The Cuckoo

The Cuckoo's Calling Robert Galbraith




Resenhas - The Cuckoo's Calling


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Vinícius 14/07/2013

www.o-livreiro.com
The Cuckoo’s Calling, de Robert Galbraith, é uma estreia criminal maravilhosamente divertida, que, embora não possua nada de incrivelmente original, funciona muito bem.

Em primeiro lugar, há o personagem principal, Cormoran Strike — um veterano de guerra ferido, com um passado conturbado, uma vida amorosa danificada e com problemas financeiros alarmantes. No primeiro momento em que nos deparamos com o protagonista, ele está dormindo em seu escritório. Strike abandonou o exército, e, após isso, estabeleceu-se como detetive particular. O único problema é a falta de clientes — e do pagamento dos clientes que ele, portanto, não possui. Também somos apresentados à Robin Ellacott, assistente de Cormoran recentemente contratado. Tanto Strike quanto Robin são personagens totalmente cativantes, pelos quais nos preocupamos profundamente do início até o final desta obra.

Strike é convidado para investigar o crime de uma supermodelo famosa, que cai (ou é empurrada) de sua sacada em uma noite de inverno em Londres, Inglaterra. A falecida Lyla Landy — conhecida por seus amigos como Cuckoo — é a filha adotiva de uma família rica e seu irmão postiço, John Bristow, insiste que ela não tinha quaisquer pensamentos suicidas quando encontrou-se com ela naquele mesmo dia. Quando Strike se propõe a investigar o crime, somos apresentados a um elenco complexo e deliciosamente bem construído, repleto de nuances e que, de fato, se sobressai.

Ainda que a trama de The Cuckoo’s Calling seja realmente muito simples, ela funciona com primazia. O autor criou, aqui, um cenário totalmente realista. Londres, embora seja o pano de fundo, torna-se praticamente um personagem extra enquanto Strike caminha por suas ruas. Não fosse o bastante, há o enredo satisfatório (que merece ser destacado) e a quantidade notável de suspeitos para o crime, que embaraçam ainda mais nossas mentes em dúvidas com relação à sua resolução.

Eu diria que Cormoran Strike é a melhor novidade do gênero de investigação criminal dos últimos tempos. O personagem de Galbraith merece uma série só sua e espero poder acompanhá-lo em muitos mais livros. Há vislumbres tentadores do seu passado, os quais poderiam ser explorados com eficácia em possíveis continuações; e se estas de fato vierem a existir, peço ao autor que seja um pouco mais gentil com Strike, oferecendo-o, pelo menos, um lugar adequado onde ele possa dormir.

Se você gosta de romances policiais bem escritos, afiados e inteligentes, The Cuckoo’s Calling é a pedida certa; a qual você apreciará integralmente.

Este é o grande começo para o que, esperamos, se torne uma longa saga.

*Resenha escrita originalmente em 04 de Junho de 2013, por Susan, antes de J.K. Rowling revelar-se autora do livro.
comentários(0)comente



Arthur 19/07/2013

Dois personagens pra chamar de "favoritos" (não há spoiler)
Como um amante de livros de detetives e amante da J. K. Rowling pelos seus fantásticos outros lançamentos, não esperei duas vezes pra ler "The Cuckoo's Calling".
Parei todas as minhas outras leituras pra isso, e deixa eu dizer uma coisa? Valeu a pena.
O livro tem uma premissa bem básica. Todos já devem saber: uma supermodelo que supostamente se suicidou. Seu irmão adotivo não concorda com a conclusão da polícia, suspeitando de homicídio. Aí que entra nosso grande personagem, contratado por esse irmão adotivo, o novo detetive que queremos que nos acompanhe por mais muitas outras histórias: Cormoran Strike. Um dos personagens mais carismáticos e legais de todos os tempos. Ele está meio quebrado de dinheiro e contrata secretárias temporárias, no caso, durante esse período ele contrata a Robin, muito eficiente e prestativa. Os dois juntos são absolutamente hilários e super legais.
Enquanto não há nada de inovador na tragédia em si, você continua tendo os momentos legais de "Oh - My - God" (Janice) no final do livro quando você acaba descobrindo tudo. O livro é grande, mas se lê muito rápido, porque te prende pra caramba. 5 estrelas. E como já disse a Tatiana Feltrin, "entretenimento do melhor nível".

Parabéns J. K., cada vez mais mostrando conteúdo nos livros e que é realmente um storyteller like no other.
comentários(0)comente



PorEssasPáginas 11/08/2013

Resenha The Cuckoo's Calling - Por Essas Páginas
Sábado à noite, estou numa igreja esperando pacientemente a minha vez de entrar na fila para ter meu livro autografado por Neil Gaiman, quando recebo uma notificação atrás da outra no facebook. A Lany havia postado um link para um artigo dizendo que não conseguia acreditar mas que havia um novo livro da J.K. Rowling e os comentários chegavam a níveis absurdos no meu feed. Como apenas alguns dias atrás havia ressurgido um rumor de que Ms. Rowling escreveria outro livro de Harry Potter, eu achei que essa notícia fosse apenas “mais do mesmo” e não dei muita bola. Somente ao ler o artigo, ver que não se tratava de Harry Potter, que ela havia usado um pseudônimo, e que a notícia havia sido postada pelo The Leaky Cauldron (o fansite que eu mais confio) foi que minha ficha caiu. Havia um novo livro de J.K. Rowling. Nas prateleiras. Tipo agora!! Embora eu estivesse desesperada para correr até a livraria mais próxima naquele momento, me resignei, adquiri o audiobook imediatamente no celular (só pra garantir), e resolvi esperar até o dia seguinte para procurar uma cópia física de The Cuckoo’s Calling. Por sorte a minha livraria ainda tinha duas cópias, e eu as peguei imediatamente (uma para mim, e uma para uma amiga); no final do domingo, com a notícia tendo se espalhado, o livro já estava esgotado tanto em lojas físicas quanto online, e uma segunda edição com tiragem de 300,000 cópias – e o nome de J.K. Rowling na jaqueta – ainda é ansiosamente aguardada. Aqui no Brasil, os direitos foram adquiridos pela Rocco, a mesma editora responsável pela publicação de Harry Potter.

