ama poesia, ler Baudelaire é uma experiência incrível e quase obrigatório. Para quem não gosta de poesia, não creio que ele seja uma porta de entrada.
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Adriana Scarpin 26/02/2016

O Gato
"Vem cá, meu gato, aqui no meu regaço;
Guarda essas garras devagar,
E nos teus belos olhos de ágata e aço
Deixa-me aos poucos mergulhar.

Quando meus dedos cobrem de carícias
Tua cabeça e o dócil torso,
E minha mão se embriaga nas delícias

De afagar-te o elétrico dorso,
Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo
Como o teu, amável felino,
Qual dardo dilacera e fere fundo,

E, dos pés à cabeça, um fino
Ar sutil, um perfume que envenena
Envolvem-lhe a carne morena."
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Be 14/01/2016

Fleurs du mal
Livro de Baudelaire, poeta da sensualidade r sinestesia, entre o desespero e a esperança o livro resume toda sua dualidade. Uma obra prima.
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Manuela 05/02/2014

Um mundo Baudelairiano
Pensei que já tinha encontrado o meu grande desafio literário no ano - vencer as páginas de "O Talentoso Ripley", foi um tanto quanto difícil. O ano é tão longo, tantos dias e meses pela frente, de alguma forma eu sabia que era só uma medida de "ilusão".

Obviamente que a motivação que tornou "As flores do mal" uma obra difícil para mim em muito se distancia daquela que transformou em quase suplício degustar a obra de Patricia Highsmith (alguma coisa na escrita, alguma coisa em relação ao texto, alguma coisa que me deixava com um certo azedume).

Fato. Tendenciosamente não gosto de livros de cunho policial.

E tenho uma enorme resistência às poesias.

As clássicas então...

Entendam, Vinicius, Cecília, Pessoa, Neruda e minha amiga Ediane Lopes, que dia desse se publica, por exemplo, conseguem me alcançar e me fazem digerir, com doçura, seus poemas.

Em Baudelaire não há doçura.

Contrariamente. As poesias dele são acompanhadas de um tom escuro, possível de enxergar desde a primeira linha. Um gênio da arte, me dizem. E eu acredito. Um gênio um tanto sádico (?) e meio triste, eu complementaria.

Um gênio.

Sim.

Bom, apesar desse meu tamanho adendo, que só serviu para ilustrar a dificuldade na leitura, devo confessar que me envolvi em cada partícula de palavras e frases e textos. Me estranhei com umas, me vi seduzida por outras, namorei e traí, concordei e adverti - e não são de anuências e discordâncias que também se fazem leitura?

As Flores do Mal trás uma coletânea de poemas que tratam de temas como a expulsão do paraíso, o amor, o erotismo, decadência e morte, tempo, exílio: o tédio. A obra que li, especificamente, insere ainda poemas excluídos da primeira publicação (alguns censurados ao tempo) e o mais interessantes, rascunhos de prefácios escritos pelo próprio Baudelaire e que não foram publicados no original - sendo possível capturar a essência do sentimento de ser visto, julgado, limitado. Como são os olhos dos outros para Baudelaire e como ele se sente - por dentro, ali no âmago.

Apesar das ruínas escuras em que permeia seus escritos, há tanta beleza em "As Flores do Mal" que torna o livro sublime e impactante.

--

À nós, leitores hipócritas, um brinde.


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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: As flores do mal, de Charles Baudelaire
Spleen (LXXVIII)

Quando o céu plúmbeo e baixo pesa como tampa
Sobre o espírito exposto aos tédios e aos açoites,
E, ungindo toda a curva do horizonte, estampa
Um dia mais escuro e triste do que as noites;
Quando a terra se torna em calabouço horrendo,
Onde a Esperança, qual morcego espavorido,
Sua asa tímida nos muros vai batendo
E a cabeça roçando o teto apodrecido;
Quando a chuva, a escorrer as tranças fugidias
Imita as grades de uma lúgubre cadeia,
E a muda multidão das aranhas sombrias
Estende em nosso cérebro uma espessa teia,
Os sinos dobram, de repente, furibundos
E lançam contra o céu um uivo horripilante,
Como os espíritos sem pátria e vagabundos
Que se põem a gemer com vez recalcitrante.
– Sem música ou tambor, desfila lentamente
Em minha alma uma esguia e fúnebre carreta;
Chora a Esperança, e a Angústia, atroz e prepotente,
Enterra-me no crânio uma bandeira preta.
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2011/01/as-flores-do-mal-charles-baudelaire.html
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Marcos Faria 02/10/2013

Ler “As flores do mal” (Nova Fronteira, 1985, tradução de Ivan Junqueira) exige uma certa preparação, que começa a se estabelecer no “Convite à viagem”. É preciso querer acreditar no país onde tudo é ordem, beleza, luxo, calma e volúpia. Transposto esse limiar, Baudelaire cumpre o que promete. Tudo é beleza, porque só a beleza pode nos salvar de um mundo por natureza feio e cruel. A beleza e o amor, porque, mais até do que nas preces satanistas, é nos poemas eróticos (proibidos na primeira edição) que o poeta atinge mais claramente o seu objetivo.

site: http://almanaque.wordpress.com/2013/10/02/meninos-eu-li-39/
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Leandro 16/10/2012

Pra quem gosta "dos poetas malditos", não deve perder a leitura deste magnifico livro.
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Roberto Noir 15/09/2012

Baudelaire, o mestre da poesia francesa.
É difícil expressar o talento de Baudelaire em palavras. É raro ver como alguém consegue combinar beleza, fealdade, doçura e amargura em poemas que mostram uma mente privilegiada e em sintonia com as Musas.
Para entender melhor o que digo, nada melhor do que mostra um de seus poemas. Este é um dos meus preferidos:

REMORSO PÓSTUMO

Quando fores dormir, ó bela tenebrosa,
Em teu negro e marmóreo mausoléu, e não
Tiveres por alcova e refúgio senão
Uma cova deserta e uma tumba chuvosa;

Quando a pedra, a oprimir tua carne medrosa
E teus flancos sensuais de lânguida exaustão,
Impedir de querer e arfar teu coração,
E teus pés de correr por trilha aventurosa

O túmulo, no qual em sonho me abandono
Porque o túmulo sempre há de entender o poeta,
nessas noites sem fim em que nos foge o sono,

Dir-te-á: "De que valeu cortesã indiscreta,
Ao pé dos mortos ignorar o seu lamento?"
- E o verme te roerá como um remorso lento.

CHARLES BAUDELAIRE
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Vanessa Sueroz 22/03/2012

As flores do Mal
Para que gosta de poesias o livro é realmente espetacular, cheio de altos de baixos
As Flores do Mal, livro publicado em 1857 pelo poeta Charles Baudelaire, é considerado um marco na produção literária do fim do século XIX. Com suas Flores do Mal, o poeta inventa uma linguagem na qual a realidade grotesca interage com a linguagem sublimada do Romantismo (Auerbach).

(...)
http://blog.vanessasueroz.com.br/as-flores-do-mal/
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Paulo Alves 23/02/2012

Viagem total.
Não gosto muito de poesias, mas esse Charles é bom no que faz. Na maioria das vezes que li esse livro, e foram algumas, eu sentia uma atmosfera de terror, como se a qualquer momento alguém fosse entrar pelo quarto e meu coração sair pela boca. As nuances entre o simbolismo e uma pitada de realidade sombria me fazia acreditar que estava lendo uma carta de um suicida. Acho que por isso Baudelaire é tão conceituado e aclamado pelos leitores de poemas macabros. ( Leitores de poemas macabros, isso eu inventei agora) :P
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