Um Mundo à Parte

Um Mundo à Parte Jodi Picoult




Resenhas - Um Mundo à Parte


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Monique 18/03/2019

Um mundo à parte, o autismo
O livro é longo, tipo 500 e todas as páginas, mas é bom.
Eu gostei muito, porque gosto de histórias sobre autismo e o Jacob tem Asperger. Ele é fissurado em criminologia, mas ele já gostou de muitos outros assuntos também. Sua família se resume à mãe, ao irmão Theo e Jess. Depois vemos chegar o advogado, o pai e o delegado do distrito.
É interessante, engraçado, às vezes, monótono (tipo o meio do livro), e bom.
Se a capa confere ou não à história, eu não me apeguei a isso, porque sempre penso na capa como uma imagem para o leitor associar à historia - não à descrição dela em si.
Nessa capa o menino é uma criança e está sozinho, bem apropriado para representar o autismo - isso, pra mim, foi suficiente. A reclusão e a solidão que, muitas vezes, eles enfrentam mesmo, devido à dificuldade em sociabilizar.
Recomendo!
Li pelo kindle, porque fisicamente livros da Jodi são caros.
Alcione13 18/03/2019minha estante
Não acho que a capa condiz com a história pois Jacob é adolescente. Eu esperava algo diferente nesse quesito.


Monique 18/03/2019minha estante
Eu nao ligo para essas coisas, na verdade.
É só uma imagem também.
Na escola, peguei muito livro que nem imagem de capa tinha (aqueles antigos sabe?), acho que me acostumei hahaha.


Alcione13 18/03/2019minha estante
Eu também haha traça. Só acho que a capa mostra uma ideia meio diferente do livro. Não sei se me expressei bem.


Monique 19/03/2019minha estante
Eu entendo o que você tá falando.
Parece que Jacob é uma criança, não um jovem de 18 anos, isso acaba prejudicando quem compra livro pela capa né?


Alcione13 19/03/2019minha estante
Exatamente. Sou do tipo agora que nem sinopse leio. Vou no escuro.


Monique 19/03/2019minha estante
Eu também faço isso.
Só cheguei nesse, porque procurei livros sobre autismo no Google e me indicou esse. Geralmente, eu leio o livro e faço meu proprio resumo do que se trata a historia hahaha


Alcione13 19/03/2019minha estante
Tenho feito assim e amado. Melhor,me surpreendi positivamente.


Monique 19/03/2019minha estante
Eu não faço metas de leitura, por causa disso. Eu pego qualquer um e começo a ler.


Alcione13 19/03/2019minha estante
Eu também pego qualquer um e leio. Aí se flui que lanço na meta. As vezes retiro ou abandono sem apego.


Monique 21/03/2019minha estante
Tive um livro que levei mais de 3 anos para terminar, porque era chato. E tive outro que levei 2 anos quase que engatinhando. Dai quando terminei o segundo, até achei a historia boa - sei lá. hahaha
Nao gosto de prever os livros que vou ler, gosto de escolher de acordo com o santo.


Alcione13 21/03/2019minha estante
Eu também. Levei dez anos para terminar um hahaha peguei e finalizei tão louca sou.


Monique 22/03/2019minha estante
Algumas coisas eu lia que nem entendia o que estava escrito. A ideia era terminar, hahaha.


Alcione13 22/03/2019minha estante
Nunca após uma ressaca literária


Monique 26/03/2019minha estante
Caramba! Hahaha
Vc gosta de Harlan Coben?


Alcione13 26/03/2019minha estante
De jeito nenhum. Com ele lê um leu todos.
aquele mesmo que você resenhou eu simplesmente achei um pouco inacreditável demais.


Monique 27/03/2019minha estante
Eu tenho essa impressão também, tipo quando um autor tem muitos livros publicados, certamente tem um mesmo tipo de escrita, só historias diferentes.
Me disseram que quem gosta de Sidney Sheldom vai gostar dele também. O reverso da medalha é um livro bem famoso dele, mas não li ainda.
Qualquer explicação caberia para aquele final, ele só quis surpreender o leitor no pós-crédito, eu acho.


