Poética

Poética Ana Cristina Cesar




Resenhas - Poética


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gablues 15/03/2024

"Fica difícil fazer literatura tendo Gil como leitor. Ele lê para desvendar mistérios e faz perguntas capciosas, pensando que cada verso oculta sintomas, segredos biográficos. Não perdoa o hermetismo. Não se confessa os próprios sentimentos. Já Mary me lê toda como literatura pura, e não entende as referências diretas."

Acho que, de primeira, é importante mencionar que talvez eu não tenha lido esse livro de maneira adequada (caso isso exista). Peguei ele numa biblioteca e sinto que isso me fez ter pressa demais ao lê-lo.
O que mais me surpreende na Ana é a sua capacidade de continuar inovadora apesar da passagem do tempo; são poucos os autores de vanguarda que conseguem se manter transgressores independentemente da época em que sejam lidos, Ana tem essa habilidade.
Minhas partes favoritas do livro são as que mostram os manuscritos e os escritos datilografados, com todas as suas revisões e anotações, alguns com parágrafos inteiros apagados. É nessas partes que se percebe que, apesar de ter um estilo irônico, chocante e debochado; uma escrita que por vezes parece apenas uma brincadeira, há aqui uma grande preocupação técnica e estética.
Gosto da constante quebra de expectativa que é ler Ana, é uma experiência irracional, chocante, incoerente e impossível de se capturar por inteiro; tudo aqui te instiga ao maximo.
É uma pena que uma escritora tão interessante e única tenha nos deixado tão cedo, só de ler as crônicas aqui presentes dá para se ter um gosto do que seria um romance escrito por Ana C. Mas também é importante comemorar sua existência e que ela, com sua efêmera passagem, tenha conseguido traçar uma ruptura definitiva no modo de construir poesia.
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Beleleo 03/01/2024

O que mais me instigou na poesia da Ana C é a impossibilidade de se apreender completamente seus poemas. Falta uma unidade coesa que nos permita organizá-los racionalmente. É uma poética de uma instabilidade chocante, principalmente de um choque entre uma reflexão angustiada e um cotidiano alucinante.

Cada frase se dispõe a captar um instante fugaz da vida, mas as frases logo são interrompidas pelo próprio passar das coisas, do tempo e dos acontecimentos que capturam, numa sucessão de fatos aleatórios onde tudo é incompleto e incapturável. Até mesmo o leitor é interpelado como alguém que está indo embora ou pode ir embora a qualquer segundo, e é portanto impossível de ser atingido completamente, não é perfeitamente comunicável. E mesmo o eu-lírico nos deixa a ver navios antes mesmo de concluir um pensamento, também interrompido pelo mar de acontecimentos instantâneos produzidos pelos movimentos abruptos da vida.






No meio dessa confusão, há a sinalização de uma angústia fundamental, cerne que organiza toda a neurose obsessiva que justifica a escrita. O vazio central é sempre tangenciado mas nunca atingido, aliás, "Perto do coração/ não tem palavra". Toda a estrutura poética de Ana está construída na tentativa de confissão desse cerne, e, na impossibilidade de comunicá-lo, há a interpelação do outro para que este tente apreender o sentimento de que se fala. "Não estou conseguindo explicar minha ternura, minha ternura, entende?" E eu continuo a leitura instigado e escuto atenciosamente tão somente porque também tenho uma ferida incomunicável, centro do meu movimento e de minha angústia. Nessa identificação intuitiva mora o arrebatamento que me toma.





Os poemas são por vezes narrativos, ou confessionais. Muitas vezes, há a adoção das formas do diário e da carta, que se dirigem diretamente a um interlocutor. Como forma mais gritante, há as interpelações diretas a um leitor imaginário e o apelo de que se escute atenciosamente a voz que está sendo lida, quase que como se a própria autora estivesse ao nosso lado nos sacudindo para que olhemos e cuidemos de sua ferida aberta. Nessa interpelação mais intensa há um sentimento de urgência, de que o tempo escorre e passa levando tudo, de que a vida é uma só e que a estamos perdendo em um piscar de olhos, de que toda chance é única e de que não há escapatória de nossa condição efêmera. Apesar desse impasse, busca-se sempre uma rima ou uma solução que alivie a alma, que acalme os ânimos. Nessa busca do impossível é que se faz a literatura, no que é inconfessável por não se conseguir dizê-lo. Na busca de preencher um vazio central se lê e se cria, se recorta, apropria, se renovam e se inventam estéticas, se fazem novas formas e sentidos. A voz lírica que nos fala é uma leitora voraz, autora de uma escrita que mistura e recorta autores diversos, comete "ladroagens" literárias para se expressar.




