A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Max Weber




Resenhas - A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo


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Henrique 19/08/2012

Análise técnica e imparcial de um Zeitgeist e suas implicações. Na obra, Weber define o que é o pensamento e a ética capitalista, apresenta sua visão de uma fórmula geral sobre o funcionamento e a estruturação social (a relação ética-meio-indivíduo-ética como um ciclo infinito) e, principalmente, daquilo que ele chama de "relações de causalidade" (decorrentes daquela fórmula), noção essa que é trabalhada ao longo do livro. Por meio de exemplos teóricos e práticos, o sociólogo demonstra a influência do comércio, da razão econômica e do meio de produção sobre as relações humanas, o modo de pensamento, modo de vida e as relações políticas, partindo, mais adiante, para uma explicação histórica da formalização, ampliação e dominação da ética social pela ética capitalista, cujo momento chave se deu a partir dos discursos e estudos de João Calvino (o "padre do capitalismo") e de Benjamin Franklin. Consiste em uma tese repleta de estudos e reflexões sobre muitas coisas que reproduzimos em nossa vida cotidiana e nem mesmo percebemos. A obra seria, portanto, um retrato de nosso pensamento e nossas atitudes após a grande crise da popularidade católica e ascenção das igrejas protestantes (segundo o autor, o Calvinismo e o Presbiterianismo em geral são as principais), além de uma tese sobre como um pensamento que sempre existiu, o capitalista, se transformou em educação social/coletiva depois do fenômeno.
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doceluzz 04/09/2011

O nascimento do capitalismo
Foi o primeiro livro de Weber que li, e foi paixão a primeira leitura.
Weber aborda de maneira clara e objetiva a "real" influência das religiões no nascimento do capitalismo. Ele destaca o metodista, calvinista, católico e protestante. e como cada um exerceu um papel nesse sistema social econômico.
Ele dá enfâse principal ao nascimento do protestantismo, considerando o ascetismo e a linha econômica fechada do protestante como primeiros vestígios de acúmulo de capital.

Católicos "comprariam" a penitência aos pecados e sua salvação doando dinheiro a igreja(burguesia).
Protestantes/calvinistas tinham metodos de certificar-se se eram pre-destinados(ESCOLHIDOS) a ter uma comunhao direta com Deus, medindo pequenos sinais, entre eles o de prosperidade. Guardavam dinheiro e exibiam esse dinheiro, não como forma atual de consumo, mas como modo de dizer em símbolos que era pré destinado(escolhido) a terem a benção de Deus, usavam isso como forma de destaque social e exibição da graça de Deus(engrandecendo o nome de Deus).
Ou seja, catolicos poderiam"comprar" sua fé,"comprar" a escolha de Deus por si e pagar seus pecados "literalmente", (logo católicos seriam de costumes e moral duvidosa).
Protestantes não compravam nada, poupavam suas moedas para mostrar o quanto Deus era bondoso e generoso com os seus, e media através de pequenos sinais diários o quão abençoado é, se era ou não escolhido.

De acordo com Weber, católicos poderiam comprar financeiramente e bem aceito moralmente a fé,perdão de seus pecados, caridade física, e a escolha de Deus por ele. o dinheiro compraria "tudo" religiosamente.

Para protestantes, o dinheiro era frutos do esforço(ascetismo) e benção de Deus. Logo eles poupavam e nasceu daí uma grande geração de capital.
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tadeu vinicius 09/08/2011

ganhei num sorteio
ganhei num sorteio qndo fiz a matéria Sociologia I (Miriam Cristina Rabelo / Rosana Silva)
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Daniel432 27/05/2010

Notas, notas e mais ... notas
Vou começar esta resenha com alguns números:

- número de páginas no livro = 118
- número de páginas de notas = 108
- nota com maior número de páginas = nota 3 do capítulo terceiro
(três páginas e meia)
- número de idiomas utilizados nas notas = três (português, inglês e alemão)

Não bastasse o tema tratado no livro já ser bastante complexo que exige muita atenção na leitura, o autor recheia o texto com muitas e longas notas e nestas notas muitas frases em inglês (sem a traduçao do editor).

Tal situação faz com que a leitura fique lenta e muito difícil pois a toda hora tem que se interromper a leitura e ir ao final do livro para ler as notas.

Em resumo, não posso afirmar que consegui assimilar todo o conhecimento sobre o assunto pois a leitura ficou muito, muito difícil.
Vinicius 20/11/2010minha estante
Caro,
é um jeito weberiano de escrever. Ser objetivo no texto e mais explicativo nas notas. Este livro realemente está recheado delas, sendo quase metade do texto apresentado.
Aqui no Brasil, Sergio Buarque (também weberiano), em Raízes do Brasil, usou do mesmo estilo.




