Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Paulyne 25/04/2011

Achei a primeira parte péssima pra ler. É tão científico e detalhado... e chato. Até porque não entendi boa parte do que o autor estava falando, "mas eu sabia do que ele estava falando." A partir da segunda parte, a leitura ficou melhor. Legal o autor retratar a Guerra de Canudos, mas é um tipo de livro que eu não recomendaria.
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Juliana Nacci 23/08/2015

Os Sertões
Os Sertões é um bom livro. O livro mistura, em suas três partes (A Terra, o Homem, A Luta) Geografia, Antropologia e História. Na primeira parte, Euclides da Cunha descreve o sertão do Brasil, na segunda, descreve o homem como um "Hércules-Quasímodo" e já cita o personagem de Antônio Conselheiro, e na terceira parte, detalhes da Guerra de Canudos. Que venha o volume 2!
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BelaBelli 15/11/2011


É uma leitura complicada: vocabulário incomum, assuntos áridos e temas científicos.

A história se passa no Sertão de Canudos, trata-se da guerra.

O livro mostra uma panorâmica da cidade onde se passa, vegetação, animais, etc. De um lado, o ar extremamente seco faz com que o calor se evapore tão logo o sol se põe. De dia, portanto, temperaturas elevadíssimas que, à noite, despencam ao frio gelado. De outro lado, as chuvas torrenciais que, sem aviso prévio, acabam com o ciclo da seca mortal. Este é o cenário em Os Sertões. Duas estações no ano, e as duas de certa forma destroem a vida no serão.

No sertão o tempo é tão seco que os corpos de um homem ou de um cavalo, não se deterioram, apenas murcham.

Lá encontramos os negros, indígenas e o português e Euclides da Cunha diz que no Brasil não temos uma raça definida. Ele estuda o povoado das cidades – os sertanejos – e concluí que o sul foi povoado pelos bandeirantes; a região média, pelos vaqueiros, e no norte seco, pelas missões jesuíticas. A mistura das raças foi prejudicial no sertão. O mestiço tem a qualificação de um decaído, sem energia física e sem intelectualidade. O jagunço é mais resistente, perigoso, forte e duro. O gaúcho é valente e luta despreocupado.
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Bbortolotti 06/02/2012

Os Sertões de Euclides
A terra. O Homem. A luta. Os Sertões é antes de tudo um relato completo sobre a Guerra de Canudos. A terra, chamada de sertão é o palco. O homem é o sertanejo. A luta é entre uma república recém instaurada e um povoado esquecido pelo Estado.
De um lado, os ideais de uma república, o exército que a saúda e luta em seu nome; de outro os jagunços, sertanejos formados a partir da miscigenação racial entre índios e brancos e com o espírito desbravador dos bandeirantes acabam fundando um arraial em terras esquecidas, às margens do rio Vaza-Barris. Sob a influência espiritual de um asceta, um líder carismático chamado Antônio Conselheiro que consegue, a partir de seus sermões religiosos, mobilizar massas e desprezar a República, reunindo os sertanejos para a construção de uma terra prometida, onde nem Estado e nem a Igreja conseguiriam penetrar. Canudos, o arraial que não se rendeu; que derrubou quatro expedições do exército; o arraial que resistiu até os dois últimos homens, o último velho e a última criança;

Euclides, que via os sertanejos como degenerados, como uma raça miscigenada inferior, teve que reconhecer a partir do trecho mais conhecido do livro: “... o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Os jagunços, esquecidos pelos homens do litoral, pelos homens do sul, eram homens bárbaros que conseguiam usar o ambiente a seu favor (por isso a descrição densa da geografia e do clima no capítulo “A Terra”), conseguindo derrotar exércitos inteiros por quatro vezes. Ali, as forças armadas da república, com a organização prussiana das tropas, não se adequaram. Os guerrilheiros de Canudos fizeram uma aliança com os sertões e ali os homens do Sul e do litoral sucumbiram pela fome, pela sede, pela estratégia desordenada dos sertanejos.

O resultado do relato de Euclides da Cunha é uma das primeiras obras que ajudam a pensar o Brasil como nação. Influenciando a ciência, a política, a literatura, o cinema e os movimentos artísticos como o Modernismo, a obra aponta as dicotomias do país: litoral civilizado x interior bárbaro; Sul rico x Norte pobre; cidade x campo. Euclides aponta para os problemas com que a República tem que lidar para construir uma identidade nacional. Se a obra em alguns momentos apresenta trechos que seguem o determinismo e as teorias raciais preponderantes da época, por outro lado propõe a inclusão desses sertanejos esquecidos, devendo incorporá-los ao projeto da república, da civilização, para a criação de um projeto para a construção uma identidade da nação brasileira.
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Leo 07/03/2012