E nesse movimento contínuo é que nos deparamos com essas instabilidades, quebras repentinas, e no meio desse movimento surge a angústia que ora nos é expressa diretamente e ora nos é vislumbrada no próprio afastamento digressivo, no silêncio subliminar deixado propositalmente, silêncio quê não é mudez, que grita a dor em nosso ouvido. Como os personagens vagantes do Quadrat de Beckett, anda-se em círculos ininterruptamente, são buscadas novas formas de contornar o vazio. A digressão como fuga da angústia, a distração que leva à dissociação é talvez uma das experiências coletivas mais vividas de uma juventude que se vê incapaz de lidar com uma realidade dura. Acontecia no contexto da Ditadura Militar em que Ana C se encontrava, e acontece hoje diante do colapso econômico e ambiental.




E essa expressão da experiência moderna através de uma poesia coloquial, cotidiana e sem-aura nos deixa frente a frente com os problemas mais latentes que perduram no nosso inconsciente. A escrita de Ana é instável e tensa, e quando uma confissão intensa nos é posta em meio a imagens de um cotidiano efêmero, nos deparamos com uma angústia que, no dia a dia, nos dá apenas sinais muito sutis. A poesia de Ana primeiro abre uma pequenina fenda no quartinho do desejo, pelo seu movimento contínuo e alucinante e pela nossa identificação de uma experiência comum compartilhada; mas, logo depois, nos dá um choque e chega ao centro da máquina desejante que nos move. Como se o mover-se da poesia afetasse nossa ideia de movimento. Como se, só agora, nos déssemos conta da impossibilidade de se ancorar um navio que está vagando pelo espaço.
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Marina516 27/12/2023

Ana c sabia demais de tudo, da melhor maneira possível. Eu, claramente, entendo de 0 - 25% do que ela dizia, mas, ainda assim, amo tudo que ela escreveu. Uma eterna apaixonada que me fez amar poesia. Eterna.
Obrigada Ana c.c.c
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joaoggur 05/12/2023

Mergulho em um naufragado navio.
?Nós estamos em plena decadência. Eu e você estamos em plena decadência. A nossa relação está em plena decadência. Quando duas pessoas chegam a se dizer isso tranquilamente, é sinal de terra à vista. Nem tudo é um naufrágio na vida. Mas um dia eu ainda me afogo no álcool.?

Todas as vezes que ando por Copacabana, penso em Ana Cristina César. Penso na habilidade que seus olhos tinham de observar uma realidade fora de nossos alcances, quase como uma dimensão nova.

E, mesmo sendo claro que sua poesia é sinônimo de originalidade e psicodelismo, admito que não consegui me identificar com sua escrita (uma tarefa que acho, particularmente, difícil). Entendo sua relevância para a ?Geração Mimeógrafo?, tal como seu retrato de uma legião de poetas cariocas; e isto não faz me simpatizar.
A originalidade, muitas vezes, se torna monótona; o ato de lermos páginas e páginas e nada entendermos só atrapalha a obra (o não entendimento pode ser muito benéfico a uma obra; o que, neste caso, não acontece).

A edição é farta, com uma pluralidade de manuscritos da autora e inúmeros ensaios sobre a supracitada (que, por serem assinados por amigos pessoais de Ana, é de se admitir que eles colocam sobre seus ombros uma genialidade um pouco difícil de ser observada).

Em suma, creio que vá do gosto de cada um; poesia é sempre uma degustação.
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scarduelli 16/10/2023

??4.0
Peguei um livro na biblioteca da escola que achei que parecia carente de leitores, e depois de verificar com a bibliotecária, nos últimos 9 anos que este livro esteve na biblioteca, eu fui a única pessoa a lê-lo, mas espero que não a última.
No começo achei bastante confuso mas conforme as páginas foram se passando comecei a entender mais sobre o que estava sendo retratado.
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anatalieportman 15/08/2023

Ana c você é perfeita
Simplesmente devorei a poética de Ana C. Mil vezes maravilhosa, íntima e representativa. Com certeza voltarei no livro muitas e muitas vezes.
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Guria dos livros 02/07/2023

Difícil e demorada
Assim descrevo a leitura: difícil e demorada.
Há muito que na escrita eu simplesmente não entendi e questionei, mas há também aquilo que me identifiquei e senti.
Os sentimentos valem as dúvidas que a leitura carrega.
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Ronaldo Thomé 07/05/2023

Sobre Ratos Quentes e Navios No Espaço
Impressionante! Em definitivo, a melhor leitura de 2023 até agora!

Ana Cristina César é um divisor de águas da nossa literatura. Surgida na década de 70, infelizmente faleceu muito jovem, com poucas obras lançadas (apesar de inúmeros escritos póstumos).

A autora é simplesmente deslumbrante no seu estilo, que é muito único na nossa poesia nacional. Ana C. escreve de forma que muitos de seus poemas parecem uma fotografia, em que um único momento é descrito em detalhes na mente da autora. No entanto, ela vai muito além disso: muitos de seus textos parecem não ter uma lógica específica, o que faz com que você procure por si mesmo um sentido para o que está lendo.

Por exemplo: em muitos desses poemas, Ana Cristina inicia uma construção de um momento, uma ideia, um pensamento qualquer. Mas ela não segue essa linha e, então, ela mescla vários elementos simbólicos que dão inúmeras direções possíveis para seus textos. É um recurso que você percebe estar presente em inúmeros autores atuais. Porém, NENHUM deles atingiu o que essa poeta consegue, aqui. Ela vaga de acordo com seu pensamento, o que acaba gerando um trabalho surreal, ainda que ela não seja uma poeta surrealista.

Pode ser um imenso desafio para quem não está acostumado. No entanto (este talvez seja meu caso), se você já estiver acostumado com a poesia típica do século 20, em especial os beatniks e autores do surrealismo, com certeza vai se amarrar (acho que a autora certamente escreveria isso) nos símbolos, nas muitas mudanças de tom e de sentido que ela aplica em suas histórias (aqui, no sentido de que uma poesia também pode contar uma história).

Definitivamente, escritores como Caio Fernando Abreu e Ana mereceram o sucesso que tiveram. Nada na Literatura nacional até hoje se parece com essa geração.

Indicado para: quem quer conhecer a fonte seminal de grande parte da nossa poesia brasileira (mesmo que indiretamente).

Nota: merece muito mais que 10!

Dica: leia ouvindo o clássico "Hot Rats", de Frank Zappa. A ironia anárquica do gênio da música vai fazer você viajar lendo esses versos\o/
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Charleees 28/03/2023

POÉTICA - ana cristina cesar
Resenhar um livro é sempre uma tarefa muito difícil, mas é na resenha que eu me livro do peso da leitura, das aflições página a página... Falar de um livro de poesia é ainda mais difícil, é um universo de sentimentos a cada nova página, como passar isso tudo em uma resenha? Falar de Ana é ainda mais complicado... Ela não terminou sua obra, ela veio, marginalizou, inovou, rasgou véus em uma época de intensas mudanças e se foi deixando seu legado (infelizmente pouco lembrado e reconhecido), mas tão importante. Está lado a lado de seus escritos mais íntimos, suas verdades veladas foi algo sem igual e que levarei pra sempre comigo (eu, tão apaixonado por poesia que sou). A Ana rasga, corta, sangra as palavras em seus textos é impossível passar indiferente a sua obra.
"Vou fazer um curso secreto de artes gráficas. Inventar o livro antes do texto. Inventar o texto para caber no livro. O livro é anterior. O prazer é anterior, boboca"
"Havia um tempo, eu amava a Clarice Lispector de todos os meus corações, eu escrevia corações assim no plural nas cartas infinitas"
Que livro. Que poeta. Que mulher!

* Resenha editada em Agosto de 2017
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Beaâ¨ï¸ð 07/03/2023

É bom..
Não é péssimo... Eu amei as ilustrações, amei a escrita, amei todo o formato do HQ em si.. Porém achei muitos pontos machistas, achei o Luc um personagem irritante, achei a história extremista demais e sei lá, não é tudo isso, mas também não é péssimo.
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Luiza 26/01/2023

não é meu tipo de livro aparentemente, eu não entendi nada de nada mas um beijo pra autora ta legal
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idkvixo 27/12/2022

O que dizer da minha poeta brasileira preferida? Toda vez que leio algo dela eu sinto um aperto no coração, não sei explicar o quanto sua escrita mexe comigo e me aprofundar nos trabalhos dela foi íncrivel. Eu devorei sua escrita experimental, pessoal, íntima e livre, escrevendo sobre assuntos tão abertamente nos anos 70/80 como sexualidade, corpo feminino e feminismo. Dei risada, fiquei sentida, pensativa e encantada com tudo, com essa coleção dela consegui entrar mais nessa certa "rebeldia" e modernidade que ela exalava nos seus textos, achei íncrivel como ela também conseguia dialogar com o leitor que conseguia até se identificar com o que ela escrevia. Foi lindo também ler suas cartas e textos, além de entrar em contato com seus "rabiscos", de como ela escrevia seus poemas e alguns desenhos. Eu acho impossível não se conectar com sua escrita, sempre a achei uma mulher a frente do tempo, simplesmente maravilhosa!
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Ma 10/07/2022

perca-se
não sei dizer ao certo o impacto que esta leitura causou em mim, por ora, o mais provável seja inquietação. poeta contraditória que sou, sabendo que não é preciso entender, mas, por vezes, com a necessidade de tal - não uma explicação ensossa ou rebuscada demais, seria mais algo como um fio condutor - me surpreendi tentando encontrar um caminho que fizesse sentido.

mas, talvez esteja aí o grande mistério: para Ana Cristina Cesar me parece que isso era algo desimportante e, talvez justamente por isso sua poesia se destacou nos anos 70/80 e chamou a atenção de tanta gente "grande" do setor literário da época.

muitas referências me enxerguei outras nem desconfio, uma cacofonia poética e ao mesmo tempo polifônica? em cada releitura é certo que nunca será o mesmo. ora aparentemente frios, ora bem intrigantes.

