rperesperes 11/12/2019Tudo sobre o livro + Resumo + Minhas consideraçõesINTRODUÇÃO
Um dos maiores detonadores de brigas entre o casal são as dificuldades financeiras. Para o autor, a causa desses desentendimentos é a falta de conversa em família sobre dinheiro. Em geral o casal só fala sobre o assunto quando a bomba já estourou. E, como não discute a questão a dois, a maioria não faz um orçamento, não guarda dinheiro para atingir suas metas, não tem planos para a manutenção de seu padrão de vida no futuro, toma decisões de compra sem refletir, investe mal o dinheiro. É possível mudar esse quadro se houver vontade e compromisso do casal, seja qual for seu orçamento. Com sugestões para casais em qualquer fase do relacionamento, Casais inteligentes enriquecem juntos mostra diferentes estratégias para formar uma parceria inteligente, ao longo da vida, na administração das finanças da família. Ele traz também testes que avaliam a capacidade do casal em construir riqueza.
RESUMO
A educação financeira deveria ser ensinada nas escolas. Quanto antes souberem a importância de poupar e utilizar o dinheiro com consciência, melhor. Se ainda solteiros fizermos os investimentos corretos e seguirmos no namoro com inteligência financeira, as chances de ter uma vida em casal financeiramente estável e alcançar a independência financeira são muito maiores. O diálogo é muito importante para que os objetivos sejam alinhados e a partir daí as atitudes de ambos devem seguir a mesma linha de raciocínio. Atingir a meta da independência financeira não é bom somente para o casal, mas para todos que os rodeiam e para a sociedade.
MINHAS CONSIDERAÇÕES
- É preciso haver diálogo entre o casal a respeito dos objetivos.
- Traçar planos e metas em conjunto são essenciais para atingir os objetivos.
- Mais importante que atingir um padrão de vida é conseguir mantê-lo.
- Quanto antes começar a investir e a poupar, melhor.
- É preciso compartilhar sonhos e metas.
- Ser o exemplo para os filhos e dar educação financeira é o melhor a fazer.
- É preciso saber lidar com as instituições financeiras, ter conhecimento para fazer bons negócios.
- Investir é garantir um futuro melhor.
A partir daqui, tudo sobre o livro...
UMA UNIÃO FINANCEIRAMENTE FELIZ
Não há dúvida de que a falta de diálogo sobre dinheiro entre o casal é ruim para as finanças da família, podendo até contribuir para o fim da relação. O tema “dinheiro” deve estar diretamente ligado ao assunto “objetivos”.
Se ambos não conhecerem os objetivos, haverá sempre um sentimento de frustração. A falta de planos faz com que os sonhos de um se tornem empecilhos para a conquista das aspirações do outro.
Não esperem atingir um dos objetivos para começarem a poupar. É preciso fazer tudo simultaneamente, poupar e investir.
Conhecer o próprio perfil e o do parceiro e saber de suas limitações são a primeira coisa a fazer antes de se propor a discutir sobre dinheiro.
Qual é o perfil de vocês? Poupadores, gastadores, descontrolados, desligados ou financistas?
A DIFICULDADE DE PLANEJAR: UM PROBLEMA DE QUASE TODAS AS FAMÍLIAS
Se vocês enfrentam dificuldades financeiras é por terem feito escolhas erradas e talvez viverem em um padrão de vida acima do que deveriam. Na maioria das vezes, orçamento, planejamento financeiro, dinheiro ou controle de gastos não faz parte das conversas dos casais. Este problema ocorre com mais freqüência em lares aonde um dos indivíduos ganham mais do que o outro. As decisões sobre a vida do casal costumam ficar por conta daquele que tem o maior salário.
Estabelecer objetivos a longo prazo passa a ser muito difícil quando somente uma pessoa faz o planejamento e pensa no futuro. Quando o outro não conhece seus planos também não é capaz de reconhecer os sacrifícios.
É possível aprender meios de se relacionar melhor com o dinheiro; o difícil é resistir às tentações que ele nos oferece. Mais importante do que conquistar um padrão de vida é mantê-lo, e é para isso que devemos planejar.
