A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket

A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket John Boyne
Oliver Jeffers




Resenhas - A Coisa Terrível Que Aconteceu Com Barnaby Brocket


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Ivi 06/09/2014

A Coisa Terrível Que Aconteceu a Barnaby Brocket
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 36º livro lido em 2014 e foi A COISA TERRÍVEL QUE ACONTECEU COM BARNABY BROCKET (John Boyne). Mais um do John Boyne Ívi? E eu respondo: SIIIIIIIIIMMMMM!!! Mas vou poupar você daquele meu discurso pronto que ele é o meu autor favorito e dele eu leio qualquer coisa!!!

O livro nos traz Barnaby Brocket, um garoto australiano que é diferente de todos os garotos que ele conhece e na verdade, ele nunca soube, nem nos livros fantásticos que ele já leu, que exista algum outro garoto igual à ele no mundo. Barnaby flutua. Isso mesmo, ele voa, ele não consegue manter os pés no chão por mais que poucos segundos e então, se não existe alguma coisa para segurá-lo, ele sai flutuando pelo céu. Isso seria muito interessante para um garoto, praticamente um mega poder de super herói se não fosse por um pequeno detalhe: os pais de Barbany, Alistair e Eleanor odeiam o fato do filho não ser "normal". Tanto o pai como a mãe de Barnaby vivem em uma completa obsessão por nomalidade. Eles querem ser uma família tranquila, sem chamar a atenção, sem sair dos padrões e infelizmente o filho caçula não consegue fazer isso. Barnaby gostaria muito também de ser igual a maioria dos meninos de sua idade, apenas para agradar os pais, mas ele não sabe com manter os pés no chão. Algumas coisas são feitas para que Barnaby se aproxime da normalidade como usar sapatos de ferro ou uma mochila com areia, mas quando ele não está com estes acessórios, ele flutua.

Então uma coisa terrível acontece com Barnaby e em função deste acontecimento grande parte da narrativa se desdobra: Barnaby então segue em uma aventura maravilhosa pelo mundo. Ele flutua pelo céu até bater a cabeça em um balão e vai parar no Brasil. (adorei essa parte). E aí é o ponto de partida para uma viagem ao redor do mundo e em todos os lugares, Barnaby tem a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, algumas adoráveis e outras odiosas, mas que fazem Barnaby amadurecer e durante toda a viagem , tudo o que Barnaby deseja é voltar para Sidney, a cidade que ele considera ser a mais magnífica do mundo e voltar para a sua família.

O livro mesmo pertencendo ao gênero infanto-juvenil, traz uma reflexão muito séria sobre a questão de ser diferente. O livro discorre discretamente sobre o fato das pessoas não se sentirem confortáveis com aquilo que elas não conhecem e desta forma, acabam desenvolvendo preconceitos absurdos. O autor apesar de construir uma história com características infantis, ele aborda a questão de uma forma muito bem feita e é impossível não amar Barnaby do começo ao fim e desejar que ele encontre o seu lugar no mundo, mas além disso, desejar que as diferenças não diminuam o valor que ele tem enquanto ser humano.


Durante a viagem de Barnaby, conhecemos pessoas que sofreram de alguma forma por não se adequarem aos padrões que foram estabelecidos por outras pessoas e ainda que seja surreal o fato de um garoto flutuar, o livro aborda questões muito próximas a nossa realidade e isso fez com que eu me conectasse facilmente com a narrativa.


O livro ainda possui ilustrações fofas produzidas pelo artista Oliver Jeffers. Desenhos sem grande sofisticação, mas intensamente ligados à história. Mais que isso, eu senti em cada ilustração que se alguma criança estivesse lendo esta história e desejasse desenhar algo sobre ela, seus desenhos seriam muito parecidos com o do artista. Isso me deixou encantada.

O livro tem um desfecho lindo e quando eu terminei de ler, estava completamente satisfeita com a solução que Barnaby encontrou para a sua realidade.

Super recomendo a leitura para todo e qualquer tipo de leitor. Acredito inclusive que seria uma leitura muito apropriada para pré adolescentes para que uma discussão séria sobre aceitação fosse levantada. O livro é uma excelente sugestão para que o assunto seja discutido de forma leve mas incisiva.

Talvez esse não seja uma boa indicação para quem ainda não conhece a obra do John Boyne. Mas se você já teve algum contato com a inteligência que este autor tem para administrar as palavras dentro de uma história, tenho certeza que você irá adorar a leitura.
É possível, sabe, vagar até um mundo desconhecido e lá descobrir felicidade. Talvez mais felicidade do que você já tenha conhecido. página 78
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Geraldo 05/04/2015

John Boyne para 8 aos 13 anos
Não sou muito chegado a livros infanto-juvenil, mas resolvi dar uma chance a esta obra, já que é assinada por John Boyne.
Para esse publico,o escritor coloca em sua obra a historia de um menino que tem uma anomalia, ele não consegue se manter no chão, a lei da gravidade não funciona pra ele. Barnaby, nasce numa familia que exige que todos fiquem normais, sempre achando ruim o os outros vão pensar.
O livro aborda um tema muito recorrente entre os adolescentes, a convivência com os diferentes, a diversidade etnica, religiosa, sexual e a deficiência física.
Muito bem escrito para esse publico, vale uma leitura com discussões em sala de aula.

CAPA: 7,5
PERSONAGENS: 8,0
DIAGRAMAÇÃO; 10,0
NARRATIVA: 9,0
CENÁRIOS; 8,0
DIÁLOGOS: 9,0
ENREDO: 7,5

NOTA FINAL: 8,4
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ViagensdePapel 15/07/2015

A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket
Alistair e Eleanor Brocket sempre se orgulharam por serem pessoas normais e por terem uma família normal. Tudo estava perfeitamente normal na vida do casal, eles tinham dois filhos normais e moravam em uma casa normal. Repararam na quantidade de “normal” que eu usei para me referir a família Brocket? Pois é, não foi um exagero meu. Os Brocket realmente se orgulhavam muito por serem normais, nada poderia fugir da normalidade de suas vidas. Até que Barnaby veio ao mundo.

Ao contrário dos irmãos, a chegada de Barnaby não foi nada normal para a família Brocket, desde o parto ele deu um certo trabalho para sua mãe, que sempre foi uma senhora calma. Para o terror de Eleanor, Barnaby não respeita as leis da gravidade, o garoto não consegue ficar com os dois pés no chão, ele flutua!

O pobre garoto nunca conseguiu se encaixar na família, seus pais sempre o mantiveram fechado dentro de casa por terem medo de serem julgados pela vizinhança, afinal, que coisa terrível seria para eles se descobrissem que eles têm um filho que não é normal! Barnaby passa seus dias no teto da casa, que foi todo revestido de colchões para que o garoto não se machucasse. Sua felicidade se resume a isso, passar os dias no teto acolchoado, ler bons livros, e brincar com seu cachorro, o incrível companheiro Capitão W. E. Johns.

Após um período de negação, os pais de Barnaby decidem matricular o garoto em um colégio, pois ele já está na idade de aprender e conviver com outras crianças além de seus irmãos. Mas, para a infelicidade dos pais, após um passeio Barnaby acaba atraindo muito a atenção e isso irrita seus pais, que decidem tomar uma atitude drástica. Eles resolvem abandonar Barnaby e esquecer que o garoto existe.

Não briguem comigo, pois isto não é spoiler rsrs na sinopse já está implícito que essa coisa terrível acontece. Como pode uma mãe resolver abandonar o próprio filho, só porque ele não é normal o bastante para ela? Esse livro me deixou revoltada em muitos momentos, a maneira como eles tratam Barnaby é muito maldosa, não consigo nem imaginar pessoas tão ruins a ponto de abandonar uma criança. O triste é pensar que casos assim acontecem na vida real.

“Um minuto depois ele subira tanto que sua voz não era mais audível. Sua mãe, seu cachorro e a magnífica cidade de Sydney desapareciam logo abaixo. Sem colchão para impedir que ele fosse mais alto, Barnaby Brocket simplesmente continuou subindo, incerto quanto ao que lhe poderia acontecer.”

Depois de ser abandonado, Barnaby inicia uma verdadeira aventura. Ele conhece novos países e faz muitas amizades pelos locais que passa. O interessante é que o autor usou cada personagem que cruza o caminho do garoto para nos passar uma lição. Ao mesmo tempo em que odiamos a família dele, percebemos, por meio desses personagens, o quanto a família é importante, e que devemos deixar as mágoas no passado. Ele tenta voltar para casa de qualquer jeito, e está disposto a enfrentar tudo o que vier para encontrar sua família novamente.