Após o choque de termos um novo livro escrito por J.K. Rowling ter diminuído sensivelmente, me joguei de cabeça na história sem saber muito o que esperar além de ser entretida. A insegurança que senti ao ler Morte Súbita não se fez presente dessa vez, talvez pelo choque em saber que havia um novo livro dela e ter começado a ler no dia seguinte, talvez pelo fato de que com Morte Súbita, ela apagou toda e qualquer suposta dúvida que eu tivesse sobre seu talento em me fazer me importar com seus personagens. Na verdade, eu estava preparada para não gostar de The Cuckoo’s Calling; sou incrivelmente chata com histórias de detetives porque geralmente consigo adivinhar o que vai acontecer, e me forçava para tentar separar a artista de sua arte; acredito que mesmo se eu tivesse lido o livro sem saber sua verdadeira autoria, eu teria adorado da mesma forma.

A história de The Cuckoo’s Calling é simples: Lula Landry, modelo rica e famosa, caiu da sacada de seu apartamento numa noite fria de Janeiro. Sua vizinha jura que a ouviu discutindo com um homem segundos antes de vê-la passar por sua janela rumo à morte, mas a polícia descartou essa possibilidade e tratou o caso como suicídio. John Bristow, o irmão de Lula Landry, não acreditava que ela pudesse ter se matado, e baseando-se em imagens de câmeras perto do prédio que captaram um homem deixando a cena do crime, contratou um detetive particular para investigar o caso. E então nós conhecemos Cormoran Strike, veterano de guerra, peludo, recém-separado de sua noiva, e atolado em dívidas. Strike perdeu uma perna no Afeganistão; eu e meu amigo Murilo estávamos trocando figurinhas enquanto líamos, e do nada ele me manda uma mensagem dizendo: ”ué, como assim, mano, ELE NÃO TEM UMA PERNA DESDE O COMEÇO? pera, deixa eu imaginar tudo de novo!” Como eu havia lido a sinopse, eu sabia desse detalhe, mas a reação do Muri me fez pensar em como isso afeta a vida de Strike mas em momento nenhum o define: ele ter somente uma perna faz parte dele, mas não É ele e o fato de você não perceber isso logo de cara na narrativa me deixou intrigada para conhecer Strike, saber quem ele é por trás de sua aparência.

“He had never been able to understand the assumption of intimacy fans felt with those they had never met.”

Temos também Robin, a secretária temporária que sonhava em ser detetive. Robin se mudou para Londres para morar com seu namorado – agora noivo – Matthew. A agência de empregos a enviou por engano para ficar uma semana, mas Strike acreditava ter cancelado seu contrato. Apesar de não ter mais condições financeiras de manter uma secretária, Strike decide ficar com Robin por aqueles cinco dias; ele fica impressionado com sua eficiência, limpeza e discrição, e quando Robin oferece sair da agência e trabalhar pra ele por conta até que arrume outro emprego, Strike aceita sem pestanejar. A amizade forjada entre eles não é instantânea, eles são muito diferentes para isso, e Strike sempre coloca obstáculos, tentando se manter profissional.

“How easy it was to capitalize on a person’s own bent for self-destruction; how simple to nudge them into non-being, then to stand back and shrug and agree that it had been the inevitable result of a chaotic, catastrophic life.”

A investigação é narrada com detalhes, mostrando as dificuldades enfrentadas para conseguir entrevistas com amigos e familiares de Lula, examinando os mínimos detalhes da vida da modelo e do dia anterior ao seu suposto suicídio. Isso me lembrou um pouco os métodos empregados pelo meu detetive favorito, Hercule Poirot, e eu só posso desejar que Cormoran Strike tenha uma carreira tão promissora quanto à do pequeno belga. Pra quem gosta daqueles mistérios sem resolução, nós temos a história da mãe de Strike, cuja morte também foi considerada um suicídio; sabendo quem escreveu o livro, não posso deixar de pensar que essa é uma linha da história que será explorada posteriormente. Mas devo confessar que o que eu mais gostei em The Cuckoo’s Calling foi a sensação de que nós conhecemos os personagens: eles saltam das páginas e se tornam reais, nós sabemos seus problemas, suas aflições e desejos, eles abrem as portas de suas vidas para que a gente entre sem pedir licença. Talvez os fãs ferrenhos de ficção de crime e mistério não achem a trama original (especialmente agora que todos sabem que o livro foi escrito pela Jo, e ainda existe um preconceito com relação a ela, uma vontade inexplicável de que ela falhe ou de que pare de escrever), mas como leitora de vários gêneros, posso dizer que The Cuckoo’s Calling me deixou extremamente feliz com seu desenvolvimento cheio de ironias sutis, e com seu desfecho que apesar de eu ter imaginado por dois segundos, não ter conseguido desenvolver uma teoria satisfatória. Posso dizer com convicção que mal posso esperar pelo segundo volume da série – que sairá em 2014 – para ver aonde Cormoran Strike me levará dessa vez.

