Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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jessica 18/07/2020

Não é um livro fácil de concluir, principalmente no início os detalhes da narrativa são muitos. Mas quando vai chegando a metade já estamos mais acostumados e empolgados com o desenrolar, então a vontade é ir até o final pra saber através da visão do autor o que acontece.
Sim. É um livro volumoso, mas necessário.
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Gabrielle Hensel 07/07/2020

Não recomendo para leitura recreativa...
Gosto muito de estudar história do Brasil, e por isso há muito tempo tinha vontade de ler esse livro, mas a faculdade não me permitia. Aproveitei a quarentena e comecei há mais ou menos um mês.

A leitura é extremamente pesada, difícil. Não é um livro fluido, não é um livro de cabeceira ou pra se ler em viagem, requer concentração e paciência para conseguir absorver as informações de maneira efetiva.

Precisei parar e li dois livros nesse meio tempo até voltar e terminar esse, pois chega um momento que você fica cansado mesmo. Confesso que de vez em quando eu passava as páginas e mal me lembrava do que tinha acabado de ler.

Acho que foi a leitura mais complicada que já fiz em toda vida, e olha que estou acostumada a ler clássicos e livros de Direito.

No mais, para aqueles que estudam e que são da área, não tem o que discutir, precisam ler. Pros meros mortais como eu: não recomendo, leia a versão resumida. Eu só terminei porque não consigo parar um livro pela metade.
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Gi 26/06/2020

O primeiro livro-reportagem brasileiro
Os Sertões foi publicado em 1902 e o consideram o primeiro livro-reportagem brasileiro, principalmente porque Euclides da Cunha era jornalista e esteve presente em alguns dos acontecimentos do livro enquanto cobria a Guerra de Canudos, na Bahia.

Senti que estava lendo um livro de História e Geografia, principalmente pela quantidade de informações técnicas que ele apresenta, mas ao mesmo tempo, é como se todos esses detalhes ganhassem vida através de uma narrativa completamente pessoal ao tratar de toda a comoção da guerra.

O livro é bem longo e denso, a narrativa busca oferecer o maior número de detalhes, como números, nomes, datas, e até conteúdo geológico. Isso pode deixar a leitura um pouco monótona, mas as partes focadas em narrar os acontecimentos trazem muita emoção através da interpretação do autor, assim como a questão sociológica desse período de revoltas.

Uma coisa que chamou minha atenção logo no início, é a visão do autor sobre questões raciais. É nítido que ele acreditava numa ?raça superior? e deixou isso claro ao apresentar o povo do sertão. Entretanto, é curioso ver através dos olhos dele um acontecimento que marcou a história do país.

Não foi uma leitura das mais fáceis, houve momentos em que eu tinha que dar um tempo e ler outra coisa, porque já não conseguia assimilar tudo que lia. Porém, não é sem motivo que se trata de um clássico, é um conteúdo muito significativo.

A obra é dividida em três partes principais:
- A terra: em que são detalhados elementos geográficos e geológicos, como relevo, clima e vegetação da região nordestina, com atenção especial à seca.
- O homem: em que o povo nordestino é apresentado e estudado, e depois há um determinado foco na vida de Antônio Conselheiro, líder de Canudos.
- A luta: um relato preciso da Guerra de Canudos e toda a miséria advinda dela, bem como todo o sofrimento, dor e desespero.

Considero Os Sertões uma obra que deve ser lida, mas mais que isso, analisada e estudada, pois através dela podemos ter um vislumbre muito realista de um período marcante pelos olhos de quem estava lá e que foi capaz de mesclar a reportagem ao fator emocional.
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Leandro. 18/06/2020

Disgrama de livro difícil de ler.
Com muito sufoco e perseverança, além de deixar meus olhos tortos consegui terminar. O livro é difícil de ler mas mostra a carnificina da República falida brasileira em detalhes minuciosos, Guerra de Canudos.
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felipe.cesar 15/06/2020

É apenas a visão euclidiana
Sabe-se hoje que Euclides pouco lá esteve e que escreveu o que a elite da época quis que ele escrevesse! O Arraial e a realidade é bem mais complexa do que a visão descrita nesse livro! Válido a título histórico!
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Natália Ranhel 01/06/2020

Clássico é clássico. Preferi Grandes Sertões Veredas, e esse tem sérias questões racistas mas vale a leitura.
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Antony.Trindade 01/06/2020

 "O sertanejo é, antes de tudo, um forte."

