Elisa 02/06/2014
Em Esconderijo Perfeito, Jess volta de suas férias disposta a recomeçar o ano letivo como uma nova pessoa. Nada de jeans rasgados, nada de brigas, nada de detenções. Seria muito mais fácil controlar seus ímpetos, ela pensou, se socar a cara de alguém também significasse estragar uma saia de seda.
Em seu primeiro dia de aula, no entanto, Jess já descobre que não seria tudo tão simples assim. Amber, uma líder de torcida que sentava-se à sua frente no primeiro período desde a sexta série, tinha sido assassinada - e muitos a culpavam por não estar lá para encontrá-la quando ainda não era tarde demais. Aparentemente, as fofocas sobre ela ter encontrado uma garoto perdido no acampamento Wawasee já tinham se espalhado, e quase ninguém acreditava mais na sua história sobre ter perdido os poderes psíquicos.
Apesar de não se sentir responsável pela morte da garota, Jess decide investigar. O principal suspeito do caso, o ex-namorado de Amber, não parecia nem um pouco culpado, afinal. Como uma pessoa tão sensível como Mark poderia fazer uma coisa horrível dessas? Ela logo percebe que, apesar de bonito, ele era extremamente chato, mas isso não o tornava um assassino.
Eu confesso que não me agradou muito essa mudança de guarda roupa da Jess, já que sua aparência desleixada era um dos maiores pontos de desencontro entre a personalidade dela e a de Suze, da série A Mediadora. Tudo bem, a ascensão social dela foi um ponto relevante no enredo, mas tantos garotos percebendo a existência dela só por ter trocado as calças de sempre por saias pareceu um pouco forçado.
O Rob também teve uma participação mínima nesse livro, apesar de todas as cenas com ele terem me causado um ataque de histeria (ele é muito fofo, me deixem). Mesmo que o relacionamento deles não tenha exatamente se desenvolvido, pelo menos os sentimentos dele ficaram um pouco mais claros. Cenas de ciúme (quando não exagerado) sempre acabam sendo uma gracinha.
Enfim, o começo do livro é um pouco paradinho, mas, quando pega o ritmo, não para mais. E o FBI finalmente tentou usar o Doug para fazer Jess confessar a verdade sobre seus poderes, como tinha sido sugerido no final do primeiro livro. Eu tinha ficado o segundo livro inteiro esperando por isso e nada, então foi bom ver a Meg atando as pontas que deixou soltas pra trás. Não funcionou da forma como eles planejaram, é claro, mas o fato é que, no fim, o segredo de Jess não podia mesmo continuar guardado. O que vai acontecer com ela agora, entretanto, fica pro próximo livro.