Nicolas.Dellazzeri 23/03/2021
Leitura prazerosa
Mais um caso interessante surge a porta de Holmes, o que me deixa contente, pois somente casos como este conseguem fazer com que esse investigador gênio deixe o vício da cocaína de lado, e ocupe sua mente com o que ele mais gosta: resolver casos criminais complexos.
Foi introduzido pela primeira vez o contato que Holmes tem com as drogas, o que é um tanto preocupante, pois, alguém com tal intelecto e racionalidade ser levado a consumir tais substâncias é um tanto frustrante. Não entendo o motivo de Holmes não gostar de receber o crédito por resolver casos que, nem de longe, os detetives da Scotland Yard seriam capazes de fazer, ainda não foi esclarecido qual o grande desejo por trás de toda essa empolgação para resolver casos complexos. Quem sabe Sherlock busque alguém a sua altura? Só os próximos livros irão dizer.
Wattson documenta de forma excepcional os acontecimentos do caso, o que me leva a crer que ele tenha uma espécie de genialidade para a escrita, documentando somente o essencial e conseguindo captar o pensamento e expressar a personalidade da pessoa peculiar que Holmes é. A narrativa consegue levar minha imaginação a construir os cenários em que os fatos ocorrem, conseguem me deixar ansioso e tentar resolver os casos junto de Sherlock. As perguntas do Dr. Wattson, com uma ajudinha de Holmes, conseguem fazer uma pessoa leiga como eu compreender o processo de dedução utilizado por Holmes para resolver o caso e isso sempre me levanta um questionamento: será que existem pessoas com essa capacidade de dedução na vida real?
Cumprindo o que todo romance deve ter, que é uma época característica, Doyle consegue me inserir no contexto inglês, durante o período da revolução indiana, da qual não possuía conhecimento até este livro.
Os dois primeiros livros: Um Estudo em Vermelho e O Sinal dos Quatro. Fizeram com que me apaixonasse pela saga, espero que mantenha o mesmo padrão de qualidade daqui para a frente.
Leituras super recomendadas.