Vineland

Vineland Thomas Pynchon




Resenhas - Vineland


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none 04/03/2022

O livro mais fraco do autor
Comecei com muita sede e afoito, afinal era um dos livros de meu autor favorito (li Contra o dia, V, O último grito e alguns contos de Slow Learner em espanhol, Un lento aprendizaje), o grande problema que eu tive com este livro foi com os textos aleatórios, afinal não há uma sequência, o autor joga a história de um personagem, você se empolga com ela e este personagem só volta duzentas páginas depois como referência ou enfraquecido pelo entupimento da narrativa. O pai hippie, a filha que precisa ser protegida, a amiga da esposa, a esposa misteriosa, o federal malvadão, sim o livro tem personagens atraentes, a premissa do livro é válida, a crítica cultural de uma época que não soube se defender nem soube atacar propriamente seus governos autoritários. Mas jogando isso na história de qualquer jeito, com misoginia, falocentrismo, bobagens com drogas e idas e vindas no tempo acabam cansando o leitor e a leitora. Eu me cansei. Pynchon explora nesse livro o que ele tem de pior em matéria de preconceitos, clichês, abusos, referências explícitas. Claro que quem lê o autor pela primeira vez aqui com este livro provavelmente não vai retornar e vai perder o melhor da literatura (Contra o dia é um clássico pouco lido e reconhecido, precisa ser lido antes ou depois de V, de preferência antes, por ser menos complicado).
Vejo críticas favoráveis ao livro, o leitor e a leitora tem todo o direito de apreciar o livro, porém o que observo é uma releitura nas resenhas de resenhas midiáticas ou resumos do livro, qualquer um faz isso, um jornalista ou uma jornalista com propriedade para tanto, diga-se de passagem, mas não um leitor que pretende se divertir com a leitura, e este livro foi tudo menos divertido. Não consegui me empolgar com um personagem, o antagonista não aparece como vilão consistente (parece vilão dos filmes do Super-Homem dos anos 1980, com suas maluquices e clichês), os saltos espaço-temporais sem dúvida são melhor explorados em Contra o dia, aqui cansam, as mudanças de personagens e histórias, algo como os contos de 1001 noites, um dentro do outro, numa espiral ou numa linha fragmentada, confundem e não fecham a narrativa. A grande ironia é que a frase mais curtida pelos leitores no Goodreads parece aqueles textos de WhatsApp compartilhados por tios com referências religiosas. Não vou reproduzi-la aqui em respeito a quem leu a resenha.
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Gustavo.Campello 13/03/2017

Pra ler viajando em ácido
Não é o primeiro Pynchon que eu leio, gostei muito mais do Vício Inerente, apesar de Vineland provavelmente ficar bem melhor se fosse levado pro cinema do que o Vício Inerente.

As mudanças de tempo são um pouco confusas, mas o livro engrena mais do meio pro final, mas o final é meio "WTF???!!!". Esperava mais, não que seja ruim, mas estava com uma expectativa muita alta talvez.

No geral vale a leitura.
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