A Menina Que Semeava

A Menina Que Semeava Ronald Anthony




Resenhas - A Menina Que Semeava


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Brilho 07/10/2013

Um livro maravilhoso
Eu adoro livros de fantasia e foi isso que me chamou primeiramente a atenção e ao ler a sinopse eu quase desisti de ler este livro pois evito ao máximo ler algo que me fará chorar, ficar deprimida e por fim vir a odiar o livro, que é o que geralmente acontece quando leio algo que me faz sentir tudo isto. Neste a garota tem câncer e seu pai cria junto com ela um mundo imaginário "Tamarisk" onde ela pode se refugiar e esquecer sua doença.
Eles descobriram esta doença enquanto ela era criança e ao construir este mundo imaginário o câncer regrediu, porém com o passar do tempo tudo na vida deles deu errado e por conta de um casamento desfeito pai e filha quase não se viam mais e até o mundo imaginário foi esquecido porém ele não deixou de existir assim como as criaturas magicas que existiam nele também não. Quando Becky completou 14 anos foi constatado que a doença retornou e ao mesmo tempo o mundo imaginário foi atingido por um mal que se pensava ter sido erradicado e que estava tomando conta do reino e matando toda a plantação nele existente evitando assim que suas criaturas pudessem se alimentar.
Dá pra imaginar o porque de tudo isso estar acontecendo não é mesmo? O livro é lindo, emocionante comovente e me fez chorar. Porém tem a ressalva de ter gostado muito dele pois o autor do livro soube trabalhar muito bem a história mesclando os dois mundos e me envolveu nele completamente. Não tem como explicar sem que solte spoiller então vou dizer somente isso. LEIAM O LIVRO pois irão amar e se deliciar com uma história muito bem contata e tenho certeza não se arrependerão.
Para terem uma ideia Lou trabalhou tão bem os personagens que nenhum deles se tornou cansativo ou melodramático deixando o trabalho dele maravilhoso e presenteando cada um de nós com um livro lindo e apaixonante.
O reino de Tamarisk neste livro é um caso a parte e é tão lindo que me fez sonhar acordada e Miea a rainha deste reino é fabulosa e encantadora e me conquistou logo de cara.

site: www.brihodasestrelas.com.br
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Potterish 07/10/2013

A cura real está no imaginário
“A Menina que Semeava”, por Lou Aronica.

Chris é um homem maduro, um excelente botânico e um ótimo pai para sua filha Becky, uma adolescente de 14 anos que, além de todos os problemas que um adolescente normal enfrenta, ainda tem que lidar com a difícil separação dos pais. Polly, sua mãe, é extremamente rígida e intolerável quando o assunto envolve Chris, seu ex-marido, e, sobretudo, aquela “história fantasiosa de Tamarisk”.

Tamarisk foi ideia de Chris num dos momentos mais difíceis da família e se tornou o seu refúgio quando Becky teve leucemia aos cinco anos. Criar histórias sobre um mundo imaginário com a filha todas as noites antes de dormir foi à maneira encontrada pelo pai para tentar amenizar os sofrimentos do tratamento. Mas Becky agora cresceu e criar histórias sobre um mundo imaginário virou coisa de criança.

O relacionamento entre Becky e o pai não é dos melhores desde a separação e as visitas semanais ao apartamento dele têm sido cada vez mais monótonas. Porém, uma incrível descoberta pode mudar tudo.

“- Pai, você não vai acreditar nisso: Tamarisk é real.”

Sem qualquer intenção, Becky se vê dentro daquele mundo imaginário que ela mesma ajudou a criar, podendo ver, sentir e ouvir tudo aquilo que a pouco, para ela, não passava de imaginação. Durante as visitas semanais a Tamarisk Becky encontra uma grande amiga, Miea, uma jovem princesa que se vê obrigada a assumir um reino cheio de problemas diplomáticos e ameaçado por uma praga que está devastando rapidamente toda a vegetação. Como se não bastasse, o câncer de Becky voltou ainda mais agressivo, restando-lhe apenas mais alguns dias de vida.

Miea precisa da cura para salvar seu reino. Becky precisa salvar a própria vida. Alguém terá que se sacrificar pelo bem do outro. Uma história sobre amor incondicional, superação, determinação e imaginação sem limites, que faz você refletir sobre os poderes da mente e da fantasia. Será mesmo que as histórias acabam após a última página do livro?

“A imaginação cria coisas infinitas.”

Resenhado por [Rafael Duarte].

415 páginas, Editora Novo Conceito, publicado em 2013.
*Título original: Blue.

site: http://clubedolivro.potterish.com/2013/10/resenha-a-cura-real-esta-no-imaginario/
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Pedro Martins 08/10/2013minha estante
Pretendo ler esse livro, esta na minha lista de leituras (infinita)!




Polyana Pinheiro 05/10/2013

A Menina que me encantou
De começo pensei que não gostaria do livro. Apesar de nunca ter lido sick-lits, o fato de abordar doença me incomodava. Gosto de ler livros que me façam rir e me deixem feliz, pensei que ficaria muito pra baixo com essa leitura. Mas sou fã de fantasia e acabei me rendendo aos encantos dessa bela obra. A leitura foi rápida e gostosa.

