skuser02844 22/04/2018Criados sozinhos por sua mãe, Charlie e Sam St. Cloud são inseparáveis. Como bons seguidores dos Red Sox que são eles não deixam de acompanhar um único jogo do time na liga beisebol.
Certo dia, Charlie resolve levar seu irmão mais novo ao estádio para que ele possa assistir de perto. Sendo os dois menores de idade, o irmão mais velho de Sam resolve pegar o carro da vizinha, que está viajando, para poder chegar ao estádio. Acompanhados de seu cachorro Beagle, os irmão têm uma noite e tanto. O que eles nunca imaginaram é que na volta para casa, eles bateriam de frente com um caminhoneiro bêbado e sofreriam um grave acidente.
Após 13 anos, Charlie nunca deixou de cumprir a promessa feita ao seu falecido irmão. Todos os dias, depois de acabar seu expediente no cemitério onde trabalha, ele vai ao encontro de Sam para jogar Beisebol. É que Charlie ganhou um dom um tanto interessante: ele podia ver, tocar e até conversar com qualquer espírito. E era isso que ele fazia com seu irmão mais novo.
Charlie se encontra preso entre dois mundos. E é nessa prisão particular que ele conhece Tess Caroll. Uma cativante velejadora/empreendedora local que mudaria completamente sua vida. Agora Charlie teria que escolher entre viver sua vida plenamente ou sobreviver dia após dia com o espírito de seu irmão. ?E descobrir que milagres podem acontecer se nós simplesmente abrirmos nossos corações?.
Certo, eu não pensei que esse livro fosse tão profundo quanto é. Eu na verdade nunca consegui entender plenamente sua sinopse. Entretanto sempre consegui achar interessante. Quando comecei sua leitura, tive uma sensação de mistério que logo foi substituído pela dor que senti após a separação dos irmãos St. Cloud. Mesmo contendo essa informação na sinopse, a forma crua como isso aconteceu me deixou completamente abalado. E essa dor se estende até o final.
Morte e Vida de Charlie St. Cloud é rico amor, amizade, bravura, compaixão. Tento imaginar como seu autor, Ben Sherwood, lidou transferindo tanta informação para o papel. Informações sensíveis. Ele conseguiu transmitir a dor do Charlie para o leitor do início ao fim. Um rapaz que se culpa pela morte de seu irmão, visto que ele não podia dirigir, abdicar 13 anos da sua vida para tentar recompensar de alguma forma a morte trágica de Sam. Confesso que foi uma grata surpresa toda essa sensibilidade em um livro de 296 páginas. É verdade que um ótimo livro não precisa ter 679 páginas. Então não me resta obrigar todos vocês a lerem essa obra. Rico em todos os sentidos, aposto que Bem Sherwood também irá conquistá-lo.