Um Mundo à Parte

Um Mundo à Parte Jodi Picoult




Resenhas - Um Mundo à Parte


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Domi 13/08/2018

Vale a leitura
Jacob é um jovem de 18 anos diagnosticado com síndrome de Asperger e aficcionado por ciência forense. Um dia no entanto ele se vê como principal suspeito de um homicídio e sua paixão por desvendar crimes passa a ser um forte argumento contra ele no tribunal.

Apesar de ter desvendado o crime logo no início do livro, a história é bem interessante e a autora descreve muito bem a síndrome, seus aspectos e as teorias que tem sido associadas para o desenvolvimento do asperger nas crianças. Além disso, achei a parte jurídica bem trabalhada sem tornar o livro enfadonho.

Vale a leitura!
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Silvia.Souza 01/06/2018

Muito bom, mas esperava mais do final...
A história é muito boa. Particularmente, achei que demorou para entrar na questão policial, mas o tema é tão interessante e a escrita tão boa, que prendeu minha atenção mesmo assim... Claro que por diversas vezes fiquei com vontade de entrar no livro e dar uns socos em alguns personagens... Como o detetive Rich que foi minha maior decepção, ou o Thor que achei muito egoísta e que na minha opinião tem mais problemas que seu irmão e até mesmo em Oliver, que apesar de ser um fofo, é tão incompetente, que seja a ser engraçado... Mas devo dizer que não gostei muito do final... Quando tudo foi esclarecido, fiquei meio decepcionada pois esperava mais da inteligência de Jacob e eu realmente gostaria de saber o que aconteceu depois... Pareceu que a escritora poderia ter escrito pelo menos mais um capítulo...
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Jaine Franco 05/12/2017

Um livro impossível de largar!
Me interessei por Um mundo á parte depois que comecei a ver as séries Atypical e The Good Doctor, que tem como protagonistas personagens que estão no espectro autista e desde então resolvi procurar mais livros e filmes sobre este assunto.
E aqui nesta história nós temos um garoto de 18 anos, Jacob, que tem Asperger e acompanhando o dia-a-dia dele nós podemos ver como vive, pensa e age uma pessoa com este diagnóstico. E como isso também afeta a vida de toda a família.
O livro é narrado pelo o ponto de vista de cada personagem o do Jacob, do irmão dele, mãe, advogado e um investigador. Porque aparentemente aconteceu um crime e o Jacob parece estar diretamente ligado a ele.
E isso meus amigos torna o livro muito mais interessante, porque nós temos uma investigação rolando e nós queremos saber o que aconteceu! É extremamente envolvente e viciante. Impossível largar esse livro até saber o que realmente aconteceu.
A Jodi Picoult entrou para a lista de autores que eu quero ler tudo o que escreveu.
Este livro está super favoritado.?
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San... 02/12/2017

Em alguns momentos da leitura achei um tanto repetitivo o enredo, mas o livro é muito interessante na medida em que dá ao leitor alguns conhecimentos sobre a convivência com um portador de Asperger, assim como transmite a vida sob a ótica do próprio portador da doença. E o faz de maneira simples, acessível, sem a pretensão de ser técnico. Faz pensar.
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Tháh Martins 14/10/2017