Narrado em terceira pessoa, o ponto de vista é intercalado entre os principais personagens, real e fantasia, passado e presente, e um ser misterioso. Por esse fato, o começo é confuso, o leitor não é devidamente apresentado á situação, ás coisas que estão acontecendo, mas tudo vai se revelando e se interligando aos poucos. O modo como o autor une realidade e fantasia é incrível, e em poucas páginas é impossível não se ver preso na estória. O livro conta com uma riqueza de detalhes impressionante, que nos absorve do início ao fim. A leitura nos oferece um misto de sentimentos, e se engana quem pensa que o final é previsível. A estória acaba de um modo que nunca imaginaria, me arrancando lágrimas, mas ao mesmo tempo, me fazendo sorrir. (Me segurando para não soltar spoilers)

"Ele sabia que os gritos sustentavam histórias. Sussurros, no entanto, davam início á elas." - pag 21

"A imaginação cria coisas infinitas." - pag 95


Um livro onde realidade e fantasia se encontram, que passa a importância de termos esperança e nunca deixar de sonhar. Mostra que as pessoas que nos amam estarão do nosso lado para o que der e vier.

Essa capa é linda demais. A diagramação é perfeita e simples, e a fonte tem um tamanho muito agradável. O nome do livro e autor é em auto-relevo e a lombada - amarela - fica linda na estante.


site: http://www.desenrolagabriola.com/2013/09/resenha-literaria-10-menina-que-semeava.html
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Gíh Santos 02/10/2013

Resenha do Blog Livros Lovers
Becky ainda criança provou em como a vida pode ser difícil, aos 5 anos ela teve Câncer, mais especificamente leucemia. Nesta fase difícil, seu pai Chris, um pai que ama a filha acima de tudo, teve a ideia de criar um novo mundo. Juntos, pai e filha irão criar um mundo de fantasia chamado Tamarisk, assim ocupando a cabecinha desta criança, eles literalmente criaram um novo mundo, pensando em simples detalhes como; reinado, arvores, cores, cheiros, em até desenvolver novas especies e jogos, civilizações, é uma grande criação.
Entretanto, hoje Becky com 14 anos, a algum tempo decidiu que já era hora de deixar Tamarisk de lado, em sua infância. Agora ela vive com a mãe casada com outro homem, e a relação tão bela entre pai e filha fica estremecida. Mas tudo muda quando sua doença retorna, e seu pai e Tamarisk são os únicos a representarem algum tipo de esperança para Becky.
"Pai, você não vai acreditar nisso: Tamarisk é real."
Neste contraste de mundo real, conhecemos Tamarisk e somos apresentados a todo o reino pela princesa Miea. Tamarisk é belíssimo, a vontade que temos é de poder viajar para lá para conferirmos tudo por nós mesmos. Mas, como Becky, este mundo também esta doente, e o que será necessário para ambos se curarem?

CONTINUE LENDO>>>

site: http://livroslovers.blogspot.com.br/2013/08/resenha-menina-que-semeava.html#.UkyjmNLUmHs
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Neiva 02/10/2013

Pra chorar e se emocionar
A Menina que semeava é um livro que mistura ficção e fantasia à uma história fantástica de uma garota de 14 anos que tem câncer.
Os pais de Becky se separaram há quatro anos e desde então ela vem passando um curto espaço de tempo com seu pai Chris, com quem teve uma ligação fortíssima no passado, quando os pais ainda estavam juntos, numa época em que teve que lidar com sua doença ainda sendo uma criança de 5 anos.
Nessa época, para amenizar o sofrimento da filha, Chris decidiu que juntos eles criariam um mundo de fantasia, um reino com rei, rainha, princesa e tudo mais, onde tudo era lindo e perfeito, e chamaram este lugar de Tamarisk. Lá, havia pássaros exóticos, plantas diferentes e brilhantes, aromas e gostos fantásticos... Inexplicavelmente esse mundo de fantasia acabou contribuindo para a remissão de Becky e durante um longo tempo ela não teve mais que lidar com a terrível doença. Nesse meio tempo porém, houve a separação dos pais e Becky nunca conseguiu lidar bem com isso. Envolta em ressentimentos ela acabou distanciando-se gradativamente do pai, até quase serem dois estranhos. Para Chris era insuportável ver a filha apenas nos fins de semana e ter que lidar com sua apatia e indiferença. Como ele queria tê-la perto outra vez... Mas nenhum dos dois poderia imaginar que seriam novamente unidos pela história de fantasia de uma garotinha inocente e um pai desesperado em fazê-la sentir-se melhor.
Becky começa a sentir que o câncer está voltando e não quer contar aos pais os sintomas que vem sentindo. É inevitável começar a relembrar do tempo em que esteve doente e do lugar onde ela e o pai chamavam de Tamarisk. E então algo surpreendente acontece. Em uma noite, na mesma cama onde ela dormia quando pequena e que agora está no apartamento de seu pai, ela é levada para o reino de fantasias que criou e descobre que sem querer ela e Chris contribuíram para a criação de um lugar que existia não apenas em suas mentes, mas era real, com tudo aquilo que criaram e muito mais.
Entretanto esse lugar fantástico está sendo ameaçado por uma praga que está acabando com a plantação do Reino de Tamarisk, a rainha Miea está desesperada e a chegada de Becky traz novas esperanças aos tamariskianos.
Uma história linda do amor incondicional e desmedido de um pai por sua filha.
Eu fiquei com uma vontade louca de ter lido este livro quando tinha 13 ou 14 anos. No livro o autor deixa claro em sua história que Tamarisk é real, mas eu demorei bastante tempo até conseguir entrar no clima, aliás, talvez só tenha conseguido mesmo no final. Fato é que não pude deixar de comparar Tamarisk com o céu, aquele mundo onde todos nós sonhamos, sabemos que é real, mas só poderemos entrar um dia... E para um bom entendedor meia palavra basta rs.
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Moonlight Books 29/09/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Começamos este livro tendo uma visão de quatro situações diferentes: um ser misterioso que escuta o som do universo; uma princesa que perdeu os pais em um acidente e agora precisa provar, mesmo com a pouca idade, ser digna de governar seu reino, o que não é nada fácil já que o local enfrenta uma praga terrível; um homem que sofre com a distância da filha após o divórcio e uma menina que teve leucemia, curou-se, mas percebe agora, o retorno da doença. Estas histórias aos poucos vão sendo ligadas, e vemos assim, uma mescla de realidade e fantasia, símbolos de um grande amor.