John Boyne conseguiu fazer um trabalho incrível com essa história, por mais que eu tenha ficado irritada em alguns momentos, eu consegui entender cada rumo que o autor tomou. Ele soube transmitir exatamente o que se passa na cabeça de uma criança, a inocência e como a esperança é a chave para manter nossos sonhos vivos. Mesmo sabendo que foi abandonado, Barnaby acredita, de todo o coração, que sua mãe se arrependeu do que fez, e o espera de braços abertos.

“Ele fora mandado embora de casa por ser diferente dos outros garotos e, embora houvesse aprendido muito em suas viagens, ainda não tinha aprendido a ficar com os dois pés no chão.”

A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket, é uma história muito bonita, e no meu ponto de vista, apesar de fazer parte de um catálogo de livros infantis, não é bem uma história para crianças. A leitura não fluiu muito no início e é um pouco arrastada, acredito que isso é mais uma implicância pessoal pois eu ficava irritada com algumas situações e perdia o foco da leitura rsrs.

Leia mais em:

site: http://www.viagensdepapel.com/2015/06/a-coisa-terrivel-que-aconteceu-com.html
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Lane @juntodoslivros 17/07/2015

Ou seria A Coisa Maravilhosa Que Aconteceu com Barnaby Brocket?
Sabe aqueles livros que são impactantes e te fazem se emocionar e chorar? Esse livro não é assim. Ele tem o impacto, mas não faz você chorar. Na verdade ele te faz sorrir. Ficar com um sorriso bobo no rosto, como quando aprendemos algo novo e conseguimos fazê-lo.

A Coisa Terrível Que Aconteceu com Barnaby Brocket na verdade foi a coisa mais maravilhosa que aconteceu com Barnaby Brocket.
A história trata de um garoto que é bem diferente. Esse é Barnaby Brocket. Ele nasceu em uma família normal. Os pais de Barnaby se orgulham de não chamarem atenção de ninguém, de seus trabalhos serem normais e receberem um salário descente condizente com o que fazem.

“Levava uma vida normal, numa casa normal, num bairro normal, onde fazia coisas normais, do jeito normal. Sua esposa era normal, assim como seus dois filhos.” Página 9

Porém, tem apenas um pequeno “problema” nessa perfeição toda. Seu terceiro filho não é “normal”. Ele flutua.

“Barnaby Brocket, terceiro filho da família mais normal que já se vivera no hemisfério Sul, estava provando ser tudo menos normal, pois recusava-se a obedecer à mais fundamental das leis. A lei da gravidade.” Página 18

E agora? Os pais não gostam nada dessa anormalidade de seu filho. Eles o culpam por não seguir a normalidade da família. Não passa pela cabeça deles que Barnaby não controla seu senso de equilíbrio. Que na verdade, ele não para de flutuar porque não quer ou por birra, mas pelo simples fato de que ele não sabe como ficar no chão.

“– Eu não sei como descer. – disse Barnaby. – Eu sou assim.
– Então me desculpe – disse Eleanor, balançando a cabeça e finalmente baixando o tom de voz – Mas sou forçada a dizer que não gosto muito de como você é.” Página 41

Barnaby vive escondido dos olhares de todos. Raramente saía e se fosse para ficar fora de casa, era apenas para pegar sol amarrado no varal de roupa. Quando chega a época de Barnaby ir para a escola, a escolha perfeita seria uma escola longe dos olhares curiosos dos amigos e vizinhos. Óbvio que a escola escolhida teria que ser bem peculiar. Apenas para garotos desajustados.

Agora com oito anos de idade, os pais vêm que Barnaby não está em uma fase e não irá ficar no chão. As consequências do seu ato “rebelde” de não ficar no chão, trazem grandes aventuras pelo mundo. Para um garoto que passou oito anos de sua vida apenas flutuando em casa escondido de todos, sendo a vergonha dos pais, significa agora a chance de conhecer o mundo. Porém, tudo o que ele mais quer é voltar para casa. Mas até chegar lá haverá muitas aventuras. A volta para casa trás ao nosso pequeno aventureiro muito conhecimento de outras culturas e costumes.

O livro é cheio de imagens de alguns momentos narrados pelo autor, o que deixa o livro mais interativo. A diagramação está perfeita, assim como essa história.