Dinheiro não lhes dará prazer se vocês não aprenderem a tirar prazer de cada momento da vida.
AS FINANÇAS DO NAMORO E DO NOIVADO
Quando iniciamos nossa vida profissional, já no primeiro emprego abre-se um horizonte de possibilidades a nossa frente. Esse período constitui uma grande oportunidade de aprender a construir a independência financeira. O autor sugere que vocês aproveitem o momento de total liberdade de escolha em relação ao dinheiro para: Aprender a organizar suas finanças, começar a investir em ações ou outro mercado de risco e estudar um pouco sobre o assunto. Ao longo dos anos, a tendência é ficarmos mais medrosos e não querermos arriscar tanto; então aproveitem a boa fase para acumular.
Se vocês iniciarem a vida independente de modo organizado, terão um tranqüilo caminho a seguir em direção à riqueza. Começando cedo, vocês poderão desfrutar de sua poupança antes.
Todo relacionamento começa no namoro. A grande mudança que ocorre com o namoro é que nossa tendência de gastar muda de foco. A conseqüência desse comportamento é que muitos apaixonados perdem a fantástica oportunidade de enriquecer em uma fase muito propícia, quando a renda ainda não está comprometida com os enormes custos fixos de manter um lar e uma família.
Para muitos casais, o namoro é como um conto de fadas, uma eterna preparação para a lua de mel. Uma forma muito simples de suavizar a transição do mundo dos sonhos para o das responsabilidades é passar a dividir seus projetos antes mesmo de falar em casamento. Compartilhem sonhos e metas para a vida. Dividam seus medos e angústias. O autor afirma que muitas pessoas que conhece e são felizes no casamento tiveram uma passagem suave entre a vida de solteiro e a vida a dois.
O momento da escolha da moradia é decisivo para o sucesso financeiro do casal. A diferença entre a boa e a má escolha pode resultar tanto num futuro milionário quanto num total desastre financeiro. Isso porque nosso padrão de vida é escolhido quando definimos nossa moradia. Escolher uma moradia de um nível muito superior ao seu pode trazer gastos excessivos e dificultar ainda mais a formação de uma poupança. Dificuldades financeiras são escolhas pessoais: vocês decidem tê-las quando ignoram a importância do planejamento financeiro.
Entre comprar uma casa à vista e alugar outra de mesmo valor, pode ser melhor alugar. Casais que ao invés de comprarem uma casa pronta, tiverem a oportunidade de construir a própria casa podem economizar até 40%, desde que a obra seja bem administrada. Cerbasi alerta que se não houver tempo e paciência, o barato pode sair bem mais caro!
AS FINANÇAS DOS RECÉM-CASADOS
Um casamento só dá certo quando seu verdadeiro sentido é o da união. O mesmo vale para as finanças do relacionamento. Elas serão saudáveis se for praticado o sentido de união e vocês administrarem a renda familiar em conjunto. Planos comuns jamais serão construídos de modo eficiente se tudo no relacionamento for dividido. Perde-se em eficiência, em organização e em resultados!
O casal começa bem a vida a dois quando têm planos e sonhos em comum, elaboram e respeitam o orçamento familiar, mantém as contas em dia e celebram a conquista de metas financeiras.
Qualquer casal pode fazer o próprio planejamento financeiro se dedicar alguns minutos por semana ao seu futuro. O planejamento financeiro familiar não é complicado, em poucas horas é possível elaborar o planejamento e semanalmente é preciso dedicar alguns minutos a fazer a manutenção deste plano.
Imponham limites a cada categoria de gastos e sigam esses limites com precisão. Inclua em sua planilha a meta mensal de investimentos e paguem-se primeiro, isto é, poupem o valor mensal previsto assim que receberem o salário! Os investimentos passarão a ser a prioridade número 1. Quando vocês se propõem organizar e controlar com mais carinho sua vida financeira, o objetivo principal certamente é viabilizar a conquista de sonhos.
