Resenhas - A Vegetariana

Danielli.Costa 10/10/2020

Merece a aclamação
Muito esquisito e diferente, merece os comentários que ouvi sobre, mas tomou um rumo que não esperava.

Mi 10/10/2020

Perturbador e confuso.
É um livro pesado devido a gravidade dos atos cometidos e como estes foram naturalmente descritos. Confesso que tive que pular umas partes por causa disso.

Ãgata Fulera 12/10/2020

Li por ser vegana, e tbm pelo clube do livro
É uma leitura bem interessante, ela flui muito bem.
Quando vi q teria clube do livro dele, corri pra ler.
Pela história que escutei, a autora virou vegetariana e desistiu pq se sentiu fraca. Vi como ela deu essa ideia (muito errada) no livro tbm, mas tbm se (principalmente) no sofrimento da mulher, em que estado ela pode chegar com tanta violência contra ela.
Passei raiva lendo as merdas q esse cara falava da esposa dele, e do artista lá tbm muito. Só respirei quando passou pra irmã. O bom de ter esse nome oriental ( e minha falta de conhecimento apesar de ver uns dorama) é q só fui ver se era uma mulher ou homem q escreveu depois q li, apesar q depois da narração da irmã fiquei bem na tendencia de ser mulher mesmo.

A cena do sutiã, fico pensando se realmente tanta gente ficou incomodada como ele acha q ficou. Achei interessante a reflexão q ela teve sobre os peitos, deles serem algo nada violentos, e está muito ligado a essa ideia da mulher, do materno e de ser algo macio, uma visão não só sexualizada dessa nossa parte do corpo.

É incrivel como os homens conseguem se colocar em primeiro lugar na sua vida com mt mais facilidade que uma mulher. Li esse livro antes de conhecer a pesquisa da Valeska Zanello, mas bateu demais com essa ideia. Eles viam as mulheres como pedaço de carne mesmo, so sua utilidade com tarefa de casa e sexo. E a irmã se questionando se podia ter feito algo pra evitar, essa culpa q a mulher carrega com algo q nem é problema dela é tao real.

Sobre a questao do veganismo, é oq falei no começo. Acho q da pra fazer uns paralelos mesmo não sendo mt a visão da autora, tipo o sofrimento que passam os animais, e principalmente as fêmeas, são as mais torturadas no processo, seja no leite os os ovos da galinha. Os machos normalmente já nascem e morrem, como os pintos triturados e os bezerros virando Vitela.
Além disso, vejo essa essa imposição da carne no mundo de hoje. Escuto mt vegano que tem familia que não aceita (???). Acho q nessa ideia até tbm de status sociais que ter carne no prato traz, ainda mais aqui n brasil de hj. Esse nojo de comida vegana que tem aqui, carregada com ar de comida cara, sendo q os vegano come arroz, feijão, , farofa, macarrao, chocolate meio amargo e tals como todo mundo.

No clube do livro e em videos no youtube me liguei mais nessa ideia dela querer virar planta, planta ser algo bem inofensivo e tal. Vou falar alguns pontos que achei interessante.
Relembraram como a irmã tbm reprimi pelo sutiã, vendo q as mulheres mesmo reprimem com atos machistas.
vi sobre o cunhado ser meio pedofilo por ser tao ligado a essa mancha q é característica da infancia, e eu vi mais como um fetiche naquela ideia da mulher carregada com inocência, quieta e tal.

falaram dessa questão da escolha da pessoa ter o direito de viver, morrer, de não comer. É bem complicado isso, nao ter mt esse direito com o proprio corpo, ainda mais sendo mulher.

Eu não vi ela muito como louca, como alguns apontaram. Acho q pode sim ta relacionada a alguma patologia, mas vi muito mais como algo mais " se vc passasse pelo q eu passo, talvez vc tbm fosse chegar a um nivel de não aguentar e procurar suas respostas em lugares diferentes", q no caso foi nas plantas. Ela não aguentou mais essa violencia toda. Não q isso fosse normal, mas é so um ponto levantado.

nomundodesalem 14/10/2020

Resenha por @nomundodesalem
A Vegetariana // Han Kang // 176 Páginas⁣
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🚫🥩⁣
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Yeonghye é uma mulher sul-coreana que começa a ter sonhos assombrosos e por conta deles decide parar de comer carne. ⁣
Passando por essa transformação radical, Yeonghye começa a sentir não só nojo de carne como nojo de carne humana, até que suas decisões acabam por afetar seu casamento e sua família.⁣
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O livro é dividido em três partes, narrados pelo seu marido, seu cunhado e sua irmã, contendo o ponto de vista, pensamentos e ⁣
algumas histórias paralelas.⁣
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A narrativa do livro causa um certo incomodo mas mesmo assim consegui ler muito rápido.⁣
Me prendeu bastante, algumas partes foram bem intensas então é um livro para quem tem estômago.⁣
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Eu indico bastante para quem gosta de livros mais complexos.⁣
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Leonardo 19/10/2020

Inquietante
Apesar de ser um livro curto, demorei mais do que esperava pra terminar... isso porque a estória é densa, angustiante e desoladora. Achei o livro bem escrito, sem muitas complicações, a trama é criativa e interessante.

wraith 20/10/2020

...
Esse livro foi bem mais difícil do que imaginava para engolir, afinal se trata de uma história com diversos assuntos sérios e tristes, e que causa certo estranhamento durante a narrativa.

Karina.Tiemi 20/10/2020

Fuga de Padrões, Adoecimento, Abusos e Roubo de Protagonismo
Leitura incrível. Despertou os mais diversos sentimentos durate a narrativa, passando desde uma identificação com a personagem principal a profundos sentimentos de asco contra os personagens ao entorno dela. A história gira em torno de Yeonghe que, à partir da decisão de parar de comer carne, deflagra uma série de repressões vindas de familiares. Você vai acompanhar o adoecimento da personagem principal, ao mesmo tempo em que o próprio adoecimento parece não dar o protagonismo a ela (as narrativas se desenrolam através do ponto de vista de outros personagem e somente em relances conseguimos entender, de forma muito breve, o que se passa nos pensamentos de Yeonghe).

Se você espera por uma história para relaxar e se deliciar com um final feliz, você não vai encontrá-la por aqui. No entanto, A Vegetariana traz reflexões muito boas sobre comportamentos sociais adotados e o mau que podem infligir na vida das pessoas

site: https://soldascinco.com.br/a-vegetariana/

Nathy215 21/10/2020

De carne a planta.
"Acho que os humanos deveriam ser plantas" -Yi Sang

Amei a escrita, é algo que me chama muito atenção nos livros de autores asiáticos, é poético e trágico.

Demorei pra associar todas as questões do livro, desde o começo queria entender o por que a história se volta sobre o fato de Yeonghye ser vegetariana, mas não é bem sobre isso, né?!

Pra quem é vegetariano, sentiu a sutileza das violências por ser "diferente", por sair daquele padrão. A cena do pai obrigando ela a comer carne é tão exagerada, mas de certo real, alguns vegetarianos já passaram por essa situação, aquela violência singela, de falar "pode comer, não tem carne" e propositalmente a pessoa colocar aquele bacon na comida.. é isso, não é algo que parece relevante, mas qual a dificuldade das pessoas de aceitar as escolhas alheias?

A autora trás a visão de uma mulher em uma sociedade que ainda tem muito que evoluir, a protagonista vive sofrendo diversos tipos de violência e talvez se não fosse pelos "absurdos" da historia, seria normal, porque é normal a violencia contra mulher, é normal todo o abuso físico e psicológico, é normal ... bizarro é uma mulher poder fazer suas próprias escolhas.

Mesmo que nosso país ainda seja muito machista e misógino, não é de se comparar a opressão que as mulheres coreanas sofrem, a própria cultura coreana imprime a mulher como um objeto, uma bonequinha de porcelana que precisa ser cuidada, primeiro pelo pai e depois pelo marido, bem a "família tradicional", mas muitas das vezes violência vem de casa.

Um livro onde a própria protagonista não tem voz sobre sua história.

Cecília 25/10/2020

Não sei nem como descrever a complexidade desse livro. Personagens muito bem construídos, e descrição boa. Leitura incrível, porém muito delicada, contém gatilhos.

Mada 25/10/2020

O ser humano é um animal e, por natureza, causa dor.
O poeta sulcoreano Yi Sang, durante o período colonialista japonês em seu país, disse: "Eu acredito que os humanos deveriam ser plantas" pois plantas não causam o mal, não propagam a violência. Suas palavras foram censuradas à época mas, continuaram ecoando na Coreia do Sul e, em 2016, Han Kang vence o Man Booker Internacional Prize com "A Vegetariana", obra inspirada na famosa frase de Yi Sang.

Neste romance, Han Kang nos apresenta a história de uma mulher que decide parar de comer carne após um sonho envolvendo violência extrema. A atitude tomada pela personagem (Yeong-hye) é apenas um dos meios que ela utiliza para se afastar de sua essência animalesca. O ser humano é um animal e, por sua natureza, causa dor. Plantas não.

Marcada por passagens de extrema crueldade e evocando imagens ultraviolentas, a história é narrada por três pontos de vista diferentes e nenhum deles é o de Yeong-hye. O marido misógino, o cunhado obsessivo e a irmã vítima da mesma família e meio social agressivos nos fornecer suas visões sobre Yeong-hye, que permanece calada em seu protagonismo. O quadro da violência que ceifa a vida desde o nascimento, impedindo à mulher seu livre desenvolvimento.

O livro traz uma importante reflexão sobre as imposições sociais que violentam, principalmente as mulheres, todos os dias e sobre como uma atitude de enfrentamento à essa violência é interpretada.

Somos donas de nossos corpos e nossas vidas. Da nossa vontade e da nossa potência. Leitura pesadíssima mas que certamente entrou para os favoritos.

Jackeline Evellyn 29/10/2020

Não é o que eu esperava, mas isso nao é ruim. Muito pelo contrário
Particularmente achei muito bem escrito. Foi uma leitura bem interressante, foi a primeira vez que li um livro da autora.
A questão dos sonhos e a confusão que causa aos personagens e até pra mim, fpi bem interressante. Ora essa atmosfera confusa era boa, ora só confusa mesmo.

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*** A partir daqui com spoiler***"

Me incomodou um pouco nao ter um desenrolar final para a protagonista, gostaria de ver uma parte dela narrando. Senti que faltou algo.
O que exatamente eram esses sonhos? Queria entender mais sobre
Isso não é exatamente um problema da escritora e sim da expectativa que criei em ter ao menos um parágrafo que me fizesse entender de fato o que passava na cabeça da protagonista.

Gostei da alusão entre plantas e animais, achei bem interessante. O final achei meio confuso

yas 31/10/2020

Perturbadamente belo
Mesmo sendo um livro curto certamente foi uma das leituras mais difíceis do ano, em muitas passagens me senti incomodada e com aquele enjôo que te revira o estômago.

O enredo e a história em si não se tratam apenas de uma mulher que se torna vegetariana, creio que se excede chegando a ser uma surpresa incrível mas também bizarra.

Como meu primeiro livro coreano fiquei muito curiosa e satisfeita com a leitura porém fiz um esforço tremendo para terminar. Boa parte do desconforto se deu pela maneira que os dois narradores homens articulam e para além disso sendo vegetariana não pude deixar de agonizar nos momentos mais ?sangrentos?, por assim dizer, do livro.

iza...0 31/10/2020

#desafioSKOOB
resenhando para registrar a leitura do livro para o #desafioSKOOB 2020