Aventuras de Huckleberry Finn

Aventuras de Huckleberry Finn Mark Twain




Resenhas - As Aventuras de Huckleberry Finn


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Biiah-chan 22/03/2013

As Aventuras de Huckleberry Finn
Quando criança, você subia em árvores? Corria depois de apertar campainhas e jogar pedras em cachorros? Era mentiroso? Sua mãe sempre gritava para você parar de fazer alguma coisa? Sim? Não? Independente da resposta, eu conheço um carinha que era muito pior que você, seu nome é Huck Finn e você pode acompanhar todas as suas aventuras escrita por Mark Twain no livro As Aventuras de Huckleberry Finn, de 1884.

Eu li quando tinha 11 anos, a tradução foi feita por Monteiro Lobato e me lembro de que infelizmente, não gostei nada do livro. Huck Finn vivia perto do rio Mississipi com as tias e tinha um pai alcoólatra. O garoto tinha 11 anos e não sabia escrever direito, essas coisas são passadas no livro, as palavras são propositalmente escritas ortograficamente erradas, pois é contada em primeira pessoa. Claro que Huck queria estudar mais, porém, seu pai queria que ele trabalhasse na roça, como um escravinho, levando surras. Isso me revoltou (lembre-se da minha idade), eu ainda me lembro do diálogo entre pai e filho. Um querendo estudar e o outro dizendo que o estudo da vida era uma enxada nas mãos. O garoto forja sua própria morte. E foge numa jangada pelas águas do Mississipi.

Seu objetivo era encontrar um país dos Estados Unidos em que a escravidão já estivesse abolida e seu desejo aumenta ainda mais depois de encontrar seu amigo Jim, um escravo velho que fugiu da família porque sua dona disse que ia vendê-lo. Por causa desse personagem o livro é considerado racista. No original Huck o tratava como nigger, e Jim era bem mais ignorante do que o menino. Eles vão seguindo viagem para o lado Sul, uma vida nômade, sempre de noite para correr menos riscos e por esses caminhos encontram todos os tipos de caráter em personagens bons e ruins com eles.

Certo, não vou dizer os maus bocados que eles passam e nem vou contar o que aconteceu no fim. Mas digo que Huck mente, rouba, dissimula o tempo todo e a grande sacada do livro é essa: Será que vale a pena passar tudo isso por uma amizade? E o medo do inferno? São esses pensamentos que Huck expõe em sua narrativa. Hoje em dia você pode encontrar várias traduções dessa obra e recomendo não lerem essa do Monteiro Lobato, que em algumas partes não foi fiel ao original, deixa lacunas e uma leitura mais difícil, talvez isso fez com que eu não aproveitasse totalmente o livro e foi maçante pra mim. A melhor versão traduzida atualmente é a da Rosaura Eichenberg

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Cristian 12/06/2019minha estante
Valeu pela dica da tradução!




Larissa.Goya 09/03/2013

devo dizer que só comecei a gostar do livro a partir da metade da história, simplesmente não estava me chamando à atenção no momento, acho que dá pra dizer que eu tinha "outros interesses literários". só mais tarde eu fui tocada pela história, é uma aventura tão boa de se ler, e de alguma forma, muito nostálgica, com gosto de infância. Huck é o típico menino que se mete nas piores confusões, mas que não tem como não gostar, pela sua inocência e carisma. a única coisa ruim são as passagens de cunho ideológico duvidoso, mas claro, devemos levar em consideração a época em que o livro foi escrito (final do século XIX), acredito que toda obra deve ser lida levando em consideração a época em que foi produzida.
Tom Sawyer fez uma aparição pequena nesse, pretendo ler o outro livro sobre as suas "aventuras", mas pelo pouco que pude saber do personagem, posso dizer que me afeiçoei mais pelo Huck.
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Cinti 24/01/2013

Travessuras e Imaginação
Mark Twain é fabuloso! Aventuras de Huck é uma continuação do livro As Aventuras de Tom Sawyer. Nele o amigo de Tom, Huck, vive aventuras mil, depois que decide fugir da Viúva Douglas, que o tinha adotado e tentava civilizá-lo e do pai, um bêbado vagabundo que só sabia dar-lhe uma boa surra.