Um mundo realmente literal...
O livro “Um Mundo À Parte“, de Jodi Picoult, nos deixa em dúvida qual seria seu real gênero: policial, um romance, uma ficção baseada totalmente em fatos reais da vida ou mesmo um suspense, pois durante a leitura sentimos estar vivendo cada um desses gêneros em um único livro, em uma única história, que nos fascina do começo ao fim.
Não nego que o livro me chamou a atenção primeiramente pela sinopse da contracapa, que gira ao redor "Jacob Hunt", um adolescente com Asperger, um dos transtornos que integra o Especto Autista.
Em uma narrativa toda em primeira pessoa, mas feita a partir do ponto de vista de diversos personagens, vamos conhecendo mais sobre Jacob, compartilhando momentos e frustações, que nos leva a adentrar as particularidades da vida Hunt, exemplificando minuciosamente cada uma das características de seu espectro, de suas fixações, de seu comportamento, assim como a relação e os sintomas que se instauram em toda a família a partir do primeiro diagnóstico até os dias que se passam a história. Além de revelar as “verdades” que a maioria das pessoas divulgam como absolutas e certas sobre o mundo e o modo de viver das pessoas que apresentam tal tipo de autismo, desconstruindo de forma precisa e palpável cada uma delas.
E as poucos vamos conhecendo as outras pessoas que fazem parte de seu mundo. Sua mãe Emma Hunt que trabalha em uma coluna de jornal, dando conselho as mais variadas situações, seu irmão Theo que é um adolescente que possui uma tempestade de dúvidas e críticas em relação a seu irmão e contra si mesmo, assim com o delegado e o advogado. Mais você deve esta se perguntando: advogado? Delegado?
Sim, não somos apenas lançados na vida singular de Jacob Hunt, mais em uma trama que um suposto homicídio parece ter sido arquitetado e cometido por Jacob contra sua professora de relações sociais, ao qual considerava sua melhor amiga ou até mesmo seu primeiro amor. Muita coisa para registrar? E eu sei, aconteceu o mesmo comigo.
Envolvida em uma aura de mistérios que nos desafia, a descobrir se Jacob é o verdadeiro assassino, vamos reconstruindo juntamente com as narrativa o desfecho desse crime, que confunde os sentidos, levando a várias perguntas...

“Seria possível Jacab, ter cometido tal ato?”

“Porque teria feito isso? Amor não correspondido? Crise de violência?”

“Todas as provas apontam para ele, o próprio admitiu ter feito toda a cena do crime. Inocente ou culpado?”

Para saber a decisão do juiz, só lendo o livro...
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Débora 24/08/2017

Quem é o assassino?
Fabuloso! Nunca imaginei que tantos pontos de vista não fosse me irritar. O livro me envolveu em cada página, amei todos os personagens, e amei odiar outros tbm rs O único ponto negativo foi não dar uma conclusão ao julgamento, imagino que isso seja tarefa do leitor, então ótimo! Ja imaginei um maravilhoso. Quanto a resolução do mistério ela é fácil, rapidamente vc descobre, dá até para anotar " solucionado por mim pag...." e se procurarem outras resenhas verão q eles tbm descobriram e acreditam ser um ponto negativo. Mas ai é que ta meu povo! Eu ja havia solucionado, decidido que era o final razoável, mas a escritora me fez enlouquecer e duvidar desse final a cada capítulo, e quando faltava 10 páginas eu me peguei desejando mais que tudo que fosse esse que eu havia pensado e não outro. Que me faria chorar de desgosto. Então, não sei se foi objetivo da autora, mas ela ao invés de simplesmente fazer um suspense com final surpreendente, ela escolheu sustentar esse suspense com bastante tensão, e nisso ela foi demais! Classificado como ótimo.
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Fernanda 14/01/2017

Um mundo à parte que faz parte do mundo!
"Terminei o livro prendendo a respiração! Este livro se destaca de outros por vários motivos. Sendo que o principal deles, é a maneira como a autora resolveu demonstrar através da narrativa de um dos principais, Jacob. Como funciona a mente de quem sofre de síndrome de Asperger. Neste fator, o livro brilha de maneira cegamente. Devo ressaltar que a função de "prender a respiração" fica por conta do desenvolvimento da estória. Em torno da acusação de assassinato, que Jacob sofre. O leitor se pega lendo de maneira alucinada, para descobrir se Jacob, mesmo com síndrome de Asperger é capaz de cometer tal crime. Mas é também nesse quesito que estar o maior erro da Autora. Pelo menos ao meu vê. Pois enquanto no inicio e meio da leitura, você se pega pensando várias vezes o que aconteceu. Pelo fato que o livro é narrado por vários pontos de vista, Jacob, seu irmão Theo, sua mãe Emma, o advogado dele, e o detetive Matson, ao mesmo tempo. Lá pelo meio já havia concluído e montado uma cena de crime em minha cabeça. E com isso descobrir o que de fato ocorreu, e quem matou a Jess. A menina pela qual, Jacob é acusado de assassinato. Isso foi meio frustrante, já que como suspense policial poderia ser melhor. E é nessa conclusão de crime que o livro pecar mais. Pois não só é fácil descobri o ocorrido, já que estamos na mente de todos os personagens ao mesmo tempo. Como também o final ficou inconclusivo. Vejam bem. O livro se divide em três partes, narração de todos os personagens acima citados, antes do assassinato, narração depois da morte de Jess, e julgamento. Este ultimo, ficou em aberto e sem conclusão. Claro você pode concluir o que aconteceu, mas mesmo assim é meio frustrante, já que passei três dias, dormido e acordado, pensado neste livro. Então só posso concluir que a intenção da autora é mesmo demonstrar através dessa narrativa como funciona a mente de uma pessoa com síndrome de Asperger. E como falei nisso o livro brilha, mesmo que não concorde com o final. Pois todos os personagens são carismáticos e verossímeis. E gostaria de saber a conclusão para cada um deles, e como isso os afetou. Especialmente a Emma mãe de Jacob. Mesmo assim amei o livro do inicio ao fim. Pois jamais vou tirar o brilho de um livro que consegui me fazer ler 585 paginas em 3 dias, só pelo final fraco. Além disso, o livro é cheio de informações sobre cenas de crimes e crimes famosos, bem como pequenos informações de fatos aleatórios, que podem ser úteis ou inúteis, dependendo de quem ler. Se a pessoa gosta ou não de informações gerais. Eu particularmente adoro! Por todos esses motivos que pra mim o livro “Um mundo a parte” merece 4 estrelas. Pois não é perfeito, mas nenhum livro é. Mas seu brilho está lá para qualquer um que quiser vê. Super recomendo. Para quem, assim como eu, quer entender um pouco melhor como funciona a mente de uma pessoa que possuir síndrome de Asperger. :D
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Nani 10/11/2016

Fascinante e envolvente
Achei que em algum momento a solução do caso só podia ser uma e quando alguns detalhes foram somando-se eu já desconfiava muito do que havia acontecido, mas de qualquer forma li com o coração na boca, ansiando por terminar e me deleitando com a maneira como a escritora nos envolve e descreve, com uma sensibilidade e maestria os sentimentos dos personagens. Um livro tocante, que nos leva, várias vezes a refletir sobre a doença, sobre como nos relacionamos com as pessoas e sobre a vida. Sem dúvida um livro marcante. Aconselho.
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Viviane 20/05/2015

Sublime.
Jodi Picoult explora com maestria a síndrome de aspergue nesse livro. Jacobi é o filho mais velho de Emma, quando nasceu Jacobi passou por vários especialistas até ter o diagnóstico de aspergue, uma espécie de autismo que o impede de sentir emoções. Jacobi é viciado em séries policiais e descender crimes. Seu irmão Theo não é autista, mas sonha em ter uma família 'normal' , rebelde, comete pequenos delitos, como invadir casas, furtar objetos. Um dia a orientadora emocional de Jacobi é encontrada morta, o que faz com que várias questões sejam levantadas sobre a síndrome de aspergue.
Emma, a mãe, é um personagem fascinante. Uma mãe que foi abandona pelo marido e se dedica com todo amor a cuidar dos filhos.
A história é contada de vários ângulos e por todos os personagens.
A mãe, Jacobi, Theo, o advogado, o detetive, todos tem uma visão da situação.
O final é surpreendente.
Recomendo é muito.
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LER ETERNO PRAZER 12/02/2015

Um mundo a parte.
Resenha do livro – Um mundo a parte – Jodi Picoult.
Boa gente acabei de finalizar mais um livro de Jodi Picoult, já havia lido mais dois anteriormente e não posso deixar de dizer que como sempre e mais uma vez ela criou uma história carregada de emoções.
“Um mundo a parte” é uma história que nos traz muitas reflexões no que diz respeito à forma de como devemos tratar uma pessoa com algum tipo de deficiência. ”Um mundo a parte” é a história de Jacob Hunt, esse é o nosso personagem principal da história, mas devemos resaltar que iremos nos deparar com vários personagens maravilhosos além dele!!Jacob é um adolescente com Síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo. E o que é Síndrome de Asperger?S. de Asperger é uma condição psicológica do aspecto autista, caracterizada por dificuldade na interação social e comunicação não verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Uma pessoa com Asperger não capta emoções,não consegue diferenciar quando uma pessoa esta chateada ou triste.Para ele tudo é literal.Se você dizer para uma pessoa com Asperger: “ Vá plantar coquinho”. Ela levanta e vai plantar coquinho. Ela não consegui perceber que isso é uma metáfora.Jacob é assim. Ele mora com Emma, sua mãe e Theo, seu irmão. Sua cãs e seu dia-a-dia são cheios de regras para que ele não entre em crise.Posso dar como exemplo a forma como é elaborada a refeição da casa, a comida é feita não pelo tipo de comida e sim pela cor,cada dia da semana o alimento tem que obedecer uma cor específica.Sua rotina também tem que ser obedecida a risca, qualquer mudança repentina pode desencadear em Jacob uma nova crise.
Picoult conseguiu mostrar de forma muito clara, para ao leitor leigo, os aspectos da síndrome. Ela foi extremamente detalhista ao retratar as características do Asperger, assim como em falar como age uma pessoa acometida dessa síndrome. Essa forma detalhada dos aspectos da síndrome está distribuída no livro por vários personagens, através de uma medica psiquiatra conhecemos as características gerais do Asperger; Através de Emma e Theo, mãe e irmão de Jacob ficamos sabendo quais “sintomas” são frequentes na vida do rapaz; e através do próprio Jacob, pouco a pouco, vamos conhecendo o que uma pessoa com a síndrome se sente. Como se sente em relação a si próprio e aos que o cercam e como sente tudo que se passa ao seu redor. Picoult ainda nos coloca, alem de toda essa carga emocional que é acompanhar a vida e os dramas de Jacob, diante de uma trama que envolve um “assassinato” de uma jovem de 23 anos, Jess que é a pessoa que faz o acompanhamento psicológico de Jacob e lhe da treinamentos para que ele melhore sua interação e socialização!
Um belo, ou melhor, dizendo, em um triste dia, Jess some. Seu namorado acha estranho o repentino sumiço de Jess e procura a policia para dar queixa sumiço da no morada. A policia passa a investigar, faz uma visita na casa onde Jess morava e encontra indícios de que algo estranho aconteceu ali. Alguma pista deixada no lugar leva a policia a suspeitar do namorado de Jess. Em menos de uma semana a policia encontra o corpo. A mídia da total cobertura ao achado do corpo e Emma ao ver a matéria fica chocada, pois, a colcha ou lençol que cobre o corpo de Jess é do seu filho Jacob. Ela é obrigada, diante de seu caráter correto, comunica a policia. O caso então tem uma nova direção, Jacob passa a ser considerado o assassino de Jacob. Começa ai uma luta judicial para provar a inocência ou a insanidade de Jacob, para provar que ele não seria capaz de cometer tal crime.
“Um mundo a parte” é uma história carregada de vários aspectos, dramática, policial e medicinal. Em todos eles Picoult nos presenteou com uma narrativa envolvente que faz o leitor se prender e se emocionar a cada pagina lida. Apesar de ter achado o livro perfeito, o desfecho de tudo não teve o final digno.O livro terminou, como posso dizer, de forma abrupta.O motivo que levou Jacob a se envolver na morte da jovem são reveladas nas últimas páginas, mas como disse de uma forma abrupta,faltou,eu acho, mais ou menos umas 50 páginas pra que a autora desse o desfecho que a história merecia. Claro, isso é a minha opinião, deixo a cargo de vocês leem e analisarem se estou correto ou não em minha opinião. Mas o livro não deixa de ser maravilhoso e com certeza irá entrar para a lista dos melhore livros lidos em 2015.
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Rafa 17/08/2014

Esse é um dos melhores livros que li esse ano até agora, com certeza. É completo. Tem história, tem personagens, tem emoção, tem ação, tem tudo, para todos os gostos. É daquele tipo de livro que te faz ficar presa a história, sentindo junto com os personagens tudo o que está acontecendo.