Conhecer um pouco da história do Brasil nos ajuda a compreender o momento atual. A guerra de Canudos e tantas outras revoltas civis que ocorreram na primeira república mostra que desigualdade social, opressão policial, medo, sempre foram as armas usadas pelos poderosos.
Euclides, antes de relatar a guerra de Canudos (1896 - 1897), começa a obra falando da terra, mostrando todas as características do lugar, o clima, as secas e explica sobre algumas árvores e plantas.
Depois, ele escreve a figura do homem, o habitante do lugar, sua relação com o meio, sua gênese etnológica, seu comportamento, crença e costume.
Já no final é narrada a luta ocorrida em Canudos, a resistência de um povo (jagunços) e o massacre dos militares, com o fim a morte de mais de vinte mil sertanejos, entre eles Antônio Conselheiro.
Uma ótima leitura para se falar sobre nordeste e política.
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Eduardo 30/05/2020

Eis o porquê de o nordestino ser tão discriminado pelo resto do país até hoje. É porque o temem.
"Fechemos este livro.
Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados."

Aquele que não conhece o Nordeste e suas gentes, leia este livro. É o testemunho eloquente do porquê de um povo causar tanto pavor e pânico no restante do Brasil à simples menção do seu nome, especialmente no Sul e Sudeste e Distrito Federal. Porque o que é o preconceito? é o medo do outro. Porque quem discrimina o faz porque teme o outro. E por isso o povo do Sul, Sudeste e Distrito Federal discriminam tão barbaramente o nordestino.
O livro fala da cidade de Canudos, um refúgio contra a opressão e a crueldade dos grandes terratenentes nordestinos, a chamada "indústria da seca". Seu líder, Antônio Conselheiro, assim como dezenas de outros país afora, como o monge José Maria em Santa Catarina, o fundou como um refúgio para sua seita religiosa, e nunca quis problemas alguns com autoridades terrenas. Acontece que, em um país com uma desigualdade social tão pornográfica como o Brasil, sua pregação atraiu centenas de milhares de nordestinos, encantados com a nova opção de um alívio de sua injusta vida terrena. A elite e a classe média nordestina, como é óbvio, sentiram-se ameaçados em seu poder quase divino sobre a sociedade, e eis aqui um testemunho incrível de quão antiga é a indústria de fake news com fins políticos no Brasil. Espalharam-se dezenas de teorias mirabolantes sobre Canudos, todas sem fundamento algum, mas feitas sob medida para incitar uma comoção primeiro local, depois nacional contra a cidade. Mesmo com armas rústicas, sem preparação militar ou absolutamente nada de estudo militar, o povo canudense conseguiu rechaçar três expedições do exército profissional brasileiro até que, por fim, como era de se esperar, acabaram derrotados, aliás, derrotados não, massacrados covardemente. Mulheres, crianças, velhos, todos degolados friamente por este exército brasileiro, tão decantado e querido pelo povo brasileiro.
Em 2017, Canudos e Antônio Conselheiro seriam tardiamente reconhecidos como heróis do povo brasileiro, e ele teria seu nome inscrito no livro dos heróis da pátria, como símbolo da resistência secular do povo brasileiro contra os desmandos selvagens de sua elite e classe média estrangeira. Mas Canudos nos fala até hoje.
Não darei cinco estrelas ao livro pois, como todo livro escrito no século XIX e início do XX, o autor acredita religiosamente na verdade do racismo científico, que pregava o extermínio dos negros no Brasil devido à suposta "inferioridade" dele perante outras raças. Mas sem dúvida, o livro, ainda que imperfeitamente, é um clássico e, como tal, uma ode ao povo brasileiro, a quem o pessoal dos grandes centros urbanos do litoral tantas vezes despreza, como se fossem um povo estrangeiro. E Euclides da Cunha toca exatamente nesta ferida, tão atual ainda hoje.
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Yasmin_Azevedo 26/04/2020