Becky teve leucemia muito jovem, e durante o tratamento teve o privilégio de ter ao seu lado um pai amoroso, que foi capaz de criar um mundo de fantasia somente para ajudar sua filha neste fase complicada. Eles dividiam, noite após noite, um conto de fadas diferente, não algo tradicional com Cinderela ou Branca de Neve, e sim um mundo vindo de suas mentes, o universo de Tamarisk, com suas criaturas únicas e seus aromas doces e acolhedores.

Curada, a menina sofreu com a separação dos pais, morando com a mãe, acabou perdendo aquela cumplicidade com o pai, no entanto, um dia, Becky descobriu que seu mundo de imaginação era real, e isso aproximou pai e filha outra vez, pena que por audácia do destino, a doença retornou.

Confesso que no começo fiquei confusa com tantas situações, cada capítulo tratando de um local e de pessoas diferentes, me fez questionar se era um livro de fantasia ou não, logo que tudo foi unido, comecei então a me sentir mais tranquila e muito curiosa.

Eu adoro mundos fantásticos, e quando humanos invadem este espaço e interagem com seus habitantes, no estilo As Crônicas de Nárnia, acho fascinante, mas neste livro eu não conseguia acreditar na fantasia, por mais e mais elementos que o autor apresentasse da interação de Becky e Tamarisk, eu não fui convencida, parecia que tudo estava só na cabeça da menina,e quando o pai dela entra nesta onda, eu comecei a ver com outros olhos, como se Tamarisk fosse um refúgio da realidade, uma forma de suavizar a dura realidade de uma criança com leucemia.

A atitude do pai em relação a filha é muito bonita, mas acreditem, não me emocionei, eu atribuo o fato a questão de não ter filhos, e por isso, não foi algo que mexeu comigo, que trouxe uma identificação, possivelmente pais e mães sejam tocados de forma diferente e fiquem sensibilizados com a trama. Por outro lado, a questão do divórcio fez mais sentido, afinal sou filha, e achei muito, mas muito mesquinha a atitude da mãe de Becky ao afastar a menina do pai, se ela tinha problemas com o marido não era justo fazer da menina um cabo de guerra. De qualquer forma, a história é de amor, o amor incondicional de um pai por seu filho.

Os personagens são pessoas bem comuns, que poderíamos encontrar em qualquer lugar, não existe aqui aquela pessoa perfeita, tirando a parte de Tamarisk, suas vidas são como as nossas.

Para cada leitor, este livro trará uma interpretação diferente, é um livro que está ligado no que acreditamos e no que somos, e até mesmo no que estamos vivendo no momento. No meu caso, vi como um símbolo de fé, esperança e amor. Também de força para lutar por algo que desejamos ou por aqueles que amamos.

Eu senti falta da abordagem de alguns pontos, sinceramente um livro somente sobre Tamarisk seria interessante, mas com certeza, esta falta de esclarecimentos foi intencional por parte do autor, pois como eu disse, cada um interpreta esta história de um jeito, e ele deve ter deixado esta abertura exatamente para isso.