Apesar de amar J.K. Rowling com todo o meu coração, e estar curiosa para saber qual a próxima história na qual ela fará com que eu me perca, eu tiro o meu chapéu e proponho um brinde à Robert Galbraith: que sua carreira seja longa e promissora! E quem quiser saber um pouquinho mais sobre Robert, ele tem uma conta no twitter, e seu site oficial está no ar – no qual Jo responde à várias perguntas, inclusive sobre o motivo que a levou a usar um pseudônimo masculino e porque exatamente “Robert Galbraith.” Assim como The Cuckoo’s Calling, vale a pena conferir!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-the-cuckoos-calling
comentários(0)comente



Juliana 13/08/2013

Muito envolvente
Pra quem já é acostumado a ler livros de mistério, a narrativa um pouco lenta do início não vai incomodar. Não tem como não identificar muito do estilo de escrita da J.K. Rowling no livro, independente da linguagem mais madura e pesada. Os personagens são cativantes e eu realmente fiquei surpreendida com o final. O que me deixou mais decepcionada mesmo foi essa com essa modelo nada a ver na capa do livro...a Lula Landry era negra...
Gostei muito da dinâmica entre Striker e Robin, a velha fórmula do detetive brilhante e seu assistente esperto nunca falha! O trocadilho com o nome Robin também foi genial!
Garantia de uma boa leitura!
comentários(0)comente



vollzin 20/08/2013

Resenha do livro “The Cuckoo’s Calling”, de Robert Galbraith
Com um prólogo visual que descreve a cena da morte de uma modelo, mostrando os detalhes do cenário dividido por policiais que investigam o que acabou de acontecer, paparazzi, repórteres e curiosos que se agrupam em grande número em frente ao flat em busca de saber o que levou a famosa Lula Landry a cair de sua sacada com destino à morte, “The Cuckoo’s Calling” inicia prometendo muito mistério e uma grande narrativa.

Depois de três meses do chocante suposto suicídio de Lula, uma modelo que está no ápice de sua carreira, com diversos projetos e contratos milionários com estilistas, seu irmão, John Bristow, descontente e incerto sobre o que a polícia descobriu sobre o caso, vai atrás de Cormoran Strike, um detetive ex-membro da polícia militar e veterano do Afeganistão que além de uma ferida de guerra carrega diversas outras de sua vida conturbada.

Strike, na primeira conversa com John, tenta recusar a oferta, está claro que o que aconteceu a Lula não foi mais que um fim triste para uma vida problemática repleta de problemas mentais e com drogas, mas, por estrar precisando muito de dinheiro e com a oferta irrecusável do rico advogado, ele acaba aceitando investigar o caso que já teve uma conclusão crível. Com isso, Strike vai atrás de...

(continua em Vollzin.com)

site: http://www.vollzin.com/2013/07/cuckoos-calling/
comentários(0)comente



Bia Regina 26/08/2013

Muito bom.
O roteiro é um arroz com feijão de todo livro de investigação que se preze. Para quem é acostumado com esse tipo de literatura, não é difícil de identificar o final do livro. Todos os personagens porém, são muito bem caracterizados e todos eles são muito fáceis do leitor se identificar. Leitura leve e prazerosa.
comentários(0)comente



Paula 03/10/2013

O misterioso livro da J.K Rowling
Fiquei curiosa quando soube que a J.K. Rowling, autora de Harry Potter, havia lançado um livro novo, mas sob o pseudônimo de Robert Galbraith. O livro, uma história de mistério, havia vendido cerca de 1500 cópias antes da notícia de que era da J.K. Rowling ser divulgada. Se foi mesmo uma tentativa de ter um pouco mais de liberdade e menos pressão para escrever, ou se foi apenas mais uma grande estratégia da editora para alavancar as vendas, não sei dizer. Mas que isso aumentou a curiosidade dos leitores sobre o livro, isso aumentou. Nem precisa dizer que depois da notícia o livro começou a vender feito água e a tradução em português deve ser lançada em 01 de novembro pela Editora Rocco, com o título O Chamado do Cuco.

Comprei o ebook em inglês e comecei a ler. E a história realmente me prendeu. Não consegui largar o livro até terminar. A narrativa da J.K. é muito gostosa, e adoro como ela cria esses personagens por quem imediatamente sentimos afeto. Mas esse é o único aspecto em comum aos livros anteriores escritos pela Rowling. Então, não espere encontrar Harry Potter nele para não se decepcionar. O detetive e sua assistente merecem destaque no quesito personagem. O Detive Cormoran Strike é um ex-soldado que lutou no Afeganistão, que está sem clientes, passando por uma crise financeira e afetiva, sendo perseguido pelos credores por não pagar o aluguel e vivendo provisoriamente em seu escritório. Ele não tem dinheiro nem para contratar uma secretária/assistente. Por isso acaba recebendo estagiários de uma empresa de recrutamento de pessoas, que normalmente mudam de trabalho a cada uma semana. Um dia surge Robin, que deveria ficar trabalhando como assistente de Cormoran por uma ou duas semanas, mas que acaba conquistando seu lugar e também a amizade do detetive.

A história se desenvolve a partir de um evento trágico: uma modelo famosa (Lula Landry, chamada pelos amigos de Cuckoo, daí o título) se suicida causando uma grande comoção na imprensa. O irmão da modelo, contudo, decide contratar um detetive para investigar melhor a morte da irmã, pois acredita que ela tenha sido assassinada. Cormoran então passará a investigar esse assassinato com a ajuda de sua assistente, Robin.