Alcione13 27/03/2019minha estante
Eu prefiro nem comentar E quanto a Sidney Sheldon realmente ele é excelente. Porém como todo autor tem algumas derrapadas. O mesmo vale para Agatha Christie que tem alguns livros bem parecidos.


Monique 27/03/2019minha estante
Agatha Christie é paradão demais, eu lia e dormia, lia e dormia. Nem parecia um crime aquela historia. Vc leu O reverso da medalha?


Alcione13 27/03/2019minha estante
Praticamente lu todos de Sheldon.
O que mais curti foi As Areias do tempo


Monique 28/03/2019minha estante
Eu acho que vou ler A garota que bebeu a Lua. Adoro esses infanto juvenis.


Alcione13 28/03/2019minha estante
Nesse estilo infanto-juvenil eu já gosto mais os que beiram fantasia


Monique 29/03/2019minha estante
Acho que a maioria é, pra instigar os leitores. Garota que bebeu a Lua deve ser.


Alcione13 29/03/2019minha estante
Depois me diz.


Monique 01/04/2019minha estante
okay




Marina 27/09/2021

Ugh, fiquei bem decepcionada com este livro. Já tinha lido outros da Jodi Picoult e acho que ela é muito boa em explorar dramas familiares. Então quando vi a sinopse de Um Mundo À Parte, que aborda o Asperger (uma temática muito interessante), achei que seria um livro bem emocional, mas não foi o que aconteceu. Achei ele didático até demais, de uma maneira meio forçada, acontecendo inclusive do próprio personagem que tem Asperger explicar o modo dele pensar fazendo umas analogias. Muitas vezes parecia uma cartilha explicativa de como uma pessoa com Asperger pensa e age.
O livro traz aí também uma questão policial, envolvendo um crime. Além do "mistério" ser um tanto quanto óbvio e previsível, o final é péssimo. PÉSSIMO. O livro te leva por um caminho por quase 600 páginas que você percorre apenas para ver como vai ser a resolução do caso, e aí, para não dar spoiler, vou apenas dizer que ele te deixa apenas frustrado. Senti que perdi meu tempo.

Enfim, só dei 2 estrelas porque o texto da autora é bom, e ela cria umas dinâmicas interessantes, mas a história em si é bem decepcionante.
Gustavo Rafhael 23/06/2022minha estante
Onde eu assino?
Sua resenha foi justamente o que eu senti ao final da leitura. =(


Juliana 06/07/2022minha estante
reativei minha conta aqui só pra curtir esse comentário, que final horrível.




Bart 30/09/2021

Um Mundo à Parte
*Jodi Picoult*
Editora Verus
Ano - 2013 / 585 pág.

????? (daria até mais!)
Bora falar de livro!!
?
Se tivesse que resumir esse livro em uma palavra, seria ... PERFEITO!!
Achei que fosse da área de psicologia, direcionado p/discutir sobre o "Transtorno do Espectro Autista", e sempre apareciam outras leituras que  acabava colocando na frente.
Daí um belo dia, Larissa Giorgetti daqui do skoob, me falou um pouco do livro...caramba, essa leitura entrou p/patamar dos "Melhores Livros da Minha Vida". Que livro incrível,? acompanha aí!!
.
Jacob Hunt, é um rapaz de 18 anos, tem  síndrome de Asperger (se não sabe seria legal pesquisar?), muito inteligente, e adora programas de resolução de crimes, ele chega a ir invadir algumas cenas reais e dar os palpites p/policiais até mesmo corrigindo os investigadores!! Só que Jacob tem uma certa dificuldade em lidar com o comportamento do outro, ele não entende as 2a intenções, sarcasmo... tudo é entendido de forma literal, várias vezes ele entra em choque com estranhos por não o entenderem. E p/ajudar nisso, ele tem uma professora de habilidades sociais, uma moça que Jacob está experimentando a paixão...até o momento em que ela aparece morta... tudo leva entender que foi ele... Jacob confirma que esteve na cena do crime... p/tentar ajudar... ele não entende a malicia do delegado que o coloca como principal suspeito do crime (o lugar estava cheio das digitais de Jacob), levando o rapaz p/tribunal... agora imagina, todo aquele jogo com os advogados de defesa e acusação com uma pessoa que não entende que o outro está esperando um deslize dele, ou provocando atitudes do tipo?!
.
Você vai ter que ler p/saber onde isso vai dar, se prepare p/ficar pasmo, é incrível como a escritora deixa o leitor desesperado pela situação de Jacob, a sensibilidade de descrever como ele lida com o mundo e como lidamos com ele!! .
Tem hora que você não vê mais solução p/nada e garanto... você vai terminar o livro mudo de tão impressionado como a trama é  trabalhada... até o final!!
"Fruta que caiu"! Que livro!!
Leia!!
??
CONTINUEM LAVANDO AS MÃOS!
?? #lendotudo www.lendotudo.com.br ??
Larissa.Giorgetti 30/09/2021minha estante
Sentia que vc ia gostar, sua resenha está perfeita, fala bastante sem entregar nada relevante, plac, plac, plac ( aplausos)
Fico feliz que não te incomodou o final ser do jeito que foi, ansiosa que sou gostaria de ter umas páginas a mais kkkkk