Nessas aventuras ele encontra Jim, um negro que fugiu para tornar-se livre e vira um grande amigo de Huck. Também encontram ladrões, falsários, farsantes, se envolvem em confusões, presenciam uma briga feia entra duas famílias se mantando umas as outras, enfim muita ação e imaginação do começo ao fim.

Se não me engano tem um filme muito bom da Disney baseado nesse livro com o personagem Huck Finn sendo atuado pelo ator que fez o Frodo do filme O Senhor dos Anéis, do Tolkien.

Um clássico imperdível!
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Amanda 27/12/2012

Inesquecível.
Apesar de todos os seus truques, Huck é um garoto de coração puro e inocente, e isso pode ser percebido por sua amizade com Jim. Em uma época em que os negros sofriam horrores, um garoto branco fazendo tudo aquilo que estava a seu alcance para ajudar um escravo a conseguir sua liberdade - algo que Huck também sonhava - era considerado um crime.
Esse é um dos livros que mais me ensinaram sobre o amor e a amizade, além de ter feito com que eu risse muito em certos momentos.
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Leonardo 08/12/2012

Considerado por muitos como uma das obras primas da literatura americana, Hemingway afirmava: “Toda a literatura americana moderna se origina de um livro escrito por Mark Twain, chamado Huckleberry Finn (...). Não havia nada antes. Não houve nada tão bom desde então”.

As Aventuras de Huckleberry Finn, segundo o próprio Twain, são uma espécie de continuação das Aventuras de Tom Sawyer, obra emblemática do autor, talvez a mais conhecida nos dias de hoje.

E de fato o livro se inicia pouco depois dessas aventuras, altura em que Huck Finn vive adotado por uma senhora que insiste em lhe ensinar boas maneiras assim como a frequentar a escola.

Depressa Huck se aborrece e um pouco até contragosto se vê morando com o pai, um homem violento, que passa a vida bêbado.

Farto de ser surrado e ameaçado de morte, Huckleberry Finn simula o seu assassinato, empreendendo assim uma viagem Mississípi a fora, iniciando um rol de aventuras que nos vão lançar na América dos finais do séc. XIX.

E a América que Twain retrata, é um país que vive ainda sob os efeitos da Guerra Civil, um povo ignorante, a maioria analfabeto, um pouco como vemos em filmes de faroeste.

Outra característica desta obra e talvez aquela que mais salta à vista, é o racismo que nos envolve página a página.

Na pele do escravo Jim, Mark Twain, que é tido como abolicionista, explana toda uma mentalidade imperialista que se começava a enraizar na sociedade americana. É chocante perceber que a diferença entre um animal e um negro era nula.

Sei que Twain elaborou esta obra precisamente para demonstrar o racismo que existia. A linguagem utilizada choca pela sua frieza das expressões que eram utilizadas de uma forma natural, e a certa altura Huck Finn conta a alguém que num barco explodiu alguns barris. A outra pessoa questiona se alguém ficou ferido ao que Huck responde: “Não! Apenas morreu um preto!” e a outra pessoa diz: “Ah, que sorte!”.

Este é um livro para adultos. Não entendo porque continua associado a literatura juvenil quando até as próprias aventuras demonstram a mentira, morte, desonestidade, racismo, ganância, deslealdade e violência.

Sendo mais um manual das várias facetas da sua sociedade, “As Aventuras de Huckleberry Finn” merecem ocupar um lugar de destaque na literatura mundial e, quanto a mim, é uma leitura indispensável para entender a mentalidade imperialista norte-americana.
Cyntia Bandeira 23/04/2015minha estante
Se você analisar certas falas da Emilia, de Monteiro Lobato, verá que são bem filosóficas, até contundentes. Tá mais pra adulto que crianças. Mas li na infância e adorei.
Tom Sawyer eu li e achei bacaninha, não é tão adulto.