Esse foi o segundo livro do John Boyne lido por mim. Do primeiro eu gostei, mas por esse, eu me apaixonei. O autor abraça o diferente. Não teve medo de arriscar a temática da não aceitação para certos desejos e vontades de tantos personagens que deram o ar de sua graça nessa história. Eu não sabia o que esperar do final. Estava torcendo por algo "aceitável", mas foi algo impossível de acontecer. Grata! Palmas!

Uma história tão singela e marcante pela visão de um menino flutuante. Um dos favoritos do ano para mim. O que acontece com ele é terrível, mas abriu o maravilhoso também.

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/07/a-coisa-terrivel-que-aconteceu-com.html
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Marcos 19/10/2015

Desde que nasceu, Barnaby Brocket sempre foi diferente dos de sua família. Enquanto todos andavam normalmente, ele flutuava como um balão de gás. Assim que nasceu, o médico não conseguiu pegá-lo nos braços, pois ele foi automaticamente para o teto, para o espanto de todos presentes. Isso ocasionou um grande desconforto para a sua família, que era extremamente normal. Alistair, seu pai, Eleanor, sua mãe, e seus irmãos mais velhos faziam tudo para serem comuns, para agirem como todos agem pensarem como todos pensam e apenas fazerem aquilo que todo mundo fazia.

Com a chegada de Barnaby à essa família, tudo literalmente ficou de pernas pro ar. Por mais que o médico dissesse que aquilo seria só uma fase e que logo passaria, os Brocket não admitiriam que alguém de sua família não fosse normal. Logo, nosso pequeno protagonista seria considerado um grande problema e um fardo a ser carregado. Como explicar para os vizinhos tamanha anormalidade? O que os outros iriam pensar ao ver Barnaby ser carregado como a um balão pelas ruas? Lógico que ele jamais poderia ser visto em público e, por isso, passou sua infância trancado dentro de sua casa, deitado nos colchões do teto e lendo os livros das prateleiras mais altas das estantes.

Quando finalmente sua família decide colocá-lo em uma escola especial para crianças diferentes, Barnaby começa a se destacar de seus colegas e, ao fazerem uma visita escolar, ele chega a aparecer na TV e nos jornais por ter conseguido um grande feito. Foi o estopim para que os Brocket resolvessem dar fim ao seu caçula. Eleanor o leva a uma praça com uma mochila cheia de areia para, sem seguida, cortar o seu fundo e deixá-lo voar sem rumo. Começa então a jornada do pequeno herói, onde ele conhecerá diversas pessoas, passará por vários locais, incluindo o Brasil, e evoluirá sua mente e sua visão de mundo e da humanidade.

A Coisa Terrível que Aconteceu com Barnaby Brocket é um livro infantil escrito por John Boyne, autor irlandês, que se tornou um dos meus favoritos da vida. Nele temos um conto infantil, com várias temáticas pertinentes a essa faixa etária, mas que extrapola em sua narrativa e se estende para todas as idades.

O livro traz temáticas extremamente pertinentes atualmente. Começando pelo protagonista, que trabalha bem o tema de ser diferente em um mundo dito como normal. A construção do núcleo principal feita pelo autor é excelente e aborda justamente o conceito de ser normal, o olhar para as minorias, para o não convencional e para como lidamos com isso. Barnaby representa o preconceito que tanto assola nossa sociedade atual e, sobretudo, o medo que algumas pessoas tem de ter alguém diferentes em seus núcleos familiares.

Barnaby é um personagem muito cativante. Por vezes sentia vontade de entrar no livro e lhe dar um abraço. A forma como sua jornada se desenvolveu e a maneira como ele expandiu seu universo, passando a ver o mundo com outros olhos, é deliciosa de ser acompanhada.

Falar que a narrativa de John Boyne é impecável chega a ser redundante. O autor vem demonstrando que consegue trabalhar muito bem com o público infantil, adaptando a sua escrita e trazendo de forma suave e sensível, temáticas importantes que devem ser debatidas com esse público. O projeto gráfico do livro também está muito bom. Todo o miolo foi impresso em tinta azul, tanto as ilustrações, quanto o texto, o que proporciona uma leitura muito agradável.