Bart 06/10/2021minha estante
O livro foi perfeito, em todos os sentidos!! Eu só tenho a agradecer a vc por me colocar em contato com um livro desses!!
Eu gostei dos aplausos kkkkkkkkkkk vc é culta e criativa Kkkkkkk mt show!!
Só agradeço!!
?????




Raquel.Euphrasio 06/05/2019

Incrível! Não sei o que essa autora faz, mas a narrativa dela me prende de uma maneira. Esse tem mais de 500 páginas e eu nem vi passar... Ao longo do livro vamos aprendendo mais sobre o tema abordado e o melhor: Do ponto de vista de quem tem a condição e de todos que estão a sua volta ao entram nesse grupo. Me emocionei. ri e refleti, refleti. Só amor!
Gabi 06/05/2019minha estante
Ela é demais!!! Tô doida pra ler esse.


Raquel.Euphrasio 07/05/2019minha estante
Eu amo!




Jak 04/03/2014

Neste livro da autora Jodi Picoult, a mesma da guardiã da minha irmã que deu origem ao filme uma prova de amor, nós é apresentado o universo de Jacob Hunt sobre diversas perspectivas, ele é um garoto com asperger obcecado por , que decorrente do mesmo, apresenta dificuldade de interação para superar-la ele faz aulas de socialização com a jovem Jess Ogilvy. Até que um dia após uma sessão com Jess, Jacob retorna transtornado, sendo que no dia seguinte a jovem é tida como desaparecida e posteriormente encontrada morta. Como principal suspeito Jacob é levado a julgamento. Seria Jacob o assassino?
Esse livro é um bom meio para quem quer, como eu, compreende um pouco mais sobre o universo asperger e como as outras pessoas lidam com isso. Apesar de uma narrativa envolvente que realmente consegue prender o leitor, o final é um pouco decepcionante sendo muito corrido e entreaberto ficando a sensação "o que foi que aconteceu?"
Jak 04/03/2014minha estante
Obcecado por ciência forense( eu pulei essa parte).




Victor Monteiro 13/05/2014

Bom
Mesmo com 585 paginas, Jodi conseguiu me prender mais uma vez em suas histórias. A única coisa que nao gostei foi de ter "solucionado" o caso antes do término da leitura. Poderia ter tido outros fatos além daqueles para o leitor poder apontar mais de uma solução. Isso não aconteceu com "Dezenove Minutos" e "A guardiã da minha irmã" onde imaginar um final era uma tarefa complicada. Contudo, foi uma ótima leitura. Meu conhecimento sobre Asperger que até então era nulo, teve um crescimento significativo.
Jubs 09/01/2018minha estante
Concordo, achei o final previsível mas o livro foi muito bem escrito e me prendeu




Psychobooks 21/07/2014

Resenha Dupla

Mari: Eu adoro ler um drama bem construído, daqueles que o autor não tem pressa para desenvolver seus personagens e embasar suas atitudes, esse é um dos principais motivos de eu gostar tanto dos livros da Jodi Picoult.