Willy 06/10/2012

Mark Twain conta as aventuras do garoto Huck e seu escravo Jim descendo o rio Mississippi, explorando os aspectos culturais e pessoais característicos dos Estados Unidos do século XVIII.
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Israel145 07/09/2012

A fantástica "continuação" de Tom Sawyer
“As aventuras de Huckleberry Finn” é mais uma das fantásticas obras do escritor Mark Twain que li e guardei no local reservado para livros queridos no meu coração. Derivado diretamente do clássico “Tom Swayer” é um livro muito mais maduro e bem construído que este, não desmerecendo “Tom” de forma alguma, pelo contrário. Quando resolvi ler “Huck Finn” foi pela singela curiosidade de fazer a comparação entre as duas obras, já que ambos estão ambientados na mesma época, com os mesmos personagens e o mesmo estilo. Qual o melhor dos dois? Difícil responder. Prefiro encarar “Huck Finn” como uma continuação que deu certo e que mantém a qualidade de “Tom Sawyer” com novos elementos enriquecedores das fantásticas aventuras dos dois garotos.
O livro em si, trata das peripécias de Huck Finn, um garoto vadio, porém auto-suficiente, que vive largado pela cidade vivendo intensamente a sua infância nas brincadeiras com os outros moleques da vila e se aventurando pelo rio Mississipi. Continuação direta do enredo de “Tom Sawyer”, mesmo tendo ficado rico no final do livro anterior e sendo adotado pela viúva, Huck continua relutando em ser civilizado e acaba arrastado pra uma vida de vagabundagem pelo pai alcoólatra. Mas o rumo da história muda quando Huck forja a própria morte e parte com Jim, um escravo fujão, em sua jangada se aventurando pelo rio e vilas à margem deste, se embrenhando numa divertida jornada, conhecendo os tipos mais pitorescos, vivendo as situações mais absurdas (e engraçadas) sempre se sobressaindo com sua inteligência e esperteza, embrenhado pelo interior de uma América fascinante retratada com cores vivas e sob a perspectiva de um garoto de 12 anos.
Todos os elementos que tornaram “Tom Sawyer” agradável aos olhos dos leitores estão lá. A narrativa do próprio Huck Finn torna a leitura prazerosa e engraçadíssima, pois é o tempo todo visto pela lógica de um guri dessa idade, que confere à obra um humor ácido e mordaz. Faz voltar no tempo e ter vontade de ser criança novamente. Incontestavelmente, Mark Twain é um dos maiores contadores de história da literatura universal. Muitas das histórias aqui contadas e personagens foram adaptadas da própria infância e aventuras de Twain. Segundo consta, definiu com essa obra, mesmo com esse viés humorístico, o romance americano.
Quanto à edição da Martin Claret (série ouro), esta vem recheada de “extras”, com uma mini-autobiografia de Twain (muito engraçada), um capítulo extra com o escravo Jim, o conto “a célebre rã saltadora”, um texto sobre a obra em si e uma biografia de Twain. Sendo esse livro, da até pra aturar o trabalho porco da editora, não vou entrar no mérito tradução, porque não leio em inglês pra comparar com os originais, mas pelo que se comenta sobre a obra, Twain utilizou pelo menos 7 dialetos diferentes falados na região à época. Grande chance de isso ter se perdido na adaptação pro português.
Lembrando que Twain retomou ainda mais algumas vezes os personagens em outros romances. Recomendo muito esse livro!
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naniedias 24/05/2012

As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
Huckleberry Finn é apenas um garoto, mas um garoto que já passou por muitas dificuldades na vida - já que o pai beberrão não o deixava em paz. Depois de se aliar a Tom Sawyer e conseguir participar de uma grande aventura, fazendo com que as pessoas da cidade o notassem, ele é adotado pela viúva Douglas que, junto com Miss Watson, tenta civilizá-lo. Mas Huck é um espírito livre, que não consegue se adequar à vida civilizada que a boa senhora tenta lhe impor.
Entretanto, o menino estava se esforçando - justiça seja feita. Até que seu detestável pai, o bêbado incurável, aparece e toma Huck de volta para si - levando-o a viver em cativeiro em uma cabana abandonada. O menino não gostava da vida com a viúva Douglas, mas gosta ainda menos de viver com seu pai. Ele pensa que poderia escapar, mas então teria que viver novamente com a senhora na cidade. Assim, lembrando das inventividades do amigo Tom Sawyer, Huck Finn forja a própria morte e escapa.
Logo após, encontra o escravo de Miss Watson, Jim, e com ele vai viver uma grande aventura.