Um livro sensível e singelo, a leitura é rápida, mas foi uma história que não mudou nada para mim, é um livro que não mexeu comigo, não odiei, nem amei, simplesmente algo que li. Não é ruim, então leiam para tirar sua conclusões.

site: www.moonlightbooks.net
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Bruna 27/09/2013

O livro conta a história de Becky, que quando era pequena teve leucemia e para ajudar a superar essa fase seu pai Chris cria junto com a pequena um mundo mágico chamado Tamarisk. Quando Becky vira adolescente ela não quer mais saber de ter um bom relacionamento com o pai, nem de falar mais sobre Tamarisk, mas alguns acontecimentos fazem com que ela volte a se interessar por esse mundo, o que também faz com que se reaproxime do pai.
Tamarisk serve para reaproximar pai e filha, mas não é apenas um simples detalhe no livro. Este mundo é o que deixa o livro incrivelmente delicioso de se ler. É como “a fantástica fábrica de chocolate”, aquele lugar que você consegue imaginar todos os detalhes, e mais ainda, aquele lugar que você deseja conhecer.
Tenho o costume de ler antes de dormir e este livro me fez muito querer sonhar com Tamarisk e querer estar lá, assim como Becky e seu pai. Um livro maravilhoso, que consegue entrelaçar questões muito delicadas, como uma doença grave e um relacionamento conturbado entre pai e filha, com um mundo de fantasia delicado e envolvente. Com certeza um dos melhores livros que li este ano.
Para concluir, a diagramação é muito agradável e proporciona uma leitura muito confortável. E a capa é surpreendentemente linda, que seria capaz de me fazer comprar um exemplar sem nem ao menos saber da sinopse.

site: http://bybrunakitty.blogspot.com.br/2013/09/resenha-menina-que-semeava.html
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Blog PL 27/09/2013

É uma história sobre o amor, sobre família e os laços entre entes queridos.
A história de A Menina que Semeava se centra na jornada de Becky, uma adolescente de 14 anos que já passou por sofrimentos que muitos mais velhos não poderiam suportar – aos cinco anos foi descoberto que Becky tinha câncer, e ela lutou bravamente contra a doença. Seu pai, Chris Astor, sempre compartilhou uma relação muito amorosa com a filha, e, quando ela ficou doente na infância, ajudou-a de um modo que nenhum médico poderia: juntos, Chris e Becky criaram Tamarisk, um reino de conto de fadas totalmente inovador, com suas próprias características, animais e cultura. A menina superou a doença e vive hoje em remissão, mas, em meio a esse processo, sua relação com o pai se modificou também.
O relacionamento de Chris e Polly, seus pais, não conseguiu sobreviver a assistir o sofrimento da filha. Chris nunca cogitou a separação por não querer ficar longe de Becky, mas Polly foi inflexível, e hoje é possível notar os efeitos do divórcio na relação entre pai e filha; a distância e mágoa de ver o pai ir embora de casa pesou na relação dos dois, que costumava ser tão próxima, e Becky nunca mais quis saber de Tamarisk, rompendo o elo mais forte que a ligava ao pai. Agora, quando Chris parece estar progredindo e seu relacionamento com Becky está melhor do que em anos, algo aparece para aterrorizar a vida deles – e, ao mesmo tempo, Tamarisk parece estar em um perigo iminente. Até onde é possível separar a realidade da fantasia? Será possível que Tamarisk seja realmente real?

A Menina Que Semeava é dividido em 25 capítulos, e as narrações focam em três protagonistas: Chris, Becky e Miea, a antiga princesa, e agora rainha de Tamarisk. É uma história com altos e baixos, na qual a narração é, sem dúvidas, o ponto alto da obra: Lou Aronica soube transmitir emoções, sensações com cada parágrafo de seu livro, usando e abusando da imaginação. Na realidade, é disso que o livro se trata: ele recorre à nossa imaginação, a capacidade do leitor de se colocar no lugar de Becky, de seu pai, da princesa Miea.
Apesar de ser uma história fantasiosa, as lições que podem ser tiradas do livro são muito reais. Ele fala sim sobre Tamarisk, esse mundo belo e mágico, mas que está sofrendo com uma praga terrível. Becky, uma adolescente muito doce, que precisa lidar com fatores que fogem de seu controle, ao enfrentar uma doença hedionda. Ele nos mostra como o medo, o desespero, faz as pessoas se apegarem a coisas que seriam inimagináveis, mas, por serem a única alternativa possível, se tornam mais sólidas.
O livro começa com um ritmo lento, mas a partir dos capítulos iniciais é quase impossível largá-lo. Adorei particularmente o modo como o autor entrelaça o mundo real com a fantasia, e como Connecticut se torna tão próximo de Tamarisk, apesar de todas as claras diferenças. O autor brinca com a mente do leitor, o desafiando a ir além, até onde a imaginação pode nos levar.
Todos os personagens são muito bem construídos, cada um tem sua personalidade muito bem marcada e toma decisões coerentes, um fato que me agradou imensamente ao decorrer da leitura. Há um personagem em especial, porém: Gage, que tem um papel fundamental na história, é alguém que não é definido pelo autor, e que influencia os fatos diretamente. Seria ele o destino? Um anjo? Cabe ao leitor fazer sua própria interpretação.
É quase impossível não se emocionar com as últimas cem páginas, quando o ápice da história acontece. Fiquei bastante comovida, e a leitura é encerrada com um sentimento de felicidade, porém, ao mesmo tempo, de profunda tristeza. Apesar de gostar do fim, minha única crítica é a velocidade: tudo aconteceu muito repentinamente, de um modo que explicações mais completas ficaram faltando. Acredito que o autor poderia ter o desenvolvido melhor, dando mais detalhes e sendo um pouco mais coerente.
Não posso deixar de citar a capa, o primeiro fator que me deixou interessada pelo livro. A arte é belíssima, e a Editora Novo Conceito caprichou tanto nela quanto na diagramação e na revisão do livro, que ficaram impecáveis. O kit para os parceiros da editora também veio com uma essência de baunilha e cacau, que remete imediatamente à Tamarisk.
É uma história sobre o amor, sobre família e os laços entre entes queridos. É fácil se identificar com o clima paternal do livro, assim como as dúvidas e questionamentos de todos os personagens. O tema é polêmico e um tanto triste, mas o autor conseguiu equilibrar com maestria o drama e a fantasia, nos levando em uma jornada inesquecível.

