Angel 11/12/2015Dezesseis"João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal
Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar
-Trecho da música Dezesseis"
Esse é o João Roberto... Um garoto de 16 anos que vive a vida intensamente, regada à álcool, maconha e muita, muita adrenalina.
Johnny mora com a mãe, estuda (quando lhe dá na telha) e trabalha em uma oficina mecânica.
Sua vida sofre uma reviravolta quando conhece Ana Cláudia, uma linda garota que veio para mudar algo dentro dele, mas infelizmente é filha de seu nêmesis, o delegado.
Os dois irão enfrentar muitas barreiras para conseguir viver esse amor, uma delas é Samuel filho da puta do prefeito.
Antes de conhecer Johnny, Ana era muito próxima do Samuel, que costuma ter o que quer, sem se importar com as consequências, e fará de tudo para atrapalhar a vida do casal.
Mas a pergunta que não quer calar é: por que tanta gente é contra o relacionamento de Ana Claudia e João Roberto?
Segredos serão revelados, vidas serão transformadas...
"Sorrimos sabendo que aquele seria um dia bom. Descobrimos uma afinidade, que, a cada segundo, era mais visível, expandindo-se de maneira avassaladora. Era como se já nos conhecêssemos há tempos."
Bom, para quem conhece a música o final do livro não é surpresa, o surpreendente está em como a Simone conduziu a história para chegar ao final.
O livro é inspirado na música da Legião, mas pode ser considerado uma releitura de Romeu e Julieta, e o resultado ficou muito bom.
Me emocionei em vários momentos e senti a tensão dos personagens em tantos outros, assim como muita raiva daquele maldito delegado.
Os personagens são bem convincentes, o delegado, a mãe do Johnny, seu grupo de amigos super leais, o Sammy, a Ana que é um anjo, como o próprio Johnny a apelida com razão, ela é uma pessoa incrível e o Johnny é um caso à parte, bonito, charmoso, intenso (só achei ele meio exagerado e dramático em alguns momentos) e eu definitivamente não conseguia vê-los como jovens de 16 anos.
A Simone fez um belo trabalho contando sua versão da história por trás da música e só posso parabenizá-la por isso.
O livro é narrado em primeira pessoa principalmente pelo Johnny, com alguns capítulos narrados pela Ana e pelo Samuel.
A narrativa é leve e flui super bem.
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http://a-libri.blogspot.com.br/2015/12/resenha-dezesseis-estrada-da-morte.html