A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Max Weber




Resenhas - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo


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Nathan Oak 07/12/2021

crer e fazer

O livro traz as ideias expressas por Max Weber sobre o princípio do sistema capitalista como um sistema de massas; o “espírito” do capitalismo, sua “alma” e seus principais acontecimentos e ligações históricas que fizeram dessa ideologia o modelo de organização da vida social que rege todo o mundo moderno.
O autor observa que a religião cristã em sua vertente protestante luterana, e posteriormente com a igreja reformada, predomina entre as classes capitalistas e grupos sociais ligados ao mercado – e , como resquício desta tradição, ligado à produção de monoculturas em algumas regiões dos Estados Unidos nos finais do século XIX – das regiões centrais da Europa e Europa Ocidental. Destacando as diferenças entre capitalistas protestantes e capitalistas católicos, Weber é de opinião de que a ideologia protestante, por meio de seus sistemas de dogmas, liturgias e tradições da vida cotidiana, contribuíram para a promoção, de uma maneira ou de outra, a construção do capitalismo desde meados do século XVI, guardando características particulares de seus primórdios tradicionais até os sistemas tecnicizados de finais do século XIX.
Os ideais que antes eram defendidos pela moral ascética, começam perder espaço para um crescente utilitarismo, onde as “boas ações” e “bons comportamentos”, tidos como úteis, eram consideradas as fontes de toda satisfação e prazer pessoal que se estendia à vida de toda a coletividade. Princípios como a honestidade, a sobriedade, o comedimento e o ganho de de crédito (econômicos e/ou sociais) eram considerados como bons enquanto úteis ao movimento da economia liberal. Assim, a classe burguesa constrói sua imagem no mundo, tão autônoma atualmente que aquilo que um dia foi influência da ascese no seu surgimento, agora não é mais que um fantasma, só podendo ser percebida por um estudo mais particular.
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Douglas.Bonin 27/10/2021

Poucas e boas
Durante anos este livro me chamou a atenção, acredito que Weber - entre os sociólogos clássicos - foi aquele que melhor soube escolher um título para sua obra. Este escolha, inclusive, é explicada pelo autor. Existem ótimos livros que se escondem em capas e títulos bregas, resta a nós, leitores, encontra-los.

Na obra é buscado compreender de que forma o capitalismo assimilou o protestantismo, que como destaca o auto, o primeiro é anterior ao protestantismo.

Este processo todo é descrito através de uma recapitulação doutrinária das vertentes protestantes. Partindo de Lutero e sua visão mais fechada sobre "as coisas do mundo", chegando até as vertentes mais americanisadas do protestantismo "acético", que criaram este espírito do qual o cristão tem um dever de buscar ser o melhor no trabalho, ao mesmo tempo abnegar qualquer desejo por riqueza, entendendo que se a riqueza vier, ela é "um presente de Deus, que deve ser potencializado".

Estou admirado de como um texto clássico seja tão claro em suas ideias de forma que desbanca muito de seus teóricos. Mas acho interessante que aquele que leia, tenha um conhecimento no mínimo superficial sobre o protestantismo e suas dogmaticas.

Ps. Recomendo a edição da Companhia das Letras pelo respeito dado nas duas edições que o autor escreveu.
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Karin 19/06/2021

Uma tese do protestantismo
Esse livro é fundamental para conhecer as raízes do protestantismo e das relações com a sociedade. Confesso que li em 2009 alguns capítulos e agora, questionada por minha filha em algumas questões sociológicas, decidi ler novamente. Eu me delicie com o conhecimento e análise preciosa de Max Weber que, independentemente de ideologias e período histórico, apresenta sua pesquisa de forma clara e precisa. Leitura obrigatória para todo teólogo e pesquisador na área!!!
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Caio 23/03/2021

A ética protestante e o espírito do capitalismo.
Na minha opinião, uma das obras essenciais das ciências sociais. Weber, um dos pais da sociologia, faz uma análise das correlações entre as religiões de matriz protestante e o desenvolvimento sócio-econômico do seu povo.