Por Gabrieli Prates
Blog Palácio de Livros (http://palaciodelivros.blogspot.com.br)


site: http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2013/08/resenha-menina-que-semeava-lou-aronica.html
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Poly 27/09/2013

A menina que semeava é um livro de linguagem simples e uma temática bastante comum, mas que por causa da soma de todos os elementos acabou se tornando um belíssimo livro.
Becky, quando era criança teve leucemia e seu pai, Chris, para ajudá-la a suportar o tratamento, criou, juntamente com ela, uma história fantástica sobre um reino chamado Tamarisk.
Atualmente, Becky tem 14 anos e é uma típica adolescente, que deixou de “brincar” de Tamarisk no dia que seu pai saiu de casa.
O que ela não esperava é que Tamarisk é real e precisa de sua ajuda para resolver um sério problema que pode comprometer toda a vida do lugar. Esse problema em Tamarisk acaba afetando e mudando a relação dela com o pai, a mãe e inclusive sua amiga, Lonnie.

"- A vida é longa, queridinho.
- O que quer dizer com isso?
- Significa que os nossos relacionamentos passam por fases. Como uma sinfonia. No momento você está vivendo uma fuga com Becky. Isso não quer dizer que daqui a um mês, ou três, você não vai estar novamente bem com ela.
P. 57"

No início a narração do livro é dividida entre quatro personagens: Becky, Chris, Miea, atual rainha de Tamarisk e Gage. Essa divisão nos ajuda a conhecer melhor os personagens e ter uma noção do que devemos esperar, apesar de alguns pontos só serem costurados quando entendemos melhor o que se passa na história, achei bem interessante.

"Eles precisavam superar a dor. Precisavam superar o sofrimento. Precisavam abraçar a essência.
P.140"

A história tem tudo para ser ou dramática demais ou fantasiosa demais, mas o autor soube dosar muito bem a fantasia e o drama e nada ficou exagerado. A quantidade de cada elemento foi perfeita. Não deixou o livro muito tolo, nem muito pesado.
Um livro muito bem escrito, como poucos autores conseguem.
Achei que do meio para o fim, a história se torna um pouco previsível, mesmo assim não me tirou o entusiasmo da leitura. As últimas páginas são emocionantes e deu sim para derramar algumas lágrimas.

"- A mente aberta leva ao enriquecimento.
P.241"

E por último, mas não menos importante… que capa LINDA! De todas as capas bonitas que a Novo Conceito já fez, acho que essa ganha de lavada. Só pela capa dá vontade de devorar o livro.
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Ká Guimaraes 27/09/2013

Resenha feita pela Carolina Durães
É impossível falar do livro "A menina que semeava" sem meus olhos encherem de lágrimas. Só de olhar a capa eu fico fungando, lembrando dessa história tocante que mexeu profundamente comigo. Becky é uma jovem de 14 anos que não teve uma infância tranquila. Quando era mais jovem, havia ficado muito doente e seu pai Chris Astor, para aliviar o sofrimento da filha, criou um mundo para ela, o reino de Tamarisk.

"Eles chamaram o reino de Tamarisk - por causa de uma árvore que Becky adorava, de um de seus livros de figura sobre a vida das plantas que Crhis havia comprado para ela - , e a história evolui de várias maneiras ao longo dos anos seguintes. À medida que Becky foi ficando mais velha, os peixes deixaram de falar e ela substituiu as vacas-porcos voadoras por outras criaturas saídas da sua própria imaginação, com nomes que ela parecia ter prazer enorme em escolher. Quando tinha nove ano, ela decidiu que deveria haver uma lógica interna nesse processo de dar nomes. Chris tinha chegado do trabalho certa noite e ela entregou a ele uma lista de regras regulando a nomenclatura tamariskiana". (p.56)

Infelizmente, agora aos 14 anos, Becky terá uma nova árdua jornada para percorrer.

"Isso não podia estar acontecendo. Talvez explicasse as tonturas, mas se o nariz estava sangrando também.... ela mal conseguia pensar nisso. Seu nariz não sangrava desde que ela tinha cinco anos. Lá atrás, antes de a quimioterapia funcionar e ela melhorar. Sim, de uma coisa ela sabia: tecnicamente ela estava em remissão e não curada. Mas, depois de tanto tempo, você pode começar a dizer que tinha derrotado a "coisa", certo?". (p.60)

O que um pai faria em uma situação dessas, em que se sente impotente ao ver o sofrimento da filha?