O que eu achei do livro:
Uma das primeiras coisas que fiz ao terminar a leitura desse livro foi procurar uma versão do original, em inglês, para poder dar uma folheada (até porque sendo um livro cujo copyright já está expirado, seria fácil achar uma versão em sua língua mãe - que não possui copyright de tradução - para download). Acabou que encontrei algo ainda mais interessante (além do ebook do livro que baixei no meu tablet pelo Kobo, gratuito): um site do projeto Gutenberg (o mesmo responsável pelo ebook que baixei para o tablet - clique aqui para acessar a página do projeto e saber mais sobre os ebooks gratuitos oferecidos - http://www.gutenberg.org/). O projeto digitaliza livros e os distribui de forma gratuita, a maioria são livros cujo copyright já expirou (clique aqui para ler um pouco mais sobre esse assunto - http://www.naniesworld.com/2010/06/livros-direitos-autorais-e-patrimonio.html). E por que eu acho que encontrar uma página do livro dentro desse projeto foi mais interessante?! Porque eles têm a versão em ebook - toda bonitinha, baseada na primeira versão americana do livro, de 1885*. E vai além disso: eles não apenas têm o ebook baseado na primeira versão do livro, como tem uma página com scans da primeira edição (clique aqui para acessar - http://www.gutenberg.org/files/76/old/orig76-h/main.htm) - incluindo as páginas de aberturas de capítulos, as ilustrações originais dessa primeira edição e as primeiras páginas do livro.
A versão que li em português é da editora Martin Claret e infelizmente não traz essas belíssimas ilustrações de Edward W. Kemble (esse é Huck Finn na visão do ilustrador - http://www.gutenberg.org/files/76/old/orig76-h/images/frontispiece.jpg).
Logo no início do livro, o leitor se depara com um aviso de Mark Twain (disponível tanto na versão original quanto na tradução brasileira):
"Se alguém tentar encontrar um tema nesta narrativa, será processado; se tentar encontrar uma moral, será banido; se tentar encontrar um enredo, será fuzilado.
Por ordem do autor"
Portanto, não serei eu a maluca a tentar fazer qualquer destas coisas... mas, arriscando-me bastante, compartilharei a minha opinião.
Eu já falei em outras resenhas o quanto gosto da editora Martin Claret, mas dessa vez eu não fiquei satisfeita com a edição da editora. O livro data de 2005, portanto é anterior a essa nova fase pela qual a editora vem passando - e que fez muito bem aos livros por ela editados, que ficaram muito melhores. Portanto, espero que Huckleberry Finn receba uma nova tradução, porque o livro merece.
Conferindo a edição americana, foi possível perceber que a linguagem original do livro não é tão enfadonha quanto ficou na tradução de Alex Marins. Além disso, também se perdeu nessa tradução a diferença de fala entre Huck, Jim e o pessoal da cidade - diferença que ficou suavizada demais na versão nacional. A versão brasileira também deixa bastante a desejar no quesito revisão! Não sou perita no assunto, mas a versão original tem uma leitura muito mais agradável. Além disso, é notável o quanto a tradução se distanciou do que foi escrito pelo autor. Sempre que uma tradução é feita, alguma adaptação ocorre, pois a tradução exata é algo impossível de se conquistar. Assim sendo, uma tradução é sempre uma adaptação. Mas dessa vez, a tradução ficou bem longe do texto original, o que é uma pena. Li As Aventuras de Huckleberry Finn, mas o mesmo tempo sinto que não conheço a obra. Conheço os personagens, o enredo, mas não a escrita de Mark Twain.