Alba: Eu não sei porque (fiquei com uma vontade de escrever um "cargas d'àgua" aqui, mas achei que ficava muito gíria de velha!), mas nunca, NUNCA, tinha lido nada da Picoult. E olha que não foi por falta da Mari falar que eu PRECISAVA ler algum livro dela. Quando a Verus anunciou a publicação de "Um Mundo à parte" a Mari me intimou a fazer a leitura dupla com ela por dois motivos:
1 - Livro da Picoult
2- O protagonista é autista (pra quem não sabe, tenho um filho autista que acabou de completar 18 anos, mesma idade de Jacob no livro!)
3- Porque a Mari me ama! (Tá que falei que eram só 2 motivos, mas esse terceiro merece ser citado!)

- Enredo

Mari: Um Mundo à Parte vai contar a hitória de Jacob Hunt, um garoto de dezoito anos que foi diagnosticado com Síndrome de Asperger quando ainda era criança. A fixação mais recente do garoto é a análise forense, obcecado por todas as minúcias científicas, ele sabe todas as etapas de análise da cena do crime, bem como quais os exames laboratoriais o ajudariam a descobrir impressões digitais, vestígios de sangue, etc.
Jess é a professora de habilidades sociais de Jacob, ele a ama na mesma medida que odeia as tarefas que ela passa para ele cumprir. Por incentivo dela, Jacob foi a um baile da sua escola e aos poucos, o garoto vai conseguindo interagir um pouco com outras pessoas, sempre à sua maneira.

Mari: Certa noite, Jacob volta para casa muito perturbado e tem um surto importante como há muito tempo não acontecia, sua mãe consegue acalmá-lo. Alguns dias depois, eles recebem a notícia de que Jess está desaparecida e é iniciada uma investigação para saber seu paradeiro.
A vida da família de Jacob, que já não era fácil, muda completamente da noite para o dia, eles passam a ser o centro das atenções da cidade e vão lutar com todas as forças para conseguir manter os avanços sociais que Jacob conseguiu atingir depois de tantos anos de tratamento.

Alba: Vocês leram essa premissa? LERAM? Então... Ela só já bastaria pra leitura, mas sentem que ainda tem muito mais para ser falado.

- Desenvolvimento do Enredo e narrativa

Mari: A narrativa é feita sob o ponto de vista de diversos personagens, as fontes mudam de acordo com o narrador, mas isso não seria necessário, pois a autora consegue diferenciar muito bem a voz de cada personagem.

Alba: Essa ferramenta usada pela autora funcionou superbem na minha opinião. A história é muito intimista para ser tratada em terceira pessoa. É necessário que fiquemos o tempo tendo inseridos na mente dos protagonistas - sim, todos são protagonistas - para entender as motivações de cada um e para podermos enxergar as similaridades em cada fronte. Como cada ação de um personagem vai ter consequências mais à frente, quando passamos para a visão do outro.

Mari: Outro ponto que gosto muito nos livros da Jodi é que ela não fica presa apenas ao plot principal, efeitos colaterais são sempre apresentados e desenvolvidos. Como consequência, temos um enredo com temas variados, todos muito bem interligados, o que deixa a trama mais próxima ao real.

Mari: Eu não acho que o foco principal está no mistério da morte de Jess, a causa da morte ficou bem clara no começo do livro e acho que é por isso que algumas pessoas não gostaram muito da leitura. Ao meu ver, o foco está no julgamento, nas peculiaridades e características de uma pessoa com Asperger, a dinâmica familiar e em como a vida das pessoas à volta de Jacob são afetadas.

Alba: Como a Mari disse, a grande questão do livro é como uma pessoa que não é neurotípica é tratada pela justiça e por toda a sociedade. Picoult escolheu abordar o austimo de forma ampla, sem preâmbulos. Como a síndrome afeta a família, a sociedade e como, principalmente, ela afeta a pessoa que leva o estigma do autismo. É a ordem da ação e da reação, mas com um porém gigantesco na equação: Como você avalia um comportamento se a sua reação está ligada à resposta esperada de uma pessoa neurotípica?