Os Sertões
Publicado pela primeira vez em 1902, "Os sertões" de Euclides da Cunha é um retrato do Brasil da época. A obra trata da Guerra de Canudos que aconteceu no interior da Bahia. O autor, que era correspondente do jornal O Estado de São Paulo, presenciou parte dos acontecimentos na região e os descreveu de forma fiel. Além de desenvolver um romance histórico que mistura uma narrativa literária, sociológica e geográfica. Euclides da Cunha nos deixa uma obra que se baseia em três pilares: a terra, o homem e a luta. Um livro telúrico
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Vinicius.Ferreira 20/04/2020

Caso ainda não tenha lido Dom Casmurro, prepare-se para uma leitura difícil. Do início até um pouco mais da metade do livro, o autor apresenta os personagens e fundamenta informações, que podem parecer até desconexas para alguns, mas serão exploradas mais à frente, no entanto o leitor ainda desconhece tal fato. Esta primeira leitura deve ser feita com bastante atenção, para evitar futuras consultas a páginas anteriores quando a leitura estiver mais avançada.
Do meio do livro para o final, os fatos se desenrolam numa velocidade agradável, tudo se encaixa e a atenção do leitor fica grudada na história.
Insta ressaltar a caracterização dos personagens, é sensacional, a exposição deles é tão completa que em partes do livro, diante de algumas perguntas, o leitor já prevê o que certos personagens responderão.
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Emile 18/04/2020

Histórico e realista.
O livro retrata a figura nordestina de uma forma incrível, mostrando que mesmo em meio ao sofrimento, são pessoas fortes e resistentes.
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Clube Tripas 26/03/2020

[Resenha]
Conteúdo: Jovem/adulto
Livro: Os sertões
Autor: Euclides da Cunha
Editora @sesispeditora
Páginas: 928
Avaliação: Adorei (5/5)
Mes: Novembro/2019
Bibliotecária: Lúcia Mesquita/ Indaiatuba-SP

A leitura deste livro foi uma sugestão da minha Diretora, @Vivilaperuta, daí criamos um grupo e um cronograma para isso. Foi uma ótima oportunidade de ler na integra uma obra que eu até então tinha lido apenas fragmentos e também para estrear a belíssima quinta edição revisada da Editora Sesi. Como dito na FLIP19, Os Sertões deveria ser lido todos os dias...

O que Euclides da Cunha nos oferece é a obra de um gênio. Não é à toa que já foi comparado à Guerra e Paz. Temos a impressão que inicialmente Euclides queria mesmo era desmontar toda a mistificação em torno de Antônio Conselheiro, mas acabou se rendendo diante do despreparo do Exército brasileiro e da feroz resistência dos conselheiristas.A obra se divide em três partes: a Terra, o Homem e A luta.

A primeira parte abre para o leitor a paisagem árida e bela com todas as suas características; o Homem, retrata o sertanejo, sua força e suas fraquezas; para mim essa parte é onde o preconceito e o elitismo Euclidiano se faz mais presente, embora não esconda a força e sabedoria do sertanejo no trato da sua terra. A luta é o desfecho das diversas campanhas montadas pelo governo federal para destruir Canudos, considerado um reduto monarquista e um perigo para a jovem república.

A importância da obra para o povo brasileiro é perceber o quanto a nossa história se repete, em mais de 100 anos de república aprendemos pouco. Desde o começo da nossa história, o povo adora compactuar com a elite mesmo estando à margem dela e buscamos heróis, sem perceber o heroísmo da sobrevivência diária.

