Lívia 04/10/2020
Acima de tudo, coerente.
Caso acabasse de uma forma diferente, tudo o que esses personagens viveram não passaria de uma grande pantomia. É como esperar um "felizes para sempre", de conto de fadas, em uma fantasia que fala de morte, sangue e violência.
Acima de tudo, achei um final coerente, embora que certamente não tenha sido feliz. Mesmo aqueles que supostamente estejam em um lugar auspicioso, como Jazel e Glokta, ainda tem o futuro manchado por uma pilha de cinzas e, de novo, mais violência e mentiras.
Essa experiência gravou-me a ferro uma dura verdade: as pessoas são uma dualidade ambulante. Nesse livro, ninguém é só bom ou mal, ouso dizer, inclusive, que a esmagadora maioria tem a parte da maldade especialmente mais bem dotada.
É sem duvida um livro singular, que ficará em minha mente por muito tempo.