Alba: Jacob fará com que todos os personagens do livro revejam exatamente esse conceito. Evitar o olhar não significa culpa, não demonstrar os sentimentos não significa a ausência dos mesmos... E por aí vai.

Alba: Uma coisa muito interessante que também analisei na narrativa da Picoult é como, mesmo quando sabemos o que vai acontecer, a autora consegue nos surpreender com o óbvio. Essa sua fórmula óbvia, mas funcional, tem um segredo, e falaremos sobre ele em:

- Personagens

Mari: É notável a preocupação que a autora tem ao construir seus personagens, ela faz sua pesquisa e consegue dar vida à pessoas que antes viviam apenas em sua cabeça. TODOS são tridimensionais e qualquer um deles poderia ser meu vizinho.

Mari: Theo é o irmão mais novo de Jacob, acompanhar sua história que sempre foi paralela ao irmão mais velho, fez meu coração se quebrar um pouquinho. A autora não esconde os sentimentos do personagem, ele faz tudo para ajudar, tem que agir como se fosse o irmão mais velho, não tem outra opção a não ser seguir as 'peculiaridades' da rotina do irmão, mas tem dias em que fica cansado e tudo o que quer é um pouco de 'normalidade' em sua vida.
A mesma coisa acontece com a mãe de Jacob, ela o ama incondicionalmente, faz o impossível para que a vida de Jacob seja livre de estresse, mesmo que para isso sacrifique sua felicidade e as necessidades do filho mais novo, no entanto, há dias em que ela simplesmente não quer sair da cama.

Alba: Não resisto e também preciso falar de Emma! Que construção! Que personagem!
Ouço muito, muito mesmo, que mães de autistas são "guerreiras", "fortes", "exemplos de vida" e gente, de verdade e sem demagogia: Não é nada disso!
Picoult construiu Emma de forma super-real: Uma mãe que luta por seu filho que por um acaso é autista. Não há divisão na luta de uma mãe pelo seu filho e Picoult mostra isso de forma clara.

Mari: Oliver consegue trazer um pouco de humor à trama, um advogado inexperiente, que está passando por uma situação financeira complicada e se vê no meio de uma disputa judicial complicada demais para seu parco conhecimento.

Alba: E a Mari deixou o mais difícil para que eu falasse: Jacob.
É complicado falar de Jacob sem deixar minha história de vida se misturar com a de Emma. Tendo um filho dentro do espectro autista, foi maravilhoso enxergar o livro pela visão de Jacob e entender que às vezes a resposta está lá, na ponta da língua, mas eles não conseguem externá-las.

Alba: A caracterização de um autista é muito complicada porque o autor pode muito bem cair dentro das armadilhas feitas pela síndrome. Se ela o caracterizou com algumas das idiossíncrasias da síndrome, não pode deixar que o personagem aceite aquilo como natural mais à frente. Por exemplo: Jacob odeia a cor laranja e surta quando a vê. Picoult não pode deixá-lo encarar isso como natural em nenhum momento. Em um livro de 600 páginas.
E é nesse momento que percebemos a boa construação da autora e, como a Mari disse, a ótima carecterização de cada um de seus personagens. Jacob não se contradiz em nenhum momento. Quando supera algum obstáculo é por conta das terapias. Quando regredi em alguns pontos, é por conta do estresse sofrido. Quando entende alguma frase dúbia, é devido à alguma experiência anterior na mesma situação.

Alba: O mais interessante é que Jacob entende tudo o que acontece com ele. Ele sabe onde se enfiou e as consequências que pode sofrer, mas o autismo simplesmente distorce sua resposta à situação.

- Nem tudo é perfeito...

Mari: E eu farei duas observações sobre o que me incomodou:
1- a todo momento eu ficava me perguntando o motivo de ninguém ter perguntado para Jacob de forma direta o que tinha acontecido no dia em que Jess desapareceu, sim eu entendo que a mãe dele tinha medo da resposta, ainda assim, acho que alguém poderia ter feito a pergunta.
2- o final foi um pouco corrido e aberto, acho que mais um capítulo para fechar o livro teria sido perfeito.
Alba: 3- A capa. Por que uma criança tão pequena na capa? Jacob já tem 18 anos!

- Concluindo

Mari: Um Mundo à Parte é um livro sensível, se você chora com frequência quando lê uma história tocante, pode preparar seus lencinhos. Não ache que esse é um livro de mistério policial, ele é focado no drama. O desenvolvimento dos personagens e do enredo foram espetaculares, por isso, mesmo com as duas observações que fiz acima, eu o classifico com 5 estrelas e os olhos cheios d'água.

Alba: Perfeito. Essa é a definição que me vem à mente. Não é uma leitura fácil, apesar da ótima fluência. Precisei parar em inúmeros momentos do enredo para que pudesse respirar fundo e aí sim - parar de chorar - voltar à leitura. É um livro sobre pessoas, e Picoult mostra que conhece e constrói personalidades como ninguém.
Super-recomendo.

"(...) Depois de anos imaginando que eu sou um alienígena neste mundo, com sentidos mais aguçados que os das pessoas normais, com padrões de fala que não fazem sentido para as pessoas normais e comportamentos que parecem estranhos nesse planeta, mas que, em meu planeta natal, sem ser perfeitamente aceitáveis, isso de fato se tornou verdade. A verdade é uma mentira e mentiras são a verdade. (...)"
Página 525

"... agora o som já está transbordando por todos os meus poros e, mesmo quando fecho os lábios com força, meu corpo está gritando. (...) contusões são causadas por vasos sanguíneos que se rompem como resultado do golpe - e bato a cabeça contra elas - contusão cerebral acompanhada de hematoma subdural no lobo frontal está associada a mortalidade - e de novo - cada glóbulo vermelho é composto de um terço de hemoglobina - e então, como eu previa, minha pele não pode conter o que está acontecendo dentro de mim e se rompe, e o sangue corre pelo meu rosto para os meus olhos e boca."
Página 245


site: www.psychobooks.com.br
GeMartt 04/04/2020minha estante
Quando vi que Jacob tinha 18 anos, também me questionei sobre a capa do livro.




Gustavo Rafhael 11/07/2022

O que dizer desse livro de capa tão feia?
Nunca tinha lido nada de Jodi Picoulti, se não fosse pelo clube do livro eu provavelmente nunca leria, e não tenho nenhuma pretensão de ler novamente. Porque, Gustavo, o livro é tão ruim assim?
Até que não. Pra mim a autora foi um tanto quanto infeliz na condução da história. Ela promete muito e não entrega nada.
A escrita é muito boa, as personagens são bem construídas e muito carismáticas, isso torna agradável e fácil a leitura. Só que, como eu já disse, peca no andamento da narração.
Aqui temos um romance americano (como diz a ficha catalográfica) com uma pretensão de ser um thriller. Até os seus 30% (+ ou -) a negócio vai fluindo de uma forma que não da nem vontade de largar o livro. Em determinado ponto tudo fica muito óbvio, tanto que continuei a leitura na esperança de ter um plot twist, que para a minha decepção não veio.
Apesar de haver um possível assassinato, prisão, julgamento, invasão de residência, o foco é outro, a ênfase é no drama familiar de uma mãe que tendo um filho com síndrome de Asperger passa a viver exclusivamente para ele, chegando até a negligenciar o outro filho em alguns momentos, isso de uma forma muito didática.
Então se você espera um thriller, esse não é o livro.
Fabiana 26/07/2022minha estante
Concordo 100%. Tive a mesma impressão.




Letícia Miranda 05/05/2020

Surpreendente
Assim como todos os outros livros que já li da escritora, esse livro tem um desfecho super imprevisível, porém, a história é extremante redundante, podendo conter a metade das páginas. Mesmo assim, não perde a qualidade
Alexia181 08/01/2021minha estante
Concordo! Dei 5 estrelas, mas ainda digo que o livro poderia ter um número menor de páginas e que, em alguns momentos, a história ficava dando voltas e mais voltas sem propósito.




