Dearly, Beloved: Uma Nova Ameaça

Dearly, Beloved: Uma Nova Ameaça Lia Habel




Resenhas - Dearly, Beloved


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Biblioteca Álvaro Guerra 16/11/2023

A vida de Nora e Bram, em Nova Londres, parecia estar mais tranquila, principalmente depois que o Doutor Dearly descobriu a vacina capaz de agir contra a Lazarus, a terrível doença que reanimava os mortos. Neste segundo volume da série, a insegurança e o medo voltam a dominar a cidade e a ameaçar a convivência pacífica entre todos. E, uma pessoa em especial vai aproveitar esse clima de guerra e fará de tudo para destruir o amor entre Nora e Bram. Será que vai conseguir?

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788516085797
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_bbrcam 03/10/2020

Quantas pontas abertas!
Seguiu a linha do primeiro, com vários pontos de vista e uma ótima história! Finalizoi com várias pontas abertas, fico pensando se terá CONTINUAÇÃO...
Tamirys 13/02/2023minha estante
Onde posso encontrar esse livro para baixar em pdf?




Aline.Kristie 13/04/2018

Dearly Beloved
Como eu disse anteriormente, a escritora se perdeu na própria história inacabada e me traumatizou para livros de zombi kkk
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AndyinhA 07/02/2015

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Livro não finalizado, abandonei na página 271

Acho que o mais triste de uma série é a falta de foco no que ela se destina a passar, ou em seu enredo. Mentira, como tantas vezes já dissemos por aqui, o grande problema das séries é que é muita ‘embromation’ para pouca história e isso está ficando difícil de aturar nas sagas sem fim. O que acaba de fato acontecendo é que as pessoas começam e muitas vezes não terminam, como o que aconteceu aqui.

A narrativa não era a maravilha da saga, ela tinha muitas falhas, são muitos personagens narrando, alguns pontos de vistas interessantes, muita enrolação, mas no meio de tantos excessos, as vezes a gente conseguia tirar algo que valia a pena se manter e continuar firme e forte. Mas nesse livro, a coisa foi um total ‘samba do crioulo doido’, a autora atirou para todos os lados e não acertou em nenhum, sua história está tão fragmentada que tinha horas que me perguntava sobre o que exatamente ela estava escrevendo... zumbis inteligentes? Guerras? Gente aleatória que entrou na história? Coisas novas que ainda não identifiquei?

Entendo que a história precisa ter sempre um upgrade, mas como o rumo do livro anterior foi bem meia boca, a gente está perdido no que de fato a história vai seguir. Ainda temos o casal – humana e zumbi – que tentam de tudo para ficarem juntos e enfrentam oposição das pessoas, zumbis e quem é contra esse tipo de coisa, mas eles que eram os principais, foram reduzidos a coadjuvantes nesse livro, poucas passagens são eles contando. As vezes até aparecem nos pensamentos e ações de outros (alguns nem apareciam antes). As opções são muitas e praticamente ninguém anda fazendo nada.

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2015/01/poison-books-dearly-beloved-lia-habel.html
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Cris Paiva 10/12/2013

Depois do “Apocalipse Zumbi” do livro anterior, a população de Nova Londres está tentando se adaptar a ter os seus mortos convivendo em sociedade. Os zumbis ainda são um tanto que proscritos e mal vistos na sociedade, mas algumas pessoas lutam pelos direitos dos mortos. Afinal ninguém gosta de ver a sua mãe mortinha da silva ser hostilizada no meio da rua, eu, pelo menos não gostaria.

A historia começa bem no ponto em que o outro livro terminou. Eu não gosto de fazer spoiler, mas alguns são inevitáveis, pois tratam do ponto central da história, então não tenho como escrever a resenha sem citar esses pontos.

Há uma nova cepa do vírus zumbi, e a vacina feita pelo dr. Dearly não está surtindo efeito nesses casos. O zumbi que disseminou esse novo vírus está preso o que tem suscitado protestos pela população já falecida, que clama pelos direitos dos mortos. Mas no geral os mortos tem se inserido bem na sociedade, eles já são vistos passeando pelas ruas, trabalhando e até cortejando meninas vivas, mas ainda tem uma parcela que está segregada e que se reúne em uma praça chamada de Morgue (necrotério), o que tem causado revoltas entre a população, tanto a viva, quanto a morta.

