Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Júlio 28/10/2017

Canudos
Obra magistral, o começo é meio maçante devido ao autor descrever de modo bem técnico as paisagens do sertão, mas com o desenrolar da história vem aquela sensação mista de agonia e ansiedade ao ver aquele povo sofrido e guerreiro no meio do sertão defendendo até o fim as suas convicções.
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Meirelles 06/09/2017

Obra marcante
Dos poucos livros a ler e reler de tempos em tempos. Tenho diversas edições e é fascinante observar as correções do autor no prelo, até a definitiva (em seu tempo)
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Roberto Petrúcio 13/04/2017

Uma obra-prima
Em um passado longínquo, tentei ler este cartapácio, sem sucesso, devido ao vocabulário truanesco de Euclides. Munido da edição da Ateliê, com milhares de notas explicativas de Leopoldo Bernucci, logrei ler inteiramente esta obra-prima da literatura mundial.
Descontadas as excentricidades verbais descritivas de Euclides, é obra de gênio, a revelar os interstícios da alma brasileira.
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Sanoli 31/03/2017

http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/03/vol-1-e-2-os-sertoes.html
http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/03/vol-1-e-2-os-sertoes.html

site: http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/03/vol-1-e-2-os-sertoes.html
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Sanoli 31/03/2017

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Cris 06/12/2016

O Coração das Trevas da Bahia
Descontando as opiniões proto-nazi do autor sobre superioridade e inferioridade raciais, e não me venham com o papo de que essas eram as opiniões da comunidade científica séria da época, pois antes de o épico bélico de Euclides da Cunha ser publicado Machado de Assis, um mestiço, já era considerado um dos maiores escritores e intelectuais do Brasil, "Os Sertões" é um soco na boca do estômago com mais de quatrocentas páginas de ação e violência incessantes e nada escapistas, muito pelo contrário.
Ao narrar, por meio de uma escrita maravilhosa que mistura um texto poético dark com passagens enxutas, explosivas e rápidas, uma das mais impressionantes guerras civis brasileiras o escritor, embora não pareça que seja essa sua intenção em alguns momentos, redigiu o mais forte tratado anti-marcial que já li e que desmistifica até o osso todas as ações dos dois lados de um campo de batalha.
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JoAo.Belos 19/11/2016

Ambíguo
Apesar de toda ambiguidade e do seu cientificismo, a parte literária emociona.
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Cesinha 09/10/2016

O prenúncio de um futuro globalizado e polarizado
Esse livro é a denúncia do que Euclides da Cunha considerou um autêntico crime: o desconhecimento de um brasil interior ao país.

O Brasil do litoral (Rio, Recife, etc) era um país afrancesado que ignorava a existência de um Brasil interno, de um país menos influenciado pelas benesses da cultura europeia e mais pelas desgraças da nossa terra bem amada salve salve.

"O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral.

A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.

É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com um conhecido, cai logo sobre um dos estribos, descansando sobre a espenda da sela. Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. (...)

É o homem permanentemente fatigado."

Euclides da Cunha entende que o Brasil deveria não ser essa polarização entre sertão e litoral, mas um sistema conectado, já que esses dois opostos se completam. O litoral deveria deixar de olhar para a Europa, e consequentemente ficar de costas para o sertão, e sim abraçar e trocar um belo "toca aqui irmão" com seus conterrâneos.

Mas a realidade é uma completa falta de diálogo entre esses dois brasis.

Nada mudou.
Emanuell K. 10/10/2016minha estante
Gostei da resenha! Bem comovente!




Marcelo.Patuta 29/09/2016

O Homem, A Terra ,A Luta...
Antropologia, Sociologia e Geografia do Nordeste explicada de antemão para facilitar a entrada no mundo de Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos.
Leitura Obrigatória!
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z..... 04/08/2016

A obra é impressionante, possivelmente a mais dramática da Literatura Brasileira, com um esforço do autor em retratar o ocorrido em Canudos. Isso se traduz em impressões minuciosas sobre o ambiente, o homem e o conflito. Percepções que caracterizam o livro como um estudo sociológico e ambiental.

A parte sobre a TERRA tem algo poético, de desafio ao homem e, entre outras coisas, o que levou o autor a definir o sertanejo como um forte. O texto é orgânico, em um cenário agressivo de provações.
Além de aspectos naturais, Euclides da Cunha tem considerações muito interessantes na relação homem-natureza quando o classifica como um "fazedor de desertos". A observação foi pertinente ao manejo predatório que observou, de sujeição da terra às queimadas, que desgastam o solo e acirram as condições já severas no ambiente. Segundo o autor, o homem é o agente de maior impacto. Aspecto abordado na Parte V sobre a Terra.

Na descrição sobre o HOMEM, destaca-se o texto sobre o sertanejo (aquele que diz que é um forte, talvez o mais conhecido do livro). De fato é um texto coerente e com descrição poética, de valorização no ambiente difícil. Porém, no todo do livro senti a ausência de voz a esse homem. Ele é mitificado com ares heroicos, mas o autor pautou-se apenas em descrições parciais. Como teria sido legal se o Euclides tivesse uma relação mais próxima com os sertanejos de Canudos, revelando não só o que lhe parecia, mas o que desejavam. Talvez pudesse discursar que, antes de tudo, é um povo esperançoso.
A limitação na descrição, no meu entendimento, diminui o homem em sua identidade. Evidenciam-se apenas impressões, que podem ser reduzidas a prejulgamentos errôneos pela falta de interação. O autor, mesmo não sendo sua intenção, faz essa redução ao caracterizar em vários momentos do livro o mesmo sertanejo como inimigo, fanático, louco, adversário e outros termos pejorativos. Aspectos que não se consumam em seu olhar sobre o exército, com quem interagia. Imagina o quanto esse olhar não tenha instigado a opinião publica com o parecer parcial...,
O texto sobre o Conselheiro é também curioso e tem a mesma observação. E se o Euclides tivesse uma entrevista com ele, hein... Seria fabuloso para os registros históricos. Baseado no que havia descrito anteriormente, esse homem sofreu um processo de demonização. Não digo nas palavras do autor, mas no desconhecimento de suas reais motivações, gerando impressões parciais. Olha o caso de outros fenômenos no Nordeste (como os cangaceiros). São elevados a heróis por muitos (como o Lampião, que foi ladrão, assassino, estuprador e bandido, mas existindo até o desejo de construirem estátua para o facínora). Construções segundo um interesse midiático que, no caso de Canudos, se desenrolou em um processo de identidade limitada que culminou em demonização. Será que me fiz entender?
Faltou uma valorização do sertanejo enquanto ser humano, principalmente no desenrolar do conflito. Ah, o livro termina sugestionando uma vitória da humanidade racional sobre os irracionais, onde o corpo do Conselheiro foi desenterrado e decapitado, como triunfo da guerra (eu não disse que esses homens estavam destituídos de sua identidade e reduzidos a algo menos que humano...)
Em uma espécie de loucura, tentei ver o conflito experimentando sensações. Fechei os olhos e imaginei o cenário descrito, principalmente o povo, na alma que o livro limita. Canudos e sua população famélica, com uma esperança nascida da desesperança, de construções precárias, endemias, sofreguidão pela escassez.... Tentei ouvir isso, abrindo os ouvidos para lamentos, imprecações contra o governo, choro de crianças, latido de cães magros, vozerio entre os casebres... De repente, como naqueles desenhos em que vemos apenas os olhos das personagens no escuro, tive uma sensação de um mar desses olhos me cercando, com um vento frio, de acelerar as batidas e causar arrepios... A imaginação. Dei fim à experiência e voltei para o livro tentando reconhecer algo. Loucuras de minha parte, mas importante para me sintonizar com a obra. Euclides às vezes esquece a humanidade desse povo...

A LUTA toma a maior parte do livro. Está mais para um relato ou diário de guerra. E unilateral. O autor traz observações precisas sobre o exército, em números e dificuldades. Em contrapartida, o relato sofre Canudos é superficial e com ares míticos, onde o autor destaca a valentia, a tenacidade, o misturar-se com o elemento terra em rastejo e aparições quase fantasmagóricas, o armamento precário, a religiosidade evocada durante a batalha em cânticos e breves histórias (como a dos doze rapazes em uma expedição para destruir "a matadeira" e os homens e mulheres capturados e degolados). O texto sobre eles é de contemplação e sugestivo a uma opinião de loucura, reduzindo-os a inimigos. Por isso a chacina impiedosa não gerou comoção. A alma parece contemplada apenas no exército, digno representante do povo brasileiro que luta pela pátria contra a turba de fanáticos. Redução que armou os soldados à matança de mulheres, velhos, crianças. O sertanejo é visto como um estorvo a ser aniquilado o quanto antes. Logicamente não são considerações do autor, mas sugestivas no poder das palavras em percepções limitadas ou unilaterais. Outro dia li determinado livro de renomado autor brasileiro do início do século XX e as impressões dele sobre o caso tinham um olhar pejorativo. O porque dessa cultura e visão foi o que tentei deixar claro na resenha, que é apenas uma opinião.
Um destaque dessa parte também é a entrada de Euclides em Canudos (hipoteticamente, baseando-se em relatos, pois não estava nesse evento), onde descreve um cenário aterrador. De morte, hecatombe. Respeito e considero o contexto da época e do conflito, mas reitero que queria ver a entrada e descrição do lugar com o povo vivo.

Essa foi uma releitura da obra. Li a primeira vez no ensino médio, quando foi apresentada em um seminário de Literatura na minha turma no segundo bimestre. Não fazia parte desse grupo, mas fiquei instigado e fascinado com a descrição da romaria no conflito. Aquilo soou de maneira mítica e emprestei o livro para leitura nas férias de julho.

É um livro pulsante, com um relato dramático, de vida e morte nos sertões.
z..... 18/08/2016minha estante
O relato de Euclides da Cunha, em Os Sertões, é essencialmente contemplativo e de informações coletadas, no que relatou sobre a entrada em Canudos. O escritor havia se retirado cerca de 2 a 4 dias antes da destruição final da cidade. Segundo consta, por questões de saúde.




Leoni 16/04/2016

Excelente
Relato histórico do acontecimento, levando-se em conta um olhar de engenheiro, militar e uma crítica humanista daquela sociedade.
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Felipe Fleury 29/01/2016

Um clássico
É um livro complexo, de linguagem rebuscada, mas imprescindível para quem deseja compreender um pouco da terra e da vida do sertanejo, bem como da campanha de Canudos e da imagem mítica de Conselheiro. A primeira parte, etnográfica, geográfica, é maçante. Mas ao transpô-la, atingindo-se as campanhas propriamente ditas, o livro se transforma quase num romance. E é belíssimo em todos os sentidos.
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Gláucia 26/01/2016

Os Sertões (Vol. 2) - Euclides da Cunha
Continuando de onde parei, esse segundo volume traz a terceira parte, A Luta desdobrada em vários capítulos que descrevem detalhadamente essa luta sangrenta e tão sem sentido, descrito pela história como um dos maiores crimes à humanidade.
A Guerra de Canudos ocorreu entre 1896 e 1897 e foi formada por quatro expedições mandadas para debelar essa "revolta", tendo Euclides participado como jornalista da última. Apesar de ter lido atentamente o livro todo é muito difícil conseguir explicar de forma racional como os sertanejos conseguiram manter vantagem por cerca de 10 meses. O principal fator foi o profundo conhecimento que eles tinham do inóspito ambiente onde se desenrolou a ação, além de sua capacidade de sobrevivência nas condições críticas e malsãs de uma seca. Isso somado ao excesso de confiança do exército.
Apesar de ser retratado por Euclides como a Vendeia brasileira, ou seja, uma luta de monarquistas contra republicanos, parece que essa não é toda a verdade e motivação. Antônio Conselheiro passou 25 anos vagando pelo sertão amealhando simpatias de um povo sofrido e carente das necessidades mais básicas que foram se unindo a ele por acreditarem na promessa de um futuro mais justo. O caráter anti-republicano dado aos revoltosos pode ser considerado incidental e até mesmo pretexto.
Não se trata de um romance histórico, mas sim de um relato histórico precioso e documental e muitas vezes tive a impressão de estar estudando.
Um final tenebroso culminando com uma chacina covarde de homens, mulheres, velhos e crianças semimortos pela fome e sede excruciante, assim como o incêndio dos 5200 casebres do Arraial.
E não sobrou nenhum...
Claudia Santana 28/02/2017minha estante
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Ademiro 17/01/2016

Canudos, retratação da guerra entre poderosos e miseráveis
Muito bom! É como se a narrativa fosse dividida em duas partes: na primeira o autor faz como que uma catalogação de coisas, já na segunda ele começa a narrar majestosamente os fatos presenciados ou reproduzir as informações confiáveis que lhe foram contadas. Em "Os Sertões" vê-se um confronto entre poderosos, defensores da república, e miseráveis aguerridos, lutando pela defesa de suas crenças, ainda que distorcidas para outrem.
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