Lu 25/08/2013Perfeição na Estréia O que dizer sobre um livro que se tornou um dos melhores do ano? De um livro que conseguiu me cativar ao extremo, apenas para ter um final de quebrar o coração e não ter uma previsão tão próxima de continuação? Sempre é difícil escrever sobre esses livros que gosto muito, não apenas porque eles nos deixam sem palavras, mas porque é impossível explicar de maneira coerente o que eles nos passaram, sempre vou sentir que faltou um algo a mais para falar.
Mentes sombrias foi um livro que comecei a ler e não parei mais, apenas para terminar com um “WOW, PRECISO DA CONTINUAÇÃO AGORA!”. Alexandra Bracken conseguiu fazer o que poucas pessoas conseguem, criar uma história fascinante, original e com personagens maravilhosos, posso dizer até que esse último foi a melhor parte do livro.
No início somos apresentados a uma sociedade onde as crianças de 8 a 14 anos começam a morrer e as poucas que sobrevivem tem poderes que os adultos consideram perigosos e são levadas para acampamentos onde elas são isoladas de todo o mundo, classificadas por cores de acordo com os seus poderes, maltratas pelos FEPs e de forma alguma encorajadas a utilizar o seus poderes, com o risco de serem castigadas com o “Controle de Calma”, que é um som a uma frequência que apenas as crianças podem ouvir. E é aí que somos apresentados a Ruby, uma verde, que está prestes a conseguir sair de Thurmond, um dos piores acampamentos, e nos mostrar essa história incrível que é Mentes Sombrias.
Como eu já disse os personagens são incríveis, Ruby é uma protagonista tão forte, mas ela ainda não consegue mostrar essa sua força em todos os momentos, principalmente no começo do livro. Mas essa força fica perceptível quando alguém ameaça quem ela ama, são nesses momentos que podemos ver que ela não tem medo de lutar e que ela é uma personagem por quem vale torcer, que cresce no decorrer do livro conquistando cada coração.
Também temos o grupo que ela encontra para a sua jornada em busca desse lugar seguro para as crianças, que é maravilhoso. Primeiro vamos falar do Liam, um azul, que é bondoso, lindo, inteligente e o meu mais novo amor, ele é o personagem mais incrível dessa história e não tem como não amá-lo da mesma forma como não é possível essa história existir sem ele, pois ele é o que dá cor a esse livro. Temos a Zu, que é uma garotinha de nove anos, amarela, que é bem peculiar e um dos brilhos do livro, encantando o leitor sendo diferente e surpreendendo-nos nos momentos em que achamos em que tudo está perdido. E o Bolota, que também é um azul, e que na maioria do tempo é um chato, mas tudo o que ele faz é apenas para proteger aqueles que ele começou a ver como uma família. Esse grupo de personagens é apaixonante, tudo o que você faz é torcer por eles e querer que tudo de certo, mas aparentemente não é o que a autora tem em mente, pois ela consegue os fazer sofrer e não apenas eles, nós leitores também.
Tem outro personagem, que é o Clancy, e não direi qual o seu papel no livro, você terá que descobrir por si mesmo lendo o livro. Mas estou citando, porque apesar de termos personagens incríveis como todos que já citei existe um em que os meus sentimentos em boa parte do livro foram conflitantes e esse personagem em questão mostra toda a genialidade da parte distópica do livro. Se analisarmos superficialmente podemos facilmente ver que é uma distopia como todas as outras, mas tem um algo a mais, uma surpresa para o leitor que mostra exatamente o que seria se uma distopia de fato existisse.
Eu preciso que vocês leiam esse livro, pois eu sinto que eu preciso analisar com outras pessoas cada pedacinho desse livro, pois ele é incrível e é só isso que eu tenho para dizer: vocês tem que o ler!
(...)Eles nunca temeram pelas crianças que poderiam morrer ou pelos espaços vazios que elas deixaram.
Eles tinham medo de nós – aqueles que viviam.
p. 16
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http://www.lendoaoluar.com/2013/08/resenha-mentes-sombrias.html