Eneida

Eneida Virgílio




Resenhas - Eneida


76 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Clio0 01/03/2024

A Eneida, a obra que se tornou o expoente na campanha romana para reescrever sua própria história.

Quando Roma atingiu um determinado grau de civilização, vários momentos e características culturais foram reescritas para melhor caber na narrativa de que essa nova sociedade era a herdeira natural dos Gregos e de todo o seu processo evolutivo.

Dessa campanha, Virgílio é atualmente um dos resultados mais famosos de tal empreitada; o poema épico de clara influência da Ilíada e Odisseia apresenta em sua primeira parte a fuga de Eneias da condenada Troia e, em sua segunda parte, a guerra pela pensínsula itálica que assume os moldes de herois ajudados ou combatidos pelos deuses.

Os versos primam pela melancolia própria da situação de refúgio que os sobreviventes suportam e mesmo os erros de Enéias parecem mais o resultado do desespero do que da húbris grego-troiana.

É uma ótima leitura tanto para estudantes do período histórico quanto da literatura, porém pode ser um tanto cansativo para o leitor inexperiente pela alta quantidade de referências típicas desse período.
comentários(0)comente



Regis 30/09/2023

Uma das mais belas composições da literatura
Publius Virgilius Maro nasceu em 70 a.C. em Andes, perto de Mântua. Desistiu do exercício da advocacia para dedicar-se inteiramente à literatura devido a sua timidez e saúde frágil. Foi convidado para fazer parte do programa de reconstrução empreendido por Otávio (que, desde a sua vitória sobre Antônio, concentrava todo o poder nas suas mãos) compondo um  poema: uma vasta epopeia patriótica destinada a legitimar, pela evocação de suas origens ilustres, as altas aspirações de Roma; evocando indiretamente a grandeza de César Augusto.
Dando consistência a uma lenda, que fazia dos romanos descendentes dos troianos, Virgílio escreve a Eneida que narra os feitos de Enéias, um dos heróis da Ilíada, desde a destruição de Tróia até a chegada ao Lácio e a fundação de uma nova pátria em terras da Itália.

A Eneida é dividido em 12 cantos e possui 10.000 versos onde o autor patenteou a influência da Ilíada e da Odisséia de Homero, uma guerra (como na Ilíada,) e uma viagem (como na Odisséia): tornando a Eneida uma fusão das duas, pois conta as aventuras de Enéias; fugitivo de Tróia, à procura de uma nova pátria e suas lutas com os donos do Lácio onde acaba por desembarcar.
A composição do poema levou dez anos, os últimos da vida de Virgílio que morreu em 19 a.C deixando o poema faltando a revisão final.

Ao ler a obra de Dante Alighieri, "A Divina Comédia", foi impossível não ficar curiosa para conhecer a epopeia do poeta que foi grandemente admirado por Dante a ponto de ser introduzido na Comédia como seu guia pelo inferno e o purgatório.
A Eneida é uma das mais belas composições da literatura e uma leitura extraordinária! Foi o primeiro poema épico, que li, que conseguiu transmitir emoção e dinamismo nas grandes batalhas e ainda por cima é coroado com um romance trágico entre Enéias e a rainha Dido.

Na primeira parte, que consiste dos cantos I a VI, temos Enéias narrando a fuga de Tróia e suas aventuras para a rainha de Cartago; a forma como Virgílio descreve os acontecimentos da grande escapada e a perseguição imposta pela deusa Juno (as divindades estão presentes em toda a epopeia) através dos mares é impressionante a ponto de elevar os batimentos do leitor, que fica ansiando pelo desfecho mesmo sabendo que a fuga foi concluída com sucesso.
A segunda parte, que vai do canto VII ao XII, mostra a incrível guerra, pela posse de Itália, travada pelos latinos instigados por Juno contra o filho de Vénus e seus companheiros teucros. A batalha final é sangrenta e chega ao auge com o enfrentamento de Enéias e Turno e se encerra logo depois disso de forma, um pouco, abrupta.

A maneira melancólica com que Virgílio descreve toda a trajetória de Enéias é o ponto forte da obra; que possui características próprias que vão além da poesia grega, na qual Virgílio se inspira, e mostra a fina erudição e conhecimento técnico da poesia romana.

A Eneida foi uma leitura extraordinária que me deixou exultante com a jornada do grande herói virgiliano e que, com certeza, recomendo para todos.
Cosmonauta 30/09/2023minha estante
Esta edição está na minha pilha. Já a li em outra tradução, é um tesouro da humanidade.


Cosmonauta 01/10/2023minha estante
Também uso esse método de um livro indicar outro, infelizmente não é fácil encontrar todos os autores que foram citados por Dante ... Virgílio além de modelo literário, tinha conhecimento do Inferno, como lemos na Eneida.


Regis 01/10/2023minha estante
Esse realmente é um livro maravilhoso, Cosmonauta. ?


Emerson Meira 01/10/2023minha estante
Linda resenha Régis! ???? Tentarei ler em breve também ?


Regis 01/10/2023minha estante
Obrigada, Emerson. Espero, de verdade, que goste. ??


Léo 01/10/2023minha estante
Resenha maravilhosa, Régis. ?


Regis 01/10/2023minha estante
Obrigada, Léo! ? ?


HenryClerval 05/10/2023minha estante
Resenha perfeita, Régis! ?


Regis 11/10/2023minha estante
Obrigada, Leandro! ?




SRConinck - @akleituras 09/12/2021

Clássico é clássico
Quero ler mais Virgílio! Edição impecável da 34, com ótimos textos de apoio, notas, índices de nomes e remissivo, genealogia e mapas.
comentários(0)comente



Lista de Livros 24/12/2013

Lista de Livros: Eneida, de Virgílio
(...) “Meus próprios males
Me ensinaram a ser compadecida”.
*
“Por que o silêncio a quebrar me obrigas?
E a concentrada dor mostrar com vozes?”
*
“A fortuna é de audazes”.
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/06/eneida-virgilio.html
comentários(0)comente



Jesner 23/02/2009


Composta por 12 cantos, num total de 9826 versos, a Eneida, a maior obra do poeta Virgílio (Publius Virgilius Maro, 70-19 a.C.) é considerada, simultaneamente, uma obra de tom mitológico e histórico: mitológico porque narra a história do herói Enéias, príncipe troiano, utilizando-se de lendas tradicionais do povo romano; histórico, porque utiliza este argumento para exaltar Roma e Augusto, procurando valorizar tanto os feitos do imperador quanto os feitos mais remotos do seu povo. Desta forma, o poeta conseguiu realizar a tarefa que Augusto lhe incumbira, compondo a epopéia latina por excelência, capaz de equiparar-se à Ilíada e à Odisséia, consagradas epopéias homéricas. Todavia, esta não era a única preocupação da Eneida: Virgílio procurou retratar, também, os valores e virtudes que fundamentavam a sociedade latina, fazendo, assim, uma síntese das correntes de pensamento em difusão em Roma, e as práticas religiosas que prevaleceram de 44 a.C. a 14 d. C. ? época de Augusto, considerado a de maior prosperidade para a religião romana. O argumento da obra é belíssimo e rico em detalhes. O primeiro canto ocupa-se em relatar os eventos que levaram Enéias de Tróia a Cartago. A destruição de Tróia pelos gregos. Partindo da Sicília, os navios do herói são atingidos por uma violenta tempestade provocada por Éolo, a pedido da deusa Juno; a tempestade os desviara para o norte da África e, por intervenção de Vênus, Enéias chega a Cartago, onde conhece a rainha Dido, que se apaixona por ele. No segundo canto, o herói relata todos os acontecimentos que envolveram a guerra de Tróia, desde a prisão de Sinão até à fuga de Tróia e o desaparecimento de sua esposa Creúsa. O relato termina no canto III:Enéias relata as escalas da sua viagem desde Tróia (Trácia, Delos, Estrofades, Creta, Ítaca, Sicília e Epiro) e outros acontecimentos, como o encontro com as harpias e a morte de Anquises. O quarto canto mostra o ápice da paixão de Dido, que se entrega à Enéias, e o envio de Mercúrio como emissário de Júpiter, que recomenda a Enéias que abandone Cartago e cumpra a missão pela qual ele fora destinado. O herói se conscientiza disso e abandona Dido, que o amaldiçoa e se suicida.Enéias, então, parte para a Sicília, onde realiza jogos fúnebres em homenagem ao primeiro aniversário da morte de seu pai Anquises (canto V). Em seguida, chegando em Cumas, Enéias encontra a sacerdotisa de Apolo, e ganha a permissão de entrar no mundo dos mortos. Lá, encontra Anquises, que lhe dá significativas informações sobre o futuro de Roma (canto VI). Em seguida, narra-se a chegada de Enéias à região do Tibre; o herói conhece o rei Latino, que lhe oferece a mão de sua filha, Lavínia; por isso, acaba atraindo a inimizade de Amata (a rainha) e Turno, a quem Lavínia fora prometida: é o estopim da guerra entre latinos e troianos (canto VII). Vulcano, a pedido de Vênus, forja armas para Enéias, enquanto o herói busca fazer aliança com o rei Evandro(canto VIII). Turno ataca os acampamentos dos troianos e Niso e Euríalo, dois jovens guerreiros, são mortos (canto IX). Júpiter procura estabelecer a paz entre as deusas Juno e Vênus, enquanto a guerra prossegue (canto X). Ocorre uma trégua para o sepultamento dos mortos e ambos os lados refletem sobre um possível acordo de paz, o que não acontece: os exércitos se confrontam novamente, numa das mais sangrentas batalhas (canto XI). O batalhão dos latinos esmorece, e Turno se propõe a enfrentar Enéias numa batalha corpo-a-corpo. O troiano vence o fantástico duelo e mata Turno (canto XII). Virgilio conseguiu muito mais do que pretendia com sua epopéia, valorizando os aspectos míticos disseminados em sua pátria (sintetizando, muitas vezes, fábulas gregas e latinas), relatando os principais fatos da história romana e construindo personagens dotadas de uma incrível humanidade.

Douglas 15/09/2020minha estante
Sensacional sua resenha. Espero ler essa obra nas minhas próximas férias.




Ogaiht 26/07/2021

Decepcionante
Uma das obras mais importantes da literatura latina, A Eneida foi escrita pelo poeta Virgílio no século I a.C. A obra aborda a trajetória do herói Eneias, sobrevivente da destruição de Tróia e sua jornada até chegar na Itália e cujos descendentes fundariam a cidade de Alba Longa, que séculos mais tarde se tornaria Roma. O interessante da estória é que é justamente aqui onde descobrimos como acabou a guerra de Tróia (aqui sim é narrado a estória do Cavalo de Tróia e não na Ilíada!). Infelizmente, esta edição da Martin Claret que, apesar de ter um acabamento lindo (capa dura, linda ilustração, fitilho, etc) possui uma tradução do século XIX! Com um vocabulário extremante rebuscado e arcaico, a leitura fica extremante arrastada. Apesar de o livro ter várias notas (uma quantidade até excessiva por página) isso nos deixa num dilema: ou lemos e interrompemos a leitura toda hora para consultar as inúmeras notas (o que quebra o ritmo da leitura) ou seguimos a leitura e tentamos entender as coisas pelo contexto. Enfim, esta é, até agora, a leitura mais decepcionante deste ano.
caio.lobo. 27/07/2021minha estante
Acho que eu iria gostar, amo as traduções antigas. Meu problema é com as traduções modernas kkk




Cintia295 04/09/2022

Disparado o livro mais difícil que já li, e que com certeza terei que reler, isso pq achei que seria meio de boa depois de Iliada e Odisseia, me enganei feio.
Gostei do livro, mas sei q não absorvi metade do livro.
Foi bom acompanhar a saga de Enéias os Deuses como sempre "ajudando".
comentários(0)comente



ricardo marçal 17/01/2021

Todo leitura fala à próxima leitura e reverbera as leituras anteriores. Neste imenso diálogo de sensibilidades, Virgílio ouve Homero, que é fecundado pela escuta; Dante ouve Virgílio, que se transfigura ao guiar. E há Eurípedes, e Ovídio, e Camões, e Milton, e Goethe, e Melville, e Joyce, e Walcott, e Wolf...

Essa maravilhosa confusão entre criaturas e criadores, entre causa e efeito, esse ir e voltar, para além de centralidades artificiais ou linearidades ingênuas, tem na Eneida mais um lugar onde diversas vozes se entrecruzam, tempos-espaços se fundem, filtrados pela sensibilidade-Virgílio, que ouve e é ouvido, que se irmana na dedicação à possibilidade de Dizer. Um livro que fecunda livros; um livro para leitores.
comentários(0)comente



Higor 10/09/2022

"1001 LIVROS PARA LER ANTES DE MORRER": LIVRO 07
Tida como uma das maiores obras latinas, "Eneida", de Virgílio carrega célebres e importantes louros, inclusive, desbancando livros anteriores e mais famosos, como "Ilíada" e "Odisseia" em sérias e importantes listas de melhores livros da humanidade, o que é um pouco curioso, se não precipitado, quando se lembra que o próprio se apropria dos cantos de Homero para dar vida às suas próprias entonações.

É particularmente difícil, para ser sincero, encarar "Eneida" sem se desassociar de Homero; não porque Virgílio se beneficiou disso com a intenção de plagiá-lo, obter fama ou algo do tipo, afinal, o autor já era famoso quando da escrita de "Eneida", com suas famosas "Bucólicas" e "Geórgicas". A associação ao suposto autor das célebres "Ilíada" e "Odisseia" se deve, principalmente, por Virgílio buscar um personagem troiano, justamente apresentado em Ilíada, para contar seus atos heroicos e aventuras.

Antes de qualquer leitura, é importante frisar que "Eneida" foi, antes de tudo, uma encomenda: o imperador Augusto queria uma epopeia aos moldes dos poemas épicos de Homero, mas que enalteceriam a glória romana. Supostamente, o poema deveria se igualar ou superar os poemas gregos, além de, claro, cantar a grandeza de César, Roma, do Império e do seu poderio.

Logo, "Eneida" se trata de um poema, sim, com alto poder linguístico, artístico e poético, mas ainda assim uma propaganda política!

Pois bem: "Eneias" é um troiano que, ao fugir de Troia no fatídico dia de sua derrocada, envereda pelo Mar Mediterrâneo, até alcançar seu objetivo final, que é fundar Roma. Tal fundação não é por acaso, até porque ainda em Ilíada é narrado que Eneias seria fundador de grandes cidades, e os deuses reforçam tais profecias, então tratá-lo como protagonista seria totalmente palpável e questão de tempo.

Os doze cantos de "Eneida", então, se dividem em duas partes, o que faz com que tenha mais uma associação a Homero, retornando ao teor crítico e rivalizado em ambos: os seis primeiros cantos narram as viagens e problemas enfrentados no mar até chegar a Itália, lembrando "Odisseia", enquanto os seis cantos restante tratam de narrações sucessivas de guerra entre os troianos e os lácios, remetendo a "Ilíada".

Lembrando que, "Ilíada" não pretende contar toda a extensão da Guerra de Troia, prendendo-se a 51 dias do novo ano da guerra, que durou dez anos. "Odisseia", por sua vez, narra as aventuras de Odisseu, que, após a Guerra de Troia, levou cerca de dez anos para retornar a sua casa, em Ítaca. Por conta do hiato de tempo entre os dois livros, por exemplo, não há o relato integral do evento mais conhecido da guerra, que é o famoso cavalo de Troia. Há breves referências em "Odisseia", mas sua aparição concreta se dá, justamente, em "Eneida".

O que Virgílio faz, e com louvor, é amarrar as pontas de Eneias, um troiano em fuga, para o primeiro dos romanos, sem deixar, claro, de confrontar com os tantos mitos já existentes acerca da fundação de Roma, como o de Rômulo e Remo.

Como não poderia deixar de ser em tantos poemas da época, os deuses são personagens ativos no livro, principalmente Vênus/Afrodite, mãe de Eneias, Juno/Hera, rival de Eneias e Júpiter/Zeus, deus supremo que acompanha os desdobramentos de Eneias, afinal, as predileções e ódio dos deuses aos gregos e aos troianos ainda permanecem.

Sem afastá-los, mas colocando-os juntos, em pé de igualdade, "Eneida" deve ficar ao lado de "Ilíada" e "Odisseia" como as grandes epopeias da Antiguidade, afinal, Homero serviu de inspiração para Virgílio, e o próprio inspirou livros canônicos, sendo o mais famoso "A divina comédia", de Dante, tornando-o, inclusive, personagem de seu livro, mas não somente este, mas também "Orlando Furioso", "Paraíso Perdido" e "Os Lusíadas".

Este livro faz parte do projeto "1001 livros para ler antes de morrer", que está mesclado com "O livro da literatura" para eventuais alterações necessárias. Acompanhe os livros anteriores:

LIVRO 01 - A epopeia de Gilgamesh
LIVRO 02 - Ilíada
LIVRO 03 - Odisseia
LIVRO 04 - Fábulas de Esopo
LIVRO 05 - Teatro Grego
LIVRO 06 - Dao De Jing

site: https://projetoseleituras.blogspot.com/
comentários(0)comente



mias0 20/12/2021

Terminei a leitura há alguns meses, mas só agora me dei conta de que não havia comentado sobre ela.

Para mim, a leitura de Eneida foi um pouco difícil, principalmente por ser o livro mais antigo que li até o momento (seu lançamento data do séc. I a.C). Mas, apesar da dificuldade da leitura, consegui compreender e finalizar o livro em uma disciplina da faculdade.

Essa não é uma resenha grande e detalhada como gosto de fazer, acredito que deixei passar muito tempo desde o fim da leitura e pela dificuldade que tive não tenho tantas coisas a dizer. Mas para mim foi interessante conhecer mais sobre a Literatura Clássica escrita em Latim, e aprender sobre algumas ligações do enredo com o mundo fora dele. Acredito que, pelos meus estudos, é uma leitura que possivelmente realizarei mais alguma vez.
comentários(0)comente



ciliane.ogg 30/07/2023

Comecei empolgada com o livro e quase desisti do meio para o final .
Se você leu a Ilíada, a Eneida é uma cópia triste dela. É maçante, quando você acha que vai ser surpreendido, nada de novo no front.
Nebbastous 17/01/2024minha estante
Akakkkk




Danny 02/02/2022

-Aqui acompanhamos a história do herói Eneias, filho da deusa Vênus (ou Afrodite, na mitologia grega) desde de sua fuga de Troia em destruição, acompanhado de seu pai Anquises e de seu filho Ascânio, em busca da terra prometida pelos deuses, lugar onde se deveria iniciar a construção da nova Troia. Empreitada essa que não será fácil e apesar de ter deixado a guerra de Troia para trás, ao longo do caminho ainda ocorrerá diversas perdas, até porque, a deusa Juno (Hera, na mitologia grega) está determinada a não deixar que ele seja bem sucedido nessa missão.
- Essa é uma edição que eu não recomendaria, esse não é um texto de fácil e rápida compreensão e a edição não oferece nenhum texto de apoio, mapas ou notas de rodapé, fora que é cheia de erros, erros ortográficos, de acentuação e formatação, prejudicando ainda mais o entendimento.
- Mas apesar de toda a dificuldade, a obra do Virgílio vale muito a pena ser lida, eu adorei todos os cantos e a história contada, com certeza vou investir numa edição melhor e lerei novamente no futuro. Virgílio ainda pretendia escrever mais 3 cantos para Eneida, mas infelizmente, adoeceu e faleceu antes de poder terminar, e quando eu finalizei a leitura, tive mesmo a impressão que ainda tinha muito mais coisa para ser contada.
- Creio que a minha dificuldade na leitura só não foi maior, por que já venho escutando o podcast ?Noites Gregas? do professor Cláudio Moreno e Filipe Speck, e me deu uma base boa para entender a mitologia, os contos e a mudança dos nomes dos deuses do grego para o romano.
comentários(0)comente



Fabio Shiva 13/12/2012

a parte 3 da Ilíada e da Odisseia...
Não há como falar desse grande clássico da literatura mundial sem mencionar a “Ilíada” e a “Odisseia” de Homero, que foram sua grande inspiração. Tanto que dos doze capítulos da “Eneida”, os seis primeiros são uma imitação da “Odisseia” e os seis seguintes bebem diretamente da “Ilíada”.

Vamos usar uma analogia cinematográfica: imagine que você assiste um filme maravilhoso (“Ilíada”), e depois vem a continuação, que consegue a proeza de ser ainda melhor que o primeiro filme (“Odisseia”). Tempos depois, surge uma terceira parte da saga, com outro diretor, só uma pequena parte do elenco original... mas mesmo sabendo que não será tão bom quanto os dois primeiros, você está lá na primeira fila, pois quer viver novamente aquelas emoções, mesmo que com menos intensidade...

Esse era o meu desejo ao ler a “Eneida”, o de reviver ao menos um pouco o maravilhamento que experimentei lendo a “Odisseia” principalmente, e em segundo lugar a “Ilíada”. Ninguém discute que o épico de Virgílio é bem inferior aos de Homero. Ainda assim, a “Eneida” é um grande clássico, uma das principais obras literárias da humanidade, que inspirou entre tantas outras “A Divina Comédia” e “Os Lusíadas”!

Ou seja, não há demérito algum para a “Eneida”, e sim um mérito estupendo para as obras de Homero. Mas o que é que torna Virgílio menor? O que há de tão especial na “Odisseia” e na “Ilíada” para que tenham alcançado essa grandeza assim tão alta?

Desde que me tornei consciente dessa questão, ela tornou-se o foco principal de minha leitura.

Uns dizem que Virgílio não possuía vocação épica, tendo escrito a “Eneida” sob encomenda, com o propósito explícito de cantar a glória do Império Romano. E que tinha que se bater contra a dureza do latim, menos apropriado para feitos heróicos que o flexível grego de Homero.

Pode ser, pode até bem ser.

Mas em minha opinião, a “Eneida” é menor principalmente por ser uma história inventada!

Ao passo que (em minha opinião) a “Ilíada” e a “Odisseia” são relatos poéticos de eventos que de fato aconteceram!

Acho assombroso as pessoas travarem contato com a cultura da Grécia antiga, essa que foi a matriz da própria Civilização Ocidental, e descartem como pura mitologia o que está escrito nos livros de Homero. Pouco adiantou a Troia histórica ser descoberta e redescoberta: deuses interagindo com os humanos, só pode ser invencionice!

(aliás é muito significativo que na obra de Virgílio as interações entre os deuses e os homens sejam bem mais discretas que nos textos de Homero... pois mais de mil anos separam as duas narrativas)

Da mesma forma tratamos a antiga cultura do Egito. A era dos faraós é dividida em duas partes, o reinado dos deuses faraós e o reinado dos faraós humanos. Pois então, o que fazemos? Tratamos a segunda parte como história e a primeira como pura mitologia! Que outra atitude esperar de nossa “civilização”, que após o primeiro contato com as relíquias do Egito antigo, na falta de outra ideia para ganhar dinheiro com as múmias, resolveram triturá-las e vendê-las como tinta!!!!! É por isso que até hoje existe a cor “marrom múmia”!

Quanto ao “Mahabharata”, colossal épico da Índia (com mais de 15.000 páginas de sabedoria e beleza inestimáveis), também não passa de mitologia!

As tabuletas da Suméria, as mais antigas de que se tem notícia, também contam a história de uma batalha, assim como o “Mahabharata” e a “Ilíada”. Trata-se de uma guerra nuclear entre os “deuses” que criaram a humanidade, da qual evidências físicas foram encontradas (uma camada de vidro a centenas de metros de profundidade no deserto de Gobi, indicando que há milhares de anos ali ocorreu uma detonação nuclear). Essas tabuletas também trazem uma descrição detalhada de nosso sistema solar, com até a composição e coloração de planetas como Urano, Netuno e Plutão, que só foram “descobertos” por nossa civilização a partir do século XIX! É claro que tratamos isso também como pura mitologia, né?

Fala sério!

Quem diria que eu iria encontrar vestígios dos Anunnaki na “Eneida”!


***

Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/

LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

http://www.mensageirosdovento.com.br/Manifesto.html

Venha conhecer também a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
*
http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
*
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
*
Regente Deo 11/03/2013minha estante
A grandeza do tema impressiona profundamente; o tom elevado e sua apresentação sublimada tornam-se mais salientes graças ao delicado espírito contemplativo do autor, à sua simpatia em relação à humanidade sofredora e à sua sensibilidade diante da natureza. Sem dúvida alguma, é uma belíssima obra. Sua resenha é instigante, meus parabéns pela bela escolha de palavras ao declarar sua paixão por esta obra.


Fabio Shiva 11/03/2013minha estante
Valeu pelo belo comentário!


Antonio.Junior 26/07/2021minha estante
Lá vou eu comentar sobre uma resenha de 9 anos atrás.
Ora, primeiramente Virgílio não deixa nada a desejar de Homero. Não colocaria Homero de nenhuma maneira como superior a Virgílio (mesmo Homero ainda sendo minha preferência), é até injusto esse tipo de comparação visto que os dois autores alçaram diferentes objetivos. Colocaria os dois em um grau de igualdade, já que Virgílio fez na Eneida o que Homero não conseguiu na Iliada e na Odisséia que foi o equilíbrio perfeito entre o épico e o lírico, ainda que Homero seja inegavelmente superior no quesito narrativo. A poesia lírica de Virgílio é sublime (E incomparável até os dias de hoje) por isso esse incrível grau de beleza em sua obra.
De resto, ótima resenha.


Fabio Shiva 28/07/2021minha estante
Olá, Antonio!
Valeu pelo comentário e pelas reflexões!
Grande abraço!




Nelson.Lima 18/03/2020

Bom, mas uma tradução desatualizada pode dificultar sua vida
Livros antigos épicos são sempre bons de se ler. A história em si é cativante. É bem interessante saber o que aconteceu com o Herói Enéas após a fuga de Tróia, no entanto, a tradução de Manuel Odorico Mendes de 1854 vai transformar algo que poderia ser prazeroso em um verdadeiro martírio. A gente tem que ter em mente que o texto foi escrito em Latin, logo, ele pode ser traduzido para um português que pode ser compreendido por todos. A edição que eu li estava repleta de palavras que nos obrigavam a consultar, em todas as paginas, as notas de roda pé. Isso dificultou um pouco a compreensão do livro, além de tornar a leitura maçante e por isso, pretendo ler outra edição com uma tradução mais atual e mais prazerosa.
Brilhante Baeta 17/02/2021minha estante
Parece que a Martin Claret não aprende, né? São muitos livros deles com péssima tradução...




Moises Celestino 22/08/2020

Revisão do Livro...
Na conclusão do meu curso de ensino médio, um professor de literatura me propôs elaborar uma pequena resenha acerca deste clássico e confesso que achei a tarefa um tanto desafiadora, por se tratar de uma obra atemporal e complexa, na minha modesta opinião. Verdade que há neste épico de Virgílio, algumas alusões sobre a fabulosa "Odisséia de Homero" e como gosto muito de mitologia, decidi levar adiante esta tarefa. Só tenho a dizer que "A Eneida", no contexto geral, é simplesmente uma obra-prima! Um marco na história da literatura universal. Obra que requer máxima e precisa atenção do leitor nos minuciosos detalhes compilados pelo mestre Virgílio. Se merece um lugar de honra na nossa estante? Com certeza!
comentários(0)comente



76 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR