Maressa.Carolina 16/07/2017
Tão clichê quanto um filme da Sessão da Tarde
A boa e velha história de romance, onde a mocinha é apaixonada a anos pelo macho alfa e garanhão.
Julie sempre foi apaixonada por ele, Daniel, ou como foi carinhosamente apelidado, Danny Boy.
Ele sempre a viu como uma irmã caçula, mas ao vê-la toda arrumada em uma apresentação musical, percebe que a sua “irmãzinha” de consideração, na verdade é uma bela mulher de 28 anos, e resolve em fim dar uma chance para ela.
Algumas coisas me incomodaram bastante durante a narrativa. Como o fato dele não querer que ela trabalhe-se como cantora porque não quer ver outros homens olhando para ela com desejo, e com isso ela aceita trabalhar como garçonete em invés de ir atrás dos seus sonhos.
O fato do ciúme possessivo dele ser retratado como algo romântico, pelo fato dele nunca ter agido dessa forma com outras mulheres.
Ela ser completamente dependente dele, mesmo quando eles não estão de fato em um relacionamento sério. Em dado momento da história ela chega a ficar doente, sim doente, porque ele resolve passar uma noite fora com os amigos.
Sem contar que nos é prometido um triângulo amoroso na sinopse do livro, algo que NUNCA acontece, desde o início fica bem claro que a Julie gosta do Danny e isso nunca vai mudar.
George, o melhor amigo de Julie, era um personagem com tanto potencial, mas a meu ver, foi reduzido ao melhor amigo gay, com todos aqueles esteriótipos da mídia: fashionista, fã de música pop, etc...
Outros personagens da trama também não foram bem desenvolvidos, como a Johanna, melhor amiga de Julie e irmã do Daniel. Os sócios e melhores amigos do Danny, Rafe e Zach. Sei que os personagens ficaram em último plano porque os outros livros vão contar as histórias deles, mas eles foram tão pouco desenvolvidos que eu não fiquei curiosa para saber mais.
E por último, mas não menos importante, não posso esquecer do Alan, o guitarrista sexy da banda em que a Julie se torna a vocalista, e também a terceira ponta do nosso “triângulo amoroso” inexistente. Sinceramente, um sapão daquele ficar esquecido na narrativa foi um crime. Ele sim foi um personagem que me deixou curiosa, e ansiosa por uma história só dele.
Concluindo, é um livro pouco desenvolvido, com personagens bem superficiais, e um final tão clichê quanto o restante da história. Os pontos positivos (sim, existem alguns) é que a leitura é rápida e fluida. Você pode facilmente lê-lo em um dia. Por ter uma escrita simples, é um ótimo livro para se sair de uma ressaca literária, ou ser um livro de transição, após uma leitura mais pesada/marcante.