Eu iniciei essa leitura numa viagem de volta a minha cidade, li o caminho todo, mais enquanto esperava na fila do táxi e mais quando cheguei em casa. E continuei a leitura nos dois dias seguintes em todos os momentos que podia. É realmente envolvente.

A narrativa pula de perspectiva entre o Jacob, sua mãe, seu irmão, o "detetive" (não lembro se era esse o posto dele, de qualquer forma era policial) e o advogado. O que faz maravilhas para a construção da história, pois conseguimos ter uma visão geral de tudo o que está acontecendo.

Jacob tem uma "professora" que o auxilia com o convívio social, levando-o em lugares públicos, dando algumas tarefas como conversar com um estranho, na tentativa de ajudá-lo a se expressar melhor. Os dois se dão super bem, até que um dia, após uma briga dos dois, Jess (a instrutora) aparece morta.

Como uma das fixações de Jacob é ciência forense, ele, de uma certa maneira, até fica animado com a possibilidade de investigar o assassinato da amiga. Um ponto muito sensível da narrativa é esse, saber se o Jacob sente alguma coisa ou não, porque, dada a condição dele, pelo menos a expressão desses sentimentos é extremamente prejudicada. Quando a perspectiva passa para outro personagem, como o detetive, por exemplo, nós conseguimos perceber o quanto ele parece um...bom, psicopata. Enquanto que, na perspectiva do Jacob, nós até entendemos um pouco do que ele sente.

A autora conseguiu me fazer sentir na posição de cada personagem. Quando narrado pela perspectiva de Emma, a mãe de Jacob, eu me senti a mãe dele também. Dei risadas e chorei junto com ela nas dificuldades cotidianas de lidar com o filho. Assim como me senti uma adolescente revoltada, na perspectiva de Theo, o irmão de Jacob.

É um prato cheio para quem gosta de mergulhar numa situação diferente da sua. Eu me emocionei, dei risada, fiquei tensa e criei expectativas com esse livro. É uma história muito emocionante. O final poderia ser melhor, mas foi satisfatório.

Algumas considerações só que eu devo fazer é que, um, a capa do livro não condiz com a história. Jacob tem 18 anos e a capa passa a impressão dele ser criança, e essa é a mesma capa do original. Além disso, eu não sei vocês, mas se eu já não tivesse lido resenhas sobre esse livro antes de vê-lo na livraria, seriam quase nulas as chances de ser atraída pela capa. E, dois, embora eu tenha gostado da tradução do título (acho que retratou bem a situação do Jacob), o título em inglês tem muito mais a ver com a história, beirando um spoiler, inclusive.

site: http://arrastandoasalpargatas.blogspot.com.br
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Psychobooks 21/07/2014

Resenha Dupla

Mari: Eu adoro ler um drama bem construído, daqueles que o autor não tem pressa para desenvolver seus personagens e embasar suas atitudes, esse é um dos principais motivos de eu gostar tanto dos livros da Jodi Picoult.

Alba: Eu não sei porque (fiquei com uma vontade de escrever um "cargas d'àgua" aqui, mas achei que ficava muito gíria de velha!), mas nunca, NUNCA, tinha lido nada da Picoult. E olha que não foi por falta da Mari falar que eu PRECISAVA ler algum livro dela. Quando a Verus anunciou a publicação de "Um Mundo à parte" a Mari me intimou a fazer a leitura dupla com ela por dois motivos:
1 - Livro da Picoult
2- O protagonista é autista (pra quem não sabe, tenho um filho autista que acabou de completar 18 anos, mesma idade de Jacob no livro!)
3- Porque a Mari me ama! (Tá que falei que eram só 2 motivos, mas esse terceiro merece ser citado!)