"Ela caminhava saltitando, cheia de vitalidade infantil, algo que fazia desde que começara a andar. Ele não tinha notado esse balanço no começo da noite". (p.32)

Chris continua acrescentando personagens e detalhes em Tamarisk. Nossa, é um reino tão lindo, repleto de tanta vida. Os personagens que o habitam demonstram ter personalidades fortes e que tem seus problemas próprios. A rainha Miea enfrenta problemas avassaladores.
Quando esses dois mundos se colidem, o leitor não pensa apenas em magia ou na doença, pensa na família, em amigos, em amor. O livro é simplesmente fantástico e leitura indispensável para todos.
Em relação a revisão, diagramação e layout a editora realizou um trabalho excelente. A capa é simplesmente perfeita, apaixonante.
O livro é apaixonante, avassalador, incrível. Não sei mais como posso deixar claro o quanto ele é maravilhoso.


site: http://www.acordeicomvontadedeler.com/2013/09/resenha-menina-que-semeava-e-preciso.html
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Nina 22/09/2013

A Menina que Semeava - Lou Aronica
A Menina que Semeava é mais um título Sick-lit, gênero que traz personagens com graves doenças físicas ou psicológicas, e que tem como principais representantes “A Culpa é das Estrelas” e “As Vantagens de Ser Invisível”. Apesar de achar o termo meio pejorativo, acredito que estilo traz uma boa reflexão sobre a vida, sem ser muito melancólico, e por isso, estava bem ansiosa para ler o livro de Lou Aronica.

Chris Astor é um botânico bem sucedido que tenta lidar da melhor maneira possível com seu divórcio com Polly, mesmo que sua ex-mulher se torne cada dia mais irascível. Isso porque para ele, acima de qualquer problema que possa existir em seu casamento, está seu amor por sua filha Becky.

A garota está com 14 anos, mas aos 4 enfrentou um grave câncer que quase lhe tirou a vida. Nesse período, para ajudar a filha a enfrenter a doença, Chris começou a lhe contar histórias. Juntos, pai e filha criaram um mundo paralelo – o reino de Tamarisk – um lugar cheio de fantasias, histórias e personagens maravilhosos que parecem ter o poder milagroso da convalescença, já que as histórias ajudam muito na recuperação da menina. Mas depois do divórcio, Becky nunca mais quis ouvir sobre Tamarisk.

Dez anos depois, Becky volta a se sentir mal, mas tem medo de contar aos pais e ter que voltar a enfrentar o tratamento doloroso. Ao mesmo tempo, em Tamarisk, a rainha Miea vê uma praga misteriosa destruir seu reino sem tem a menor ideia do que se trata e de como vencê-la.

Mas misteriosamente, o destino vai colocar Becky e Miea frente a frente e juntas elas vão tentar salvar o reino de Tamarisk e a vida de Becky.

* * * * *

Infelizmente, tenho que admitir que esperava bem mais do livro. O enredo parece fascinante e o livro tem tudo para deslanchar e ser uma leitura prazerosa, mas não é isso que acontece. O autor se perde em meio a transição entre mundo real e mundo imaginário, a leitura foi quase uma tortura para mim.

Os personagens são fracos e previsíveis: a adolescente boazinha, o pai amoroso, a rainha dedicada, a mãe desvelada, a ex-mulher megera… e por aí vai. Ninguém com uma segunda faceta, ou com uma personalidade mais marcante. Nesse sentido, a gente já pode imaginar que não virão grandes surpresas na história.

Desde o começo fica clara a simbiose entre a saúde de Becky e a praga no reino de Tamarisk, a cura de um seria a cura do outro. Mas foram quase quatrocentas páginas até as personagens enfim se convencessem do óbvio. E nesse meio tempo, são várias descrições chatas e diálogos superficiais.

Então o livro só tem coisa ruim? Claro que não! O amor que Chris tem pela filha e sua dedicação cega e absoluta a ela é comovente. Ele não se importa de sacrificar seu casamento, seu trabalho e até mesmo sua sanidade para ver Becky feliz.

Outra coisa que me agradou bastante foi o autor mostrando o quanto a fantasia é importante na nossa vida e o quanto ela pode nos ajudar a enfrentar nossos problemas. Não com uma fuga, mas como um alívio, um ponto de esperança e conforto. Afinal, é isso que nós fazemos todos os dias, não é verdade? Buscamos refúgio e consolo nos livros e encontramos forças e inspiração para seguir em frente. É isso que Chris e Becky fazem a cada viagem à Tamarisk.

Contrapondo os pontos positivos e negativos, chego a conclusão que é um livro bom. A narrativa é enfadonha, mas o enredo é interessante. Também senti falta daquelas cenas emocionantes, tão características dos sick-lits, não chorei nenhuma vez… Mas a dedicação Chris e sua luta constante pelo amor da filha compensam um pouco a falta de lágrimas.

E vocês? Já viajaram para Tamarisk? O acharam?