Outra coisa que me chamou atenção foram os títulos dos capítulos do livro. O capítulo um, por exemplo, é chamado "Civilizando Huck - Moisés e o seu povo - Miss Watson - Tom Sawyer espera" - assim mesmo, como se fossem vários títulos de uma vez. Na edição original, tais títulos só aparecem no índice - talvez como uma forma de auxiliar o leitor a encontrar o ponto em que parou a leitura. Entretanto, esses nomes não aparecem nos capítulos, que são chamados apenas de "Capítulo 1", "Capítulo 2" e assim por diante. Acho que seria bem mais interessante se a edição brasileira também seguisse esse padrão.
"As Aventuras de Huckleberry Finn" são, de certa forma, uma continuação a "As Aventuras de Tom Sawyer". Tom Sawyer eu já havia lido há algum tempo, mas gostaria de ter feito a releitura antes de embarcar nessa outra aventura. Não faz falta alguma - existem apenas algumas poucas menções aos acontecimentos anteriores e o leitor que nunca leu As Aventuras de Tom Sawyer conseguirá acompanhar esse livro sem problema, mas ainda assim acho que a experiência fica muito mais interessante se a história de Tom Sawyer estiver fresca na cabeça do leitor.
Mark Twain tem uma escrita simples e gostosa, embora na edição em português o texto tenha ficado um pouco arrastado, de forma que a leitura continua prazeirosa, mas não dinâmica. Os personagens criados por Twain são encantadores e muito divertidos! Acho que nunca ri tanto quanto com Tom Sawyer e suas genialidades (que ele retira dos livros que lê, com uma lógica que apenas ele consegue enxergar), Huck Finn e sua ingenuidade, Jim e suas superstições, o Rei e o Duque com suas malandragens (esses dois últimos personagens aparecem em meados do livro). Ler esse livro é garantia de boas risadas com personagens tão encantadores e absolutamente divertidos.
As críticas sociais feitas por Mark Twain ficam um pouco embaçadas hoje em dia - para quem não conhece a estrutura social do sul dos Estados Unidos no final do século XIX. Como leitora, eu fiquei triste de não poder compreender melhor essa parte do livro. No final das contas, para mim, Huck Finn foi uma excelente diversão e rendeu boas risadas e, mesmo não conseguindo enxergar a completude das críticas de Twain, foi possível ver a relação entre brancos e negros que é retratada no livro.
Agora, um ponto positivo para a edição brasileira: o livro traz uma introdução à obra e uma biografia do autor (o que ajuda muito a compreender um pouco mais de Mark Twain e de sua obra). Além disso, o livro ainda traz um conto que foi o primeiro grande sucesso de Mark Twain como escritor, responsável por toná-lo conhecido nos Estados Unidos: A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras. Originalmente publicado em 1865 como Jim Smiley and His Jumping Frog (em tradução livre, Jim Smiley e seu sapo saltador), o conto foi rebatizado para The Notorius Jumping Frog of Calaveras County (título atual do conto). Confesso que desse texto eu não gostei muito, mas adorei o fato dele estar na edição brasileira - para que nós, leitores, pudéssemos conhecer o texto que deu fama a Mark Twain.
No final das contas, As Aventuras de Huckleberry Finn merecem uma nova edição da Martin Claret - com uma tradução mais esmerada. Espero no futuro poder conferir essa nova edição, pois como já mencionado, creio que não conheci como deveria a escrita desse afamado escritor. De qualquer forma, esse livro é garantia de diversão e boas risadas.