- Enredo

Mari: Um Mundo à Parte vai contar a hitória de Jacob Hunt, um garoto de dezoito anos que foi diagnosticado com Síndrome de Asperger quando ainda era criança. A fixação mais recente do garoto é a análise forense, obcecado por todas as minúcias científicas, ele sabe todas as etapas de análise da cena do crime, bem como quais os exames laboratoriais o ajudariam a descobrir impressões digitais, vestígios de sangue, etc.
Jess é a professora de habilidades sociais de Jacob, ele a ama na mesma medida que odeia as tarefas que ela passa para ele cumprir. Por incentivo dela, Jacob foi a um baile da sua escola e aos poucos, o garoto vai conseguindo interagir um pouco com outras pessoas, sempre à sua maneira.

Mari: Certa noite, Jacob volta para casa muito perturbado e tem um surto importante como há muito tempo não acontecia, sua mãe consegue acalmá-lo. Alguns dias depois, eles recebem a notícia de que Jess está desaparecida e é iniciada uma investigação para saber seu paradeiro.
A vida da família de Jacob, que já não era fácil, muda completamente da noite para o dia, eles passam a ser o centro das atenções da cidade e vão lutar com todas as forças para conseguir manter os avanços sociais que Jacob conseguiu atingir depois de tantos anos de tratamento.

Alba: Vocês leram essa premissa? LERAM? Então... Ela só já bastaria pra leitura, mas sentem que ainda tem muito mais para ser falado.

- Desenvolvimento do Enredo e narrativa

Mari: A narrativa é feita sob o ponto de vista de diversos personagens, as fontes mudam de acordo com o narrador, mas isso não seria necessário, pois a autora consegue diferenciar muito bem a voz de cada personagem.

Alba: Essa ferramenta usada pela autora funcionou superbem na minha opinião. A história é muito intimista para ser tratada em terceira pessoa. É necessário que fiquemos o tempo tendo inseridos na mente dos protagonistas - sim, todos são protagonistas - para entender as motivações de cada um e para podermos enxergar as similaridades em cada fronte. Como cada ação de um personagem vai ter consequências mais à frente, quando passamos para a visão do outro.

Mari: Outro ponto que gosto muito nos livros da Jodi é que ela não fica presa apenas ao plot principal, efeitos colaterais são sempre apresentados e desenvolvidos. Como consequência, temos um enredo com temas variados, todos muito bem interligados, o que deixa a trama mais próxima ao real.

Mari: Eu não acho que o foco principal está no mistério da morte de Jess, a causa da morte ficou bem clara no começo do livro e acho que é por isso que algumas pessoas não gostaram muito da leitura. Ao meu ver, o foco está no julgamento, nas peculiaridades e características de uma pessoa com Asperger, a dinâmica familiar e em como a vida das pessoas à volta de Jacob são afetadas.

Alba: Como a Mari disse, a grande questão do livro é como uma pessoa que não é neurotípica é tratada pela justiça e por toda a sociedade. Picoult escolheu abordar o austimo de forma ampla, sem preâmbulos. Como a síndrome afeta a família, a sociedade e como, principalmente, ela afeta a pessoa que leva o estigma do autismo. É a ordem da ação e da reação, mas com um porém gigantesco na equação: Como você avalia um comportamento se a sua reação está ligada à resposta esperada de uma pessoa neurotípica?

Alba: Jacob fará com que todos os personagens do livro revejam exatamente esse conceito. Evitar o olhar não significa culpa, não demonstrar os sentimentos não significa a ausência dos mesmos... E por aí vai.

Alba: Uma coisa muito interessante que também analisei na narrativa da Picoult é como, mesmo quando sabemos o que vai acontecer, a autora consegue nos surpreender com o óbvio. Essa sua fórmula óbvia, mas funcional, tem um segredo, e falaremos sobre ele em:

- Personagens

Mari: É notável a preocupação que a autora tem ao construir seus personagens, ela faz sua pesquisa e consegue dar vida à pessoas que antes viviam apenas em sua cabeça. TODOS são tridimensionais e qualquer um deles poderia ser meu vizinho.

Mari: Theo é o irmão mais novo de Jacob, acompanhar sua história que sempre foi paralela ao irmão mais velho, fez meu coração se quebrar um pouquinho. A autora não esconde os sentimentos do personagem, ele faz tudo para ajudar, tem que agir como se fosse o irmão mais velho, não tem outra opção a não ser seguir as 'peculiaridades' da rotina do irmão, mas tem dias em que fica cansado e tudo o que quer é um pouco de 'normalidade' em sua vida.
A mesma coisa acontece com a mãe de Jacob, ela o ama incondicionalmente, faz o impossível para que a vida de Jacob seja livre de estresse, mesmo que para isso sacrifique sua felicidade e as necessidades do filho mais novo, no entanto, há dias em que ela simplesmente não quer sair da cama.

Alba: Não resisto e também preciso falar de Emma! Que construção! Que personagem!
Ouço muito, muito mesmo, que mães de autistas são "guerreiras", "fortes", "exemplos de vida" e gente, de verdade e sem demagogia: Não é nada disso!
Picoult construiu Emma de forma super-real: Uma mãe que luta por seu filho que por um acaso é autista. Não há divisão na luta de uma mãe pelo seu filho e Picoult mostra isso de forma clara.

Mari: Oliver consegue trazer um pouco de humor à trama, um advogado inexperiente, que está passando por uma situação financeira complicada e se vê no meio de uma disputa judicial complicada demais para seu parco conhecimento.

Alba: E a Mari deixou o mais difícil para que eu falasse: Jacob.
É complicado falar de Jacob sem deixar minha história de vida se misturar com a de Emma. Tendo um filho dentro do espectro autista, foi maravilhoso enxergar o livro pela visão de Jacob e entender que às vezes a resposta está lá, na ponta da língua, mas eles não conseguem externá-las.

Alba: A caracterização de um autista é muito complicada porque o autor pode muito bem cair dentro das armadilhas feitas pela síndrome. Se ela o caracterizou com algumas das idiossíncrasias da síndrome, não pode deixar que o personagem aceite aquilo como natural mais à frente. Por exemplo: Jacob odeia a cor laranja e surta quando a vê. Picoult não pode deixá-lo encarar isso como natural em nenhum momento. Em um livro de 600 páginas.
E é nesse momento que percebemos a boa construação da autora e, como a Mari disse, a ótima carecterização de cada um de seus personagens. Jacob não se contradiz em nenhum momento. Quando supera algum obstáculo é por conta das terapias. Quando regredi em alguns pontos, é por conta do estresse sofrido. Quando entende alguma frase dúbia, é devido à alguma experiência anterior na mesma situação.

Alba: O mais interessante é que Jacob entende tudo o que acontece com ele. Ele sabe onde se enfiou e as consequências que pode sofrer, mas o autismo simplesmente distorce sua resposta à situação.

- Nem tudo é perfeito...

Mari: E eu farei duas observações sobre o que me incomodou:
1- a todo momento eu ficava me perguntando o motivo de ninguém ter perguntado para Jacob de forma direta o que tinha acontecido no dia em que Jess desapareceu, sim eu entendo que a mãe dele tinha medo da resposta, ainda assim, acho que alguém poderia ter feito a pergunta.
2- o final foi um pouco corrido e aberto, acho que mais um capítulo para fechar o livro teria sido perfeito.
Alba: 3- A capa. Por que uma criança tão pequena na capa? Jacob já tem 18 anos!

- Concluindo

Mari: Um Mundo à Parte é um livro sensível, se você chora com frequência quando lê uma história tocante, pode preparar seus lencinhos. Não ache que esse é um livro de mistério policial, ele é focado no drama. O desenvolvimento dos personagens e do enredo foram espetaculares, por isso, mesmo com as duas observações que fiz acima, eu o classifico com 5 estrelas e os olhos cheios d'água.

Alba: Perfeito. Essa é a definição que me vem à mente. Não é uma leitura fácil, apesar da ótima fluência. Precisei parar em inúmeros momentos do enredo para que pudesse respirar fundo e aí sim - parar de chorar - voltar à leitura. É um livro sobre pessoas, e Picoult mostra que conhece e constrói personalidades como ninguém.
Super-recomendo.

"(...) Depois de anos imaginando que eu sou um alienígena neste mundo, com sentidos mais aguçados que os das pessoas normais, com padrões de fala que não fazem sentido para as pessoas normais e comportamentos que parecem estranhos nesse planeta, mas que, em meu planeta natal, sem ser perfeitamente aceitáveis, isso de fato se tornou verdade. A verdade é uma mentira e mentiras são a verdade. (...)"
Página 525

"... agora o som já está transbordando por todos os meus poros e, mesmo quando fecho os lábios com força, meu corpo está gritando. (...) contusões são causadas por vasos sanguíneos que se rompem como resultado do golpe - e bato a cabeça contra elas - contusão cerebral acompanhada de hematoma subdural no lobo frontal está associada a mortalidade - e de novo - cada glóbulo vermelho é composto de um terço de hemoglobina - e então, como eu previa, minha pele não pode conter o que está acontecendo dentro de mim e se rompe, e o sangue corre pelo meu rosto para os meus olhos e boca."
Página 245


site: www.psychobooks.com.br
GeMartt 04/04/2020minha estante
Quando vi que Jacob tinha 18 anos, também me questionei sobre a capa do livro.




Victor Monteiro 13/05/2014

Bom
Mesmo com 585 paginas, Jodi conseguiu me prender mais uma vez em suas histórias. A única coisa que nao gostei foi de ter "solucionado" o caso antes do término da leitura. Poderia ter tido outros fatos além daqueles para o leitor poder apontar mais de uma solução. Isso não aconteceu com "Dezenove Minutos" e "A guardiã da minha irmã" onde imaginar um final era uma tarefa complicada. Contudo, foi uma ótima leitura. Meu conhecimento sobre Asperger que até então era nulo, teve um crescimento significativo.
Jubs 09/01/2018minha estante
Concordo, achei o final previsível mas o livro foi muito bem escrito e me prendeu




Mila 07/04/2014

Asperger
Esse livro é muito importante para mim, ganhei da minha irmã Helem na casa dos meus pais.
O que mais me atraiu nesse livro foi a forma como minha irmã estava agarrada a ele. Depois pela breve lida na capa e sobre a autora.
A estória é sobre um jovem de 18 anos com uma variação do Autismo, Asperger, que se vê envolvido na morte de uma conhecida. Mais envolvido ainda por estar interessado em pesquisa forense.
Sua mãe Emma, foi uma mulher abandonada com 2 filhos para criar, sendo que o segundo é filho mais novo.
Imaginem o desespero de uma mãe e onde ela encontra forças para manter essa família...
São 5h da manhã e eu não consegui dormir enquanto não acabei essa leitura! É ótimo, eu recomendo.
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Jak 04/03/2014

Neste livro da autora Jodi Picoult, a mesma da guardiã da minha irmã que deu origem ao filme uma prova de amor, nós é apresentado o universo de Jacob Hunt sobre diversas perspectivas, ele é um garoto com asperger obcecado por , que decorrente do mesmo, apresenta dificuldade de interação para superar-la ele faz aulas de socialização com a jovem Jess Ogilvy. Até que um dia após uma sessão com Jess, Jacob retorna transtornado, sendo que no dia seguinte a jovem é tida como desaparecida e posteriormente encontrada morta. Como principal suspeito Jacob é levado a julgamento. Seria Jacob o assassino?
Esse livro é um bom meio para quem quer, como eu, compreende um pouco mais sobre o universo asperger e como as outras pessoas lidam com isso. Apesar de uma narrativa envolvente que realmente consegue prender o leitor, o final é um pouco decepcionante sendo muito corrido e entreaberto ficando a sensação "o que foi que aconteceu?"
Jak 04/03/2014minha estante
Obcecado por ciência forense( eu pulei essa parte).




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