Resenhas - Vaga Música

LiteraLucas 24/03/2024

Arrebatador
É impressionante a capacidade de Cecília Meireles de transportar o nosso espírito para dimensões, que flertam com o sonho, o devaneio, mas nunca se desprendem totalmente da realidade. A escrita de Cecília é singular. Ela consegue navegar pelas fronteiras e pelos espaços invisíveis, onde o real e o irreal se mesclam. Genial!

emily 25/10/2023

"Perdido, perdido. Ai, tudo foi perdido! Eu e tu perdemos tudo. Suplicávamos o infinito. Só nos deram o mundo."

Aline 07/01/2023

Cecília você é genial
Apesar de ter demorado mais pra terminar esse do que "Viagem" foi uma leitura incrível. Cecícilia retrata tantos sentimentos de uma maneira única por meio de suas palavras e isso é o mais incrível, você poder se identificar com *palavras* de uma maneira tão profunda.

Rafa 14/11/2022

Vaga música
Facilmente um dos melhores livros de poesia que já li.

"Sonho muito, falo pouco.
Tudo são risos de louco e estrelas da madrugada..."

Letícia 05/04/2022

Companhia!!!
Os poemas de Cecíia me acompanharam desde Janeiro de 2022.
Foram dias contemplativos e deliciosos junto aos versos da célebre autora de É isto ou aquilo. Primeiro poema que tive contato ainda criança na biblioteca da minha escola que se chamava Biblioteca Cecília Meireles e tinha o poema em um quadro pendurado na parede da biblioteca.
Lindos poemas!

Katia Rodrigues 13/07/2021

"A vida só é possível reinventada"
Você já viveu alguma situação em que, ouvindo uma música ou assistindo a um filme ou a uma peça de teatro, tenha se sentido outro? Tenha se sentido mais leve, mais humano ou solidário, mais consciente ou algo assim? Eu já, diversas vezes, e em Vaga música essa identificação se deu de uma maneira tão natural quanto reflexiva. Nesse livro, Cecília busca refletir acerca de temas tipicamente “pessoanos” através de uma perspectiva intimista, que é inclusive bastante característica de sua poesia. Como exemplo, o poema Itinerário:
Primeiro, foram os verdes
e águas e pedras da tarde,
e meus sonhos de perder-te
e meus sonhos de encontrar-te...

Mas depois houve caminhos
Pelas florestas lunares,
E, mortos em meus ouvidos,
Mares brancos de palavras.

Achei lugares serenos
e aromas de fonte extinta.
Raízes fora do tempo,
com flores vivas ainda.
E eram flores encarnadas,
por cima das folhas verdes.
(Entre os espinhos de prata,
só meus sonhos de perder-te...)

“Que alegria quando nos identificamos com algum personagem, e como isso nos ajuda a entender melhor o sentido de nossas vivências”, faço minhas as palavras da escritora Ana Maria Machado.


Ig: @ingrisias

Thay 30/08/2020

Magnífico
Concluo mais uma leitura dessa magnífica poeta, e o que dizer diante de tanta maestria? Cecília dança e brinca com as palavras em um jogo que prende o menos ávido dos leitores em sua poesia.

Clara Xavier @araclana 20/04/2020

Lindo!
Sensível! Me tocou profundamente. Espero poder ler todas as suas obras.

Adriana Scarpin 25/03/2019

A amiga deixada
"Antiga
cantiga
da amiga
deixada.

Musgo da piscina,
de uma água tão fina,
sobre a qual se inclina
a lua exilada.

Antiga
cantiga
da amiga
chamada.

Chegara tão perto!
Mas tinha, decerto,
seu rosto encoberto...
Cantava — mais nada.

Antiga
cantiga
da amiga
chegada.

Pérola caída
na praia da vida:
primeiro, perdida
e depois — quebrada.

Antiga
cantiga
da amiga
calada.

Partiu como vinha,
leve, alta, sozinha,
— giro de andorinha
na mão da alvorada.

Antiga
cantiga
da amiga
deixada. "