Durante toda a campanha de Canudos ninguém tinha interesse em saber a realidade de Canudos, o que movia aquela gente pobre e crente. Euclides com sua linguagem rebuscada e esnobe acabou tendo de render-se à coragem e valentia do sertanejo. A história todos conhecem mas a tristeza daquele lugar, a resistência do povo humilde e religioso é de cortar o coração. Enfim, um livro inesquecível!

site: https://www.instagram.com/p/B-NiATcj9Eh/
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Maria3427 21/03/2020

Uma guerra desconhecida
Primeiramente é necessário falar acerca do empreendimento que foi a guerra contra Canudos, uma parte da nossa história esquecida e negligenciada. A visão do autor é completamente embasada em esteriótipos, tipos: o jagunço, o negro, o branco, etc. As descrições, por vezes exaustivas, dão uma imagem completa do cenário, clima, vegetação, batalhões, guerrilheiros, e por fim, Antônio Conselheiro, a mente por trás de tudo o que Canudos representou.
O livro não é nem um pouco fácil de ler, a escrita segue a norma culta padrão da época e somado a isto ainda possui diversos termos técnicos acerca de solo, clima, temperatura, etc, o que dificulta ainda mais manter o fluxo de leitura, no entanto é uma narrativa extremamente enriquecedora. Esse livro me fez apaixonar ainda mais pelo nordeste, sua história de luta e sua gente forte. Euclides da Cunha deixou para a nossa literatura um livro difícil, porém necessário.
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Caser 19/03/2020

Vi, li e venci Os Sertões
Livro difícil, intrincado, arrastado e sofrido como a própria campanha de Canudos (a guerra).

Afirmo isso mais pelo uso castiço do vernáculo e um texto rebuscado, lento e cheios termos técnicos empregados pelo autor, quase fechando a obra num buraco hermético, do que pelo número de páginas ou pelo tema duríssimo sobre uma guerra nos recantos sertanejos e então inauditos à altura. Linguisticamente falando, a obra é genial. O vernáculo impecável. Foi feito para ser assim e o autor obteve muito êxito.

Trata-se de um documento histórico, sociológico, antropológico de uma era no Brasil e, sobretudo, linguístico, modelo esmerado de nosso vernáculo, essa último flor do Lácio, a língua portuguesa. No entanto, ao final, pelo menos a meu ver, quem busca entretenimento literário per si, é melhor escolher outro livro.

Os Sertões saiu a cara do autor, assim, racional, frio até, instável, conflituoso, contraditório e pesado de ler. É o espelho do criador, Euclides da Cunha. Esse mesmo homem que com a palavra denunciou o crime da guerra de Canudos, a estupidez da morte pelas armas, pela "degola", pelo uso irracional da força, acusando os homens sertanejos de primitivos, mas terminou a vida com uma atitude irracional, indo à forra, com uma arma a tira colo, para matar ou morrer pela sua "honra". Acabou vitimado pela sua estupidez. Eis a contradição do homem em relação a sua obra. Humano, demasiadamente humano.

A obra foi lançada, originalmente, em volumes: I, II e III. A primeira e a segunda parte do livro - "A Terra" e "O Homem" - são as mais penosas de ler, mas acho que quem se atreve a desbravar Os Sertões acredito que pare logo no início ou pelo meio de "A Terra". É a parte mais hermética, com amplo uso de termos técnicos, geológicos, muito difícil de ler. Na verdade, com tudo isso, é deveras chato. Para o leitor mais sem paciência e sem muito tempo disponível, mas quer ter uma ideia do que se trata, aconselho a ler apenas o último volume "A Luta". Nessa parte o autor trata da guerra em si, das quatro expedições à Canudos, ou seja, no último volume estão reunidas características das outras partes e mais a narrativa e descrição do que foi a campanha de Canudos, sobre a terra, o homem e a luta.

Enfim, vi, li e venci as 624 páginas de os Sertões.
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Claudia 16/03/2020

Difícil de ler, mas importantíssimo para nossa história
Este livro foi um dos que eu mais tive dificuldade para ler, pois a leitura é muito arrastada. Mas é um livro de extrema importância para a história da nossa literatura. Para quem é da área, é leitura imprescindível.
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