Resenhas - One & Only

Andressa 26/11/2013

One & Only: For all the fans of Secret Society Girl
Eu sou fã de carteirinha de “A Sociedade Secreta”, escrito, também, pela Diana Peterfreund. A partir dessa série, resolvi que leria tudo que viesse por aí dessa autora. Geralmente gosto muito dos personagens dela.

Tess McMann é uma garota que cresceu rodeada de segredos familiares. Ela é filha ilegítima de um senhor bastante rico, que tem outra família. Ou seja, Tess e sua mãe são o dirty little secret do Sr. Swifts.

Não cabe a mim julgar, mas não consegui compreender como a mãe de Tess se submeteu a ser amante por tantos e tantos anos e como pode fazer a filha viver sempre apagada, para que não chegasse aos olhos e ouvidos da verdadeira família do pai.

O livro inicia nas férias pós ensino médio, na qual Tess vai para uma espécie de clube de ciências e lá ela trabalha loucamente num projeto (ela é extremamente determinada). Dylan, um garoto um tanto nerd, mas muito bonitinho, se junta a ela nesse trabalho e acaba se interessando pela nossa protagonista. Ela, sempre muito focada e exigente (e um tanto traumatizada com a submissão feminina perante aos homens) já avisa desde o princípio que não está interessada. Até o último dia do tal programa de férias, Tess resiste. E então se entrega, porque também se encontra apaixonada por Dylan. Os dois tem a sua primeira vez juntos e, com o final do programa, Tess, mesmo gostando dele, acaba ignorando todas as investidas do rapaz e resolve se afastar de uma vez por todas. Ela tem seus motivos, afinal seu pai a fez desistir da faculdade dos seus sonhos e ela ficaria 3 horas de distância de Dylan, o que dificultaria todos os seus planos focados em sua carreira. No entanto, isso não quer dizer que ela o esqueceu. Dois anos depois, ambos geniozinhos acabam se reencontrando. E bem, é por aí que a estória se desenrola.

Apesar da fórmula dos new adult ser sempre a mesma, nesse livro temos um diferencial: a protagonista não é histérica, mimizenta e tampouco sonha com príncipes encantados. Além de ser bastante pé no chão, realista, estudiosa e extremamente justa e esforçada, não vemos aqui aquele clichê boring de vou-largar-a-faculdade-para-casar-com-o-boymagia-que-conheci-há-poucos-meses-tendo-apenas-vinte-anos. Nada contra, mas nós jovens de hoje temos muito mais perspectiva de futuro, queremos tantas coisas mais. E Tess é assim. Ela quer ser incrível na área científica, ela quer ser reconhecida pelas suas façanhas, quer ter um legado.

Pois bem, concluo que o livro me pareceu um tanto mais dentro dos padrões da realidade do que a maioria dos NA que eu já li, logo posso afirmar que gostei sim. É gostoso se identificar com um livro, justamente por ele não ser cheio de situações surreais que jamais vão acontecer. Aqui não há mocinhas puras, ingênuas e viriginais que esperam o príncipe encantado, nem vilãs super fuckin' bitches que tentam roubar o homem alheio. Acho que Diana soube mesclar esse mundo new adult com nuances suaves, sem os típicos personagens estereotipados. E, bem, que acompanha a autora sabe que ela gosta de personagens nerds! Gosto da escrita dela também, não é cheia de palavrões repetitivos e nem há vícios de linguagem incansáveis. Meu único porém é que senti falta de algo no livro. Talvez eu tenha ido com muita sede ao pote, por ser fã da autora. Na verdade, senti que há poucas reviravoltas, poucos confrontos e fiquei com a sensação de que muito ainda podia ter sido dito ou feito.

Enfim, Tess me parece bastante crível, assim como Dylan. E eles juntos, são muito, muito fofos. Recomendo!