Gabriel 27/11/2013
Sem superar minhas expectativas, mas mesmo assim consegue ser divertido!
A trama acompanha nossa personagem guerreira Zoe, uma menina pobre que vive no último andar de um prédio bem alto e meio torto que da impressão que vai cair, como a própria Zoe diz. Ela vive com seu pai que acabara de perder o emprego pois a fábrica de Sorvetes havia fechado e vivia com a sua madrasta mais chata que você já viu! Ela se chama Sheila, no desenho vemos ela bonita, mas a sua característica em si é “podre”, ela é viciada em batatinhas de camarão, o que torna ela bem estranha e odeia todos os animais que Zoe tem, como por exemplo o Gergelim. Na escola sofre bullying de Tina Trotts, a valentona do pedaço e pior! Ela vive no mesmo prédio que Zoe e todo dia cospe na cara de Zoe, o que ela odeia.
“-É. Ratos não foram feitos para serem bichinhos de estimação...
-Mas este aqui é tão fofinho...
-Pode ser, mas ele vai crescer. E não pode passar a vida inteira no bolso do seu casaco.
-Mas eu amo Armitage, Raj. De verdade.
-Não duvido disso, Srta. Zoe – disse Raj, mordendo a bala de mento extraforte – se você realmente o ama, deve soltá-lo”
No inicio do livro, aliás na primeira frase do livro vemos Zoe triste, seu hamster (Gergelim) acabara de morrer, sem saber o por que. Na mesma noite Zoe ouve barulhos debaixo de sua cama e percebe que é um rato. Logo os dois começam a ter uma amizade inseparável, uma amizade que não tem possibilidades nenhuma de terminar bem, por exemplo: Sheila não gosta de ratos isso seria um grande problema se ela o vesse. Zoe o chamou de Armitage (nome bem estranho, sabe porque? Zoe tirou esse nome da marca da privada do banheiro), e todos os dias levava Armitage para a escola no bolso de seu casaco, mas logo é descoberto pela professora baixinha da escola de Zoe e leva um suspensão bem grande. Até que surge finalmente um vilão, Burt, um vendedor de hamburgueres que todos os dias ficava na frente de sua escola vendendo hambúrgueres. Mas não pense que esses hamburgueres são normais, eles tem aparência estranha e o katchup de Burt, não parece katchup, parece mais uma geleia vermelha, até que Zoe descobre que Burt na verdade é também um caçador de ratos e que Armitage estava correndo grande perigo!
Tá, podemos dizer que Ratobúrguer não superou as minhas expectativas, mas mesmo assim David conseguiu escrever uma história bem melhor do que Vovó Vigarista. Ratobúrguer não é aquela história forçada, aquelas histórias que foram engavetadas e agora que foram publicadas, ele diverte mais do que Vovó Vigarista, é claro! Acho Zoe mais esperta, mais determinada do que Ben com o seu plano de assaltar as joias da rainha.
Os desenhos feitos por Tony Ross está lindos, perfeitos, e facilita mais para que todos entenderão o que está acontecendo naquele momento. O final do livro não é lá muito criativo, já era bem fácil saber como Ratobúrguer ia terminar, mas mesmo assim vale a pena perder algumas horinhas da sua vida para ler mais um bom livro de David Walliams, fora outros personagens que tem características bem pesadas como o diretor da escola de Zoe, todos pensam que ele é um vampiro pois tinha olhos arregalados e a sua pele era muito branca.
“Zoe não se importava que à noite ele corresse sem parar em sua rodinha e não a deixasse dormir. Não se importava que ele às vezes mordesse seus dedos quando ela lhe dava biscoitos. Nem se incomodava por a gaiola dele feder a xixi de hamster. Em suma, Zoe amava Gergelim. E Gergelim amava Zoe.”
Para fechar a resenha, como todo livro tem sempre um “recado”, Ratobúrguer não é diferente, acho que ele nos ensina que ratos não são apenas criaturas que vivem no poço, criaturas que são sujas, imundas, são animais como qualquer outro, o que quero dizer é que os ratos tem sim uma importância na natureza, e acho que foi isso que o livro quis retratar.