Ana 27/02/2014

Sendo jodi Picoult uma das minhas autoras preferidas, uma vez mais conseguiu agarrar-me ao seu livro pagina por página.
Como em todos os seus livros, uma vez mais é retrado uma dor pessoal, uma luta diária de uma mãe que tem um filho com asperger, e que a certa altura vê o seu filho envolvido numa trama de suicidio, sem querer acreditar que seu filho faria algo semelhante, a Srº Hunt passa momentos de grande angustia até à revelação final.
Muito Bom! Aconselho!
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Mila 07/04/2014

Asperger
Esse livro é muito importante para mim, ganhei da minha irmã Helem na casa dos meus pais.
O que mais me atraiu nesse livro foi a forma como minha irmã estava agarrada a ele. Depois pela breve lida na capa e sobre a autora.
A estória é sobre um jovem de 18 anos com uma variação do Autismo, Asperger, que se vê envolvido na morte de uma conhecida. Mais envolvido ainda por estar interessado em pesquisa forense.
Sua mãe Emma, foi uma mulher abandonada com 2 filhos para criar, sendo que o segundo é filho mais novo.
Imaginem o desespero de uma mãe e onde ela encontra forças para manter essa família...
São 5h da manhã e eu não consegui dormir enquanto não acabei essa leitura! É ótimo, eu recomendo.
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Rafa 17/08/2014

Esse é um dos melhores livros que li esse ano até agora, com certeza. É completo. Tem história, tem personagens, tem emoção, tem ação, tem tudo, para todos os gostos. É daquele tipo de livro que te faz ficar presa a história, sentindo junto com os personagens tudo o que está acontecendo.

Eu iniciei essa leitura numa viagem de volta a minha cidade, li o caminho todo, mais enquanto esperava na fila do táxi e mais quando cheguei em casa. E continuei a leitura nos dois dias seguintes em todos os momentos que podia. É realmente envolvente.

A narrativa pula de perspectiva entre o Jacob, sua mãe, seu irmão, o "detetive" (não lembro se era esse o posto dele, de qualquer forma era policial) e o advogado. O que faz maravilhas para a construção da história, pois conseguimos ter uma visão geral de tudo o que está acontecendo.

Jacob tem uma "professora" que o auxilia com o convívio social, levando-o em lugares públicos, dando algumas tarefas como conversar com um estranho, na tentativa de ajudá-lo a se expressar melhor. Os dois se dão super bem, até que um dia, após uma briga dos dois, Jess (a instrutora) aparece morta.

Como uma das fixações de Jacob é ciência forense, ele, de uma certa maneira, até fica animado com a possibilidade de investigar o assassinato da amiga. Um ponto muito sensível da narrativa é esse, saber se o Jacob sente alguma coisa ou não, porque, dada a condição dele, pelo menos a expressão desses sentimentos é extremamente prejudicada. Quando a perspectiva passa para outro personagem, como o detetive, por exemplo, nós conseguimos perceber o quanto ele parece um...bom, psicopata. Enquanto que, na perspectiva do Jacob, nós até entendemos um pouco do que ele sente.

A autora conseguiu me fazer sentir na posição de cada personagem. Quando narrado pela perspectiva de Emma, a mãe de Jacob, eu me senti a mãe dele também. Dei risadas e chorei junto com ela nas dificuldades cotidianas de lidar com o filho. Assim como me senti uma adolescente revoltada, na perspectiva de Theo, o irmão de Jacob.

É um prato cheio para quem gosta de mergulhar numa situação diferente da sua. Eu me emocionei, dei risada, fiquei tensa e criei expectativas com esse livro. É uma história muito emocionante. O final poderia ser melhor, mas foi satisfatório.

Algumas considerações só que eu devo fazer é que, um, a capa do livro não condiz com a história. Jacob tem 18 anos e a capa passa a impressão dele ser criança, e essa é a mesma capa do original. Além disso, eu não sei vocês, mas se eu já não tivesse lido resenhas sobre esse livro antes de vê-lo na livraria, seriam quase nulas as chances de ser atraída pela capa. E, dois, embora eu tenha gostado da tradução do título (acho que retratou bem a situação do Jacob), o título em inglês tem muito mais a ver com a história, beirando um spoiler, inclusive.

site: http://arrastandoasalpargatas.blogspot.com.br
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Débora 24/08/2017