Clássico dos clássicos
Euclides da Cunha consegue ser jornalista e escritor ao mesmo tempo. O relato é impressionante. A riqueza de detalhes é minuciosa sem tornar a leitura formal, cansativa ou monótona. Demorei tanto tempo para ler esse livro e não imaginava que fosse tão marcante.
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Felipe 21/09/2012

"A história do homem é a história da dor" (Nabokov)
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José Vítor 27/11/2012

Canudos- Realidade Histórica
Para começar, gostaria de dizer que Euclides da Cunha era um cara muito, mas muuuuito inteligente. Um jornalista que é destinado á acompanhar o movimento anti republicano em Canudos, dirigido por Antônio Conselheiro, que no caminho ao arraial, faz reparações e explicações minuciosas sobre tudo que diz respeito ao sertão nordestino. Relevo, clima, vegetação, fauna, análise sobre o povo, o modo de vida dos mesmos, etc.
O livro começa com uma descrição profunda sobre os aspectos físicos do nordeste, onde Euclides faz explicações sobre tudo aquilo que ele presenciou, e não deixa de fazer citações e comparações entre os aspectos nordestinos, comparando- os com outros biomas e países. Confesso que no início, o livro é chato. Muita descrição. Mas, ao chegar na parte do "Povo", onde ele narra a história de Antônio Conselheiro, você se prende á narrativa.
Suas citações com bases em estudos já existentes de grandes pesquisadores (onde ele não deixa de dizer o nome de cada um deles), me fez pensar no quanto que "Os Sertões" ensinou ao povo sobre a vida nordestina e quanto ensinou ás pessoas assuntos relacionados á Geologia, Geografia, Sociologia, Antropologia, entre outras coisas mais.
Acredito que na época da sua publicação, foi um livro muito impactante para o "novo Brasil" que acabava de se formar com a instauração da República. Ensinou àqueles que não conheciam o nordeste, os aspectos já citados e mostrou como verdadeiramente foi a Guerra de Canudos.
Para mim que sou baiano nordestino, é empolgante conhecer mais profundamente um fato que realmente aconteceu perto da minha cidade, e orgulhar- me mais uma vez da valentia e resistência do povo nordestino, que além de aguentar as agruras do sertão, tiveram que resistir aos inúmeros levantes contra sua terra.
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Karlinha 30/01/2014

os sertões
o livro fala do nordeste, de como era a terra e as pessoas, e seus costumes. fala da seca e do sufoco que os nordestinos passam. fala principalmente da guerra dos canudos com detalhes. é um libro da literatura brasileira muito rico em dizeres nordestinos e que relata uma realidade que a muito tempo acontece.
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Jayme 31/01/2014

"Os sertões" é incontestavelmente uma obra ímpar que Euclides da Cunha nos apresenta numa linguagem rica e variada, mostrando o que aconteceu em Canudos, não apenas como um fato histórico, mas como como um estudo crítico da sociedade brasileira.

Euclides da Cunha cumpriu seu objetivo ao escrever este livro, denunciando a situação miserável do caboclo nordestino abandonado pelo governo, que ao invés de resolver os problemas nada mais faz do que intervir com violência e crueldade.

Leitura obrigatória tanto pela importância histórica quanto pelo talento de um grande escritor.
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Gustavo Simas 28/03/2014

A Magnum Opus da Guerra
A primeira vitória numa guerra é o controle dos próprios sentimentos.
Apesar de não haver vitórias numa luta, somente perdas para ambos os lados, o Homem insiste em perpetuá-la, refazendo-a.
E Euclides da Cunha perpetua-se na literatura brasileira com "Os Sertões"
Com um olhar de geólogo, botânico, engenheiro, militar, naturalista, jornalista, cidadão, homem, ele cria um dos melhores livros brasileiros de todos os tempos.
Com uma divisão bem definida ele discorre sobre A Terra, delineando excelentemente o ambiente, o clima, a topologia dos sertões; expondo o ser humano ao analisar O Homem, com críticas sociais, políticas, descrevendo o sertanejo, o jagunço, o cangaço, refletindo sobre a desigualdade e todos os fatores que resultaram no ápice da obra, o clímax, a divisão do livro que ocupa mais de dois terços do total, A Luta.
E Euclides nos apresenta tudo.
Os desafios, os problemas, as situações desesperadoras, as atrocidades, a ida, o plano, o recuo, a fuga, a tentativa, a nova tentativa; sempre com um olhar crítico e profundo.
Com dados verídicos, nomes de comandantes, generais de expedições, datas, quantidade de homens, de munições, de mantimentos, estado dos militares e dos rebeldes e do tempo em todos os momentos.
Euclides da Cunha ataca.
No fim, apenas revela. A Realidade.