Denise 04/10/2009

Habitualmente, tenho grande facilidade de leitura, entretanto achei um livro dificil de ler. Tive dificuldade de seguir seu raciocínio, talvez por discordar.
A quantidade de notas é imensa, no final do livro. A leitura se transforma num grande vai e vem, cansativo.
Primeiro livro de Max Weber que li, tinha alguma expectativa por sua fama. resultado um tanto decepcionante.
Ou não entendi nada da leitura ou dentro da minha visão a articulação entre protestantismo e espírito do capitalismo é fraca.
Durante toda a leitura, contrapontos ao texto me vinham à lembranças. Outras religiões podem ter igual favorecimento ao capitalismo, como o judaísmo, ou outros fatores culturais e econômicos podem ser tão ou mais importantes e determinantes. Enfim, não me convenceu.
O tempo todo pensava sobre as origens do trabalho, tentava lembrar o que li sobre a antiguidade, na qual penso o "trabalho" tal como o vemos hoje, era visto pejorativamente, como algumas supostas elites intelectuais brasileiras ainda veem.... Eu queria articular com contextos mais amplos, em função do que penso hoje e não consegui. Embora seja área que não domine, me faltam conhecimentos, acho que não foi só falha minha. Sinto faltar algo no livro. A estreita relação proposta não me convenceu.
Bruninha Silva 04/05/2011minha estante
A proposta do Weber é essa mesmo: pegar uma "pequena amostra" pra fazer uma análise, já que ele achava improvável que alguém pudesse explicar a sociedade em toda a sua infinita complexidade, apenas aspectos dela, como ele explica a ética do trabalho no capitalismo.




Eduars 17/07/2009

A ética protestante e o espírito do capitalismo
Tese fundamental na área de ciências socias, embora, infelizmente, muitos lêem a tese de Weber sem antes entender o contexto da teologia calvinista, o ambiente político da renascença e, principalmente, as quebras de paradigmas teológicos.



Primeiro devemos compreender que mudanças lentas, mas graduais começam na Idade Média: o intelectual escolástico começa a ceder lugar para o moralista humanista, as Artes Liberais e Artes Mecânicas começam a se entrelaçar, por exemplo: temos Mchelangelo se ocupando das duas artes ou, ainda, Da Vinci. Por isso o trabalho manual aos poucos vai deixando de ser considerado depreciativo, relegado aos servos - vale lembrar que a etimologia da palavra "trabalho" é "tripalium" correspondente a um instrumento de tortura. Para uma maior compreensão sobre tudo isso a leitura de medievalistas, tais como: Marc Bloch e Jacques Le Goff é indispensável.



A Reforma Protestante de Lutero contribuirá significativamente para que o trabalho manual seja visto como dom de Deus, ou seja, o trabalho digno, seja qual for, deve ser feito para a honra e glória de Deus.



No entanto, nessa época ainda não podemos associar a ética protestante do trabalho com o "espírito capitalista". Calvino com sua Obra "As Institutas da Fé Cristã" irá dar significativa contribuição, todavia, sua teologia da predestinação não menciona os sinais externos dessa eleição, ou seja, para Calvino na eleição divina não existe sinal aparente, tudo é um mistério e os amadurecidos espiritualmente cogitam até mesmo a possibilidade de não serem escolhidos.



Portanto, onde começa a nitida associação entre ética trabalhista e capitalismo? Começa com o Catecismo de Westminter no século XVII. Nesse Catecismo fica evidente que o sinal externo para os eleitos é a prosperidade financeira, logo, o trabalho deixa de ser apenas um meio para o louvor e a glória de Deus, mas também uma tábua de salvação para que se adquira dinheiro, lucro etc., e que isso culmine com a certeza, por parte do fiel, da salvação.



Portanto, julgo que a tese de Weber deve ser lida acompanhada de todos os recursos históricos e teológicos e não somente pelo campo das ciências sociais.
LuckazTavares 21/08/2022minha estante
Muito boa leitura, mas eu acho que, o fator religiosidade, presente na grande massa mundial, dificulta o entendimento de, não só Weber, mas todas as factualidades sociológicas que norteiam o poderio da Igreja diante do capital. As igrejas manipulam todos, para que, tudo que for à esquerda, ou que abnega a fé cristã e não concorda com todos os moldes, sejam descartados. Consequentemente, transformam os fiéis em seres acríticos, que não se refletem diante da manipulação ferrenha que sofrem. Acho que o principal a ser combatido são os falsos profetas e alternar a consciência coletiva dos ditos conservadores, que, na verdade, são retardados falsos intelectuais. Muito boa resenha, tamo juntooo. Ah, eu sou cristão, só desacredito de tudo da Igreja, e que, para mim, é somente um lobo em pele de cordeiro, move todo o capital e usurpa os fiéis, enquanto distribui comidas e faz trabalhos sociais para que esqueçam da própria maldade. Tamo juntoooo.




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