B-jussssssssss! ♥
;-p

site: http://www.quemlesabeporque.com/2013/09/a-menina-que-semeava-lou-aronica.html
Morena 28/09/2013minha estante
Chris Astor é um homem de seus quarenta e poucos anos que está passando pelo mais difícil trecho de sua vida. Ele tem uma filha, Becky, de 14 anos, que já passou imensas dificuldades até chegar a se tornar uma moça vibrante e alegre, mas que parece que terá que enfrentar mais um grande problema em sua vida. Quando Becky era pequena e teve câncer, Chris e ela inventaram um conto de fadas, uma fantasia infantil que adquiriu vida e tornou-se um terrível, provavelmente fatal, problema. Agora, Chris, Becky e Miea (a jovem rainha da fantasia criada por pai e filha) terão que desvendar um segredo: o segredo de por que seus mundos de fantasia e realidade se juntaram neste momento. O segredo para o propósito disso tudo. O segredo para o futuro. É um segredo que, se descoberto, irá redefinir a mente de todos eles.A menina que semeava é um romance de esforço e esperança, invenção e redescoberta. Ele pode muito bem levá-lo a algum lugar que você nunca imaginou que existisse. Uma fantasia que trabalha assuntos densos como a separação dos pais, oncologia infantil, separação de filha e pai, adolescência. A menina que semeava não é um livro sobre adolescentes comuns. É sobre uma que se deparou prematuramente com a ameaça do fim e teve de tentar aprender a lidar com ele.




Yasmin 18/09/2013

História marcante e comovente, rica e que surpreende em vários aspectos.

Soube que a Novo Conceito iria lançar o livro de Lou Aronica no final do ano passado e desde então fiquei bastante curiosa com a mistura improvável de fantasia com sick-lit, que é um dos novos subgêneros do jovem adulto. A temática câncer em histórias costuma incomodar-me mais do que tudo porque já tive câncer, porém procurei superar esse detalhe e comecei a leitura pouco tempo após o livro ter chegado da editora. Lou Aronica nos surpreende com uma história criativa e contada de um ponto de vista inusitado, mas que cumpre bem seu papel e deixa uma bela mensagem no ar.

A história começa nos apresenta Chris Astor, um homem que tinha a vida perfeita até ter que enfrentar o tratamento de leucemia da filha. Lidando da melhor maneira que pôde o custo do apoio incondicional a filha foi o casamento. Chris ficou sem reação quando a mulher pediu para que saísse de casa e ainda hoje morando em um pequeno apartamento não acredita que se separaram. Para piorar Becky está crescendo e cada vez mais distante. As conversas que antes eram naturais ficaram mecânicas e nada de histórias sobre mundos fantásticos. Becky por outro lado se sente abandonada pelo pai, como ele pôde sair de casa daquela forma logo após ela ter entrado em remissão? Esse impasse dura até o dia que Becky cai no sono e acorda em Tamarisk, o mundo mágico que o pai havia criado para ela durante o tratamento do câncer. Becky não consegue acreditar que Tamarisk seja real e mesmo deslumbrada com o lugar percebe que nem tudo está bem por lá. O mundo está enfrentando uma praga que acaba dia após dia com as belas flores azuis de toda Tamarisk. A rainha Miea não sabe mais o que fazer quando nota que a presença de Becky em seu mundo causa um efeito sobre a praga. Enquanto isso no outro mundo Becky e seu pai nunca estiveram tão próximos quanto agora. Juntos eles tentam entender o mistério de Tamarisk, não só como o mundo se tornou real como a doença que devasta as flores. Porém nem tudo vai bem, Becky começa a desconfiar que a leucemia está de volta e dessa vez pode não ter saída para ela neste mundo...

Esse é o ponto de partida do enredo fascinante criado pelo autor Lou Aronica, que há anos trabalha com ficção científica, fato que transparece no livro. Seja na escrita cativante e convincente ou na beleza tocante da trama que enche os olhos do leitor com descrições precisas e uma ambientação vívida. A narrativa se alterna entre dois pontos de vista, o pai de Becky e a rainha Miea, além de ter uma pequena aparição de um terceiro e misterioso ponto de vista. A voz narrativa de ambos é carregada de beleza assim como a construção das relações entre os personagens do livro.

Lou Aronica surpreende o leitor com uma história mais do que bem escrita, com uma premissa criativa, muito bem construída e executada, personagens cativantes que marcam o leitor. O paralelo entre a doença de Becky e o mundo de Tamarisk é harmoniosa e a forma que o autor coloca a questão desse mundo surgido em uma hora de dor e sofrimento é fantástico. É delicado e belo, triste e arrebatador. Outro ponto que merece destaque é a opção do autor de colocar o pai de Becky na narração, ele já passou dos quarenta, sua visão da doença da filha e dessa inusitada situação que é ver o mundo que criou ganhar vida é tocante e tão cheia de surpresas quanto o próprio leitor diante do desenrolar da trama. O final do livro é um misto de esperança, beleza e sofrimento, a capacidade do ser humano de aceitar, adaptar e deixar ir.