Dos 20 mil combatentes da Guerra de Canudos, nenhum sobreviveu para contar história. Euclides conta no lugar deles, honrando-os.
Canudos foi totalmente exterminada.
Todos morreram.
O Governo venceu.
O Povo comemora.
A República vive.
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Karen 05/10/2014

Finalmente terminei de ler Os Sertões de Euclides da Cunha. O livro conta sobre Antônio Conselheiro e a guerra de Canudos extremamente pormenorizada , não passou um único detalhe ao autor, fazendo um livro de quase 700 páginas descritivo e se tem uns 7 diálogos é muito, o que o tornou um porre imenso, mas sou persistente e li até o final. As primeira 83 páginas são 97% sobre a geografia do nordeste, 2% botânica e 1% biologia, me senti lendo um livro escolar! Quase desisti!!!! Mas as outras partes foram um pouquinho mais interessantes (a história é interessante, a forma como foi contada é que foi ruim), comparando o sertanejo com o gaúcho, depois contando a história de Antônio Conselheiro, que depois de tomar uns chifres da mulher resolve sair andando por aí sem rumo, as pessoas acham isso interessante e vão seguindo ele, tipo Forrest Gump! Aí ele começa a pirar na batatinha e se achar um profeta/ messias/ Nostradamus/ fanático religioso. Tudo muito bem, até que um dia uma "madeireira" não entrega os materiais de construção que tinha prometido para construírem uma igreja, os fanáticos adoradores do Conselheiro resolvem vandalizar a cidade por isso, a policia intervem mas saem perdendo. Nessa época era recém instaurada a república trazendo direito de casamento civil, o Antônio era contra e pregava isso, pq achava que o casamento era pra ser algo religioso, logo interpretaram que ele era pró monarquia e com essa desculpa começam a guerrear contra o povo dele. A guerra teve várias investidas do exército que ia sempre segura da vitória e acabavam derrotados, até que finalmente alguém foi com uma estratégia boa e os sertanejos foram derrotados, e o tal Antônio Conselheiro já tava até morto. Tanto de um lado quanto de outro houveram várias baixas, barbáries e crueldades com os prisioneiros, mas a moda de Las Vegas, que o que acontece lá morre lá, tudo ficou por isso mesmo. Fim. Se leu até aqui, não precisa ler o livro, que a única diferença é que o autor descreve cada oficial, cada brigada, cada batalhão, por onde passou, qual tipo de solo, qual vegetação... UMA CHATICE!!!
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Valeria.Mattioli 06/02/2015

"...o sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral..."

Leitura obrigatória na escola, eu jamais iria ler os Sertões se não valesse nota, e infelizmente, confesso que li as pressas, sem prestar muita atenção, sem me focar na leitura porque se acho esse livro chato hoje, imagina na minha época de 15, 16 anos.

O livro se divide em 3 partes: a terra, o homem e a luta. A primeira parte parece um livro de geografia, a segunda parece um livro de antropologia, e somente na terceira parte que o livro fica um pouco mais interessante, pois narra a batalha entre o litoral desenvolvido e o interior atrasado.

Chato, entediante...
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Réka 10/03/2015

E-Book
Obra de domínio público mas, por isto mesmo, difícil de se encontrar em boa versão digital. Eis uma, da Samba Books: http://www.sambabooks.com/os_sertoes_euclides_da_cunha.epub
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Mariana 01/08/2015

Um Episódio Triste
Foi um achado do meu nono ano de ensino fundamental! Anos depois de ter abandonado o livro em seus primeiros capítulos, inventei de tirá-lo novamente da estante. E olha, fiquei bastante satisfeita em ler a obra adaptada. Transmite bem a riqueza dos detalhes e o maço de opiniões do jornalista (com veias de antropólogo) que foi Euclides da Cunha. É indiscutível que o livro reflete o pensamento do começo do século XX e que para lê-lo tive de vestir a capa da época e engolir o determinismo grosseiro do relato, ou como disseram aqui antes, seu "racismo vintage". E é esse o interessante de ler livros de outros tempos! Entender conceitos antigos e associá-los ao modo como eles são vistos hoje. Enfim, como todos sabem, o livro é dividido em três partes: a Terra, o Homem e a Luta. São bem autoexplicativos, a primeira define a dureza do sertão e como ele, além de ser isolado e excruciante, age na consolidação do sertanejo enquanto indivíduo, emocional e etnicamente. A segunda parte descreve os tipos de sertanejo, o misticismo ao qual eles se agarram tão bravamente e a figura de Antônio Conselheiro. Ademais, a terceira parte descreve a intervenção militar do recém-formado governo republicano ao Arraial de Canudos, considerado uma ameaça à estabilidade da república (embora Euclides da Cunha pareça discordar, chamando-os de fanáticos sem intenções concretas de ações antirrepublicanas). O conflito é infeliz e a brutalidade é mútua. Várias expedições tentaram arrasar a resistência de Canudos e os jagunços lutaram até a cova. De um lado, fanáticos cegos movidos impetuosamente pela adoração ao seu messias; de outro, soldados que matam crianças com canhões, metralhadoras e um "viva à república". Vale a pena ser lido.
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