PS: No verso da edição da Martin Claret, está escrito que As Aventuras de Huckleberry Finn datam de 1844, mas essa data não procede, sendo a data correta 1884. Sabendo que Twain nasceu em 1835 seria mesmo um garoto prodígio se tivesse publicado um livro da complexidade de Huckleberry Finn aos nove anos de idade. Esse é mais um dos graves erros cometidos nessa edição.

PS2: RESUMINDO:
As Aventuras de Huckleberry Finn é uma leitura muito gostosa, garantia de boas risadas. Entretanto, pode ser um pouco arrastada e enfadonha, principalmente para crianças (e para quem não está acostumado a ler clássicos). A edição da Martin Claret, infelizmente, deixou a desejar.

* Mark Twain foi um grande escritor americano. Mas, curiosamente, As Aventuras de Huckleberry Finn, um de seus mais famosos livros, foi publicado primeiramente na Inglaterra - em Dezembro de 1884. Apenas três meses mais tarde, em Fevereiro de 1885, o livro foi publicado nos Estados Unidos. Por que isso aconteceu?! Segundo o site Today in Literature (clique aqui para acessar - http://www.todayinliterature.com/stories.wk.asp?Event_Date=2/18/1885), que conta uma breve biografia de Twain, o livro deveria ter sido publicado no outono nos Estados Unidos, pouco antes do Natal e ainda antes de ser publicado na Inglaterra. Entretanto, a primeira versão do livro era ilustrada e alguém (o culpado nunca foi descoberto) adulterou uma das imagens. Assim, na primeira versão do livro, de 1884, uma das imagens tinha um pênis desenhado (escondido na figura). Nessa altura, vários livros já tinham sido impressos. Houve um recall das versões com essa imagem e, assim, a versão americana só conseguiu sair (já consertada) em Fevereiro de 1885.
Essa versão com a imagem adulterada é hoje considerada um item de colecionador.

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 7


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Juliana Pires 29/03/2012

As aventuras de Huckleberry Finn
Huck Finn esta cansado da vida de maus tratos ao lado do pai e também de Miss Watson que tenta incessantemente civilizá-lo, para fugir desse martírio ele simula a própria morte (com efeitos dignos de Hollywood) e uma vez feito isso, ruma rio Mississipi acima sob uma jangada em busca de liberdade e aventuras.

Ainda pelas redondezas, ao ancorar em uma pequena ilhota, ele encontra Jim, o escravo de Miss Watson, um velho conhecido seu que quase tem um enfarte ao vê-lo já que afinal de contas “Huck Finn esta morto”, após convencê-lo de que não é um fantasma, descobre que ele esta fugindo, pois sua dona queria vendê-lo e separá-lo da família, isso não o impede de ajudá-lo e assim partem juntos para terras livres.

Durante a viagem Huck e Jim vão se tornando cada vez mais amigos, e assim vão seguindo o caminho juntos. Mas é aí que Huck passa a enfrentar um dilema, por mais que Jim esteja se tornando seu amigo e Huck acha certo ajudá-lo, isso vai contra tudo aquilo que aprendeu a vida toda. Ajudar a fugir o escravo que por direito pertence a uma velha senhora com certeza acabaria por levá-lo ao inferno.

Mesmo nesse dilema Huck segue o caminho sem conseguir fazer nada de mal a Jim, mesmo que por vezes sua consciência lhe pese muito, não por ser um menino mal, mas Huck foi criado assim, numa época que os escravos não tinham direito a nada, e mesmo assim isso não o impede de ajudar Jim, o que fica é essa luta constante sobre o que ele acha certo (ajudar Jim) e sobre tudo aquilo que aprendeu durante a vida (escravos não tem direito a liberdade).

Nessa jornada pelo rio Mississipi, Huck e Jim sempre viajam a noite para não correr o risco de serem pegos, mesmo assim isso não os impede de topar com tipos estranhos que os meterão em muitas enrascadas ora engraçadas, mas por muitas vezes perigosas.

E em uma dessas enrascadas Jim acaba sendo capturado, levando Huck de uma vez por todas decidir que Jim merece a liberdade, mesmo que a sociedade diga que não e acaba de vez com o dilema que sente dizendo que prefere a ir para o inferno do que deixar Jim em apuros, e para isso terá a inesperada ajuda de um antigo amigo.
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Nícolas 17/02/2012

Aventuras com mais aventuras...
Simples, curioso e empolgante. As aventuras de Huckleberry Finn tem uma incrível capacidade de entreter o leitor e proporcionar boas horas de leitura.

