De gados e homens

De gados e homens Ana Paula Maia




Resenhas - De Gados e Homens


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Vellasco 07/07/2020

Direto e seco
Uma história bem direto ao ponto e muito bem desenvolvida. Os personagens são bem construídos, o livro é curtinho, mas é surpreendentemente tenso.

"São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune."
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Amanda 30/05/2020

Bom...
Mais um livro muito bom dessa aurora, ainda sim, gostei um pouco mais de Entre rinhas de cachorro e porcos abatidos.
Avaliei em 4 estrelas.
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tcharles 26/04/2020

eu quero respostas!!!!!!!!
Edgar Wilson, protagonista que aparentemente aparece em outros livros da autora, é o atordoador do matadouro, a história é seguida de acontecimentos ?grandes? narrados de maneira simples. meu primeiro livro da autora, eu gostei, fiquei perdido, mas no geral é um livro bom.
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Eloiza Cirne 15/04/2020

Inquietante. Tenso
São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune.
Ferreira.Souza 14/10/2020minha estante
bom




Yasmim 12/04/2020

Matamos para comer, comemos sem nos sentirmos assassinos
Edgar Wilson permanece o mesmo assassino frio e de certa forma ingênuo (de pessoas e animais), dessa vez trabalhando como atordoador em um matadouro de bovinos. Não gosta que maltratem os animais e não tem pena dos homens, entrega sua vida ao trabalho e se resigna com a rotina. O rio das moscas apresenta todos os vestígios de poluição do abate de animais. O suicídio das vacas representa o medo dos animais ao ver a morte iminente, um caminho sem volta.
"A linha do tempo é como a linha da morte:não pode ser interrompida."
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Luciana 07/04/2020

É um livro para quem já conhece a escrita da Ana Paula e seu personagem Edgar Wilson. Não aconselho para quem nunca leu nada dela, pode parecer uma história vazia e solta.
O livro traz mais uma história brutal, visceral e com críticas a sempre presente hipocrisia humana.
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Tatiane 07/11/2019

Livro com tema atualíssimo, mexe com quem o lê.
Conheci Ana Paula Maia em outubro, quando li "Assim na terra como embaixo da terra". Devastada com o tema, porém encantada com a escrita forte e precisa, resolvi procurar outros livros da autora. Encontrei "De gados e homens" na livraria e comprei. Li-o também quase sem parar.

A primeira impressão é de tirar o chão. Não há como negar o que Maia afirma: "todos são matadores, cada um de uma espécie, executando sua função na linha de abate" (p. 45)

Isso se mostra na morte do gado para alimentar os homens - de qualquer origem, de qualquer princípio religioso - ou na morte de homens que são facilmente substituídos por outros porque "assim como o gado assemelha-se entre si, sendo difícil a distinção entre eles, com os homens parece ocorrer o mesmo. A linha do tempo é como a linha da morte: não pode ser interrompida". (p. 95)

Ana Paula Maia consegue nos levar a uma reflexão profunda sobre o consumo de carne, mas não é panfletária de vegetarianismos ou veganismos. Ela, apenas, faz uma crítica contundente ao sofrimento dos animais, mas também mostra que os humanos, atores desse sofrimento, são, em sua maioria, meras peças descartáveis dessa grande máquina. (Isso me fez lembrar de um livro que li em 2017: "Mas não se matam cavalos?", de Horace McCoy. A temática é outra, mas o valor da vida e o uso que se faz do ser humano como se faz de animais encurralados se assemelham. Escrevi sobre ele em meu blog.)

Voltando à brasileiríssima Ana Paula Maia...
E, como havia lido o mais recente (de 2017) antes, fui surpreendida pela recuperação de uma personagem que, na verdade, vai trabalhar no abatedouro do livro escrito em 2013. Achei muito legal essa construção feita pela autora.

Vale muito a leitura! Ou melhor, as leituras!

MAIA, Ana Paula. De gados e homens. Rio de Janeiro: Record, 2013.

