Rita 26/06/2021
O Cavalo Amarelo - e o preconceito religioso
Um padre é assassinado depois de ouvir uma confissão e a única pista deixada é uma lista de sobrenomes que, inicialmente, não parecem ter conexão entre si. Esse é o passo inicial para os mistérios desse livro.
Para quem conhece a autora, já fica um pouco mais fácil prever certas coisas, mas isso não tira o interesse da história.
Aliás, amei uma personagem que é uma escritora muito interessante e tem certa semelhança com a autora do livro em si, do pouco que conheço dela.
O problema real desse livro é o preconceito.
Há uma associação aqui entre rituais que remetem (não são fiéis, mas são mencionados como sendo) a religiões africanas e o mal. Infelizmente, muita gente nos dias atuais, e não só em 1961 (quando o livro foi escrito), carrega esse preconceito e causa destruição e dor por causa disso. Portanto, é bom ter em mente isso quando a leitura desse livro for feita, para que possamos fazê-la de forma crítica e não aceitando reproduzir preconceitos idiotas.
Mais uma obra da Agatha lida e confesso que já me acostumei com a estética dessa nova forma de edição dos livros dela pela HarperCollins e estou gostando.