O livro é gostoso de ler e divertido, e me deu vontade de ler mais histórias de detetive e de mistério depois dele, gênero pelo qual até então não me aventurei muito. Comprei um livro da Agatha Christie depois disso, e acho louvável isso na J.K.Rowling: ela desperta o desejo de ler. Seremos sempre gratos por Harry Potter e por tantos jovens e adultos que descobriram o prazer de ler por que se apaixonaram pelo pequeno bruxo. E imagino que deve ser um peso muito grande para um escritor criar novas histórias depois de ter tanto sucesso com sua primeira criação. Mas acho que mudando um pouco de ares como ela tem feito e dando passos seguros nas histórias de detetive, que provavelmente continuarão nos próximos livros de Cormoran Strike (a J.K já anunciou que vem outras histórias por aí), ela certamente conseguirá conquistar novamente esse público órfão de Harry Potter com novas histórias e novas personagens. Se tivesse que dar estrelas para avaliar esse livro, acho que ficaria em dúvida: três ou quatro estrelas...3 estrelas e 3/4?

site: http://pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2013/08/the-cuckoos-calling.html
comentários(0)comente



06/10/2013

Quando uma perturbada modelo despenca para a morte de uma varanda coberta de neve, fica assumido que ela cometera suicídio. Entretanto, seu irmão tem suas dúvidas e telefona um detetive particular, Cormoran Strike, para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra – ferido física e psicologicamente – e sua vida está uma bagunça. O caso lhe fornece uma salvação financeira, porém com um custo pessoal: quanto mais ele se aprofunda no complexo mundo da jovem modelo, mais sombrias as coisas vão se tornando – e mais perto ele fica do terrível perigo…

Um elegante e dominante mistério mergulhado na atmosfera de Londres – desde as silenciosas ruas de Mayfair aos bares clandestinos de East End até a agitação de Soho – “O Chamado do Cuco” é um livro extraordinário. Apresentando Cormoran Strike, este é o aclamado primeiro romance criminal de J.K. Rowling, escrevendo sob o pseudônimo de Robert Galbraith.

Claro que depois de descobrir que esse livro era da Queen, Goddess Rowling (aliás, isso me lembra de um comentário que eu recebi uma vez reclamando de eu chamar a Rowling de Goddess. Apaguei o comentário porque achei muito insolente, e depois o blog é meu, eu chamo a mulher do que quiser, ninguém tem nada a ver com isso), claro que eu tinha que ler, né? E o resultado é que gostei muito do livro.

Cormoran Strike é um veterano de guerra amputado (ele não tem metade da perna direita), que acabou de levar um tremendo pé na bunda da noiva e está à beira da falência. É quando aparece em sua vida, vindo diretamente do passado, John Bristow, contratando seus serviços para investigar a morte da irmã, a top model Lula Landry, conhecida como Cuco. As investigações policiais indicam suicídio, e estão encerradas, mas John não está convencido disso. Assim, apela para o amigo de infância de seu irmão, Charlie. E como Strike precisa desesperadamente do dinheiro, ele topa a investigação, mesmo desacreditado pelas autoridades e outras pessoas próximas de Lula.

Strike é carrancudo, está amargurado e no momento não vê muitas perspectivas na vida, mas a investigação do caso Lula Landry traz um novo propósito ao detetive. E mesmo não acreditando muito na hipótese de assassinato, já que a modelo tinha transtornos psicológicos graves, muito provavelmente era bipolar, Strike leva a investigação com determinação e seriedade. Esse caso acaba sendo a salvação de Strike, em vários sentidos.

E aos poucos, somos atraídos junto com Strike ao mundo surreal de luxo e frivolidades das top models, a relação com a mídia e os extremos de bares suspeitos e bairros luxuosos de Londres. Nada é exatamente como parece e gradualmente Strike reconstitui os últimos momentos da vida de Lula, numa trama cheia de paranoia e conspirações.

E nesse meio conhecemos personagens interessantes, como Guy Somé, estilista e amigo de Lula, que tem língua afiada e uma obsessão por Lula, o irmão John, nervoso e super devotado à mãe doente, Ciara Porter, top model e melhor amiga de Lula, e o namorado desta última, Evan Duffield, músico e ator, viciado em drogas e de temperamento forte. Não dá para eu elaborar muito entre eles, porque eles aparecem relativamente pouco, e também porque todos eles, claro, são suspeitos de assassinar Lula.

Uma personagem que vale destacar é a secretária de Strike, Robin. Contratada inicialmente como temporária, ela se prova eficiente além da conta, e tem uma mente curiosa e determinada que acabam se tornando essenciais na investigação. Ela também é o ponto de equilíbrio no meio de tantos personagens perturbados. Ela traz um pouco de leveza à narrativa.

A narrativa é envolvente, e a cada página, uma camada do mistério se revela. É preciso ficar atento aos detalhes, que se encaixam no final. Confesso que o assassino é um tanto previsível, mas eu só saquei no final mesmo, algumas páginas antes da confirmação. E até lá, desconfiamos de todos. E como no caso de The Casual Vacancy (Morte Súbita), Rowling revela aos poucos, camada por camada, os segredos da sociedade superficial e consumista, movida por fofocas e dinheiro. Há uma forte crítica aí também. A escrita é fluida, e logo estamos completamente envolvidos com o caso e ávidos por saber exatamente o que aconteceu na noite em que Lula Landry caiu da sacada de seu apartamento. Um suspense elegantemente escrito, com um detetive nada convencional. Recomendado.

Trilha sonora

Certo, todo mundo sabe que não sou nada fã de Lady Gaga, mas Paparazzi cai como uma luva para este livro.

Se você gostou de O Chamado do Cuco, pode gostar também de:

Morte Súbita – J. K. Rowling;
As aventuras de Sherlock Holmes – Arthur Conan Doyle;
qualquer um da Agatha Christie;
Juízo Final – Sydney Sheldon;
Nada dura para sempre – Sydney Sheldon (poderia até recomendar mais dele, mas esses dois são meus favoritos)

site: natrilhadoslivros.blogspot.com
comentários(0)comente



mapeixinho 29/10/2013

the cuckoo’s calling – robert galbraith a.k.a. j.k. rowling
Minha expectativa era bem alta. E confesso que este livro não teria ido direto para o topo da minha lista “para ler”, passando na frente de vários que já estão lá há muito tempo, se Robert Galbraith não fosse apenas um pseudônimo usado por J.K. Rowling (quem não acompanhou o desenrolar desta história pode dar uma olhada aqui: http://tinyurl.com/ooresfk).

