Vermelho Amargo

Vermelho Amargo Bartolomeu Campos de Queirós
Bartô




Resenhas - Vermelho Amargo


25 encontrados | exibindo 16 a 25
1 | 2


Erica 23/08/2020

não consigo mais comer tomate sem lembrar dele
"as fatias delgadas escreviam um ódio e só aqueles que se sentem intrusos ao amor podem tragar."

definitivamente no meu top 5 de livros da vida. as descrições do autor são de uma sutileza e sensibilidade que me fez sentir na história, ver com os olhos do protagonista a ponto de sentir o vermelho amargo nos lábios.

"sem o colo da mãe eu me fartava em falta de amor. o medo de permanecer dasamado fazia de mim o mais inquieto dos enredos."

eu tenho o costume de marcar bastante quando leio, mas foi mais do que eu esperava e do que o tamanho do livro justifique, porque ele é bem curtinho. (pra ambito de curiosidade foram 49 vezes)

"ler era meu único sonho viável."

me lembrou bastante minha infância por alguns fatores específicos mas nao necessariamente pelos acontecimentos, sabe?
a forma como descreve o sentimento, me fazia pertencer a uma vida que não vivi, mas que me sentia da mesma forma.

"ser feliz era estar em pecado, eu me culpava e negociava o fingimento de estar infeliz."

em suma, é um livro lindo demais e deveria ser obrigatório no ensino médio.

"há, sim, outras palavras mais doces que o açúcar."
comentários(0)comente



Rossine 13/08/2020

O livro na verdade é uma prosa poética, cheia de frases muito bem escritas, que por si só podem servir como um pensamento. O autor mescla poesia, filosofia e uma boa dose de ingenuidade infantil. A separação da mãe (que morreu num mês “frio e seco de maio”) é descrita de maneira dolorosa e ao mesmo tempo delicada e singela. Mas o “protagonista” é o tomate (e suas finas e transparentes fatias), que simboliza e compara a doce figura maternal e a indiferença e o amargor da madrasta. Um livro rápido de ler (li de uma vez só), muito bonito e singelo, que deixa um leve amargor na garganta.
comentários(0)comente



Rolinzinha 17/06/2020

Poesia e prosa e vida
Um texto maravilhoso! Recebi o livro de presente e me surpreendi com uma qualidade de arte que há muito tempo não encontrava na literatura. Maestria na escrita, com equilíbrio no tempero. Fica o gosto na ponta da língua.
David 17/06/2020minha estante
Muito bom receber um presente e ai da mais quando é de qualidade




Vera Oliveira 01/03/2018

Na lista dos preferidos!
Uma descoberta ao acaso deste livro/Autor, que me proporcionou uma enorme empatia e um grande interesse por Prosas Poéticas! Nesta leitura me identifiquei enormemente com o Autor quanto a descrição de seus sentimentos relacionados ao amor materno e o pesar de sua perda! Pra mim foi uma leitura marcante e inesquecível.
comentários(0)comente



Pandora 05/02/2018

Lembranças da infância retratadas de forma poética. O vermelho dos tomates, que cortados em cruz pela mãe, eram doces; os da madrasta, retalhados em fatias finas eram amargos. O vermelho da dor da perda, do excesso de amor, da paixão. Vermelho da sombrinha, da língua sangrando, daqueles que se vão. Um belo livro.
comentários(0)comente



Poesia na Alma 22/12/2017

O amargor da vida: o tomate.
Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós, 74 páginas, Global Editora, é uma história autobiográfica que traz a comovente experiência de uma criança que perdeu a mãe e como isso afetou sua vida adulta. “Havia na cidade a madrasta, a faca, o tomate e o fantasma. A mãe morta ressuscitava das louças, das flores, dos armários, das cadeiras, das panelas, das manchas dos retratos retirados das paredes, das gargantas das galinhas.”

Bartolomeu mescla ficção e sua própria vida criando uma sequência onírica sobre o parto da dor pela perda e o sentimento de não ser amado pela mãe que culmina no desamparo e melancolia. “Preencher um dia é demasiadamente penoso, se não me ocupo de mentiras.”. A consciência da morte e o convívio com a madrasta faz com que o luto se arraste por anos, o símbolo disso que se tornou o amargor da vida: o tomate.

Saiba mais aqui:
http://www.poesianaalma.com.br/2017/12/resenha-vermelho-amargo.html
comentários(0)comente



Alexandre Silveira 02/12/2017

Fragmentos poéticos em vermelho
As cores possuem diversos significados conforme o contexto cultural em que estão inseridas. A cor em questão é o vermelho, símbolo de revolução e manifestação para os comunistas; de pecado e tentação, ou de caridade e vitalidade para os católicos; de mau presságio e perigo para os egípcios; de prosperidade e fortuna para os chineses. Pensando nisso, ao ler Vermelho Amargo, do mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, é impossível não reparar na influência do significado que é atribuído a essa cor.



Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura de 2012 como Melhor Livro do Ano, o enredo em questão parte das memórias dolorosas da infância de um narrador anônimo. Aliás, nenhum dos personagens apresentados possuem nomes próprios: eles apenas recebem substantivos comuns: facetas daqueles que antes compunham o convívio social do protagonista. Logo, a voz narrativa, por ter memórias dolorosas de seus verdes anos, vendo sua família ser desmembrada aos poucos, logo após a morte de sua mãe, chama-os com tais nomes, sem atribuir a eles nomes próprios capazes de guardar a identidade singular de cada um. Esses nomes parecem estar perdidos na memória do passado, tão sofrido, e resta ao narrador chamar os familiares de sua infância de forma banal, quase genérica: o pai, os irmãos, os vizinhos, a madrasta, a mãe.

A estrutura do texto de Bartolomeu Campos de Queirós se dá em parágrafos que se desgarram dos outros. Cada alínea guarda uma lembrança, uma reflexão, uma nova dor a ser explorada pelo narrador, ou a mesma dor, porém de forma politrópica. A não linearidade da narrativa, também, contribui para simular as lembranças do protagonista, que conta o passado de forma muito tocante. A todo momento, metáforas e outras figuras de linguagem são utilizadas, enaltecendo com observações profundas imagens banais e dando um tratamento poético à prosa, sensibilizando os leitores.

Como posto em evidência no próprio título, a cor vermelha é o principal símbolo desse livro. Além do projeto gráfico, antes feito pela editora Cosac&Naify, posteriormente adaptado pela Global Editora, o espectro da dita cor paira ao longo de todo o romance. Embora o título do livro se refira especialmente ao amargor dos tomates (representação da dor do protagonista), antes doces e cortados pelas mãos e com o amor da mãe, e depois de sua morte, adquirirem um amargor pela entrada da madrasta na vida do narrador, que os corta de forma bruta, muito diferente da maneira da falecida, o vermelho amargo também pode ser uma alusão a outros componentes da história. O amor em excesso e que corrói o interior do protagonista pode ser um exemplo, uma vez que a palavra amor costuma ser permeada por símbolos em vermelho. Outro caso é a citação ocasional de nomes de santos católicos, constantemente conhecidos por serem representados, em algumas pinturas, com corações vermelhos em chamas, simbolizando seu forte espírito de amor pela caridade ao próximo. Apesar dessas possíveis interpretações referidas, penso que o vermelho permaneceu doloroso, uma cor que marcou de forma negativa a vida do menino-narrador, e não importa se ela é representada com outras faces: todas elas têm o amargor dos tomates, das memórias manchadas pela ausência da mãe e pela melancolia que acompanha o passado, incapaz de ser restituído.

site: https://paomanteigaecafeblog.wordpress.com/
comentários(0)comente



Valnikson 02/11/2017

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Vermelho Amargo
O mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, com formação em educação e artes, foi idealizador de importantes projetos de leitura no Brasil, também dedicou sua vida à escrita. Sua prolífica e diversificada produção literária foi reconhecida por alguns dos mais importantes prêmios da crítica também internacionalmente, além de receber constantes reedições em decorrência do enorme sucesso entre os mais variados públicos. No seu último livro publicado em vida, 'Vermelho Amargo', o autor revisita as dores da própria infância em um incômodo exercício de memória que só comprova o poder de seu lirismo e sensibilidade estética. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2017/11/02/91-vermelho-amargo/
comentários(0)comente



Daniel 13/08/2016

Vermelho Amargo
Resenha no link abaixo!

site: http://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2016/08/vermelho-amargo-de-bartolomeu-campos-de.html

Léo 15/08/2016minha estante
Adorei a resenha! Principalmente quando vc comenta o trabalho gráfico deles! parabens Daniel!!


Daniel 16/08/2016minha estante
Os livros da Cosac são lindos. Cada edição é um capricho e tanto!


Ana Paula 20/08/2016minha estante
Muito boa a resenha. O livro é sensacional!


Daniel 20/08/2016minha estante
Que bom que gostou!
:-)




Marcella 27/05/2015

Delicado
Vermelho amargo é um livro com poucas páginas, porém suficientes para carregar o leitor para um universo rico em palavras e ar poético. Em cada página, o autor é capaz de arrancar suspiros do leitor e se faz presente naquela história tão simples e tão bela.
comentários(0)comente



25 encontrados | exibindo 16 a 25
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR