Limonov

Limonov Emmanuel Carrère
Emmanuel Carrère




Resenhas - Limonov


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Marília 03/03/2024

Realmente a vida de Limonov parece uma obra de ficção, nos mostrando como coisas e pessoas incríveis podem existir.
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por Chrystiene Queiroz 09/12/2017

sapekaindica "Limonov" do autor Emmanuel Carrère
Este romance conta uma história real: a vida de uma figura polêmica cuja trajetória — de poeta russo/revolucionário, de celebridade/presidiário — acompanha a própria história da Europa no século xx. .
🍋O autor parte de fatos reais da vida de Eduard Limonov para construir uma história de não ficção em que acompanhamos a vida de um personagem marcante. Para colher informações realistas sobre o personagem, o escritor teve encontros diários durante duas semanas com Limonov. .
#quote
🍋“Limonov não é um personagem de ficção. Ele existe. Eu o conheço. Ele foi delinquente na Ucrânia, ídolo do underground soviético; mendigo, depois mordomo de um bilionário em Manhattan; escritor da moda em paris; soldado perdido nas guerras dos bálcãs; e agora, no imenso caos do pós-comunismo na Rússia, velho chefe carismático de um partido de jovens desesperados. Ele mesmo se vê como herói, podemos considerá-lo um tratante: suspendo neste ponto meu julgamento. É uma vida perigosa, ambígua: um verdadeiro romance de aventuras."

site: https://www.instagram.com/p/BbNWNgZF3-j/?taken-by=sapekaindica
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Ladyce 22/07/2019

"Limonov", de Emmanuel Carrère, foi best-seller na França e recipiente do Prêmio Renaudot da Língua Francesa e do Prix des Prix, em 2011. Traduzido por André Telles e publicado pela Alfaguara em 2013, não fez marolas por aqui, até ser indicado por Marcelo Rubens Paiva para uma editora que publica livros por assinatura em 2017. Não é leitura fácil, em parte porque o biografado, Eduard Limonov, é uma pessoa desprezível, canalha, ordinário e sem-vergonha. Mas que descrito pelo autor parece uma pessoa fascinante. "Limonov não é um personagem de ficção. Ele existe. Eu o conheço. Ele foi delinquente na Ucrânia, ídolo do underground soviético; mendigo, depois mordomo de um bilionário em Manhattan; escritor da moda em Paris, soldado perdido nas guerras dos Balcãs e agora no imenso caos do pós comunismo na Rússia, velho chefe carismático de um partido de jovens desesperados..." Com essa introdução por Carrère é natural que se espere mais de Eduard Limonov do que o repelente marginal, personalidade secundária, um ser asqueroso, cuja vida seguimos em grande detalhe.

"Limonov" é descrito como biografia. Mas premiado como romance. Como? Por que? Em parte porque Carrère só entrevistou Eduard Limonov uma vez por duas semanas e a esta altura com o livro quase pronto. Por outro lado, porque a vida do biografado e a do biógrafo se intercalam e aos poucos descobrimos a paixão, ou até mesmo a inveja de Carrère, não pelo homem Limonov, (Carrère para de escrever o livro por mais ou menos um ano, duvidando da própria razão deste trabalho) mas pela sedução que a vida de aventuras de seu biografado parece ter acendido. Passei, então, a ver o livro não como uma biografia, mas como um interlóquio entre o escritor e Limonov.

São dois homens que pararam emocionalmente na adolescência. Basta dizer que para ambos os livros que mais marcaram suas vidas foram os de aventuras de Alexandre Dumas e obras do americano Jack London. Eduard Limonov (né Eduard Savenko) nasceu na Ucrânia (portanto cidadão de segunda classe na hierarquia soviética) e passou a vida como rebelde. Pobre, sem respeito por mãe ou pai, Limonov se rebela contra o status quo de qualquer situação. Seu verdadeiro objetivo é ser do contra. Mesmo quando o que advoga, por anos, acontece, ele rapidamente muda de posição e torna-se um insurgente, um do contra, já que o que defendia tornou-se norma. Revolta, seu nome é Limonov. E sua maneira de revoltar-se não passa de grandes gestos juvenis, sem esteio ou fundamento. Tanto que no frigir dos ovos Limonov não consegue nada, não passa de um energúmeno, machista, inepto e idiota.

Emmanuel Carrère, por outro lado, desfrutou de uma família bem estruturada: pai executivo, mãe historiadora e professora universitária. Cresceu e continuou como adulto a se beneficiar das benesses da vida burguesa parisiense. Não se revoltou contra o estabelecimento. É o verdadeiro oposto de Limonov. E, ainda que pudesse ter interesse intelectual sobre os revolucionários russos, a mim, escapa a fascinação do autor por um membro tão desnorteado da cosmografia russa. Não posso deixar de pensar numa pequena revolta contra sua própria mãe, especialista em história russa. Será que Carrère, deveria ter dedicado tanto de seu tempo e indústria construindo um altar ao anti-herói? Talvez sua mãe, se assim quisesse, pudesse nos dar valor mais acertado do verdadeiro papel de Limonov na resistência, se relevante, contra a abertura do sistema soviético do final do século XX. E ainda, a fascinação com o "revolucionário" lembra-me defensores do comunismo severo, do stalinismo ou seguidores de Trotsky, que, aqui no ocidente, dormindo em camas macias com lençóis de seda, dirigindo carros do ano, comendo e bebendo á vontade, abrigando-se em belas e espaçosas casas, continuam achando que uma revolução ou um sistema semelhante ao que se estabeleceu na antiga URSS seria a solução para as desigualdades no mundo. É uma visão idealista, sem qualquer pé na realidade e primária. E, nós mesmos, leitores de "Limonov" testemunhamos a falácia do sistema através da própria narrativa de Carrère.

Há duas grandes qualidades nesta obra. A primeira é a habilidade de Carrère de nos manter atentos ao texto, de tal modo que mesmo execrando as ações de Eduard Limonov, o que nos é contado, de maneira muitas vezes rude ou crua, nos faz continuar página após página a seguir o fanático e imbecil personagem que o autor nos impôs. A segunda qualidade é o retrato da Rússia sob o governo comunista e sob a abertura iniciada por Gorbachev e da Rússia que conhecemos hoje, a Rússia de Putin, que mais do que nunca aparece como cidadão bastante perigoso. Poucas vezes temos a oportunidade de ler uma obra que nos traz ações tão contemporâneas, referências a momentos históricos que vimos na televisão ou lemos nos jornais. Essa parte política, tenho certeza, foi de grande valia para que o livro se tornasse best seller na França. Para os franceses o que acontece em Moscou é de grande importância. Eles estão muito próximos, apesar dos diversos países que os separam: Bélgica, Alemanha, Polônia, Bielorrússia. A título de curiosidade procurei a distância entre Paris e Moscou. É um pouco mais de 2.800 km. Colocando em nossos termos é menor do que a distância entre Porto Alegre e Palmas, esta é superior a 2.900 km. Assim, tudo que acontece na Rússia é de muito maior interesse para os franceses do que para nós, aqui em outro continente separados por mar e terra imensos.

Não sei para quem devo recomendar este livro. Li. Não gostei. Mas apreciei as informações que me foram dadas. E apreciei a habilidade de Carrère. Mas de cinco estrelas, três estão de bom tamanho.
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Gisele @li_trelando 29/08/2017

Bomnpra traçar uma linha histórica do período de transição russa.
Como personagem, considero Limonov um cara que viveu de uma forma bem particular, pra não dizer em seu mundo particular, ele criou diretrizes, leis ou um código de vida e o seguiu até o fim. A primeira parte do livro demorei pra me conectar, mas o final que narra esse período histórico mais frenético do desmonte da URSS foi muito interessante e serve pra retratar aquele período sob uma ótica diferente da que estamos acostumados dos livros de história, documentários ou mesmo notícias jornalísticas com viés ocidental.
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Oseas.Carlos 13/08/2017

Limonov, a acidez e coragem de um homem
Livro que começa e se desenvolve explorando a vida desde a infância de um personagem real e vivo! Intercala - se com descrições e momentos históricos que aconteceram e influenciaram a vida de Eduard.

Apanhado de momentos que se desenvolviam na ex URSS até seu desmembramento, anos 70 em Nova York, anos 80 em Paris, além das passagens pecorridas pelo personagem nos conflitos de desmembramento dos estados da antiga Iuguslavia, da Chechênia e demonstrando a vida pessoal de Limonov com pitadas da vida e opinião do autor Carreré.

Livro esse que faz refletir sobre o ser humano e que o caminho que se escolhe é capaz de influenciar a vida daqueles que nos rodeiam.
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Victor Vale 01/08/2017

Foi revigorante ler Limonov, uma história nem um pouco pasteurizada pelo politicamente correto. Um personagem real, mas irreal em suas escolhas conturbadas. Um sobrevivente do grande destino que buscava. um miserável vencido, mas orgulhoso de sua trajetória. Não se tornou grande e nem escolheu o "lado bom", mas ainda sim, viveu (e vive) uma grande vida. Como a Rússia cruzou caminhos difíceis, grandiosos e miseráveis. Como a Rússia viveu como se não se importasse com a opinião alheia, mas viveu em satisfazê-la.
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Pudima 01/08/2017

Conflitante.
Um livro muito bem escrito, porém muitas vezes conflitante.
Odiei Limonov. Não o livro, o personagem. Limonov é podre, e sinceramente não entendo o porquê de ter sido tão admirado.
Porém, nesse livro pude perceber que até mesmo o mais podre dos personagens possui pontos positivos, e confesso que, de certa forma, fiquei encantada com algumas de suas atitudes e pensamentos.
Limonov, afinal, tornou-se aquilo que sempre desprezou, o que me faz pensar sobre o preço a pagar pelas nossas atitudes. Bom livro.
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Toni Nando 25/07/2017

Limonov sobrevivente
O anti-herói, subversivo, escroto e louco do Limonov, ganhou meu respeito pela autenticidade, se paga um auto preço pela verdade nua e crua, e Limonov pagou sem chiar.
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Rai 22/07/2017

Lemonov
O livro aborda a vida de um escritor e ativista russo que viveu nos EUA e na França. O livro nos apresenta a história recente da Rússia por um ângulo particular, e com ela, a vida de Lemonov. É um ótimo livro. A dificuldade é gravar os vários nomes dos personagens russos que participaram da história mas que são anônimos para nós.
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Drika 14/07/2017

Um retrato do século XX
Adorei o livro. Me fez lembrar de uma pergunta que um aluno me fez uma vez, enquanto eu comentava sobre a produção cultural dos tempos da Guerra Fria e sobre como ela contribuiu para difundir o sentimento anticomunista no Ocidente. Enquanto eu dava exemplos da produção hollywoodiana, filmes de 007 entre outros, o aluno me perguntou: "e na União Soviética, como é que isso funcionava?". Infelizmente, por não ser uma especialista no assunto, na ocasião eu só pude dar uma explicação vaga...
Esse livro, para além das peripécias do personagem pitoresco que o protagoniza, ofereceu várias referências mais concretas do que as que eu até então possuía sobre o cotidiano dos trabalhadores e dos intelectuais soviéticos dos anos 50 e 60, antes mesmo da crise definitiva do bloco socialista, nos anos 80. E, de quebra, ainda ilustra superbem o caos político-ideológico que substituiu a URSS nos anos 90 e que foi responsável por catapultar ao centro do palco político russo figuras de difícil compreensão fora daquele contexto, tais como Vladimir Putin e o próprio Limonov.
Enfim, pra quem curte literatura e história, o livro de Emmanuel Carrère é um prato cheio e refinado. :)
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Marcio 14/07/2017

Limonov
Eu acho que a vida do Limonov é muito interessante por se confundir com as profundas alterações pelas quais a união soviética passou no último século. É um personagem fascinante, embora as vezes parece que o Carrere força um pouco a barra para torná-lo interessante, sendo que pela própria carga do limonov isso não deveria ser necessário. Eu gostei de ler porque despertou o meu interesse pela história da Russia que eu sempre achei fascinante, e li e reli muita coisa sobre a revolução, os gulags, Lenin, Stalin, Putin e o comunismo.
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Fabio Henrique 08/07/2017

Mergulho em fatos marcantes do século XX
Narrativa inteligente. Talvez cause desconforto entre os leitores que não sejam íntimos de História Contemporânea.

Prende a atenção até o fim, em grande parte devido a seu protagonista - um sujeito repleto de ideais e contradições.
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Rafael.Martins 06/07/2017

Um livro interessante. Romance e biografia se misturam. O personagem, por muitas vezes odiado, também pode ser cativante e, ao final, compreendido: ele é uma criança que não cresceu.

As informações contidas nesse livro são riquíssimas: vão desde sugestões de livros (através de comparações, metáforas e indicações propriamente ditas) como também nos deixam a par da situação na atual Rússia e antiga URSS que fogem do senso comum dos livros de história ocidentais. São informações de pessoas que viveram na URSS e, apesar de todas as moléstias advindas do regime, entendiam e, eventualmente, gostavam daquela situação.

Livro mais que recomendado!
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Mari 30/06/2017

Sangue, fogo e pátria.
Livro franco e extremamente bem escrito sobre uma pessoa ambígua. Por vezes um monstro detestável, por outras o herói corajoso que nos falta.
A vida de Eduard Limonov é um novelão, que não dá para parar de ler. Chega a ser espantoso que uma pessoa viveu e fez tudo isso. E espero que o escritor e biografo, como jornalista, esteja dizendo totalmente a verdade porque, por Deus, eu creditei em tudo.
A edição da TAG é lindíssima, porém senti falta das notas de rodapé principalmente pela enorme quantidade de menções a pessoas, eventos, e vários termos e frases em russo e em outras línguas.
Como o próprio escritor e biografado fazem, comparo também tanto esse livro como os escritos por Limonov, com o Lolita de Nabokov (livro que coincidentemente li há algumas semanas). São obras literárias riquíssimas sobre assuntos espinhosos, que nem por isso perdem a qualidade, só a tornam mais impressionante.
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Luiz Pereira Júnior 29/06/2017

Moderno, sim! Modernoso? Você decide...
Um excelente exemplo da melhor literatura contemporânea produzida na França (ao lado de Houellebecq). Contando linearmente uma história plausível (tente separar, por exemplo, a realidade do que é ficção neste romance), sem voos linguísticos estratosféricos, o livro consegue ser profundo sem ser monótono, sarcástico sem ser grosseiro, belo sem ser sublime.. Um resumo da história? Não, não vou encher sua paciência com isso, em qualquer site de livrarias (e aqui mesmo, por que não?) você encontrará o resumo recheado de uma montanha de elogios. Bem, pode acreditar na maior parte dessa montanha e boa leitura!
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