Lina DC 29/03/2014"Terra Sem Lei" é o terceiro livro da série com o protagonista Virgil Flowers. Para os leitores que não realizaram a leitura dos livros anteriores não há motivos para se preocuparem, pois as histórias são independentes e para facilitar o entendimento do personagem principal, o autor tende a repetir algumas informações que constavam nos livros anteriores (para aqueles que acompanham a série essa repetição torna-se um pouco chata).
O livro mantêm as características dos livros anteriores: capítulos curtos, mantendo o enredo dinâmico e a história fluida e novos personagens que se tornam cativantes e intrigantes durante a leitura.
Narrado em terceira pessoa, a história se passa em Stone Lake, Minnesota. O livro irá se focar inicialmente na morte de Erica McDill, proprietária de uma agência de publicidade chamada "Ruff-Harcourt-McDill". Tirando alguns dias de férias para refletir sobre os cortes que precisará fazer na empresa e para ser infiel mais uma vez com Ruth, sua namorada dona de casa, a morte de Erica parece ter muitos suspeitos.
Como se não bastasse a situação, Erica se envolve com um dos membros da banda Wild Goose, uma banda de sucesso local em busca da fama, repleta de membros passionais e voláteis como Wendy Asbach, a vocalista que fará qualquer coisa para alcançar a fama.
Nesse livro Virgil é interrompido de suas mini férias e acaba trazendo para cidade seu parceiro de pesca Johnson. Johnson faz uma breve participação mas sua presença é marcante graças a sua personalidade cativante.
Além dele, somos apresentados à Margery Stanhope, a proprietária da pousada, ao xerife local Bob Sanders, Ron Mapes e a equipe de perícia, Zoe Tull a contadora da pousada e muitos outros personagens que poderiam ter motivos para cometer tal crime.
Os personagens são bem humanos (começando por Virgil), repleto de defeitos e alguns acertos, com históricos de decepções amorosas, traições, perdas, facilitando a identificação do leitor com os mesmos.
Uma história com um enredo intrigante, repleto de reviravoltas e com diálogos engraçados e personagens cativantes.
O livro é bom, tem uma boa mescla de policial com mistério, mas falta "algo" para ser realmente sensacional.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho, apesar de que a capa não se destaca muito.
"- O que você tem que eu não tenho?
- Boa aparência, personalidade.... botas de caubói.
- E eu achando que inteligência bastava...
- Achou errado - replicou Virgil". (p. 129)