é isso, não há placa que indique o caminho, na verdade, penso mesmo que talvez seja um (des) caminho.

perca-se.
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pinksuricato 28/06/2022

aventura bruta (em versos)
"Poética" é um livro de 500 páginas do qual não consegui largar enquanto lia. Mesmo na minha terceira leitura de Ao Teus Pés, me vi enfeitiçada pela poesia de Ana Cristina César. A partir de "Ineditos e Dispersos", me encontrei completamente entregue a essa poética que diz tanto, mesmo sem dizer nada.

"Um poema exige pouco e muito: olhos abertos e entre tantas outras coisas, paciência e imaginação.", diz Silviano Santiago em um dos textos presentes ao final do livro, intitulado "singular e anônimo". Talvez esteja aí o segredo, o pulo do gato para engatar nessa leitura que tantos rotulam como dificil e complicada: imaginar. Em outro momento do texto, Silviano complementa essa idéia: "Você endossa uma leitura quando dela se apropria, atestando a sua qualidade e fidelidade ao original, assumindo a propriedade dela".

Ler Ana C. é como espiar o diário de alguém, conferir correspondencias destinadas a outra pessoa, e encontrar enigmas misturados a relatos de situações cotidianas. É se apropriando do texto e se utilizando da imaginação que é possível ligar os pontos, percebendo o humor e a franqueza de cada poema.

Sou fã de Ana Cristina César e a cada leitura de seus poemas descubro coisas novas. Detalhes escondidos ou referências perdidas na minha memória. "Poética", coletanêa de seus trabalhos lançados em vida e póstumos, talvez não seja a melhor porta de entrada para um leitor novo - o número de paginas e a quantidade de poemas talvez seja um pouco intimidador à primeira vista e, nesse caso, recomendo ler, antes de tudo, o livro "Ao Teus Pés". No entanto, para aqueles que, assim como eu, nutrem uma grande admiração pelo trabalho da poeta há algum tempo, esse livro será um verdadeiro tesouro.

site: https://pipocaflamejante.tumblr.com/
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riamarialuiza 03/04/2022

É difícil, sim, mas tem momentos de mirante extremo!
"Um poema exige pouco e muito: olhos abertos e entre tantas outras coisas, paciência e imaginação" expõe Silviano Santiago em ensaio sobre aspectos da obra de Ana Cristina Cesar - este que foi essencial pra condensar os muitos sentimentos, díspares e complexos, após essa leitura da "poética" difícil da autora.
Iniciei o ano com o livro de Cartas do Caio F. e tinham algumas pra Ana; daí ficou a vontade de partir logo pra uma leitura de algum livro dela.

Apesar de sentir um pouco isso de "patricinha serelepe" em certos momentos, ao finalizar a obra comecei a discordar dessa crítica que tinha lido por cima por aqui. Justamente por momentos de excitação na escalada dessa leitura trabalhosa, com muitos momentos de prazer e de desafio: exercício interessante.

Assim diz Santiago: "O poema não é fácil nem difícil, ele exige - como tudo o que, na aventura, precisa ser palmilhado passo a passo. Não se avança sem contar com o desconhecido e o obstáculo. A escalada da leitura. As exigências para a leitura são as mais variadas e múltiplas, o poema que as nomeie com clareza e destemor. Porque, nomeando-as, abre-se a linguagem par a configuração do leitor"

Ler Ana Cristina Cesar configurou uma nova leitora em mim e me trouxe ganhos, sim. Mesmo que nessa primeira leitura eu tenha percorrido o livro tomada por vezes pela perturbação - como Viviana Bosi bem sublinha em "à mercê do impossível" - a radicalidade dessa poeta marginal não trouxe apenas relação conflitiva.

E adotei "fagulha" como um dos meus preferidos. Um trechinho dele:
"[...]
Eu queria entrar,
coração ante coração,
inteiriça,
ou pelo menos mover-me um pouco,
com aquela parcimônia que caracterizava
as agitações me chamando.
[...]"

Por fim, é isso: na leitura de Ana há "mirante(s) extremo(s) onde se goza". E fica a vontade de um reler (talvez em formato físico, já que dessa vez li pelo kindle) e ver se as impressões e a releitura trarão ainda mais perturbações, embates, mirantes e gozos.
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