MAIA, Ana Paula. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.

tatiandoavida.com
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hanny.saraiva 06/12/2018

Como um hiato entre lugares
Me senti lendo um conto grande. Gosto muito do personagem Edgar Wilson, mas achei que nessa obra ele foi pouco explorado, apesar de mostrar algumas sutilezas de sua personalidade. Senti falta de mais sangue e cenas chocantes que só Ana Paula sabe construir. É como se esse livro estivesse nos preparando para o próximo, como um hiato entre os lugares que Edgar passa.
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Thiago Barbosa Santos 07/06/2018

Para os fortes
Ana Paula Maia é uma das minhas autoras prediletas do atual cenário literário brasileiro. "De gados e homens" é o terceiro livro que li da autora. A personagem principal é Edgar Wilson, que aparece também em outros livros dela.

A obra de Ana Paula Maia é para quem tem estômago forte. Não é uma literatura para "os fracos". Ele retrata o homem em seu estado bruto, literalmente. O fio condutor das narrativas é como o caráter desse homem é moldado pela atividade profissional que ele exerce.

Na trama, encontramos Edgar Wilson como um abatedor de gado. Conhecemos como é a rotina desses profissionais em um matadouro. Edgar Wilson abate centenas de cabeças de gado por dia, mas exerce um certo respeito pelo animal. Ele tem seus próprios rituais para fazer daquele momento o menos traumático possível para o bicho.

Um colega de trabalho tenta não seguir as orientações dele e abate o gado de forma perversa, judiando do bicho, prolongando o sofrimento dele. Edgar Wilson então abate o homem com uma machadada na cabeça, para ele sentir na pele o sofrimento do boi. Observamos aí a complexidade no caráter do protagonista.

O livro, no ponto alto da narrativa, mostra um caso estranho em que vacas se suicidam atirando-se em um precipício. Um tremendo prejuízo para o dono do matadouro, mas a salvação de miseráveis que habitam a região e não têm carne para comer. Eles invadem o barranco com foices e machados para retirar a carne dos animais mortos e garantirem o alimento ao menos por alguns dias. Classificam o episódio como uma providência divina para salvá-los da morte.

O livro termina com Edgar Wilson pedindo demissão do matadouro para ir trabalhar em um abatedouro de porcos. Algo que queria fazer há algum tempo. É como abatedor de porcos que ele aparece em uma outra publicação de Ana Paula Maia: "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos".


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Rodrigo.Vieira 20/03/2018

DE GADOS E HOMENS
Segundo que leio da autora. Gosto de como retrata a vida bruta desses homens, de uma maneira bem crua, e poética. Pretendo ler toda essa série de livros com personagens em comum.
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Paulla Pereira 28/06/2017

Sangue, suor e bovinos
Eu já havia entrado em contato com Edgar Wilson e sua forma peculiar de ver e tratar o mundo no ótimo "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos". De gados e homens é um "prequel" da história que eu havia lido - parece que eu tenho o condão (ou a mania, não sei!) de ler sequências fora da ordem.

Antes de trabalhar com os porcos, que era a vontade de Edgar, ele passou pela lida com gado de corte - bois, vacas, touros. Ele é um atordoador, a pessoa que "apaga" os bichinhos antes da retirada do couro e do esquartejamento. Tenta evitar o sofrimento desses animais, proporcionando um rápido desmaio mediante uma certeira marretada. Sabe que não há mais nada que possa fazer, que o trabalho deve ser feito para que outros comam a carne - e sabe também que não será fácil arrumar qualquer outro emprego.

"Alguém precisa fazer o trabalho sujo. O trabalho sujo dos outros. Ninguém quer fazer esse tipo de coisa. Pra isso Deus coloca no mundo tipos que nem eu e você."

Certo dia o gado começa a se comportar de forma estranha. Homem de poucas palavras e observador, Edgar repara rapidamente que há uma perturbação entre as vacas - que leva aos episódios centrais da narrativa. São apresentados outros personagens, tão simplórios quanto Edgar, cada um com suas manias e comportamentos; mas todos com as características necessárias para um serviço em um matadouro: a maneira peculiar de pensar na humanidade, nas necessidades, e na própria barbárie - que os aproxima dos animais, em certos aspectos. Quem é a besta? Quem é o verdadeiro animal?