O livro continua com o sistema de pontos de vista, alternando os capítulos entre os personagens, e agora surge mais um, o da Laura, uma das zumbis que surgiram no apocalipse do livro anterior. Ela faz parte desse grupo que está segregado, que ela e suas irmãs chamam de “transformados”. Os personagens anteriores também estão todos lá, a Companhia Z, o bandidinho cretino e definitivamente maluco do Michael, a insuportável da Mink, a melhor amiga-chatinha Pâmela e o casal pra lá de fofo Bram (meu zumbi favorito) e a Nora.

Agora, além dos problemas dos zumbis e do vírus mutante, ainda acontecem uma serie de ataques contra os mortos, praticado com requintes de crueldade por um grupo autointitulado “Assassinos”, que usam máscaras de pássaros e saem pela cidade atacando os mortos e os vivos que se aliam a eles. Os ataques veem tirando a paz de Bram, ainda mais quando um deles é contra a sua própria família, e coloca sua preciosa Nora em risco.

A historia começou um pouco lenta, situando o leitor sobre o que tinha acontecido no livro anterior e suas consequências, mas depois o ritmo foi aumentando com a alternância de vários pontos de vista, o que deu agilidade a história. Quando o assunto começa a cansar, a autora muda o foco, e insere um novo tema. Isso chegou a dar um pouco de nó na minha cabeça, ainda mais com a nova parte dos “Transformados”, que eu demorei um pouco para entender a que vieram... Mas o ritmo não chega a se perder, apesar das 520 paginas do livro.

Um novo problema é colocado, o da variação do vírus zumbi, e do Paciente Numero 1, que disseminou essa variedade. Alias a parte do P1 (apelido carinhoso para ele), é bem interessante e abre um espaço para uma continuação. A historia dele é de arrepiar os cabelinhos, e a maior parte dela é contada nas entrelinhas, o que não deixa de ser assustador e até um pouco nojento.

Agora, a melhor parte mesmo é o romance. O Bram é um fofo!! Já disse isso e não me canso de repetir. Nunca vi um morto com tanto carisma quanto ele (bom, talvez o Elvis...), e mal podia esperar para chegar à parte dele, definitivamente, é do Bram as melhores partes do livro. O homem diz cada coisa romântica!

“─ Amo você, Nora. Lembrarei de como é linda quando não tiver mais olhos para ver. Lembrarei de sua voz quando não puder ouvir mais. Você não poderá me ter para sempre, mas eu a terei até que não reste nada mais além do pó do meu corpo.”

A historia da uma virada tremenda na parte final, e termina deixando muita coisa em aberto para o livro seguinte e horror dos horrores: não há nenhuma noticia sobre uma continuação! Isso está me deixando em cólicas! Quero mais zumbis!!

Resenha no blog:

site: http://www.romancesinpink.com.br/2013/12/dearly-beloved-uma-nova-ameaca-lia-habel.html
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House of Chick 09/12/2013

“Dearly, Beloved” é a continuação de “Dearly, Departed”, que já foi resenhado blog. Podem ler essa resenha sem medo porque não tem nenhum tipo de spoiler, nem do primeiro, nem do segundo volume.

Estamos em Nova Londres, capital de Nova Victoria no ano de 2187. O mundo passou por diversas transformações e, uma delas, é que agora tecnologia e costumes vitorianos andam juntos. Para citar alguns casos, há locais totalmente planejados tecnologicamente, com telões dando impressão de realidade, mas que não passa de algo virtual, como céu e gramado artificiais, e as pessoas se vestem com roupas antigas, como vestidos enormes, e andam de carruagens, entre muitas outras características misturadas que se completam.

Um vírus denominado Lazarus surgiu no mundo e as pessoas infectadas morrem e revivem pouco tempo depois, e são denominados zumbis. Alguns deles são criaturas terríveis que só querem saber de atacar os humanos, já que não conseguem raciocinar e agem por instinto para se alimentarem. O outro grupo é totalmente diferente desse primeiro, os zumbis pensam, raciocinam, não atacam os outros e podem viver em harmonia tranquilamente, mesmo sabendo que seus anos estão contados e logo apodrecerão. Só tem um problema, metade da população é contra permitir que os mortos vivam na comunidade, fazendo com que sejam vítimas de preconceito, enquanto um outro grupo de vivos não querem perder seus entes queridos para sempre e sabem que eles não tiveram culpa da doença e são “inofensivos”, já que não atacam os humanos. Com a sociedade dividida os zumbis vivem à margem, sem ter certeza nenhuma do futuro, enquanto tentam viver normalmente, até onde isso é possível.