Recomendo a todos que gostem do autor e a todos que tenham filhos na faixa etária de 7 anos em diante, para se trabalhar essas temáticas de forma muito mais interessante e com a genialidade do autor.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2015/10/resenha-coisa-terrivel-que-aconteceu.html
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Phablo Galvão 22/11/2015

Celebrando as diferenças
Vamos falar das nossas diferenças? Pra comecar, o que é ser normal? Essa pergunta parece bastante simples, mas um pouco complicada de se responder, tendo em visto que o normal para um pode não ser para o outro, uma clara questão de ponto de vista. E vamos combinar que levar essa discussão, das diferenças, esteja bastante oportuna nesta nossa atualidade. O quanto de exemplo, muitas vezes tão banais, não vemos por aí cheios de intolerância e de falta de compreensão que cada pessoa tem o seu modo de ser único e que todas essas nossas diferenças tem mais é que ser celebrada do que condenada.
E justamente com esse tema, bem atual, que o autor John Boyne leva para o público infanto-juvenil com o seu 'A Coisa Terrível que Aconteceu com Barnaby Brocket.' Gosto muito das histórias do Boyne e por isso a escolha desse seu livro juvenil, sem nenhum preconceito. E vou dizer, não me arrependi em nenhum momento dessas 256 páginas.
E foi com essa historinha que 'inaugurei' a linha juvenil do Boyne, e de cara me surpreendi. Achei fantástico a escolhe desse tema para esta história. Não sou nenhum pedagogo, mas acho importantíssimo trabalhar com as crianças o ensino das diferenças. Por que ninguém é igual a ninguém. E a falta dessa compreensão pode estar na raiz dessa falta de amor presente nesse mundo
Vamos ao livro, em 'A terrível coisa...' somos apresentados ao menino Barnaby de oito anos que nasce sem obedecer a lei da gravidade. E esse pequeno detalhe faz com que ele não se segure ao chão. Barnaby diferente de nós, flutua. Esse problema gera uma guerra de conflitos internos em seus pais, que se consideram pessoas perfeitamente normais. E o fato do seu filho mais novo flutuar é motivo de vergonha para ambos.
Sem spoilers, a história avança com o próprio menino se aventurando para compreender a sua propia condição e o final é bem bacana. Esse é sem dúvidas um livro que vou guardar para ler para os meus filhos.
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Samuel Simões 03/12/2015

Profundo e tocante!
Meu primeiro contato com John Boyne e curti bastante a leitura! É quase impossível não se apegar ao Barnaby Brocket pois ele é um personagem que mostra como o ser humano pode ser puro,generoso e simples..Um livro realmente LINDO, e deve ser lido com toda certeza! A mensagem que o livro traz é algo muito bonito e profundo sobre as diferenças que nós seres humanos tanto temos e não sabemos lidar.
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Thalita Branco 11/12/2015

Resenha ~ A Coisa Terrível Que Aconteceu Com Barnaby Brocket - John Boyne
Conheci a escrita de John Boyne graças aos seus livros de ficção história como O Palácio de Inverno e O Pacifista. É inegável dizer que o cara é versátil. Escreve romance histórico, livro de terror e livros infanto juvenis. E A Coisa Terrível Que Aconteceu Com Barnaby Brocket é um livro puramente infanto juvenil.


Na história, a mãe e pai de Barnaby, Alistair e Eleanor Brocket, são um casal enfadonhamente normal, cujo maior desejo é viver de um jeito normal e criar seus filhos normais. Até que Barbaby nasce e só para quebrar a rotina… flutua!

Desde o nascimento, os pais, principalmente Eleanor, ficam horrorizados com seu filho anormal. Temem acima de tudo as possiveis críticas e mexericos vindos de amigos e vizinhos sobre o estado flutuante de Barnaby. Até que num ato extremo, resolvem “soltar” Barnaby e deixa-lo flutuar livremente por si mesmo. O garoto de oito anos se vê então em uma aventura, flutuando pelo mundo (inclusive pelo Brasil!) e conhecendo pessoas tão ou mais diferentes que ele.

Ao público proposto, A Coisa Terrível Que Aconteceu Com Barnaby Brocket é um prato cheio. Além da fantástica abordagem sobre compreender e aceitar as diferenças, próprias e de terceiros, o livro trata também sobre respeitar as vontades da criança. Sabe quando papai e mamãe querem que a filhinha linda faça aulas de balé clássico enquanto a criança quer mais é lutar judô? Bem isso.

Para os demais públicos acredito que aí vai depender. As vezes estamos com o “espirito da coisa” para ler ou fazer algo. Pois então. Eu não peguei o espirito do livro. Não consegui me cativar com a história, e por mais que pensasse que o livro é infantil foi difícil aceitar certas situações absurdas. Mas pelo menos a escrita é fluída e a leitura rende bem. As páginas trazem inúmeras ilustrações fofas de Oliver Jeffers.

Tive bastante dúvidas no momento de dar nota a esse livro. Ao público alvo, ele é excelente, seria nota cinco sem pensar duas vezes. Mas como leitora já bem distante do público alvo (me sentindo idosa…) a leitura não engrenou. Portanto, três e meio para ficar no meio termo. Por mais infantil que o livro seja, a mensagem pode atingir pessoas das mais variadas idades. E por mais que eu não tenha gostado de todo, me atingiu também. Pois afinal, o que é ser normal?

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Douglas P Da Silva 29/03/2016

Super indico!
Esse livro, A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket é do John Boyne, traz valores muito importantes, é para todas as idades .
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@plataformadolivro 11/01/2017

Eleanor e Alistair são advogados incrivelmente chatos que prezam a normalidade, mas com motivos plausíveis para serem assim. Seus filhos Henry e Melanie são normais, mas Barnaby flutua logo ao nascer. Eles o consideram uma aberração e acham que ele não para porque não quer, mas ele é assim. O único que não o achava estanho era seu cão Capitão W. E. Johns.
Resolvem matriculá-lo na Academia Graveling para Crianças Indesejadas, onde há outras crianças que também não são normais, mas ela pega fogo.
Quando sua mãe o abandona e ele sai voando mundo afora, anda de balão e conhece o Brasil, viaja de trem até Toronto, assiste a um jogo de futebol, foi sequestrado pra ser exibido como uma aberração em um circo, pulou de bungee jump e de paraquedas e passeou pelo meio-espaço.
"Maridos são criaturinhas nojentas e fedidas. Sempre vadiando, inúteis que são. Bebem, apostam nos cavalos, só acham desculpa para não arrumar a estante torta da cozinha. Fazem barulho que nem porcos e soltam cheiros repulsivos de partes inconcebíveis daqueles corpos horrendos, enquanto ficam jogados na poltrona, assistindo aos esportes."
Vale mesmo a pena ser igual a todo mundo ou é sua singularidade que te torna especial?
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Juncok 02/05/2017

Bom D+
Esse é um.livro extremamente infantil, com uma linguagem infantil, então ao ler, não espere nada fora disso. Também tem historias diferentes, mas que contam a mesma coisa, e esse com certeza será um livro que irei ler para os meus filhos. As historias são fantásticas e drásticas ao mesmo tempo, vale muito à pena ler.
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Luan 30/06/2017

Maior metáfora da sociedade atual, A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket tem muito a nos ensinar.
Na maioria das vezes, as histórias contadas em livros são criadas a partir de uma situação vivenciada ou de uma mensagem a ser passada e que pode ser narrada para chegar ao máximo de pessoas ao redor do mundo. Cada livro traz um significado nas entrelinhas como forma de disseminar uma boa ideia. Em A coisa terrível que aconteceu com Barnaby Brocket, isso está escancarado – de forma muito positiva – logo nas primeiras linhas. É um livro que passa uma lição sobre as diferenças, retratando exatamente como vive a nossa sociedade intolerante nos dias de hoje. É o melhor retrato dela – puro e doentio.

Barnaby Brocket é o protagonista improvável do livro, que se passa em Sidney, na Autrália. Ele é filho de Alistair e Eleanor Brocket, um casal que prima por viver da forma mais normal possível. Não gosta de chamar a atenção. Não gosta de se sobressair aos demais. Um casal que não quer a narrativa da vida saia das linhas retas de um papel. E foi assim quando nasceram os dois primeiros filhos. Eles se orgulhavam de ter uma família tradicional e normal. Mas tudo isso mudou até que nasceu Barnaby, um menino que flutuava em vez de caminhar. Normais que eram, os pais dele não achavam isso uma coisa certa e passaram a viver retraídos, temerosos pelo que esse fato poderia acontecer.

Recheado de aventuras e lições, o livro vai narrar um pouco da trajetória difícil de Barnaby e a dificuldade que é em ser diferente daquilo que os outros esperam das pessoas. Ou seja, é o retrato da nossa sociedade diante de uma pluralidade tão grande de gostos e tipos. Os pais são pessoas ruins que tentam ser normais diante de situações diferentes. O ponto alto do livro é quando a tal coisa terrível acontece com o pequeno, exatamente quando está com oito anos. Mas é também quando a vida dele se transforma radicalmente e ele passa a entender um pouco mais que ser diferente é normal, é o normal dele e o importante é ele aceitar isso. E é nesse momento que a mensagem que o autor quis passar se torna ainda mais clara, com vários novos personagens provando que a diferença existe e precisa ser respeitada.

Por mais incrível que eu tenha achado o livro, ele tem vários problemas facilmente observados. Mas em função da história tão poderosa, eu consegui relevar em vários momentos. Mas, principalmente por se tratar de um livro infantil. Sim. O público direto a que se destina "A coisa terrível" é o formado por crianças e adolescentes. Mas isso não quer dizer que os demais não possam ler. Muito pelo contrário. Não só podem, como se torna uma obrigação para todo jovem e adulto lê-lo. Além disso, ainda temos uma forte influência do Brasil na história.

Alguns acontecimentos narrados, fatos vividos especialmente pelo protagonistas, são bizarros e totalmente irreais. Mas estamos diante de um livro. Um dos poucos lugares onde nossa imaginação de fato pode ganhar asas. E, no fim, o importante é que a mensagem é passada. E isso ele consegue. Outro problema que observei é que, talvez por ser um livro infantil, o autor não teve tanto cuidado em se aprofundar na história. Às vezes parecia um pouco superficial. Isso se aplica também ao detalhamento dos diálogos. Em alguns momentos, eles eram frios e mecânicos. Faltou um pouco de sentimento e profundidade na hora de descrevê-los.

No entanto, assim mesmo, a história é muito prazerosa de se ler. A escrita do John Boyne é muito fácil e a leitura flui muito rapidamente. Ele não esconde a mensagem que quer passar e isso é o grande "barato" da história. Ele ainda conseguiu construiu um protagonista incrível. Barnaby é inocente, sincero e inteligente na medida certa. É carismático. Se torna quase impossível não torcer por ele na improvável aventura em que ele acaba se metendo. A capa do livro também é linda. Não tinha parado para observar, mas, de fato, é muito bonita a combinação de cores. A diagramação e revisão estão bem cuidadas. Aliás, o livro é escrito ATÉ POR UMA COR DE FONTE DIFERENTE E EU ACHEI ISSO INCRÍVEL - afinal, quem disse que a cor preta é a correta em livros?

Um livro em constante movimento, "A coisa terrível" caminhou muito bem para o seu fim. Inicialmente fiquei um pouco temeroso com o que o John poderia ter preparado. Mas fiquei muito satisfeito, embora esperasse uma mensagem mais forte sobre ACEITAÇÃO. Apesar dos vários probleminhas, que podem e devem ser relevados, a história é tocante, pontual, atual, uma verdadeira lição de vida para todos nós. Poucas vezes vi um livro querer passar uma lição tão forte sem ser tão chato ou piegas. Esse conseguiu ser incrível. Achei a ideia sensacional e me pergunto como não pensaram antes. Sem dúvida, é uma das maiores e melhores metáforas da sociedade atual, uma sociedade intolerante. Uma lição que todo mundo deveria ler. Mesmo com várias ressalvas, que me fariam diminuir a nota em outros livros, acho que não consigo dar menos do que cinco pra esta obra tão importante.
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Beija-flor 08/07/2017

Cativante!
Barnaby flutua. Mas o que tem de errado com isso? Ninguém acha isso, exceto seus pais, que vivem uma vida normal e detestam tudo que (argh!) é diferente. Por isso eles tomam uma decisão terrível: Mas que, afinal, pode não ser tão terrível assim...
Barnaby é doce, é inocente, é um bom menino. Em meio a pessoas, aventuras e experiências incríveis, ele enfim entende que o problema pode não ser com ele...

Não achei o melhor do John Boyne, comparado com Noah e O Menino do Pijama Listrado, outros títulos infanto-juvenis, mas mesmo assim o nível é alto e a escrita singela, a história nos deixando com um gostinho de quero mais..
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Paolo 07/03/2018

Quero ler
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Maria.Cecilia 12/07/2018

Barnaby
Que livro maravilhoso. O autor explora a visão limitada de algumas pessoas. O que é normal e o que não é?
Como enfrentar obstáculos e viver sua vida sem se preocupar com os outros.
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