Está é a história de Huck, um garoto pobre, filho de um alcoólatra que ao fugir da guarda deste último embarca com seu recente companheiro Jim numa interessante e até mesmo perigosa aventura nas águas do rio Mississippi.

Dotado de uma narrativa clara e descomplicada, Twain consegue manter o bom ritmo de qualquer aventura sem deixar de lado os justos detalhes que levam o leitor aos sabores da imaginação.

Aliás, não apenas o ritmo, mas também a atenção do leitor é mantida com uma trama recheada de acontecimentos que variam do inesperado ao hilário.

Se de aventuras e novas sensações um leitor busca em um livro, certamente As aventuras de Hucleberry Finn são capazes disso e até um pouco mais. Sem dúvidas uma ótima opção de entretenimento.
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Jehssy Müller 13/09/2011

Eu nem queria ler esse
Mas não me arrependi nem um pouco de tê-lo lido. Uma ótima obra de Twain, com certeza!
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Daniel 16/10/2010

Encantador
O livro nos transporta para o interior americano do século XIX com uma linguagem coloquial, leve mas nem por isso menos inventiva. Já havia lido antes "As aventuras de Tom Swayer" e achei as aventuras de Huck ainda melhores, explorando melhor a personalidade deste garoto tornando-o bastante carismático a nossos olhos. Recomendo
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Air 05/03/2010

My Huckleberry friend...
Levei quase um ano pra terminar de ler esse livro(uns dez meses). Tudo começou quando minha professora de Literatura I pediu que escolhêssemos um livro para resenhar, e eu acabei por escolher Huck Finn.
É um livro ótimo para crianças, muito engenhoso, cheio de aventuras e bom para trabalhar a imaginação. Para adultos fica meio cansativo ler trezentas e tantas páginas de tantas peraltices de um menino e um negro fugido numa jangada descendo o rio Mississipi. Finalmente hoje eu encerrei a leitura, e devo dizer que os últimos capítulos valeram o livro, de tão engraçados. Tive crise de riso, ri que chorei! E sentirei falta de Huck Finn que por tanto tempo me permitiu acompanhar suas aventuras, juntamente com Jim e Tom Sawyer.

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Fimbrethil Call 28/01/2010

Excelente!
Excelente esse livro, que é quase como um 'road-movie' passado nos rios no interior dos Estados Unidos, mais especificamente os rios Missouri, Mississipi e Ohio.

Sensacionais as descrições dos rios e das margens, das cidades que eles vêem da jangada onde estão, e dos relacionamentos.

Huckleberry Finn é o principal, mas um dos mais ativos é Jim, o escravo de Miss Watson, e o relacionamento dos dois é uma das melhores coisas do livro, a gente entende o dilema de Huck entre tratá-lo como uma pessoa ou como um objeto. É lógico que com a visão nossa do século XXI, esse dilema nem existe, mas não é tão difícil se transportar no tempo e entender a mentalidade de uma criança branca dessa época, que nasceu quando existia escravidão, e achava tão natural quanto o computador o é pra uma criança de hoje em dia. O que eu posso dizer é que Huck é uma ótima pessoa, e escolhe tratar Jim como um amigo.

Eles encontram uma dupla no caminho de homens brancos, que são dois vigaristas, que são duas das piores pessoas que se pode conhecer. Huck até pensa que ao vê-los em ação dá vergonha do ser humano.

O episódio do resgate de Jim da prisão é ótimo, e basta dizer que Jim comenta que nunca pensou que ser prisioneiro dava tanto trabalho:)

Ótimo livro, cheio do humor de Mark Twain, ou melhor Samuel Clemens, que escolheu esse pseudônimo porque trabalhou um tempo naqueles barcos que cortavam o Mississipi que possuíam rodas de pás, alguns com uma só roda de popa, alguns com duas rodas, uma de cada lado, e uma coisa que o capitão dizia era "MARK TWAIN" (twain quer dizer dois).

Recomendadíssimo!
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Camilo 16/01/2010

Trata-se de uma literatura infanto-juvenil intensa, com aventuras contagiantes.

Gostei muito.
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