@danielbped 21/06/2019
A Morte, do Neil Gaiman, é um personagem extremamente carismático, não tem como não se apaixonar por ela.
Ela é irmã mais velha entre os perpétuos, seres que personificam vários aspectos do universo, e são eles: Morte, Sonho, Delírio, Destruição, Destino, Desejo e Desespero.
Assim como as histórias do Sandman, as da Morte são, acima de tudo, filosóficas. Sempre demonstrando o papel da Morte no universo, e como as pessoas se comportam diante dela.
Como na primeira história, chamada O Som de Suas Asas, também presente em Sandman Vol. 1, onde o Morfeus acompanha a Morte em algumas de suas obrigações com o universo, e ele se questiona em relação ao porque das pessoas terem tanto receio de adentrar ao reino da Morte, sendo que a morte é tão natural quanto a própria vida, enquanto todas as noites, todos passeiam de bom grado dentre seus domínios.
Além dessa história, temos várias outras que abordam esse tipo de perspectiva.
Outro arco que vale a pena ser mencionado é O Alto Preço da Vida, no qual uma vez por ano a Morte vive como uma pessoa comum, uma mortal, durante um dia, para que possa compreender como as pessoas se sentem ao estarem vivendo suas vidas e de repente terem de partir e não voltar mais, deixando para trás tudo o que conquistaram e todos que conheceram. Então, desta forma, um jovem que está prestes a cometer suicídio conhece a Morte, não da maneira que ele esperava, e ao passar um dia inteiro com ela, passa a repensar suas escolhas, e começa a ver a vida com outros olhos.