Nesse contexto conhecemos Nora Dearly, uma neovitoriana, que, por ironia do destino acaba se apaixonando pelo zumbi soldado punk, Bram, que tem os mesmos sentimentos pela senhorita. Depois de se conhecerem e enfrentarem muitas coisas no livro anterior, finalmente eles poderão relaxar e ficar juntos. Mas nem tudo são flores e agora uma nova cepa do vírus, ainda mais perigosa do que a anterior surge sem nenhuma perspectiva de cura e trás o terror novamente para a população. Além disso, há um grupo mascarado que ataca zumbis à noite, que nunca mais são vistos novamente, e também os vivos simpatizantes, e um grupo de mortos que são revoltados com a forma que eles são tratados e resolvem protestar, até tentando salvar um prisioneiro zumbi das mãos da polícia.

Agora Nora, Bram e diversos outros personagens que tiveram algum êxito anteriormente, vão viver com medo de novo, enquanto buscam aprender sobre esse novo vírus, acalmar a população para que os mortos não sejam caçados novamente, descobrir as identidades dos mascarados, acalmar o outro grupo de não-vivos para que não estraguem tudo de vez, enquanto tentam viver suas vidas normalmente.

Confesso que a leitura das primeiras cem páginas, mais ou menos, flui de forma meio arrastada. Fiquei meio perdida no meio de tanta informação porque não lembrava muito das coisas que tinham acontecido no livro anterior (já li há um ano), e a autora optou por fazer com quatro meses tenham passado do final daquele para o começo desse, então só sabemos o que ocorreu nesse período por conta dos comentários de Nora, que também está relembrando todos os acontecimentos do livro anterior que foram importantes, mas de uma forma meio arrastada. Além disso, existem muitos, mas muitos mesmo, personagens na história, então ficou meio difícil me encontrar no meio de tantos nomes e saber distinguir perfeitamente quem era quem sem estar com a memória fresca.

Depois que esse período acabou a narrativa fico mais movimentada, consegui me sentir mais ambientada ao livro, fui reaprendendo mais sobre cada um dos personagens e a autora conseguiu fazer com que eu lembrasse dos acontecimentos importantes do livro anterior de uma maneira mais prazerosa. Ela demorou para fazer entrarmos nesse mundo novamente, mas quando o fez, me senti imensamente feliz por estar lendo esse livro.

Lia Habel é muito inteligente e isso dá para ser notado durante a leitura pela forma como ela nos transmite informações, por todos os fatos passados, pelos detalhes que não deixam o livro chato, apenas o enriquecem, pelo embasamento que ela usou para criar a trama, e pelo modo como ela interliga tudo perfeitamente, não deixando nadinha de fora, com pontas soltas ou sem explicações, tudo faz sentido. Das autoras que eu mais admiro a forma de escrita, com certeza Habel é uma delas, posso afirmar que a acho sensacional.

Também amo a forma de narrativa dessa trilogia, que é em primeira pessoa e podemos acompanhar diversos personagens diferentes, nos deixando com uma perspectiva maior do que acontece em todos os lugares do livro e em vários momentos, e ainda nos faz compreender exatamente pelo que cada um desses narradores está passando pelo modo como pensam e encaram suas situações.

Dessa vez, as vozes dos capítulos são de Nora, Bram, Pamela, Laura, Vespertina e Michael. Esse método de narrativa nos ajuda a acompanhar tudo o que acontece sob diversas perspectivas e a autora ainda consegue interligá-los sem nos deixar confusos. Cada vez que um capítulo é encerrado e um novo narrador assume a posição de quem conta a história, entendemos um novo ponto da trama, que também tem alguma relação com o capítulo anterior.

Gosto muito da Nora, apesar de toda a sua imprudência, o que me irrita as vezes, adoro o Bram, que é meu personagem preferido do livro inteiro. A forma como age, como cuida dos próximos e ainda assim consegue ser um líder nato, é interessante e admiro seu caráter.

