Resenhas - S.

José Eduardo 19/09/2016

S. - J. J. Abrams e Doug Dorst
Uma experiência interessante, um livro bem diferente do tradicional. Em S., temos uma caixa com um livro dentro, intitulado "O Navio de Teseu" pertencente a um autor fictício chamado V. M. Straka.

Livro: um homem, desmemoriado, acorda e caminha pelas ruas de uma cidade estranha até ser sequestrado e levado a um navio estranho, sem capitão e com uma tripulação estranha e misteriosa. Em meio a todo esse mistério, esse homem parte em uma busca de auto conhecimento, ao mesmo tempo que planeja fugir de seus raptores.

Autor: O passado de Straka é um mistério, ninguém sabe exatamente, quem ele foi. Escreveu 20 livros, incluindo O Navio de Teseu, sua última obra, antes de desaparecer misteriosamente. Muita gente poderosa o queria silenciado, devido a forte crítica presente em suas obras e, por isso, ele vivia nas sombras.

Tradotor: F. X. Caldeira foi responsável por traduzir a maior parte das obras de Straka para diferentes línguas, o que fazia com que corresse tbm bastante perigo. Após, o desaparecimento de Straka, Caldeira incluiu uma série de notas, muitas delas estranhas, no livro, aparentemente cheias de códigos.

Leitores: Jeniffer (estudante de Literatura) encontra o livro de Eric, e o deixa para ele com uma série de anotações no livro. Assim, eles começam a se conhecer, se descobrir e desvendar os mistérios do próprio livro, sempre rabiscando mensagens nas páginas do mesmo.

A princípio fiquei bastante confuso com a estória (na verdade acho que ainda estou =S), esse não é o tipo de livro que você lê uma única vez, a idéia é sensacional, porém é preciso atenção. As marcações a caneta, por exemplo, a princípio Jen e Eric, usam canetas azul e preta, respectivamente, logo você percebe marcações em laranja e verde, o que percebi depois representa uma revisão mais recente, em seguida roxo e vermelhoe, finalmente, ambos com caneta preta que aparentemente são as marcações mais recentes, por vezes você vê essas várias cores em uma mesma pág. e se não tiver essa sensibilidade, cara... você fica muito perdido. De toda forma terei de ler o livro novamente, é como um jogo onde você precisa encontrar a melhor forma de lê-lo. Se for se aventurar lhe desejo boa sorte nessa empreitada.

Lê 05/09/2016

Apenas amor demais por esse livro.
Como não amar esse livro? ❤ É até difícil explicar o quão maravilhoso ele é. Pra começar, ele foi escrito pelo romancista Doug Dorst e concebido pelo nosso querido J.J. Abrams ( Sim, o diretor do episódio VII de Star Wars), já da pra sacar que pouca merda não deve ser né... O livro em si, chama-se S. e dentro você encontra o livro " O navio de teseu", último romance de um escritor obscuro, V.M. Straka. Straka é um dos maiores mistérios desse mundo, um cara que escreveu 19 romances e passou pelo mundo sem que ninguém soubesse mais do que suas palavras escritas, o rosto de Straka nunca foi conhecido.
O que nos leva a Eric e Jennifer, Eric é um acadêmico aficionado por Straka desde os 16 anos, detentor deste exemplar de "O navio de teseu", ele tem o livro cheio de suas anotações sobre seu estudo e suposições de Straka, um dia esquece o livro na biblioteca, na qual Jen trabalha, ela o encontra e lê, e então começa uma conversa escrita às margens do livro entre os dois personagens, na qual Jen começa a ajudar Eric a solucionar os mistérios por trás de Straka e os personagens começam a se envolver.
Eles trocam documentos, cartas, fotos e cartões postais usando o livro (Todas essas coisas pulando pra fora do livro na foto), o trabalho envolvido nesses materiais é incrível, cada um tem uma impressão diferente e uma página específica para estar. Esse livro é uma obra de arte, de um capricho verdadeiramente insano, todo trabalhado para parecer um livro antigo de biblioteca, com folhas amareladas e manchadas, carimbos de propriedade da biblioteca e de devolução dos últimos usuários, rabiscado por duas pessoas diferentes em momentos diferentes, a impressão e trabalho manual envolvidos nesse livro é simplesmente perfeita.

As Letras de Juliana 03/09/2016

Incrível
Quando li na contra capa que os autores estavam fazendo uma "declaração de amor à palavra escrita através de S" não conseguia imaginar que ia ser uma declaração tão perfeita. Já li muitos livros, mas nenhum como esse.

Esse é um romance. Não um romance do tipo Felizes para Semore, pelo menos não para todos os personagens do livro.

Quando terminei a leitura fiquei sem saber o que dizer, pensar ou fazer. Foram tantos detalhes, suspenses, tanta criatividade, inclusos em um único livro que a cabeça da gente quase entra em colapso.

Me encantei com algo que nem sequer consigo explicar.

Publiquei no meu insta @letrasdejuliana as minhas impressões sobre esse livro maravilhoso, espero você lá ?

site: http://asletrasdejuliana.blogspot.com.br/2016/08/livro-s-o-navio-de-teseu.html

Rafaela.Mendrot 03/09/2016

S
O livro é maravilhoso, uma verdadeira obra de arte em cada detalhe! Infelizmente a leitura é bem cansativa e a personagem principal MUITO chata.

Lo Camillo 02/09/2016

Livro pra quem gosta de livro.
A premissa do livro foi o que inicialmente chamou minha atenção. Nele seguimos a jornada do personagem principal e de dois estudantes que escrevem em cada espaço desponível do livro. Esses estudantes se correspondem através de coisas que eles vão descobrindo sobre o "autor" do livro. Ele possui vários recortes, como mapas, cartões postais e é maravilhoso manuseá-lo. A história do livro é escrita numa linguagem mais antiga, mas nada que tire o prazer da leitura. Nos dias de hoje com livros digitais e tudo mais, esse é O livro para se ter nas mãos e aproveitar o simples virar das páginas.

Beatriz 26/08/2016

História sem fim! Muitas incógnitas!

Danila 26/08/2016

É um dos livros mais incríveis que já li.
Acredito que não seja um daqueles livros de leitura rápida, pelo contrário, é um daqueles livros trabalhosos e um pouco desgastantes, que requerem paciência.
Li uma vez, e assim que terminei vi a necessidade de lê-lo novamente, por isso prefiro não dar a primeira impressão que tive sobre ele.
Além disso a edição é belíssima.

Rafael 26/08/2016

3 livros em 1
Esse é um livro que surpreende o leitor pois, além de desenvolver consigo 3 histórias entrecortadas, apresenta um apresentação gráfica única. As marcações manuscritas e os anexos são impressionantes.

RafaelSP 28/07/2016

Muita promessa e pouca entrega
Foi o que senti ao - finalmente - terminar o livro. Como sou muito, muito curioso, a primeira vez que ouvi sobre o livro me despertou uma enorme vontade de tê-lo, e fiquei muito feliz e surpreso quando foi lançado no Brasil. A edição é caprichadíssima, sem dúvida um dos trabalhos de design mais bonitos que tenho na estante.
No entanto, a confusão toda que ele causou em mim - comecei lendo tudo o que estava em todas as páginas, até não entender mais nada e decidir ler primeiro o livro principal (O Navio de Teseu), depois as notas nas margens de acordo com o momento em que foram escritos - foi algo mais frustrante do que exatamente excitante. Confesso que preferi a história de ONDT do que a de Jen e Eric. Todos os inserts - cartões postais, cartas, recortes de jornal, etc - são muito legais, mas senti que muitos são mais perfumaria que algo que realmente acrescente (tirando as cartas pessoais de Jen, Eric e Filomela, excelentes).
Enfim, é até difícil escrever uma resenha pois não consegui me conectar tanto com o livro como gostaria, e pela dificuldade da proposta apresentada pelos autores. Até consigo fazer um parâmetro com Desventuras em Série, que de certa forma trata dos mesmos temas, mas de forma muito mais interessante. Foi uma boa experiência, mas não tão boa a ponto de considerar ele um livro excelente.

Fabiana 19/07/2016

Perda de tempo
A edição é belíssima. Mas apenas isso não sustenta a obra.
Um dos livros mais tediosos que já li!
Nem a obra central, O Navio de Teseu, nem as anotações de Eric e Jen agradam. São vazias....

Alexandre 13/07/2016

Complexidade em alto grau
Livro de leitura complexa, mas na contra mão disso muito envolvente e nos deixa preso a leitura.

Thai Mafra 23/05/2016

Em O Navio de Teseu, V. M. Straka narra a história de um homem sem nenhuma lembrança do seu passado que se vê lançado em uma misteriosa jornada, na qual ele terá não só que descobrir quem é, mas também terá que sobreviver a diversos perigos.

Para muitos O Navio de Teseu pode parecer uma história comum, mas não para Eric Husch, estudante de pós-graduação da Pollard State University. Fã e estudioso de V. M. Straka, Eric acredita fortemente que, escondidas entre as páginas do livro, podem estar as respostas para os mistérios que cercam a vida do autor.

Polêmico e enigmático, V. M. Straka se escondeu detrás de um pseudônimo para proteger a integridade da sua obra e a sua vida. Não tinha medo de mexer com os poderosos e por isso era constantemente ameaçado. Especulações sobre a sua verdadeira identidade surgiam o tempo todo, e entre os candidatos a seu verdadeiro eu estavam um homem comum, alguns escritores e até entidades sobrenaturais. A única pessoa que parecia conhecê-lo um pouco (ou pelo menos tentava fazer com que todos acreditassem que sim) era o também misterioso tradutor dos seus livros, F. X. Caldeira.

Jennifer Heyward, uma estudante de graduação prestes a se formar e em crise com sua vida pessoal e suas escolhas profissionais, encontra O Navio de Teseu na biblioteca. Fascinada pelas anotações que Eric deixara por todo o livro, ela acaba deixando as suas próprias anotações em resposta às dele. É assim que começa o diálogo e a parceria entre os dois, que usam as trocas de anotações para tentar entender quem é o autor do livro e quem são eles próprios.

A primeira coisa que eu preciso falar sobre esse livro é: que edição! Cada pequeno detalhe foi feito para trazer ao leitor o máximo de realismo, desde os detalhes da brochura que dão ao livro a aparência de antigo até a perfeição na confecção de cada anexo. As páginas têm manchas de mofo! Um leitor desavisado que achasse o livro em algum lugar certamente acreditaria que a história de Eric e Jen é real.

A segunda coisa que eu preciso falar sobre esse livro é: que projeto literário! Essa foi sem sombra de dúvidas uma das leituras mais divertidas que já fiz na vida. Não me lembro de ter gostado tanto de um livro e me sentir tão envolvida com a história e os personagens há anos. Passei momentos maravilhosos perdida em notas de rodapé, anotações em margens de páginas e bilhetes escondidos entre as páginas. Foi realmente uma experiência de leitura encantadora.

Resenha completa na Sociedade dos Leitores Compulsivos

site: http://www.sociedadedosleitores.com.br/2016/04/resenha-s-o-navio-de-teseu.html

IGuittis 19/04/2016

Confuso...
Bem, nesse livro você é apresentado a duas histórias, a do Navio de Teseu, escrito por V. M. Straka, e a história de dois leitores que começam a conversar através de anotações no livro para tentar descobrir quem foi Straka.
Sobre a história do Navio de Teseu, no início ela é muito boa, intrigante, mas na parte em que você fica chocado e acha que vai dar uma virada completa na história, ela começa a ficar completamente confusa, e eu, pelo menos, terminei o livro sem entender muito bem o que o autor quis passar com a imagem e ambiente do navio que ele criou.
A história dos 2 leitores ela até te mantem interessado no início, porque você lê um monte de notas que foram feitas quando eles se conheceram, e notas depois que aconteceu um monte de coisa, mas com o passar do livro você vai percebendo que esse diálogo entre eles é bem vazio...
Para a companhar a história eu lia um capítulo completo do Navio de Teseu e depois voltada e lia as anotações feitas naquele capítulo.

Thalia 08/04/2016

O quebra-cabeça literário
Duas histórias diferentes que te prendem a está leitura única e encantadora.
O livro é perfeito e de uma qualidade impressionante, em um certo momento da leitura realmente parece que você está lá, bisbilhotando a anotações de Jen e Eric, que você faz parte daquelas descobertas.
Um, na verdade dois romances que desde o começo te deixa com aquela sensação de "eles tem que ficar juntos, mas não sei se podem".
Difícil começar a leitura e depois abandona-la, na verdade ouso dizer que é impossível, essas duas histórias principais, porque depois você acaba se envolvendo em várias outras, te encantam de um maneira única e impressionante.

Ana Usui 02/04/2016

O que começa na água lá deve terminar. E o que lá termina deve mais uma vez começar.

S.
Pode ser uma caverna escondida. Pode ser um desenho sem qualquer sentido em um pedaço de papel. Pode ser um alerta, pode ser um convite. Pode ser uma marca, um nome, um segredo. Pode ser uma única pessoa ou várias. Pode ser um movimento. Um começo. Um final.

Mas no nosso caso S. é um personagem estranho sem nenhum passado, sem nenhuma identidade ou certeza. Tudo o que sabemos sobre ele é que está em um lugar qualquer e que pode fazer qualquer coisa, mas que escolhe seguir em frente.

Ler O Navio de Teseu não é apenas ler mais um livro. É uma experiência. Ela começa pelo trabalho incrível das editoras comprometidas a torná-lo o mais substancial possível. A capa dura e as folhas amareladas nos dão a sensação de estar com o volume de uma biblioteca universitária que dois jovens estariam dispostos a desmembrar para caçar segredos há muito escondidos. Todo o material extra, as anotações nas margens, as cartas, os cartões postais e todo o resto, não são apenas muito bem feitos e detalhados, como também nos permitem mergulhar nessa aventura junto com os personagens.

Admito que esse livro não seja muito fácil, não pela escrita, mas por seu formato. No começo eu não fazia ideia do que fazer com toda aquela informação e creio que há diversas maneiras de lê-lo.
Eu escolhi ler primeiro a história principal, depois eu voltei e comecei a acompanhar as anotações, começando pelas linhas em azul/preto, depois laranja/verde, roxo/vermelho, e por fim preto/preto, lendo o conteúdo extra quando citado nas margens. Ou seja, eu meio que o li diversas vezes porque esse é exatamente o tipo de livro que exige paciência e mais de uma leitura. É simplesmente obrigatório.

O texto principal que compõem o livro é sobre um homem sem nome e sem memórias que está em uma cidade desconhecida e estranha que pode ou não estar de alguma forma ligada a ele. Tudo o que ele tem é um símbolo que até então não possui significado algum. Esse símbolo acaba definindo o que ele busca, o que ele deve fazer, o que ele é. E acaba por se tornar seu nome. S. segue em frente em busca de respostas e encontra muito mais do que poderia esperar.

Já nas margens acompanhamos a história de Eric e Jen, duas pessoas que se veem intrigadas pelo mistério que V. M. Straka, o escritor dO Navio de Teseu, representa. E juntos, mesmo sem se conhecerem fora das margens, começam a caçar pistas nas entrelinhas para descobrir quem é a misteriosa pessoa que escreveu o livro e o quanto ele é verdadeiro.

Em minha opinião a história inteira gira em torno do que defini a individualidade de cada pessoa e o que defini o coletivo. Até que ponto uma se distancia da outra e o que é suposto sermos. Quem defini você como pessoa? Você próprio? As situações? Suas escolhas? Suas emoções? As pessoas ao seu redor?
E mais importante do que tudo, quanto tudo isso realmente importa? Eu pude sentir essa perguntar permear o livro inteiro, como uma chamada para sentarmos e pensarmos em quanto nos importamos com nossas definições de nós mesmos. O quanto nos importamos com nossos variados papéis e como muitas vezes fugimos da nossa própria verdade.
O Navio de Teseu é uma reflexão sobre humanidade e sobre papéis, como cada um deles, por menores que sejam, fazem diferença no grande contexto e como eles nunca deixarão de existir, mesmo que você não esteja mais lá para preenchê-lo.
Sempre haverá outro para assumir o lugar e continuar a história, porque a história jamais termina.

Enfim, o livro é incrível e não tenho nenhuma reclamação, a não ser que gostaria que houvesse uma foto dos suspeitos de serem V. M. Straka, eu teria gostado muito disso e seria muito mais fácil de conspirar e opinar junto com Eric e Jen, talvez tivesse me ajudado a memorizar melhor cada suspeito, sua participação e a possibilidade de serem ou não o autor do livro. Fora isso, não posso negar que ficarei com essa história rondando minha cabeça por semanas e ele definitivamente vai ficar ao lado dos meus favoritos na estante.


"Uma pessoa não é NEM MAIS NEM MENOS que a história de suas paixões e realizações."
- V. M. Straka