As Flores do Mal

As Flores do Mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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EduardoCDias 02/10/2023

Clássico e difícil
Talvez porque não goste muito de poesia, o livro não me prendeu. Mas é interessante pela importância da obra. Poemas de amor, sensuais, sobre a morte e muitos outros, inclusive alguns proibidos na época e que foram reincorporados. Há poemas bem fáceis de entender, mas outros em que assumo minha completa ignorância na compreensão.
Litchas 03/10/2023minha estante
Quando li tb tive dificuldade, depois me mostraram as mesmas poesias com outra tradução, ficaram quase irreconhecíveis e muito melhores!


EduardoCDias 03/10/2023minha estante
Bom saber! Poderia me indicar qual?


Litchas 03/10/2023minha estante
Poxa não vou lembrar qual editora era...


EduardoCDias 03/10/2023minha estante
Obrigado!




13marcioricardo 08/08/2022

Extraindo a Beleza que existe no Mal.
Este é, muito provavelmente, em termos de edição, o livro mais bonito que já li. E Charles Baudelaire é o pai da modernidade literária, só por isso já vale a pena conhecer.

Acredito que sempre se perde algo nas traduções e que isso é ainda mais verdade quando se trata de poesia. Nesse sentido, longe de querer me queixar desta tradução, que aliás me parece muito boa, mas creio que a obra original seja ainda melhor.

Baudelaire deixa clara a sua riqueza lexical ao longo de toda a obra e, nas últimas páginas, ao descrever o que achava da sua obra, pessoa, povo, nação e do seu tempo, podemos confirmar que além de poeta de mão cheia, era também um verdadeiro escritor na prosa, na mente e nas ideias.
Roberta 08/08/2022minha estante
Eita. Deve ser bom!


13marcioricardo 08/08/2022minha estante
Eu tinha grandes expectativas, e confesso que esperava mais. Ainda assim, acho que merece as cinco estrelas.


@oikrystyan 08/08/2022minha estante
Se eu não me engano, hoje seria aniversário dele




Zé Vinicius 12/11/2023

Cuidado
Tem pouco tempo que você ler poesia e não tem costume com linguagem mais rebuscada? Então esse livro não é para você! O livro carrega lindos poemas sobre morte, tristezas, bebedeiras e além de tantas outras coisas, porém para entender a maioria você precisa ter paciência e muito vocabulário, eu não gostei da obra pelo motivo de não ter os atributos acima, boa leitura
Eduardo 12/11/2023minha estante
Concordo com você. E entendo a importância da obra, mas na minha opinião um livro que requer que eu seja um erudito para entendê-lo e apreciá-lo, não consigo considerar "universal".


Zé Vinicius 13/11/2023minha estante
Isso mesmo Gustavo, fica difícil assim né kkk




Cleber 30/11/2023

Flores do mal
Agora já é um dos meus poetas favoritos.
Deixo alguns trechos

Prefácio da flores

Não é para minhas mulheres, minhas filhas ou minhas irmãs que este livro foi escrito; assim como também não para as mulheres, as filhas ou as irmãs de meu vizinho. Deixo essa função para aqueles que têm interesse em confundir as boas ações com a bela linguagem...


Que me encontrasse ? peço, brado ?
À noite, numa via escura.
Ela veio! ? louca criatura!
Todo mundo é um pouco aloucado!


o heautontimoroumenos

Sem cólera eu te baterei,
Tal um carniceiro sem medo,
Tal como Moisés o rochedo!
E de tua pálpebra farei,
Para meu Saara saciar,
Brotar águas do sofrimento.
Meu desejo irá, com alento,
Nos prantos salgados vogar
Tal navio que se desatraque,
E em meu peito (que embriagarão)
Teus soluços retumbarão
Tal um tambor que bata o ataque!
Não serei eu um falso acorde
Nessa divina sinfonia,
Graças à voraz Ironia
Que me estremece e que me morde?
Está na voz que vocifera!
É meu sangue, um veneno baço!
Sou um sinistro espelho, aço
Onde ela se mira, a megera.
Sou a lâmina e sou a dor,
O tapa e a face que o incomoda!
Sou os membros e sou a roda,
A vítima e o torturador!
Vampiro de meu coração,
Sou um desses abandonados
Ao riso eterno condenados
E que nunca mais sorrirão!
Thais645 30/11/2023minha estante
Que lindo...


AndrAa58 08/12/2023minha estante
Não tenho familiaridade com poesia, gostaria de ter. Por onde começo? Acha que pessoa seria uma boa porta de entrada?




Marydalle 11/11/2023

O Imoral, vivendo na época da "inocência"
IV
PROJETO DE PREFÁCIO PARA AS FLORES DO MAL
(para juntar talvez com antigas notas)

Se alguma glória há em não ser compreendido, ou em apenas sê-lo muito pouco, posso dizer sem vangloriar-me que por este pequeno livro, eu a adquiri e mereci de uma só vez. Oferecido várias vezes seguidas a diversos editores que o rejeitavam com horror perseguido e mutilado, em 1857. em sequência a um mal-entendido muito estranho. lentamente rejuvenescido, acrescido e fortificado durante alguns anos de silêncio,desaparecido novamente, graças ao meu descuido, este produto discordante da Musa dos últimos dias, ainda avivado por alguns toques violentos. ousa enfrentar hoje pela terceira vez o sol da tolice.

Não é culpa minha, é a do editor insistente que se julga bastante forte para enfrentar o desgosto público. "Este livro ficará sobre toda a vossa vida como uma nódoa , predizia-me,desde o começo, um de meus amigos que é um grande poeta. De fato, todas as minhas desventuras lhe deram, até hoje, razão. Mas eu tenho um desses bons temperamentos que tiram um gozo do ódio, e que se glorificam no desprezo.

O meu gosto diabolicamente apaixonado pela besteira me faz encontrar prazeres particulares nos disfarces da calúnia. Casto como o papel, sóbrio como a água, levado à devoção como uma comungante, inofensivo como uma vítima, não me desagradaria passar por um devasso, um bêbado, um ímpio e um assassino.

O meu editor acha que haveria alguma utilidade, para mim como para ele, em explicar por que e como fiz este livro, quais foram o meu objetivo e os meus meios, o meu designio e o meu método. Tal trabalho de crítica teria sem dúvida alguma possibilidade de divertir as mentes amorosas da retórica profunda. Para esses, talvez eu o escreva mais tarde e o faça tirar numa dezena de exemplares. Mas, examinando melhor, não parece evidente que essa seria uma tarefa totalmente supérflua , para uns como para os outros, visto que uns sabem ou adivinham, e os outros jamais compreenderão? Para insuflar no povo a Inteligência de um objeto de arte, tenho um medo muito grande do ridículo, e temeria, nessa matéria, igualar aqueles utopistas que querem, por um decreto, tornar todos os franceses ricos e virtuosos de um só golpe.

E,além disso, a minha melhor razão, a minha suprema, é que isso me entedia e me desagrada. Acaso se leva a multidão aos ateliês da figurinista e do decorador, ao camarim da atriz? Mostra-se ao público enlouquecido hoje, indiferente amanha, o mecanismo dos efeitos especiais?
Explicam lhe os retoques e as variantes improvisados nos ensaios, e até que dose o instinto e a sinceridade estão mesclados às rubricas e ao charlatanismo indispensável no amálgama da obra? Revelam-the todos os retalhos, os disfarces, as polias, as correntes, os arrependimentos, as provas improvisadas, em suma, todos os horrores que compõem o santuário da arte?

Aliás, esse não é hoje o meu humor. Não tenho desejo nem de demonstrar, nem de causar espanto, nem de divertir, nem de persuadir. Tenho os meus nervos, os meus vapores. Aspiro a um repouso absoluto e a uma noite contínua. Cantor das loucas volúpias do vinho e do ópio,só tenho sede de uma beberagem desconhecida na terra, e que nem a farmacéutica celeste poderia me oferecer; de uma beberagem que não contivesse nem a vitalidade,nem a morte, nem a excitação, nem o nada. Nada saber. nada ensinar, nada querer, nada sentir, dormir e dormir ainda, tal é hoje o meu único voto. Voto infame e nojento, mas sincero.


Todavia, como um gosto superior nos ensina a não temer nos contradizer um pouco, reuni, no fim deste livro abominável, os testemunhos de simpatia de alguns dos homens que mais prezo, para que um leitor imparcial possa daí inferir que não sou absolutamente digno de excomunhão e que, tendo sabido fazer-me amar por alguns, o meu coração, o que quer que tenha dito não sei que trapo impresso, talvez não tenha "a espantosa feiura do meu rosto".
Enfim, por uma generosidade pouco comum, de que os senhores críticos...
Como a ignorância vai crescendo...
Eu mesmo denuncio as imitações...

"O povo se doeu em demasia...
Baudelaire acertou em cheio na condução do poema, citou Deus(Paraíso) , Diabo(Inferno), o erotismo, o amor, a morte, retratou muito bem os humanos e sua decadência, a realidade é tão difícil de ser aceita que é necessário censurar, sendo que ninguém é obrigado a comprar, pegar escondido ou ler, mas desde quando os humanos facilitam? "
Cleber 12/11/2023minha estante
??????




Silvia Andrade 27/03/2011

As Flores do Mal: Provocação, Degradação e Beleza em Baudelaire

As Flores do Mal, livro publicado em 1857 pelo poeta Charles Baudelaire, é considerado um marco na produção literária do fim do século XIX. Com suas Flores do Mal, o poeta inventa uma linguagem na qual a realidade grotesca interage com a linguagem sublimada do Romantismo (Auerbach).
Para se entender melhor a poesia de Baudelaire e suas características tão peculiares, é preciso ater-se no ambiente e na época em que o poeta transitava. Tanto o país (França), como a capital (Paris) vivia os deslumbres da modernidade. Paris, a grande cidade, apresentava os contrastes entre o velho e o novo, resquícios do passado e apontamentos da modernidade e, por sua vez, essa alteração interferia nas relações sociais (modernidade alterando o perfil da sociedade). A época, resultado do processo de antropofização, proporcionava uma valorização do individualismo, do olhar voltado para a exterioridade, para o concreto, deixando de lado a vida interior.
A produção poética de Baudelaire manifesta este contraste entre a modernidade e os valores da interioridade. Esse conflito gera, como traço caracterizador de sua poesia, elementos como a degradação, a provocação e a beleza. Segundo o crítico Otto Maria Carpeaux, Baudelaire foi um poeta que escreveu com maestria sobre o dilema de uma época e os efeitos que esse dilema causava à sensibilidade do poeta. Lê-se:

A poesia de Baudelaire exprime igualmente as convulsões do seu tempo e a angústia de todos os tempos. Eis a relação da sua poesia, na aparência tão sofisticada, com a vida, relação sem a qual não há grande poesia. E Baudelaire é um poeta muito grande (pág. 124).

Elementos como a provocação e a degradação revelam o estado de ânimo do autor (geralmente o tédio) que faz com que o poeta reflita sobre seu tempo, sentindo um desconforto, mantendo-se sempre no lugar do inadaptado social. Baudelaire ao ser provocativo, criticando a hipocrisia e a alienação social, acaba por revelar a degradação que o meio provoca e, consequentemente, passa. A beleza principia-se justamente a partir da degradação. Segundo o escritor Carlo Argan, a beleza é um artifício que pode surgir dos elementos mais inesperados:

O belo pode-se distinguir em tudo o que sai do acostumado, do normal e do mediano. Inclusive o feio e o cômico, levados ao limite, são belos... o artista tem o dever de ser uma exceção, de sentir mais que os demais e de maneira distinta; só marginalizando-se da sociedade pode estar em condições de analisar, interpretar e, dentro dos limites de suas possibilidades, orientar e dirigir a sociedade (pág. 78).

A beleza em Baudelaire não combina com a normalidade. A beleza está, como escreve Argan, no limite.
Lincoln 06/09/2019minha estante
Muito boa, completa e suscinta tua resenha. Obrigado!




Dan 18/02/2010

Suspiro Baudelairiano
Como pode alguém conseguir equilibrar o lúgubre com o brilhante, a podridão com a beleza, o desabrochar das flores com o florescer do ódio?
Quem dera um dia eu tivesse uma retalho de Baudelaire nos meus ossos.
Rafael 30/09/2010minha estante
Esse eu também li, provavelmente o livro que está com você É MIO, FEA !!!! Mas pode ficar com você se você continuar escrevendo suas resenhas...




Indy 25/01/2023

Um pouco angustiante
Bom, tinha curiosidade de saber sobre os poemas do autor. Eu amei, tem traços de angústia e agonia em muitos versos e é possível vê um pouco da personalidade pessimista através dos trechos. A leitura é bem fluida, achei que seria mais difícil.
Krishna.Nunes 10/01/2024minha estante
Amou e elogiou mas deu 2 estrelas?




Ich heiÃe Valéria 12/08/2010

a poesia de Baudelaire é sublime. *.*
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Iara 09/09/2010

Espetacular
Além de trazer os melhores poemas de Baudelaire, o livro mostra a maestria da tradução de Guilherme de Almeida. Uma dupla obra-prima! Simplesmente espetacular...

Pra melhorar, ainda há as anotações que o tradutor realizou de cada especificidade na tradução de cada poema. E há ainda uma análise da obra de autor e tradutor. É impensável um amante de poemas não ler este livro. E eu nem sou tão fã assim...
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Cakichi 26/04/2024

Manjou muito beiçola!! eu gostei, os poemas são bons e bem significativos. é maravilhoso, mas li com um pouco de preguiça torcendo pra acabar logo

é aquele ditado: o problema não é você, sou eu..... te juro
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Paulo Alves 23/02/2012

Viagem total.
Não gosto muito de poesias, mas esse Charles é bom no que faz. Na maioria das vezes que li esse livro, e foram algumas, eu sentia uma atmosfera de terror, como se a qualquer momento alguém fosse entrar pelo quarto e meu coração sair pela boca. As nuances entre o simbolismo e uma pitada de realidade sombria me fazia acreditar que estava lendo uma carta de um suicida. Acho que por isso Baudelaire é tão conceituado e aclamado pelos leitores de poemas macabros. ( Leitores de poemas macabros, isso eu inventei agora) :P
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Vanessa Sueroz 22/03/2012

As flores do Mal
Para que gosta de poesias o livro é realmente espetacular, cheio de altos de baixos
As Flores do Mal, livro publicado em 1857 pelo poeta Charles Baudelaire, é considerado um marco na produção literária do fim do século XIX. Com suas Flores do Mal, o poeta inventa uma linguagem na qual a realidade grotesca interage com a linguagem sublimada do Romantismo (Auerbach).

(...)
http://blog.vanessasueroz.com.br/as-flores-do-mal/
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