Conversem sobre suas metas a dois e também sobre as metas individuais, analisem seu orçamento para adequá-lo à necessidade de fazer reservas para essas metas.
Gastem menos do que vocês ganham e invistam a diferença. Depois reinvistam seus retornos até atingir uma massa crítica de capital que gere a renda que desejam para o resto da vida.
Se vocês estão com o saldo negativo no banco, a culpa é das decisões erradas que tomaram nos últimos meses, talvez anos.
Tomamos decisões todos os dias. Discutam suas últimas decisões, mas não transformem essa discussão no foco do problema. É preciso declarar guerra às dívidas. Vocês devem fazer todos os esforços para pagar as dívidas no menor prazo possível. Proponham-se realmente fazer sobrar dinheiro. Usem todos os tipos de poupança que vocês têm. Não há investimento bom para quem está atolado em dívidas.
AS FINANÇAS DOS CASAIS COM FILHOS
A chegada dos filhos é a fase da vida em que o planejamento financeiro se torna imprescindível. Se não havia um planejamento, esse é o momento de iniciar, mesmo que seja um pouco tarde para atingir sonhos mais ambiciosos.
A chegada do primogênito traz grandes mudanças a vida do casal. O tempo de lazer diminui muito. Os hábitos voltam-se para o lar e inicia-se uma revolução financeira maior do que a do próprio casamento!
É provável que a renda da família cresça ao longo dos anos pela evolução na carreira, mas independentemente dos aumentos de renda, alguns ajustes precisarão ser feitos no orçamento familiar.
Um dos maiores presentes que uma família pode dar aos filhos é a garantia financeira de poder estudar ou abrir o próprio negócio. Uma coisa é certa: os filhos poderão escolher com liberdade sua carreira quando perceberem que há segurança para correr riscos. Pessoas que escolhem a profissão pela paixão, geralmente são aquelas que se destacam em sua área.
É preciso ter sempre em mente que os gastos com os filhos tendem a crescer ano a ano até a faculdade.
O importante é investir nos filhos de forma racional e organizada, seguindo alguns princípios que eles também conheçam e entendam.
O autor deixa algumas dicas para a utilização da renda familiar com filhos:
Jamais apresentem as gulodices do mundo a seus filhos, estabeleçam regras de consumo de produtos caros ou pouco saudáveis, estabeleçam regras de compras para as crianças, não abusem das novidades tecnológicas e por último, supermercado não é lugar de criança!
Pensar em planejamento financeiro torna o processo de educação financeira bastante simples. Este assunto deveria fazer parte da grade curricular nas escolas, afinal, a falta de poupança é a origem de muitos problemas nacionais, assim como a falta de crédito e os juros elevados. A construção de uma nação rica depende da capacidade de seus cidadãos de enriquecer.
Já que a matéria não é ensinada na escola, em casa os pais devem discutir abertamente com os filhos as decisões sobre dinheiro, investimentos e planejamento para o futuro.
Independentemente do tipo de imprevisto que surgir, estará melhor a família que tiver reservas financeiras. Cuidado com suas escolhas quando houver necessidade de usar o dinheiro da reserva. Jamais entrem em dívidas se tiverem recursos poupados.
O problema ocorre quando não há reservas ou quando as reservas acabam. Nesse caso não há remédio, é hora de recorrer aos financiamentos para evitar soluções dramáticas – como tirar um filho da escola particular, abandonar os estudos ou grandes projetos de vida.
INVESTIMENTOS: A BUSCA DA MELHOR OPÇÃO
Investir é a melhor forma de garantir um futuro melhor e manter o que foi conquistado até o momento. É possível conseguir um bom padrão de vida usando os seguintes ingredientes: tempo, dinheiro, decisões inteligentes e juros compostos.
Há dois caminhos mais amplamente utilizados por poupadores para alcançar um objetivo de investimentos:
O caminho do valor mensal, aonde vocês determinam uma meta de poupança a ser formada, estabelecem um prazo e, com base na rentabilidade obtida nos investimentos, chegam ao valor mensal a ser poupado e baseado nesse valor, vocês terão de economizar todo mês para que a quantia proposta para a poupança realmente sobre na conta.