Quem é o assassino?
Fabuloso! Nunca imaginei que tantos pontos de vista não fosse me irritar. O livro me envolveu em cada página, amei todos os personagens, e amei odiar outros tbm rs O único ponto negativo foi não dar uma conclusão ao julgamento, imagino que isso seja tarefa do leitor, então ótimo! Ja imaginei um maravilhoso. Quanto a resolução do mistério ela é fácil, rapidamente vc descobre, dá até para anotar " solucionado por mim pag...." e se procurarem outras resenhas verão q eles tbm descobriram e acreditam ser um ponto negativo. Mas ai é que ta meu povo! Eu ja havia solucionado, decidido que era o final razoável, mas a escritora me fez enlouquecer e duvidar desse final a cada capítulo, e quando faltava 10 páginas eu me peguei desejando mais que tudo que fosse esse que eu havia pensado e não outro. Que me faria chorar de desgosto. Então, não sei se foi objetivo da autora, mas ela ao invés de simplesmente fazer um suspense com final surpreendente, ela escolheu sustentar esse suspense com bastante tensão, e nisso ela foi demais! Classificado como ótimo.
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Tháh Martins 14/10/2017

Um mundo realmente literal...
O livro “Um Mundo À Parte“, de Jodi Picoult, nos deixa em dúvida qual seria seu real gênero: policial, um romance, uma ficção baseada totalmente em fatos reais da vida ou mesmo um suspense, pois durante a leitura sentimos estar vivendo cada um desses gêneros em um único livro, em uma única história, que nos fascina do começo ao fim.
Não nego que o livro me chamou a atenção primeiramente pela sinopse da contracapa, que gira ao redor "Jacob Hunt", um adolescente com Asperger, um dos transtornos que integra o Especto Autista.
Em uma narrativa toda em primeira pessoa, mas feita a partir do ponto de vista de diversos personagens, vamos conhecendo mais sobre Jacob, compartilhando momentos e frustações, que nos leva a adentrar as particularidades da vida Hunt, exemplificando minuciosamente cada uma das características de seu espectro, de suas fixações, de seu comportamento, assim como a relação e os sintomas que se instauram em toda a família a partir do primeiro diagnóstico até os dias que se passam a história. Além de revelar as “verdades” que a maioria das pessoas divulgam como absolutas e certas sobre o mundo e o modo de viver das pessoas que apresentam tal tipo de autismo, desconstruindo de forma precisa e palpável cada uma delas.
E as poucos vamos conhecendo as outras pessoas que fazem parte de seu mundo. Sua mãe Emma Hunt que trabalha em uma coluna de jornal, dando conselho as mais variadas situações, seu irmão Theo que é um adolescente que possui uma tempestade de dúvidas e críticas em relação a seu irmão e contra si mesmo, assim com o delegado e o advogado. Mais você deve esta se perguntando: advogado? Delegado?
Sim, não somos apenas lançados na vida singular de Jacob Hunt, mais em uma trama que um suposto homicídio parece ter sido arquitetado e cometido por Jacob contra sua professora de relações sociais, ao qual considerava sua melhor amiga ou até mesmo seu primeiro amor. Muita coisa para registrar? E eu sei, aconteceu o mesmo comigo.
Envolvida em uma aura de mistérios que nos desafia, a descobrir se Jacob é o verdadeiro assassino, vamos reconstruindo juntamente com as narrativa o desfecho desse crime, que confunde os sentidos, levando a várias perguntas...

“Seria possível Jacab, ter cometido tal ato?”

“Porque teria feito isso? Amor não correspondido? Crise de violência?”

“Todas as provas apontam para ele, o próprio admitiu ter feito toda a cena do crime. Inocente ou culpado?”

Para saber a decisão do juiz, só lendo o livro...
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San... 02/12/2017

Em alguns momentos da leitura achei um tanto repetitivo o enredo, mas o livro é muito interessante na medida em que dá ao leitor alguns conhecimentos sobre a convivência com um portador de Asperger, assim como transmite a vida sob a ótica do próprio portador da doença. E o faz de maneira simples, acessível, sem a pretensão de ser técnico. Faz pensar.
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