Diferentemente da religião católica, que abomina o lucro e qualquer forma de acumulação, as religiões protestantes (em especial o calvinismo) aceitam o lucro e a acumulação, entendendo ambos como dignos, caso sejam frutos de trabalho honesto.

Recomendo a leitura a todos aqueles que desejam entender um pouco sobre a sistemática econômica global, além disso, entender também porque países com a população em sua maioria protestantes possuem indicadores de qualidade de vida e educação melhores do que países com população majoritariamente católica.
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Julia Manjko 19/02/2021

"Nosso tempo de vida é curto para "consolidar" uma vocação "
Foi uma leitura extremamente lenta , difícil e chata . Esse foi um dos livros que mais demorei para ler na vida . Quando acabei dei graça a Deus .... e surpreendentemente estava com um sentimento de que valeu a pena .

O livro possui fundamentos maravilhosos , ideias inovadoras e pontos de vistas completamente novos para mim . Com certeza não se tornou um livro da vida , mas teve muito a acrescentar .
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Johann 25/11/2020

Max Weber
Uma ótima exposição do Weber, livro essencial para quem quiser entender a relação entre a ascese intramundana e o espírito capitalista
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Enzo.Baleeiro 25/09/2020

Weber, ecônomia ou história?
Evitarei aqui comentar sobre o conteúdo em si, visto que o mesmo é extremamente conhecido na áera de humanidades. Bem, ele começa como se fosse um livro de antropologia e economia, falando sobre as sociedades antigas, orientais e sua forma de capitalismo. Porém no meio dele (onde eu mais demorei pra ler) é uma análise das Igrejas e seitas protestantes, seu modo de vida, suas políticas, seu dogma e sua práxis. Por exemplo, no Igreja Católica e Luterana, seu modo de salvação da alma é por conta das confissões, mas no Calvinismo, sua salvação é na busca pela glória de Deus essa vida.

Weber é extremamente inteligente, seu trabalho muito lúcido e metódico, além de citar vários autores famosos, como Goethe, Søren Kierkergaard, Kant... e claro, Karl Marx. E sua principal tese desse livro, no meu ponto de vista, seria um ant Marx. Sua clara oposicão afirmando que a sua dialética materialista histórica não é válido como uma forma única, mas sim que essas duas relações são muito mais complexas (Weber não ignora a relevância do fator econômico), além de mostrar a fundamental importância da ética protestante para o gatilho do capitalismo moderno. Enfim sem enrolar muito, Weber me enganou nessa obra, pensei que seria uma forte análise econômica, porém o livro é uma profunda análise histórica-sociológica das religiões protestantes com vista na sua racionalização e caráter burguês.
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Lidy 07/09/2020

A reforma protestante não eliminou o controle da igreja sobre a vida cotidiana, mas trouxe uma nova forma de controle, mais opressiva e imposta.
Esse sistema, requer uma devoção para fazer dinheiro. A profissão é vista como um dever e da necessidade de se dedicar ao trabalho produtivo como um fim de si mesmo. Uma vocação para todo esse modo de vida.
Enfim, podemos determinar que a influência dos dogmas do puritanismo favoreceu o desenvolvimento da vida econômica do homem moderno. A aversão que a sociedade tinha sobre o acumulo de riqueza e esses requisitos para uma sociedade capitalista foi alterando o que ofereceu uma justificativa divina para esse tipo.
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Biblioteca Intempestiva 01/09/2020

Weber, Max. A ética protestante e o "espírito do capitalismo." São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Este livro faz parte da categoria das obras clássicas do pensamento científico da modernidade. Ela é para a sociologia o que 'A origem das espécies', de Darwin, é para a biologia, ou 'A interpretação dos sonhos', de Freud, para a psicanálise: um livro inaugural, um marco ao qual sempre se convém retornar.

Lançado em 1904-5 e ampliado em 1920, ele procura compreender um fenômeno na passagem do século XIX para o XX: o desenvolvimento capitalista dos países de confissão protestante entre os proprietários do capital, empresários e integrantes das camadas superiores de mão-de-obra qualificada.

Weber procurou responder a essa questão articulando conceitos da então nascente sociologia alemã com a velha ideologia protestante, para que o capitalismo fosse compreendido não em termo estritamente econômicos e materiais, como um modo de produção, mas como um "espírito", uma cultura, uma conduta de vida cujos fundamentos morais estão enraizados na tradição religiosa dos povos de tradição protestante puritana.

Num texto breve e de escrita límpida, Weber identificou a gênese da cultura capitalista moderna nos fundamentos da moral puritana. O método exemplar e o rigor da análise que se vêem aqui, fizeram que o autor seja considerado um dos 3 grandes pilares da sociologia moderna, ao lado de Durkheim e Marx.

O livro ressou nas ciências humanas do século XX e chegou aos cem anos em pleno vigor mas universidades de todo o mundo.

O leitor brasileiro, agora tem a oportunidade de ler uma tradução como esta, feita a partir de um cotejo do texto de 1904-5 com o de 1920.

Não se trata, portanto, de mera celebração do surgimento de uma obra fundamental, mas de um releitura atenta e amorosa, feita por um grande especialista em sociologia das religiões.

"Uma coisa antes de mais nada era absolutamente nova: a valorização do cumprimento do dever no seio das profissões mundanas como o mais excelso conteúdo que a auto-realização moral é capaz de assumir."

Max Weber nasceu em Erfurt, na Alemanha, em 1864, e morreu em Munique, em 1920, pouco antes da publicação da 2° edição da obra.
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Laura 24/07/2020

Um marco!
Weber definitivamente sabia fundamentar os seus estudos!
Nessa obra, ele faz uma análise das éticas das religiões protestantes que protagonizaram o século XVII na Europa e na América (EUA), de maneira a mostrar quais as suas influências sobre o espírito do capitalismo. O autor não é absolutista em suas colocações, muito pelo contrário, ele sempre elucida que esse é um estudo focado exclusivamente em uma das diversas variáveis que conduziu a economia ao longo dos séculos.
Uma obra completa, complexa e que cabe muitas reflexões e releituras.

Única crítica da estrutura que faço é: muitas notas!
A quantidade exacerbada de interrupções na leitura integral para verificação de notas, acaba cortando um pouco do raciocínio.
É necessário falar ainda que, existe um tópico destinado ao Calvinismo, ao Pietismo e outros, mas não para o Luteranismo. Entretanto, mesmo sem ter seu espaço específico de descrição, conseguimos compreender as posições de Lutero frente às questões colocadas.
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André 23/06/2020

Bases capitalistas
O livro retrata as influências das primeiras igrejas protestantes na construção da ideologia capitalista e como as ideias propagadas por elas construíram a base para o fortalecimento do capitalismo.
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Junior 10/06/2020

Difícil, mas necessário.
Não achei uma leitura fácil e cativante. É um clássico da sociologia difícil de deglutir, mas seu raciocínio sobre a influência do protestantismo na construção do "espírito" capitalista e principalmente a função do ascetismo nesse processo. Interessante.
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Cicero.Gilvan 13/04/2020

O espírito do Capitalismo
A ressignificaçao do trabalho e o conceito de predestinação é um dos pontos fundamentais para entender a obra de Webber. Como a ética protestante rombe com a ideia de usura, aplicada pela igreja católica é na minha opinião, o cerne do debate desta obra
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Nanda 13/04/2020

Boa leitura
Esse livro traz uma bela analogia do surgimento do capitalismo com a religião protestante.

Leitura obrigatória da faculdade.
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