Drighi 30/01/2022
Dance sempre sobre cacos de vidro, mas não pare de dançar!
Acredito que esse livro tem muito a nos ensinar. Um romance que abordou histórias tão lindas, complexas e cheias de lições que carregarei por toda a minha vida. Sempre digo que a literatura tem a capacidade de propor ao leitor a inflexão, reflexão e a identificação com o enredo e a obra de uma forma geral. Dançando sobre os cacos de vidro é um resumo da vida. Viver é dançar sobre cacos de vidros diariamente. Há dias que tudo vai bem, no entanto, existem dias que a doença chega, o câncer chega, a morte chega, o transtorno bipolar chega, o desespero chega, a enfermidade para morte chega e precisamos dançar, porque a vida é uma música constante, sobre os dissabores que o viver nos apresenta. A relação de amor de Michael e Lucy é uma das mais lindas que já vi. Eles sabiam os defeitos e as falhas um dos outros e se amaram incondicionalmente. O livro abordou o quanto o transtorno bipolar é uma doença e o quão melindroso é viver com medo de se ter um câncer, principalmente, quando ele é recidivante.
O livro trabalhou de uma forma muito nobre sobre a chegada de um bebê e o quanto isso muda a vida de um casal. A mãe, em sua maioria e retratada de uma forma muito eloquente na obra, torna-se MÂE no momento em que ela descobre a maternidade. O pai demora um pouco mais. Nesse livro, ele se descobriu pai somente depois que viu seu bebê na incubadora, frágil e carente de amor.
É um livro que te faz chorar! Uma história surpreendentemente linda e emocionante. Tornou-se um dos meus livros favoritos.