O caminho do percentual mensal aonde vocês determinam um percentual da renda mensal a ser poupado, sem prazo definido, até que atinjam a meta de recursos acumulados nos investimentos. Esse caminho é mais utilizado por profissionais que têm renda mensal bastante variada, como vendedores comissionados, profissionais liberais e autônomos.
Quem pode ajudar? O autor refere-se com freqüência a bancos e outras instituições financeiras como o caminho para a construção da riqueza porque têm como objetivo a intermediação financeira. Saber usar bem um banco pode mudar completamente sua visão desse tipo de instituição. O mesmo gerente que tenta empurrar ao cliente um título de capitalização não pode negar a oportunidade de investir em um fundo de ações ou no Tesouro Direto.
Alguns investidores com mais experiência não deixam seus recursos em bancos. Investidores em ações recorrem a corretoras de valores para ajudá-los a analisar as melhores alternativas e para intermediar compras e vendas.
Hoje em dia, bons consultores financeiros são capazes de orientá-los na composição ideal de sua carteira de investimentos.
VALORES QUE DEVEM SER CONSTRUÍDOS AO LONGO DA VIDA
As coisas mais importantes da vida são acessíveis a qualquer pessoa. Momentos únicos a dois, abraços carinhosos dos filhos, beijos apaixonados e intermináveis, caminhadas por lugares desconhecidos, horas de paz sem fazer nada em um local bucólico são prazeres simples, que nada custam e são deixados para trás – e por quê? A desculpa é a falta de tempo que o trabalho nos impõe. Sim, mas o trabalho nos rouba o tempo porque desejamos ter mais dinheiro, e desejamos ter mais dinheiro para consumir.
Vocês começarão a enriquecer mais rapidamente quando perceberem a importância das coisas que não custam nada.
Quando finalmente chega a fase da independência financeira, a relação do casal com o dinheiro é de absoluta tranqüilidade. Anos de esforço são recompensados com uma ótima sensação. Antes da independência, passamos a vida economizando para garantir o sucesso de nosso plano. A mudança que ocorre em seguida é marcante. Percebam o que acontece quando o plano é concluído: vocês tinham uma renda que, muito provavelmente, continua existindo. A diferença é que antes uma parte do salário era destinado a poupar, agora vocês passam a receber dois salários: um do trabalho e outro do banco – ou de onde quer que seu dinheiro esteja.
Quando atingirem esta fase da vida, há algumas alternativas a seguir:
- Vocês podem parar de trabalhar e começar a viver apenas da renda de seus investimentos.
- Podem continuar trabalhando, agora por absoluto prazer.
- Podem aplicar parte dos recursos poupados na abertura de um negócio próprio.
- Se não estiverem satisfeitos com o nível de risco de seus investimentos, vocês podem converter parte dos recursos em bens que gerem renda regular na conta-corrente.
Seja qual for a alternativa escolhida, certamente ela é capaz de trazer a sua família uma realidade bem diferente daquela de milhões de idosos no Brasil. São conseqüências de uma vida bem vivida, mas planejada. Não vale a pena?
Aposentar-se, em finanças pessoais, significa, portanto, atingir uma segurança financeira que lhes permita viver a vida como vocês gostariam. Talvez até trabalhando muito.
A RIQUEZA COMO OBJETIVO DE VIDA
A busca de um futuro financeiramente estável e seguro traz paz. É como ter uma garantia por trás de cada decisão que tomamos. Talvez não vivamos tempo suficiente para atingir nossos objetivos, mas teremos vivido felizes por levar uma vida motivada por objetivos. Isso faz toda a diferença.
Seu enriquecimento é uma forma de contribuir não somente com aqueles que os rodeiam, mas com a sociedade em geral. A razão de grande parte dos problemas brasileiros é a incapacidade de o povo poupar.
Um futuro melhor depende de vocês mesmos, e de mais ninguém!