Confesso que amo o casal Nora e Bram, mas também já estou torcendo por vários outros pares, para que eles também formem casais no próximo livro. Hahaha Para quem não curte livros melosos, essa é uma boa dica, o relacionamento deles, apesar de bonito e nos transmitir o amor e o carinho que eles sentem um pelo outro, não é tão explorado a ponto de deixar algumas pessoas de saco cheio, mas também não é tão desleixado, fazendo com que as românticas (eu, aqui! Haha) ainda consigam suspirar e torcer pelo casal. Ah, e tem momentos, sim, de fofura e partes mais melosas, mas são quase inexistentes que as poucas vezes que aparecem não devem incomodar quem não gosta delas.

“Nada entre mim e Bram era normal. E, por isso mesmo, tudo era maravilhoso.”

Novos personagens foram introduzidos à história e gostei muito de conhecê-los, cada um trás uma importância para tudo o que está acontecendo, nenhum é jogado ali sem motivo, e isso é sempre ótimo. Dos personagens que já conhecíamos anteriormente, achei que a Pamela estava bem chatinha. Até entendo os motivos dela e sei que algumas pessoas passam por dificuldades com os traumas que vivenciaram, mas o modo como ela narrou foi bem enjoado de se acompanhar. Coalhouse é um personagem de quem gosto, mas suas atitudes foram bem extremas nesse volume e fiquei ora com raiva, ora com pena dele. Queria muito saber o que seu futuro reserva e, espero de verdade, que sejam coisas boas.

Também acho interessante que cada personagem tem uma reação diferente para aquilo que passaram no volume anterior, com todos os conflitos relacionados aos zumbis e como as pessoas reagem a doença lazarus. Em alguns livros todos os personagens lidam super bem com isso e seguem em frente mais firmes e fortes, aqui não, as coisas ruins pelas quais alguns deles passaram acabaram afetando-os de maneira negativa, eles entram em colapso, desenvolvem conflitos internos em níveis diversos, e fica um clima tenso, mas também mais real porque nem todo mundo reagiria bem diante de tantas dificuldades que encontram pelo caminho, e é isso que os seres humanos são, complexos.

O Steampunk continua muito bem explorado, e acho o cenário incrível, e adoro essa mescla de tecnologia mais costumes antigos, já a distopia, que na verdade sempre serviu apenas como pano de fundo, continua assim sem ser o foco principal, mas ainda existindo.

Como falei antes, mais ou menos depois da página cem, a narrativa melhora consideravelmente, mas lá para as últimas cento e cinquenta páginas (o livro tem quinhentas e doze) é que a trama fica bem eletrizante, cheias de acontecimentos incríveis que nos deixam ansiosos para terminar logo, lendo sem parar. E o final foi muito fofo e eu adorei como a autora terminou esse volume.

Esse volume tem um final para algumas situações que foram propostas aqui, mas também deixou pontas para serem respondidas no último livro. Essas pontas sem resolução que foram introduzidas nesse volume me deixaram super ansiosas para saber o que acontecerá em seguida. Infelizmente, porém, o próximo livro dessa trilogia não tem previsão de lançamento, a autora escreveu em seu blog um texto falando um pouco sobre sua vida pessoal e alguns problemas que ela tem passado por conta de depressão e ansiedade (se quiser ler, clique aqui, é esclarecedor e muito comovente), então ela não conseguiria escrever uma continuação agora por esse motivo, além disso, a editora americana dela decidiu não continuar publicando a série, então quando ela se sentir preparada, se auto publicará. Não sei se a iD irá lançar o próximo livro quando ela escrever, mas vou torcer muito para que sim, e aviso se souber de algo. E, claro, vou torcer para que ela se sinta bem logo.

Sobra a parte gráfica e a diagramação, seguem o padrão de Dearly, Departed, o que é sempre um ponto positivo. A capa e contracapa são muito bonitas (não tanto quanto a do primeiro volume), e na frente há a foto de Nora, enquanto atrás há o Bram. A fonte é pequena, mas não incomodou minha leitura, o espaçamento é ótimo, cada início de capítulo há um quadrinho em volta do nome do narrador do momento, e as páginas são amarelas.

Por se tratar de um livro de zumbis, que por acaso é o único que eu tive vontade de ler e gostei, há algumas cenas mais nojentas, mas no geral é um maravilhoso livro jovem adulto como outro, bem escrito, com personagens cativantes, muita ação, que acaba mexendo bastante com nossos sentimentos, você sente raiva, alívio, felicidade, se apaixona. É uma leitura bem desenvolvida, flui muito bem, e eu não poderia deixar de recomendar. Essa é uma das minhas séries preferidas e vale muito a pena acompanhar!


site: Confira essa e outras resenhas no blog: www.houseofchick.com
Tamirys 13/02/2023minha estante
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Psychobooks 17/09/2013

Classificado com 2,5 estrelas no Psychobooks

- Continuação da série a reapresentação da premissa

Vamos começar do começo. Esse livro foi tão desapontador pra mim, que nem sei por onde começar a criticar a escrita de Lia... Vou tentar não focar na história, já que alguns que estão lendo essa resenha ainda não leram o primeiro livro da série.

A Mari sempre que pode alerta sobre "A Maldição do Segundo Livro". Sabe quando você ama o primeiro livro da série, não vê a hora de ter o segundo enredo em mãos, aí ele chega e não é nada daquilo que você pensou. Então, essa é a "MdSL". Inúmeras séries sofrem desse mal. Ele é mais recorrente do que gostaríamos.

Com "Dearly, Beloved", esse problema já começa na primeira página. Com um ano entre os dois livros, a premissa tinha que ser apresentada novamente, daquele jeito "tô recontando a história, mas ó, cê nem tá percebendo", que todo bom autor faz em séries. Lia já peca aí. Ela nos joga no texto, como se tivéssemos acabado de ler o primeiro livro da série, e com isso, preparados para reconhecer todos os personagens, acontecimentos, conversas anteriores... Enfim. Não há em momento algum a tentativa de nos ambientar novamente na história.

- Narrativa e Desenrolar do Enredo

E a partir da primeira página, a história simplesmente não engata.
No primeiro livro, Lia Habel ousou a apresentar outros pontos de vista, fora o de Bram e Nora - os personagens principais; ele zumbi, ela humana. Todos os pontos de vista davam corpo ao enredo e conquistavam exatamente por abrir outras formas de visualizar os mesmos acontecimentos e possibilitar enxergar os outros personagens por perspectivas diferentes.

Nesse livro, a autora usou a fórmula que deu tão certo no primeiro livro, mas de alguma forma, o resultado não foi o mesmo. Há uma infinidade de PoVs, todos eles longos e com acontecimentos enfadonhos que num primeiro momento não parecem acrescentar muito à trama. O enredo começa tentando colocar um certo fogo nos relacionamentos políticos do livro, mas a única coisa que os novos dados apresentados conseguem, é deixar o leitor confuso e sem saber que caminho está trilhando.

O romance, que é o auge do primeiro livro e atrativo por ser tão proibido e inusitado, simplesmente se perde numa torrente de acontecimentos; acontecimentos esses que não conseguem resgatar a atenção do leitor. A mim, pareceu que Lia chegou à conclusão que o romance dos dois já tinha rendido o que devia, então poderia ser deixado de lado por um bom tempo. Não. Apenas pare.

Há novos personagens apresentados. Entendi a inserção deles, compreendi os motivos de suas aparições para o crescimento da tensão na trama, mas eles simplesmente não me conquistaram. Não entendi o porquê de Lia querer abrir tanto o leque de personagens para que o leitor entendesse conflitos que poderiam ser perfeitamente visualizados por outros personagens já conhecidos.

- Vale a pena, Alba?

O primeiro livro é ótimo. O mundo criado e apresentado por Lia é encantador, rico em conflitos e bem-pautado. A política e a forma que ela fez com que a sociedade, apesar de ter toda uma infinidade de tecnologia, se voltasse aos modos recatados da era vitoriana, dão sem dúvida um charme todo especial à história, junte a isso uma tensão absurda entre humanos e zumbis e o plano de fundo está armado.
Nesse segundo livro, a autora se perdeu em 85% da narrativa, mas no final do livro achou um compasso e conseguiu me convencer que sua história merece acompanhamento.

Recomendo a leitura, mas com os devidos alertas de que a narrativa é arrastada, e a continuação da série perdeu muito do seu brilho nesse enredo.

Apavorada, pega de surpresa, levei alguns instantes para entender o que ouvira. A voz, distorcida como a de Cas, vinha de vários pontos ao mesmo tempo.
Página 70


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