Convenhamos, nada mais justo que ele fure fila mesmo, afinal, depois da descoberta e posterior confirmação da verdadeira identidade do autor, o livro, que em três meses teve apenas 1500 exemplares vendidos, passou a figurar entre os best sellers na amazon.com. Fico imaginando o que não passou na cabeça dos donos das editoras que recusaram publicar o livro. Se arrependimento matasse…


Para quem não sabe (e se realmente não sabe: em que mundo você vive?), J.K. Rowling é simplesmente a mente brilhante por trás da série de livros, hoje uma franquia bilionária com filmes, produtos, parques, exposições, etc., de maior sucesso na história da literatura mundial: Harry Potter.

Bom, minha opinião pelo menos. Cresci com esses livros que me acompanharam dos 12 aos 24 anos e os quais já li mais de uma vez e, confesso, muito provavelmente ainda lerei muitas mais. Falo isso com orgulho e com todas as letras, para quem quiser ouvir. Inclusive, sinto uma enorme satisfação ao introduzir outras pessoas ao fantástico mundo de Hogwarts. Acompanhar as reações e saber o que pensam ao entrar na história pela primeira vez, é como se estivesse lendo junto.

Mas vamos lá, sem perder o foco (quando começo a falar de Harry Potter não paro mais), estávamos falando sobre outro livro dela.

A história é passada na Londres de hoje e faz, inclusive, referência a vários locais da cidade que, quem a conhece bem, reconhecerá. Ela nos apresenta a um detetive particular, Cormoran Strike, policial, veterano de guerra traumatizado (física e psicologicamente) e filho ilegítimo de um rockstar famoso qualquer, que, ao dar fim a um relacionamento amoroso de anos, se encontra sem moradia e à beira da falência. Então, ao ser procurado para investigar o suicídio da jovem modelo Lula Landry, no auge de seu sucesso, e já demasiadamente explorado pelos tabloides ingleses, Strike se vê diante de uma última tentativa para salvar sua carreira. Quem o contrata é o irmão adotivo de Lula, um rico e influente advogado, que, ainda inconsolado com sua morte, está convencido que a irmã foi assassinada.

Entre o namorado ator e drogado da vítima, que se diz completamente abalado e ainda apaixonado, a menina pobre e deslumbrada, cuja amizade com a modelo se iniciou em uma clínica psiquiátrica, até o estilista de origens humildes, melhor amigo e confidente de Lula, hoje rico e famoso por suas criações (de gosto duvidoso), nos vemos mergulhados no mundo dos ricos e famosos, que, sob as lentes do detetive, não parece ser nada glamoroso.

A temática em sim não é nenhuma novidade, já li incontáveis romances policiais, e em todos há um protagonista problemático, investigando algum crime que, obviamente, é solucionado de maneira supostamente surpreendente no final do livro.

Acompanhamos a narrativa, em boa parte, pelos olhos da secretária de Strike, Robin, contratada aleatoriamente de uma dessas agências que oferecem empregos temporários, e da qual Strike não consegue se livrar. Ela, por acaso, nutre desde criança uma fascinação pelo trabalho de investigação e, por isso, acaba contribuindo muito para a conclusão do caso. Essa perspectiva, através da qual observamos o desenrolar da trama, é muito interessante, pois me pareceu uma maneira bem efetiva de entender e acompanhar os raciocínios e conclusões do detetive sem que fossem necessárias maiores explicações ou que estas ficassem óbvias demais. Afinal, Robin é tão inexperiente, quando se trata de um trabalho investigativo, quanto nós.

O que diferencia este livro dos outros do mesmo gênero, pelo menos pra mim, é a maneira que J.K. Rowling conta a história, nos envolvendo desde o início com os personagens criados. Eles são muito bem desenvolvidos e explorados, causando no leitor uma empatia quase que imediata e fazendo com que se queira conhecer mais sobre seu passado e os rumos que tomaram ao terminar (fiquei aliviada ao saber que J.K. Rowling pretende continuar a história destes personagens em outros livros). Inclusive, enquanto lia, período que não durou nem uma semana, me peguei em vários momentos durante o dia pensando naquelas pessoas, associando coisas do meu cotidiano a acontecimentos do livro, pois a sensação que fica é a que elas realmente existiram. Quer envolvimento maior do que esse?

E, como se não bastasse essa imersão e a vontade de ler mil páginas por minuto, o final é realmente surpreendente.

site: http://paginasemcena.wordpress.com/
comentários(0)comente



D. 18/12/2013

O verdadeiro mundo da fama
O Chamado do Cuco.

Iniciei a leitura do livro devido aos comentários de diversos blogs, e me deparo com um pequeno problema: As maiorias das resenhas são de leitores apaixonados por J.K.Rowling, então não foram resenhas de um todo sinceras, a sensação que me passou foi que eles estavam elogiando o livro apenas pela pessoa que o escreveu e não pela história em si. O gênero é de longe o meu preferido, mas o passei na frente de tantos outros na “fila de espera” por ter sido bastante criticado (positivamente) e, claro, também devido à escritora.

Eu estou acostumada com as 200 páginas de Agatha Christie e me deparo com 448! O dobro, o que me deixou entediada só de começar a leitura - para dizer a verdade.

O livro tem seus pontos positivos, claro que tem, mas os pontos negativos são maiores.

Narrativa em terceira pessoa, porém Galbraith, aka Rowling, predomina sua visão em Strike, o detetive.

Cenário: A adorável Londres, com os locais frequentados pelas pessoas ricas e com os locais frequentados pelas pessoas mais simples, o cenário mudava conforme o detetive entrevistava os “suspeitos”, ou melhor dizendo, as pessoas que o levariam a verdade.

A autora dividiu o livro em 5 partes, sendo que cada parte iniciava com uma citação de um autor ou livro conhecido, adorável, principalmente com o fato de que cada uma destas citações davam a “dica” do que se trataria aquela parte do livro.

Narração rica em detalhes, tais detalhes seriam divertidos e de grande serventia em um universo paralelo como o de Harry Potter, mas no caso de O Chamado do Cuco deixou a narração demorada, cansativa e principalmente sonolenta, acho que acabei pegando no sono umas duas vezes. Concordo que a narração não deveria ser uma correria, ainda mais se tratando de uma investigação, mas a sensação foi que eu estava lendo 50 páginas, porém só havia lido 3 ou 5. Ponto positivo são as metáforas que o autor usa.

Personagens: Muitos personagens. E o mais inconveniente é que você não sabe a verdadeira característica deles. Um bom exemplo é o ex de Lula, “o viciado”, boa parte das pessoas o apontam com características negativas, que ele estava com ela apenas pelo dinheiro, mas quando o detetive Strike vai o interrogar é perceptível que ele realmente a amava, mas o cara era cheio de problemas. As “suspeitas” são várias.

O que foi irritante: Strike conversa com X pessoa, essa pessoa falar um monte de coisa sobre Y pessoa, você cria um perfil desta Y pessoa, daí quando Strike vai conversar com esta Y pessoa, você percebe que ela não é aquilo o que a X pessoa disse! (Confuso, eu sei).

-Cormoran Strike, nome MUITO legal, ele com certeza é O personagem, acredito que o autor deu tanta ênfase em apresentar a vida pessoal deste detetive, de forma que o leitor o entendesse melhor, como sua mente funciona para os próximos livros e etc. Ele é um ex-militar que acabou perdendo uma das pernas e tem todo um psicológico ferrado, com o perdão da palavra, devido aos pais e a ex-noiva... Atualmente suas condições financeiras estão ruins, o que o levou a aceitar a proposta da investigação da morte da modelo.

-Robin: sim, um nome peculiar (que logo associamos ao Batman, bem ao menos eu associei), entretanto faz jus a personagem que é tão fiel ao detetive. A Robin é uma personagem loira, bonitinha, que vai trabalhar com o Strike, como sua secretária temporária, mas ela está muito feliz com isto pois desde pequena sonhava em ser detetive. O livro começa com os detalhes do seu pedido de noivado, detalhes que são irrelevantes pois Robin nem tem tanto destaque assim, o que é lamentável pois ela é de grande utilidade, principalmente por ser bastante prestativa. Sendo assim você espera maiores detalhes dela, principalmente o da vida dela, mas possuímos esses detalhes? Claro que não.

O X da questão: Lula Landry foi assassinada ou cometeu suicídio devido ao seu transtorno bipolar?

Até a página 200 tudo aponta para suicídio, não existe nenhuma prova que comprove o contrário, o próprio Strike só começa a levar mais a sério o caso após ler os emails de Lula e perceber que ela realmente amava a carreira, os contratos, sua vida de modo geral, então realmente não poderia ter sido suicídio. E aí que entramos com a incógnita, quem mataria Landry? Afinal, quem teria acesso ao seu apartamento? Isto já elimina vários personagens, e depois usamos a velha tática de Hercule Poirot de: “Quem teria vantagem – financeiramente – com a morte de Landry?” E a resposta está ali, em amarelo neon.

A morte de Lula ocorreu 3 meses atrás, então, foram poucas as investigações de Strike, tudo o que ele fez foi conversar com os envolvidos e tirar suas conclusões a partir do que viu e ouviu. O trabalho é ler nas entrelinhas.

Este livro é particular, o mistério só é resolvido faltando 10 páginas, o que ficou muito corrido, com o que aconteceria para x personagens.

Com o final do livro, espera-se que os problemas financeiros de Strike tenham sido resolvidos, afinal o cara desvendou o mistério da morte de uma modelo muito querida e estimada pela mídia, uma boa parte foi resolvida, mas percebe-se que ele continua “apertado” e... Ganhou apenas fama.

Ponto alto do livro:

-A revelação do mundo feio da fama, as hipocrisias, a inveja, traições, cobiça, interesses, as falsidades - principalmente das pessoas ricas... E o mais legal foi conhecer como funciona a vida de uma celebridade, pois sempre considerei que a vida deles é divertida, porém, Galbraith, aka Rowling, mostra como a “coisa” funciona de verdade, não existe privacidade. Nem mesmo nos celulares, as pessoas ao redor não são confiáveis, boatos surgem em todos os cantos e ninguém é amigo de ninguém.

-O personagem Strike, que começa com um personagem insosso, sem nenhum chamariz, tanto intelectual como físico, mas no final, você é conquistada pelo personagem e seu cérebro brilhante.

O que mais me irritou:

-A narração lerda e cansativa.

-O mistério do nome do livro... Toda vez que eu acabo um livro gosto de conferir se o título combina com a história, mas no caso do O chamado do Cuco, só descobrimos o porquê do “Cuco” bem por cima, uma respostinha qualquer, sem pé e nem cabeça, por assim dizer. Mas tudo bem, afinal J.K. Rowling já havia explicado o motivo do título em uma determinada entrevista.

“Por que o título O chamado do cuco?” “O título é retirado de um poema melancólico de Christina Rossetti chamado Lamento, das lamentações por alguém que morreu jovem demais. O título também contém uma alusão sutil a outro aspecto da trama, mas não posso explicar sem estragar a história, deixarei que os leitores descubram.”

-Ter dado tanta ênfase em Charlotte, a ex-noiva de Strike e pouco espaço para Robin.
comentários(0)comente



Mariana 06/02/2014

Ótimo livro, final surpreendente
Adorei o livro. Demorei um pouco para terminar de ler, pois não estou acostumada com inglês britânico, e havia alguns momentos em que não entendia expressões ou alguns acontecimentos.
Apesar disso, o livro é ótimo. Não se compara aos livros de Harry Potter, até porque o tema é completamente diferente, a investigação de um suposto suicídio. O personagem principal, Strike, é carismático e foge do estereótipo do típico herói e detetive. A relação Strike - Robin (sua secratária) é muito interessante e gostosa de ser lida.
A trama é bem intrincada, e o final é surpreendente.
Vale a pena ler se você não estiver esperando algo como Harry Potter. Aqui o tema é mais adulto, bem como o conteúdo, e isso pode tornar a leitura um pouco mais pesada.