Leitura rápida, que merece ser lida com tempo e que absorve o leitor com facilidade. Lou Aronica é um fantástico contador de história e conseguir mesclar realidade com ficção de maneira única, que pode parecer estranha em um primeiro momento, mas que funciona ainda melhor pela sutileza, estranheza da situação. Pela primeira vez senti que um autor conseguiu captar com fidelidade a fragilidade das relações de quem tem câncer com quem não tem, os sentimentos que a doença traz e causa. A edição da (...)

Termine de ler o último paragráfo em:

site: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/09/resenha-menina-que-semeava.html

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Roselaine12 12/09/2013

A menina que semeava
Esse livro retrata o amor de um pai por sua filha desde a infância até o sua adolescência, eles criaram um mundo de fantasia no momento em que ela estava em tratamento de uma leucemia. Após alguns anos e curada da doença, a menina descobre que o mundo que eles criaram existe e está correndo perigo, ao mesmo tempo a garota descobre que seu câncer voltou ainda pior que antes, como será que a estória acaba, só lendo pra saber, vale a pena.
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ricardo_22 10/09/2013

Resenha para o blog Over Shock
A Menina que Semeava, Lou Aronica, tradução de Maria Angela Amorim De Paschoal, 1ª edição, Ribeirão Preto-SP: Novo Conceito, 2013, 416 páginas.

A literatura é marcada por fases, mas sempre existem casos em que gostaríamos que essa fase continuasse por muito tempo. O gênero sicklit se tornou um grande sucesso nos últimos meses e mesmo com uma única experiência é possível dizer que o gênero deveria continuar por muito tempo, pois o potencial é indiscutível.

A experiência citada se deu com A Menina que Semeava, obra que narra a história de Chris Astor, um botânico bem-sucedido que possui um amor indescritível por sua filha, Becky. Mas a garota enfrentou um doloroso câncer que abalou todas as estruturas da família de Chris, que se vê obrigado a encontrar uma maneira de diminuir o sofrimento de Becky.

Para isso, o pai encontra uma solução mágica e cria um mundo paralelo, recheado de fantasias e personagens capazes de aliviar o sofrimento e recolocar um sorriso no rosto da garota. Apesar da maluquice que isso pode parecer, Chris não se importa com nada e, todas as noites, pai e filha criam juntos histórias do reino conhecido como Tamarisk.

O tempo passa e como toda adolescente, Becky se incomoda com um assunto tão infantil quanto esse, que é o único capaz de uni-la ao seu pai. Mas, quando em uma noite a garota consegue ultrapassar todas as barreiras da imaginação e ir para Tamarisk, ela percebe que tudo o que foi criado por eles é real. E mais do que isso: ela pode ser a única capaz de ajudar o reino, que está com os dias contados após o surgimento de uma praga incontrolável.

“Assim que esse pensamento veio à cabeça de Becky ela soube que não era verdadeiro. O pai não ia fugir gritando, não importa como os últimos anos tivessem sido. Ele a seguraria e a abraçaria com tanta força quanto conseguisse. Ele diria para ela não ter medo, mesmo quando fosse óbvio que ele mesmo estivesse morrendo de medo” (pág. 86).

Contraindicado para pessoas emotivas, A Menina que Semeava é capaz de deixar qualquer leitor refletindo por muito tempo e com lágrimas nos olhos, sobretudo em seu final. Escrito por Lou Aronica, autor best-seller conhecido por suas obras de ficção científica, o livro une o sicklit e fantasia de forma impecável. E ainda possui uma simplicidade – em sua história e linguagem - e uma riqueza de detalhes capazes de deixar o leitor envolvido do princípio ao fim.

Apesar de um início confuso, que não dá uma chance de o leitor ser apresentado a tudo o que está acontecendo de forma apropriada, o livro não demora a ganhar um bom ritmo, que contribui para o desejo de saber como tudo acontecerá. E se a primeira vista o desfecho é previsível, no final somos totalmente surpreendidos com a maneira leve e emocionante criada pelo autor para solucionar todos os problemas.

Antes de chegar a esse final, conhecemos de forma profunda o mundo mágico de Tamarisk, colorido principal por tons de azul – que aos poucos estão se tornando cinza - e com uma diversidade de pessoas e situações encantadoras. Ao contrário de outros livros de fantasia, a magia de Tamarisk está em sua simplicidade. Não existem guerras, mas a já citada magia. Não existem disputas, mas esperança. Não existem vilões, mas uma praga tão destruidora quanto os personagens que representam o mal. E por isso tudo nos sentimos dentro de Tamarisk, como se fosse possível ir a esse mundo para ajudar em todas as vezes que Becky ultrapassa as barreiras da imaginação.

Com personagens tão distintos, a obra de Aronica consegue dividir o sentimento do leitor por cada um deles. A princípio sentimos pena de Becky por estar enfrentando tão dolorosa doença; carinho por esse pai capaz de tudo para estar ao lado da filha e ajudá-la; ou desprezo pela mãe, que por racionalidade desacredita nessa maluquice.

Também nos envolvemos com tudo o que acontece em Tamarisk, principalmente quando percebemos existir uma relação entre a real situação de Becky e a fase de destruição enfrentada por esse reino imaginário. Isso dá total sentido a tudo.

site: http://www.overshockblog.com.br/2013/09/resenha-174-menina-que-semeava.html
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