Recomendo a leitura. A cena em que o matadouro recebe um grupo de alunos de uma instituição universitária é ótima, especialmente para os que nunca leram sobre maus tratos a animais de corte (eu não como carne, já li e vi suficiente sobre).

Ainda há um livro nessa trilogia, que descreve o primeiro emprego de Edgar, na carvoaria - ou seja, eu realmente li os títulos em ordem inversa: primeiro o 3, agora o 2... vai vendo, né?

Ps. Li críticas muito negativas a esse livro - depois de tê-lo lido - massacrantes, mesmo (eu, se fosse crítica, ficaria envergonhada de escrever de forma tão feia, chegou a parecer despeito). Não concordei com elas. Então lembre disso ao ver/ler opiniões sobre literatura: são OPINIÕES. Leia, com a sua bagagem, seus conhecimentos e seu contexto, e chegue a sua conclusão. Às vezes você até se surpreende.

site: www.muquifolit.wordpress.com
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Felipe Duco 07/06/2017

A escrita me entreteve, porém não me encheu os olhos
Ana Paula Maia tem estilo de escrita super característico, (tão característico que chega a ser levemente repetitivo) isso é nítido, porém, não um problema, pois acontece que é um estilo interessante, que funciona muito bem pra mim, mas nesse terceiro livro da autora que leio, protagonizado pelos mesmos personagens, a escrita me entreteve, mas não me surpreendeu, não encheu os olhos.
Eu gostei do livro, achei de ótima qualidade, tenho em alto prestígio os trabalhos anteriores da Ana Paula Maia, ainda quero ler tudo o que ela escrever, entretanto não deixou de ser mais do mesmo. Um "mesmo" só dela, um "mesmo" próprio, mas ainda assim um "mesmo" muito recorrente nos seus livros anteriores (com exceção de A Guerra dos Bastardos).
O livro fala sobre homens rústicos e brutos que trabalham num abatedouro de gados (embora lá eles abatam outras coisas também. Os personagens são bem distribuídos e variados e cada um faz direitinho sua função e tem uma personalidade própria. Ao longo do livro Ana Paula Maia levanta boas questões, a autora é feliz na maioria das vezes na maneira como escolhe transmitir o que quer, a linguagem é bonita, polida, mas em nenhum momento cansativa e ainda teve uma pitada de acontecimento sobre-humano que deixou o final em aberto, isso eu gostei demais.
Queria ter mais pra falar sobre o livro, queria ter contribuído pra internet com uma resenha melhor, mas por ora só vou conseguir produzir isso.

Obrigado, de nada.
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Caronte 22/12/2016

Carne. Matadouro. Animais. Humanos.

Texto do Blog Parágrafos Para Grifos:

O livro é bem curto e é uma pancada... vou fazer piadas hoje não. O personagem principal, Edgar Wilson, trabalha como atordoador em um matadouro de bois, vacas, ovelhas etc.

Ele tenta fazer com que os animais não sofram tanto na hora do abate, por isso o atordoador olha nos olhos escuro e vazios dos animais e acerta com uma marreta na testa deles, o crânio se racha e o bicho cai pronto para ser arrastado para outra sala, onde terminarão o serviço.

Aquele corredor estreito do matadouro, uma fila de bovinos, o cheiro de medo e de morte, não há como se virar e fugir. Apenas continue andando para frente, logo será sua vez. "Ninguém está impune. Todos são homens de gado e sangue".

Esse livro levantou várias reflexões que ainda tô tentando digerir, desde crueldade contra animais até a condição de gado do ser humano preso em um corredor estreito apenas obedecendo o trajeto, por quê?


site: http://paragrafosparagrifos.blogspot.com.br/2016/12/de-gados-e-homens-resenha-ana-paula-maia.html
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@lidcomisso 13/09/2016

Impressões
Mais um livro com alguns personagens da "Saga dos Brutos". Mais um livro sem meias verdades. Mais um livro pra esfregar realidades, sem disfarces, só expondo o óbvio, #AnaPaulaStyle. Destaque para o capítulo 6, que está incrível. 👏 "São todos homens de sangue, os que matam e os que comem. Ninguém está impune."

site: https://www.instagram.com/lidicirilo/
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