Recomendo.
comentários(0)comente



luisgoulart 15/02/2014

Resenha: O Chamado do Cuco
Fiz uma resenha no meu blog
Quem quiser, dê uma lida =)

site: http://talksandlaughs.wordpress.com/2014/02/15/o-chamado-do-cuco/
comentários(0)comente



eugênio 18/03/2014

O retorno de JK
Após uma "aventura" mal sucedida no mundo dos adultos, era mais que óbvio que JK Rowling queria livrar-se da pressão de ser JK Rowling. E além de conseguir esconder a real identidade de Robert Galbraith durante um tempo considerável, ela ainda foi capaz de criar uma ótima obra policial, despretensiosa e, até certo ponto, realista.

O maior trunfo de The Cuckoo's Calling é a escrita. JK é impecável nesse aspecto. Dá gosto de ler; você percebe que ela é cuidadosa na forma de contar a sua história, portanto, vendendo seu peixe muito bem. No entanto, a própria história policial é bastante frágil - trata-se de uma investigação nua e crua, o que pode decepcionar quem espera por algo mais ágil. A força da história está principalmente nos personagens (em especial os protagonistas) que são muito bem delineados e realmente ganham vida com o avançar do livro.

O desfecho dos personagens para mim foi bastante satisfatório; o do caso policial, não. Faltou um pouco da genialidade da autora (qualquer um que já leu Harry Potter sabe do que ela é capaz) de fazer o caso em si um pouco mais "fora do comum". Talvez esse tenha sido o objetivo, como já comentei que achei o livro bastante despretensioso. Porém, não deixei de achar frustrante.

Enfim, é uma leitura acima da média e altamente recomendável para quem gosta ou simpatiza com o gênero. E poder lê-lo com a escrita maravilhosa da JK não tem preço.
comentários(0)comente



Gabriela Araujo 09/06/2014

Postado no blog Equalize da Leitura.

Tenho certeza que já caiu no ouvido da maioria que na verdade quem escreveu o livro foi JK Rowling. Bem, sou uma fã alucinada de Harry Potter. Dã. Quase redundante, certo? Eu sou fã da escrita da JK também e mesmo depois que li seu livro Morte Súbita, e tive sentimentos conflitantes a respeito, eu estava super ansiosa quando descobri que a danadinha tinha escrito outro livro para o público adulto. Quando vi que era suspense policial? Quase caí para trás de alegria. Eu adorei a capa do livro, que felizmente foi mantida na edição brasileira, adorei o nome do livro, com seus misteriosos significados, e adorei a sinopse. E o melhor de tudo? Eu estava completamente certa em minhas expectativas sobre este livro. JK Rowling, você é fera!

O protagonista desta história é Cormoran Strike, embora tenha visto gente reclamando do nome dele, eu adorei. Adoro personagens com nomes exóticos. E tive vontade de mandar as pessoas que reclamaram se ferrar porque tem tanta crítica negativa à Morte Súbita que acho que vai virar modinha o povo criticar qualquer coisa que ela escreva que não tenha conexão com Harry Potter. Perdoem a expressão, mas ela é uma puta de uma escritora, e merece ser reconhecida. Frustrações de lado...

Strike é um veterano de guerra que atualmente trabalha como detetive particular, atingiu decerto o fundo do poço e no mesmo dia em que a capaz Robin começa a trabalhar como sua secretária, John Bristow aparece em seu escritório com a proposta que vai mudar sua realidade: sua irmã adotiva Lula Landry tinha morrido três meses antes e enquanto a polícia tinha encerrado as investigações decretando suicídio, John insistia que a verdade era outra e precisava de alguém que provasse aquilo.

"A morte apenas podia falar através das bocas daqueles que ficaram para trás, e através dos sinais os quais aqueles que partiram haviam deixado como rastros."

É difícil resenhar um livro de suspense, porque todo detalhe é crucial e então eu tentarei não dar nenhum spoiler. Há muita especulação em torno da morte de Lula, sendo ela uma celebridade negra de reputação mundial. O fato de que a fama e as suas repercussões seriam abordadas na história foi um grande pró para mim, pois adoro quando livros tratam de assuntos que mexem com o psicológico e com o senso do que é certo ou errado, e conforme o livro ia avançando, via que Lula era cercada por pessoas obcecadas por ela e era evidente como elas podiam estar relacionadas ao que tinha acontecido. Lula tinha uma personalidade difícil, uma menina negra que foi adotada por uma família branca, nunca tinha conseguido sentir que pertencia antes e recentemente tinha começado a procurar a sua família biológica.

Ninguém leva muito a sério a teoria de John, que é taxado como mentalmente instável já que quando era mais novo também tinha perdido o irmão Charlie – Charlie tinha sido amigo de infância de Cormoran. Nem mesmo Strike acredita muito de início, arrisco a dizer que ele estava se aproveitando inicialmente da situação porque era a chance dele se reerguer. Ainda assim, Strike se dedica mesmo ao trabalho e enquanto reconstruía exatamente o cenário da madrugada em Lula morreu e o estágio de vida onde a celebridade estava naquele período, um possível assassinato começa a fazer cada vez mais sentido para ele.

A história é cheia de detalhes e é contada sem pressa, relatando cada passo da investigação de Strike e cada peça do quebra-cabeça. Conhecemos muitos personagens ao longo da história, personagens problemáticos, suspeitos, obcecados, possessivos, ricos, pobres, hostis; minha cabeça ficou igual bolinha de pingue-pongue de um lado para o outro tentando dissecar e decidir se o motivo de cicrano para matar Lula era maior do que o motivo do fulano. Um bom livro de suspense, em minha opinião, é exatamente aquele que brinca com você e com seus pensamentos.

Teve gente que disse que a história é clichê – a premissa dela -, e obviamente que as pessoas têm direito de não gostar, mas eu realmente não compartilho da opinião. Nem ao menos entendo o que seria clichê: o final? Fuck, NO. A investigação? Também não vejo onde. A forma como ela morreu? Particularmente, eu não estou acostumada a ver todo dia celebridades que caem – ou são jogadas - das varandas de seus apartamentos. Mas cada um com seu cada um. Eu sou muito apaixonada por suspenses policiais, adoro ler sobre investigações e conspirações e planos e crimes, acho fantástico porque infelizmente na realidade tem muitos casos que não são solucionados. Ao menos na ficção, pode-se sonhar com um mundo onde os bad guys* realmente são descobertos. Então, por favor, se você acha o mesmo, leia esse livro!

Eu sempre, sempre analiso todas as possibilidades e considero todos os cenários na minha cabeça quando entro em contato com um suspense, então quando a verdade surge no final do livro, eu já tinha a considerado. Mas não é previsível. Era, em minha opinião, o melhor cenário que a JK poderia ter descrito entre os que eu estava considerando e ela não me decepcionou.

"Strike estava acostumado a brincar de ser um arqueólogo em meio às ruínas das memórias traumatizantes das pessoas."

Eu tenho duas críticas negativas quanto ao livro, no entanto, e as duas estão relacionadas ao final. Não à verdade em si – it was fucking AWESOME* -, mas a forma como o final se desenvolveu. A primeira é que ele foi muito corrido. Considerando à meticulosidade com a qual o livro parece ter sido escrito, o desfecho foi um contraste e poderia ter se estendido um pouco mais.

E a segunda é justamente por ter sido corrido, tem algumas relações no livro que eu gostaria de ter entendido melhor: como a relação de Strike com sua ex-mulher Charlotte; a história de Strike e seu pai, um astro de rock famosíssimo dos anos 70 que nunca sequer deu as caras e era uma sombra com a qual o detetive tinha que conviver. Com certeza, o relacionamento entre Strike e Robin também deixou a desejar, terminei o livro me perguntando: mas e depois, como eles ficam? Alguns personagens apareceram em momentos cruciais para acrescentar informações à história e depois sumiram. Ainda que não fossem relevantes uma vez que tudo foi descoberto, gostaria que eles tivessem tido um espaço depois que a verdade apareceu.

Mas é aquilo, se eu o que eu li sobre a história for verdade, ‘O Chamado do Cuco’ foi apenas o primeiro livro da série Cormoran Strike. Então é bem provável que as minhas curiosidades sejam sanadas mais para frente. Vou torcer; o detetive realmente me cativou e me causou pena em muitas vezes, principalmente no início, porque sua vida estava mesmo uma bagunça. E ainda que ele não tivesse um grande reconhecimento na área no início do livro, ele se provou ser competente em sua perseverança de desvendar o caso mesmo depois que seu instinto o encaminhou em uma direção perigosa.

"Na cadeia alimentar invertida da fama, as grandes feras que eram perseguidas e caçadas."

comentários(0)comente



Deyse 30/12/2014

O chamado do Cuco conta a história de Cormoran Strike, atual detetive e veterano de guerra, que estava a ponto de desistir de sua carreira como detetive por não ter mais como bancar seu escritório em Londres até receber uma visita de um cliente, esse cliente é nada menos do que o irmão da super modelo que esta em todos noticiários como tendo se suicidado, mas seu irmão não acredita nessa versão da história. Ele esta certo? E se estiver, sera que Cormoran vai conseguir desvendar esse caso?

Primeiramente esse livro não é um livro de ação, eu vi várias reações de pessoas entrando nesse livro e ficando decepcionadas pela lentidão da história e realmente é assim, se você gosta de um livro com várias sequencias de ação e precisa que a história te prenda desde o começo para o livro te agradar eu não acho que essa seja uma história que você vá gostar. O livro é longo e o mistério da história se baseia basicamente na junção de pistas para resolver o crime, então a história tem um começo lento e gradual – mas lá pela metade do livro a história vai ficando cada vez mais intrinsecada e fica mais e mais difícil de largar o livro.

Mas a parte que mais me agradou nesse livro foram os personagens, principalmente Cormoran e Robin. Cormoran começou como um tipo quieto, e eu não tinha muitas opiniões formadas sobre ele, mas ao longo do livro ele foi se tornando mais uma… pessoa e eu fui criando laços com ele, entendendo mais seus sentimentos e as razões de ele ser como é. E com Robin foi amor a primeira vista, ela é a típica garota de 20 e poucos anos que sempre ralou para manter um emprego, perfeccionista e dedicada não teve como eu não sorrir ao ler ela divagando sobre seu sonho de ser uma detetive. E as interações entre esses dois também é incrível, começando como um lance de chefe-secretaria estranheza, mas acredito que no final do livro eles já eram mais amigos que colegas e mal posso esperar como a relação deles vai evoluir no segundo livro.

Outro fator que vendeu o livro para mim foi o fato de Lula (a suícida/assasinada) ser modelo, eu adoro qualquer livro que nos deixe olhar de perto a vida dos famosos e ricos então fiquei super feliz pelas cenas que mostravam esse lado da vida de Lula, se você adora fofocas desse mundo provavelmente vai curtir umas partes desse livro.

Eu recomendo esse livro para todos amantes de histórias de detetives ou simplesmente para quem está morrendo para ler algo novo escrito pela J.K. Rowling que não se importe por começos lentos. Tenho certeza de que não irá se arrepender!

O Chamado do Cuco foi lançado aqui no Brasil em 2013, pela editora Rocco.

site: deysediztudo.wordpress.com
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR