Minha metade silenciosa

Minha metade silenciosa Andrew Smith




Resenhas - Minha Metade Silenciosa


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Dani 04/01/2017

Resenha para o blog Livros & Café
Conheci esse livro através da Pam Gonçalves, isso já faz uns dois anos. Tinha lido a resenha que ela escreveu, e depois disso, fui correndo comprar o livro. Minhas expectativas em relação a ele eram altíssimas. Felizmente, mais uma vez, não me decepcionei.

Minha metade silenciosa contará a história de Stark McClellan, um garoto de 13 anos, mas que é muito alto. Stark nasceu sem uma das orelhas e por conta disso ele sobre muito bullying. A única pessoa que o defende é seu irmão, Bosten. Os dois são muito unidos. É aquele tipo de relação que causa inveja; é uma relação de amor profundo. Se não bastasse todo o preconceito, os irmãos ainda sofrem nas mãos daqueles que deveriam protegê-los. Seu pais são duas pessoas, que sinceramente, não deveria sequer existir. Stark e Bosten sofriam muito, tanto psicologicamente como fisicamente. Para terem uma ideia do qual horrível era a relação com os pais: Um dia, Bosten foi defender o irmão de uns garotos, mas, quando chegou em casa, ele apanhou muito. E os castigos? MEU DEUS, pior do que as surras.

"Minha mãe e meu pai nunca nos quiseram. Eu. Bosten. Especialmente eu. Eu era uma lembrança de tudo o que estava errado. Mas Bosten veio antes e pagou por mais tempo. Ele fez as contas. As coisas não mudam quem você é. E as coisas não apenas acontecem. Senti- me besta por chorar.Eu podia ter chorado em mil outras ocasiões antes."

Quando comecei a ler o livro, eu não consegui mais parar. Foi uma surpresa MARAVILHOSA para mim. Não sabia que gostaria tanto assim dele; que me emocionaria tanto com os sofrimentos vivido pelos personagens, ou o quanto me revoltaria com os pais dos meninos. Quanto mais lia, mais encantada ficava com a narrativa, com a profundidade da história. As partes mais intensas do livro acontece depois que Bosten desaparece de casa após mais uma briga com o pai. Stark não pensa duas vezes antes de sair a procura do irmão. E, é durante essa busca que acontece muitas coisas ao garoto. Há partes pesadas e palavras fortes no livro. O que mais me emocionou foi a relação de Stark e Bosten. Eles são muito apegados, se amam acima de tudo, defendem um ao outro de qualquer coisa e de qualquer um. Foi lindo ler tudo o que Stark pensava do irmão. Chorei muito!

"Sempre que Bosten me chamava de Palitoso eu sabia que ele estava planejando alguma loucura. Era nosso código, a única coisa que nossos pais ainda não tinham descoberto."

Outro personagem que de certa forma é importante na histórias, é a tia dos garotos. Ela é encantadora. Conquistou meu coração. Há também dois irmãos, gêmeos, que se tornam grandes amigos de Stark e Bosten. E não podemos nos esquecer de Emily, outra grande amiga de Stark, uma das pessoas mais importantes na vida dele.

Um detalhe que eu amei nessa edição, foi que a Gutenberg retirou a orelha esquerda do livro. Sensacional essa ideia! A capa é outra parte que adoro. A diagramação também é um pouco diferente. No livro, você encontrará espaços entre as letras durante alguma frase. Como se fosse o modo como Palito (Stark) escuta.

Minha metade silenciosa entrou para fica na lista de favoritos. Não sei bem como expressar meu carinho e amor por essa obra. Essa história e seus personagens ficarão comigo para sempre.


site: www.livrosecafe.com
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Laynne 30/09/2016

Minha metade silênciosa trata em suas paginas, aspectos não muito distante do nosso real (pais nada amáveis, castigos em excesso e muitas agressões não apenas físicas; regras, apenas regras e nem um pouquinho de amor). Esse livro ainda trata de temas como bullying, a lealdade a qualquer preço é muito mais do que a busca pelo irmão que fugiu. Existem muitas coisas implicadas nesse "ir". Palito e Bostem são os protagonistas desse enredo maravilho e tocante. Sem falar que todo mundo tem um segredo que mais cedo, ou mais tarde, será partilhado. E o jeito como a hipocrisia do pai dos garotos é tratada: Como ser tão perverso e praticar aquilo que se abomina? É um conflito e tanto.
Se você se interessa pela temática e principalmente pelo sofrimento psíquico que esse tipo de ambiente traz, esse livro foi escrito pra você.
Ah esqueci de mencionar 2 coisas muito importantes, Palito não tem uma das orelhas, e a forma com que o livro foi escrito, deixa em suas páginas registrado de forma surpreendente e cativante, o jeito como ele ouve o mundo ao seu redor.
Sem mais, se você precisa ser impactado de forma arrebatadora, reafirmo: ESSE LIVRO É PARA VOCÊ.
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Grazy 03/09/2016

ILUDIDA PELA SINOPSE
Nota pessoal 1: Interessei- me pelo livro ''Minha metade silenciosa'' após ler sua sinopse, ato que geralmente não costumo fazer. A ideia vendida era de uma leitura envolvente, que despertaria em mim um mix de sentimentos. Algo que não aconteceu. Como criei muitas expectativas, fiquei decepcionada ao término das suas 304 páginas.

Resenha: ''Minha metade silenciosa'' é narrada pela visão de um garoto de apenas 14 anos, chamado Stark McCellan. Ele nasceu com anotia, ou seja, não tem uma das orelhas. O que é na escola motivo de bullying.
A obra foi classificada como sendo similar ao livro "Extraordinário" da autora R.J. Palacio. Agora,você deve perguntar- se qual a relação entre os dois livros. Bom, na minha percepção não vejo nenhuma.
Diferentemente do August que tem uma base familiar sólida- com pais que preocupavam- se com seu bem- estar e que a todo momento demonstravam o amor que sentem pelo filho- o mesmo não pode ser dito pelo Stark. Ele sobrevive em um lar totalmente destruído e desequilibrado. Seus ''pais'' agem com ele e com seu irmão mais velho, o Bosten, como se fossem dois estranhos morando sob o mesmo teto.
Conversar tranquilamente? Dizer eu te amo? Abraçar? Isso não pertencia a família McCellan. No dicionário dos perturbados ''pais'': conversar significava bater num dos filhos até ficar com vergões nas costas, enquanto o outro era forçado a assistir toda a violência, sendo que depois o irmão agredido era colocado em um quarto escuro e sem nenhuma higiene.
Se eles tinham regras, uma casa, comida na mesa, do que mais poderiam querer? Abraçar, é envolver o corpo de outra pessoa com os braços. Não é mesmo? Mas... esse não era o papel das roupas? O senhor e a senhora McCellan não passariam por esse constrangimento, a não ser que fosse necessário interpretar na frente dos ''amigos'' uma família feliz e unida, algo que definitivamente NÃO eram... Pois bem, esse é o lamentável pensamento daqueles que deveriam proteger e amar seus filhos e não tornarem mais um inimigo a ser derrotado.
Enfim, o Bosten arrumava com certa frequência brigas na escola. A diretora ligava para seus pais e informava sua suspensão. No caminho de volta para casa, já sabia o que o esperava. Seria alvo de mais uma sessão de torturas. Se aquele era o castigo por defender seu irmão caçula, não importava. Aguentaria fortemente a dor das surras para manter seu irmão são e salvo. Apesar de acreditar que já estava na hora do Stark defender- se dos garotos da escola.
Após mais uma briga do Bosten com seu ''pai'', ele decidiu não continuar mais naquela situação. Então, fugiu de casa na calada da noite. Mas, como fora tudo de última hora, partiu sem ao menos levar seu irmão ou despedir- se dele.
Ao amanhecer, Stark notou que algo estava errado. Começou a procurar pelo Bosten, mas não o encontrava. Após olhar por toda a residência, ele enfim percebeu que seu irmão fugiu de casa e agora estava sozinho.
Como sentia muita falta do irmão, Stark decidi ir procura- lo. Mas, ele nem ao menos imaginava que ao tomar essa decisão muitas coisas mudariam, não só sua vida como também seus sentimentos.
Durante essa ''aventura'' muitos foram os perrengues que o Stark passou até descobrir o paradeiro do seu irmão.
Será que algo terrível aconteceu com Bosten? Se sim, o que será? Se não, após o reencontro, eles voltarão para a casa dos pais e se sujeitarão às sessões de tortura? E durante todo esse tempo, onde ele estava?

Nota pessoal 2: Bom, ao ler ''Minha Metade Silenciosa'' essas perguntas foram respondidas. Em contrapartida algumas interrogações criadas em minha mente enquanto lia o livro ficaram sem respostas. Infelizmente, considero que algumas cenas importantes deveriam ser concluídas e exploradas pelo autor.
Apesar de ficar claro o meu desapontamento por esse livro, o recomendo. Pois, como todos sabem, um mesmo livro pode ser lido por milhares de pessoas e cada uma ter sua interpretação. Quem sabe assim que você lê- lo não terá uma ideia diferente da minha e amará a leitura?


site: http://amantesliterarios.wixsite.com/livros/single-post/2016/09/03/Resenha-Minha-metade-silenciosa-de-Andrew-Smith
Renata 04/09/2016minha estante
Traga o mesmo sentimento pelo livro, infelizmente. :(


Renata 04/09/2016minha estante
Trago o mesmo sentimento pelo livro, infelizmente. :(




Carolinasantos 01/09/2016

Minha Metade Silenciosa
Stark McClellan tem 14 anos. Muito alto e magro, tem o apelido de Palito, mas sofre bullying porque é “deformado”, já que nasceu apenas com uma orelha. Seu irmão Bosten, o defende em qualquer situação, porém ambos não conseguem se proteger de seus pais abusivos, que os castigam quase todos os dias. Ao enfrentar as dificuldades da adolescência, é a amizade e o apoio do irmão sua referência de amor. Um dia, porém, o pai descobre um segredo de Bosten, que foge de casa. E Palito, em uma jornada de amadurecimento, o buscará para ajudá-lo.
Nossa que livro,MINHA MEDADE SILENCIOSA é incrível o amor dos irmãos e lindo, e é esse amor que os mantê juntos.
Uma história sobre amor e amizade.Um livro incrível,Gostem melhor irmão do mundo nossa o que ele faz pro palito é incrível. Aconselho a todos a ler este livro incrível.


site: https://nostalgiadelivros.blogspot.com.
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Thai 26/08/2016

[...] E não há amor em minha casa, somente regras.


Stark é um garoto magro e muito alto para sua idade, por isso é chamado de Palito. Como se não fosse o bastante, ele não tem uma das orelhas, o que contribui para todo o bullying que ele sofre.
Seu braço direito é Bosten, seu irmão mais velho que o defende de tudo e todos e com quem tem uma relação muito boa.
Os pais de Stark e Bosten parecem não gostar muito dos dois, pois sempre usam a violência para castigá-los por qualquer coisa. Ter pais abusivos foi o que aproximou os dois irmãos.

"Às vezes, na nossa casa, era como se eu e Bosten fôssemos como insetos em papinha de bebê. Eu me movia com cuidado para onde quer que fosse. Não conseguia ouvir nada que eu mesmo fazia, mas me perguntava o quanto eu deixava o mundo deles barulhento, já que eles tinham duas orelhas e tudo."

Em um feriado de Páscoa, Stark combina de passar uns dias na casa de Emily, sua única amiga. Mas seus pais acabam com o plano quando resolvem mandar os irmãos para a casa de uma tia que eles nem conhecem, na Califórnia.
Os dois são contra a ideia mas não podem fazer nada a respeito, já imaginando o quão horrível será a viagem.

"Eu mal sabia quem era tia Dahlia, fora o fato de que ela é irmã da minha avó, e que estávamos sendo mandados para ela como se fôssemos cartões-postais vagabundos que você manda para as pessoas de que não gosta muito, e aí elas passam a gostar menos ainda de você."

Depois que chegam na Califórnia e conhecem a tia Dahlia, eles percebem que ela é uma pessoa muito legal e que a viagem talvez nem fosse tão horrível assim.

"- Palito...?
- O que?
- Você alguma vez já pensou em...
Bostem começou a perguntar alguma coisa, mas eu o cortei.
- Não, Nunca.
Porque eu sabia o que ele ia dizer, e, sim, eu pensava naquilo o tempo todo: como seria viver longe dos nossos pais. E ele sabia que eu pensava nisso. Não era necessário falar."

Na Califórnia eles conhecem os irmãos Evan e Kim e rapidamente se tornam amigos por terem tanto em comum. Lá eles aprendem a surfar e fazem passeios super divertidos, o que faz com que logo se apeguem uns aos outros.

"Podíamos ver a tristeza nos olhos uns dos outros. De alguma forma, eu acho, aquilo era uma coisa boa, porque significava que realmente éramos amigos e que talvez Bosten e eu tivéssemos encontrado um lugar que nos aceitasse. E era um lugar que só tinha uma regra, até onde eu sabia, e era uma regra fácil de seguir: amem-se uns aos outros."

Depois que voltam para casa, algo de ruim acontece e Bosten foge sem deixar pistas. É quando Stark decide botar o pé na estrada e ir atrás do irmão. Mas como nada é perfeito, a viagem não sai como o planejado e o menino se mete em um problema muito grande.

***

Primeiramente, todo meu amor pelo Stark. Que menino incrível!
Depois posso falar dessa capa linda e título que me conquistaram. Além do livro só ter uma das orelhas, como o personagem, e eu achei isso incrível.

Bom, eu me emocionei muito com a história desses dois irmãos, pois é algo tão real que tudo isso poderia ter acontecido na casa ao lado da minha e eu nunca teria percebido. O culpado disso tudo é o autor que foi incrível com o desenvolvimento dos personagens e de como ele narra os acontecimentos de uma forma tão forte.

O que me fez não dar nota 5 foi o final que me decepcionou bastante. Eu esperava algo mais emocionante ou muito triste e foi só 'ok', sabe? Não me convenceu, mas não deixa de ser uma história LINDA!

site: curaleitura.blogspot.com
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wedlaaa 24/08/2016

"i always knew you're stronger than me, stick"
4 ~ 4.5 estrelas.

após ler este livro, andrew smith se consagra - para mim - como um dos melhores autores do gênero YA.

não é uma leitura fácil. na verdade, esse livro tinha que estar repleto de adesivos com warning triggers, porque acredito que, lendo essa obra, muita gente possa se lembrar de uma infância cheia de tormentos, tendo como pilar todo tipo de abuso vindo do seu núcleo familiar principal, e isso pode resultar em crises de ansiedade, pânico, depressão, etc., por esse motivo, eu não o indico para todo tipo de leitor.

seguimos o começo do fim da infância de stark mcClellan. com seus então 13 anos, stark, ou como prefere ser chamado, palito, possui uma condição chamada anotia, ou seja, ele nasceu sem uma das orelhas. e aqui eu preciso abrir um parêntese sobre como a gutemberg levou esse detalhe a sério: o livro físico possui apenas uma orelha.
esse defeito físico o torna uma criança com uma autoestima muito baixa ou quase inexistente. e as pessoas ao redor também não o ajudam muito, com exceção de seu irmão mais velho, bosten, e sua melhor amiga, emily.

mas quem dera que esse livro tratasse só de bullying. sim, bullying é uma violência terrível, e só quem passou sabe a dor de ter que acordar todos os dias e enfrentar seus colegas de escola isolando, rindo e violentando você fisicamente e verbalmente. mas isso acontece em escalas muito maiores dentro do ambiente nuclear familiar do nosso protagonista.

muita gente acha esse livro triste, e ele é, mas o terror se sobrepôs à tristeza, pelo menos para mim. houve uma cena, logo no começo, que eu simplesmente tive que reler umas três vezes para me certificar de que era aquilo mesmo que o autor estava me entregando. para este gênero literário, eu acredito que o autor foi muito corajoso ao detalhar uma ação tão vil, mas ainda assim tão cotidiana, infelizmente; essas coisas que a gente sabe que acontecem, mas não as imaginamos para não sairmos de nossa zona de conforto.

mas nem tudo é tristeza e terror nesse livro. há também divertidas cenas onde vemos nosso protagonista se descobrindo sexualmente. e temos aí mais um ponto em que smith acerta: enquanto a maioria dos autores YA evita sexo como se fosse um assunto muito complexo para apresentar a adolescentes, ele o descreve com naturalidade, sendo bastante coerente com o que um pré-adolescente de 13 anos se sente a esse respeito.

algo que me incomodou no livro foi a não conclusão de alguns subplots, mas, pensando a respeito, acredito que seja uma metáfora ao Stark, por ele ser "apenas metade inteiro", ou por serem situações que precisem mesmo ser deixadas para trás. o motivo, se eu dissesse, acabaria sendo spoiler, então deixo que vocês descubram enquanto fazem a leitura.

george r r martin costuma dizer que terminará suas crônicas de gelo e fogo com um final "bittersweet". nunca li um final tão doce-amargo plausível, coerente e coeso com o resto da história como o deste livro.
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rafazaakar 29/06/2016

ZaaKar.com Resenha - Minha metade silenciosa
Cuidado, pode ter alguns Spoilers!!! Mas leia mesmo assim!

Sinopse: "Stark McClellan tem 14 anos. Por ser muito alto e magro, tem o apelido de Palito, mas sofre bullying mesmo porque é “deformado”, já que nasceu apenas com uma orelha. Seu irmão mais velho, Bosten, o defende em qualquer situação, porém ambos não conseguem se proteger de seus pais abusivos, que os castigam violentamente quase todos os dias. Ao enfrentar as dificuldades da adolescência estando em um lar hostil e sem afeto – com o agravante de se achar uma aberração –, o garoto tem na amizade e no apoio do irmão sua referência de amor, e é com ela que ambos sobrevivem.
Um dia, porém, um episódio faz azedar terrivelmente a relação entre Bosten e o pai. Para fugir de sua ira, o rapaz se vê obrigado a ir embora de casa, e desaparece no mundo. Palito precisa encontrá-lo, ou nunca se sentirá completo novamente. A busca se transforma em um ritual de passagem rumo ao amadurecimento, no qual ele conhece gente má, mas também pessoas boas. Com um texto emocionante, personagens tocantes e situações realistas, não há como não se identificar e se envolver com este poético livro".


***

“- [...] Agora você pode dizer para as pessoas que você dirige a noite e.. ah, com uma mão só, e explode coisas e beija de língua meninas mais velhas quando ninguém está olhando”.

Eu preciso dizer que essa resenha não vai ter roteiro nenhum, porque eu realmente não tenho emocional para montar algo certinho como as outras resenhas. Nessas minhas outras trinta leituras até então, nenhum outro livro conseguiu mexer comigo da forma como esse livro mexeu. E eu não estou falando de chorar e de me apaixonar – não que isso não tenha acontecido. Mas antes, acho importante falar do autor.
Andrew Smith é o responsável por essa trama. Ele é responsável por nove romances juvenis e já ganhou diversos prêmios. Nascido na Califórnia, foi durante o ensino médio, quando era editor do jornal do colégio, que descobriu sua vocação para a escrita. Graduado em Ciências Políticas, Jornalismo e Literatura, experimentou a carreira jornalística, mas percebeu que aquele não era o tipo de escrita que sonhava fazer. Passou grande parte da juventude viajando pelo mundo, dedicando-se aos mais diversos trabalhos. Ao se estabelecer definitivamente no sul da Califórnia, tornou-se professor de adolescentes em situação de risco, o que o inspirou em seus textos.
Incentivado por um amigo escritor, publicou seu primeiro romance em 2008: A cura invisível, indicado como um dos melhores livros do ano para jovens adultos. Seus outros trabalhos também foram muito bem-recebidos pela crítica, entre eles, A lente de Marbury (melhor ficção juvenil de 2010 pela Amazon, livro do ano pela Publishers Weekly e escolha do editor pela Booklist) Minha metade silenciosa (também publicado no Brasil pela Editora Gutenberg) e In the Path of Falling Objects (Southwest Book Award de 2011). Atualmente, Smith vive na região de montanhas perto de Los Angeles com a esposa, dois filhos adolescentes, dois cavalos, três gatos e um lagarto arisco chamado Leo.

“Eu sou feio”.

Eu só posso dizer que eu senti, talvez pela primeira vez nessa minha vida de leituras, que a história, o enredo, me envolveram de uma forma única, singular. Eu me peguei horrorizado na primeira parte do livro. Horrorizado com aquela realidade que Stark e Bosten viviam. Horrorizado com as regras, com seus pais e suas atitudes, com as regras, com a falta de afeto e a forma como Stark acreditava, na sua mente ainda de criança que inicia a faze da adolescência, que aquilo tudo era normal.
Era normal apanha até ficar em carne viva. Era normal ficar preso dias em um quartinho, pelado, tendo que fazer suas necessidades em um balde. Era normal não ter nenhum tipo de afeto materno e paterno... Eu só percebi o quanto eu estava horrorizado com o caminho que história estava tomando no momento em que a primeira parte terminou e entrou a segunda, intitulada “Califórnia”. Foi nesse momento que eu percebi que estava prendendo a respiração e que agora eu poderia soltar. De alguma forma, na minha mente, enquanto eu estivesse naquela parte o ar ainda estaria denso demais, lotado de fumaça de cigarro, de dor, de tristeza... E eu não queria respirar esse ar.
Foi na segunda parte que eu percebi a forma como um livro muda a sua visão. Quando a tia dos garotos, Dahlia, apareceu, eu senti, verdadeiramente que havia uma possibilidade de salvação, de que nessa história, o final pudesse ser feliz. Percebi também que nunca havia desejado um final feliz tanto assim na minha vida.
Dava para notar a diferença, o clima. Na Califórnia tudo era leve, colorido, ensolarado e feliz. Dahlia, que não conhecia os garotos, apareceu na história como um anjo prestes a salvar duas vidas que tinham tudo para não evoluir para lugar nenhum. O jeito como o autor mostrou a diferença entre a sociedade foi o que deixou meus olhos mais marejados e vermelhos. Enquanto na cidadezinha do interior de Washington, onde, não ter uma orelha era tratado como um anomalia digna de retardo mental, e em que você era zoado de todas as formas por ser diferente, ou alto demais, ou quieto, na Califórnia, as pessoas eram mais soltas, sem preconceitos, acolhedoras. Eu me peguei em vários momentos suspirando pela forma como os dois eram tratados na cada de Dahlia. Era como se, toda vez que o autor escrevia algo bom, algo que acontecia som os meninos e que feliz e carinhoso, meu peito se dilatasse e eu agradecesse a ele por isso. Esse foi o meu nível de relacionamento com a trama.
Mas nada se comparou ao momento em que mais coisas se desenrolaram e aconteceram. Não bastasse a agressão doméstica, o ódio dos pais, a nevoa persistente de cigarro e de tristeza, as malditas regras de outro mundo – como não poder tomar banho em casa nos dias de semana por que eles já tomavam na escola – o autor ainda nos presenteia com algo que só nos deixa mais indignado: pedofilia.
Se o meu peito já estava preso com tudo o que eu tinha visto até meados da página 100, depois disso ele se tornou só destroços. Quando você pensa que nada de pior pode acontecer, isso aparece no seu colo. O autor diz: “Tô, segura essa barra ai”, e você fica lá, paralisado, tentando processar e visualizar aquela realidade.
De forma bem explosiva e realista, Andrew Smith nos mostra uma realidade – sim, infelizmente isso deve acontecer por ai sim, não em escala tão colossal, mas deve acontecer – pungente e assertiva. Nos apresenta dois heróis, Stark, de 13 anos, e seu irmão e fiel companheiro, Bosten, de 16. Para compensar todo esse caos e tristeza, o autor nos presenteia com uma relação de irmãos maravilhosa. De cuidado, proteção, amor – amor verdadeiro mesmo, verdadeiro ao ponto de se aguentar o que Bosten aguentava, apenas para ficar perto de seu irmão. Tem um momento no livro, que eu não vou lembrar ao certo qual é, porque a leitura voou de tal forma que eu não tive tempo de parar e marcar, que Bosten diz que ele ainda não fugiu, porque ele não poderia deixar seu irmão sozinho lá. Que se ele fizesse isso, seria o fim de Stark. “Palitoso” é a forma como Bosten chama seu irmão mais novo.
Eu acho que nunca, nenhuma frase em um livro me fez tremer e emoção, e alegria, e agradecimento, quanto a parte em que Bosten liga, de hollywood para Stark, e diz: “Meu garoto Palitoso”. Eu chorei sim nessa hora. Eu parei e respirei, porque durante toda a terceira parte do livro eu sofri achando que Bosten tinha morrido. Eu realmente tive um calafrio ao ler isso e chorei enquanto sorria.

"E não há amor na minha casa, somente regras".

Eu acho que todo livro deveria fazer isso com você.
Deveria fazer você se apaixonar não só pelo principal ou por um ou outro coadjuvante. Os livros deveriam fazer você ter emoções diversas em relação a todos os personagens. Emily, Dahlia, Evan, Him, o caminhoneiro milagroso que eu não lembro o nome, os pais de Emily... Eu sei que a cada parte que eles apareciam eu agradecia um pouco, pois sabia que deles não viria nada que pudesse machucar Bosten e Stark.
A forma como todos parecem cuidar dos garotos me deu um conforto tão grande. Sempre que Stark dizia algo como “na minha casa nós não usamos pijama”, “Na minha casa nós lavamos nossas roupas, pois minha mãe diz que coisas de garoto são sujas”, “Na minha casa nós não podemos ficar na cama”... A cada frase como esse eu ficava com mais raiva, tristeza e um pouco de dó. Um mix assim de sentimentos.
Confesso que estou escrevendo isso freneticamente, e que apesar de ter amado incondicionalmente essa leitura, o final me despedaçou de uma forma que eu não acreditava que poderia acontecer.

“Tudo estava mudando. Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça”.

“Bosten está matriculado em um supletivo, mas não sei se ele aprendeu direitinho a seguir em frente”.
Eu realmente acho que nunca fiquei tão triste com uma frase como fiquei com essa. Enquanto presenciamos um crescimento pessoal de Stark durante a história, seu amadurecimento precoce, mas necessário, tornando-se um rapaz confiante, forte, e, ao contrário do que todos o faziam se sentir, bonito, eu não posso s=negar que a caminhada de Bosten, as coisas que ele passou – que seu namorado passou depois que todos descobriram que os dois era gays – só o fez atrofiar. Não que seja fácil seguir em frente depois de tudo o que ele passou. Abuso sexual, agressões, falta de amor em casa, falta de estrutura... MEU DEUS DO CÉU, ELES NÃO PODIAM FALAR NO TELEFONE NEM USAR SHAMPOO E CONDICIONADOR... Eu entendo isso, e o final dele foi tenso, fois bem real, já que é realmente isso que acontece com garotos que passam pelo que ele passou... Mas no fundo do meu coração eu realmente imaginei que depois de toda a subida eles conseguiriam estacionar em um lugar calmo e feliz para viver. Deixar essas merdas todas para trás... E fiquei muito mal ao ler essa frase, entender que, não importasse o que fosse, mesmo estando em segurança agora, ele não seguiria em frente “direitinho”. Ainda tenho vontade de chorar só de imaginar Bosten não seguindo em frente depois de tudo.

“Às vezes, eu me perguntava o que os havia deixado daquele jeito, mas Bosten me explicou que não são as coisas que deixam as pessoas do jeito que elas são. Ele disse que não era como pegar um resfriado ou coisa assim. Você simplesmente é de determinado jeito”.

Eu peguei esse livro para ler ao acaso. Estava há 3 dias sem ler nada e falei: “Preciso ler algo”. Olhei para a estante e escolhi ele na sorte. Nunca imaginei que ficaria assim depois de lê-lo. Que a experiência de leitura seria tão grandiosa assim. A forma como a história é contada, os artifícios que o autor usa para mostrar que Stark é diferente, os espaçamentos, a orelha faltando na parte de trás do livro, a forma como os pensamentos mais íntimos de Stark são colocados do lado direito, do lado em que ele não tem orelha e tudo é silencioso.
Eu nunca dei nada para esse livro. Comprei nem lembro o porque. Se eu soubesse que essa seria a minha experiência de leitura, já teria lido há muito tempo. Mas acredito que se eu só fui ler agora, é porque de alguma forma esse era o momento. Eu estou anestesiado, e posso dizer com certeza que esse foi o melhor livro que eu li na minha vida.

"Sempre que Bosten me chamava de Palitoso eu sabia que ele estava planejando alguma loucura. Era nosso código, a única coisa que nossos pais ainda não tinham descoberto".

31/55 – A melhor leitura que eu já tive até hoje.

site: http://zaakarcom.blogspot.com/2016/08/resenha-minha-metade-silenciosa.html
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Jhonatan A. @jounalmeida 22/06/2016

(...) e que da a ele o que anda buscando. Um pouco de amor.
É surpreendente quando se está diante de um livro diferente, não dá para defini-lo com facilidade. Então entrei na história e aceitei viver como Stark, o Palitoso. E descobri que temos muitas coisas em comum, somos realmente parecidos.

Stark McClellan e um garoto um tanto ingênuo, por mais que não pareça levando em conta seu tamanho e idade. Possui suas duvidas a respeito da vida, talvez por tudo o que passara em sua casa.

Eu me perguntava se todo mundo tomava banho a três quando tinha pelos pubianos.

Nasceu com uma deficiência, não possuía a orelha esquerda, posteriormente soube o nome daquilo, anotia. Isso fez dele um alvo fácil de bullying na escola e na própria casa. Seus pais o trata grosseiramente, agredindo-o verbal e fisicamente. Há horas que, após a surra, era mantido trancafiado em um quarto por tempo indeterminado. Palito em seus 13 anos de idade pensava que era normal o modo como era tratado e que todas as famílias faziam isso com seus filhos.

Stark, o Palito, pode confiar em seu irmão mais velho Bosten, que é um tanto rebelde e que também sofre com abusos paternos. Ambos são submissos a inúmeras regras, algumas tão banais como o modo que deveriam cortar o cabelo. Caso não obedecessem eram postos àqueles castigos que disse acima.

O que eu tinha na vida além de Bosten?

O personagem passa por momentos delicados com Emily Lohman, sua melhor amiga. Até então essas eram as únicas pessoas que faziam o menino sentir-se melhor do que podia. Possuindo um olhar simples para tudo ela e uma das poucas pessoas que entende o menino. Palito amadurece quando passa um tempo na Califórnia com sua tia Dahlia e volta um tanto mudado. Ele não podia fazer mais aquele tipo de coisas que fazia com Emily, tudo teria um significado diferente a partir daquele momento.

E uma historia realmente comovente. Impossível não se emocionar com a narrativa do garoto. Notamos a falta de uma família verdadeira, isso fica claro. Que leitura especial! Andrew adiciona emoções em um ambiente realista, onde traz violência sexual, drogas, preconceitos e a falta de um lar. Vai incluindo também personagens positivos, quem mudam a trajetória de Palito e que da a ele o que anda buscando. Um pouco de amor.

O verdadeiro ápice da narrativa é o sumiço de Bosten após uma discussão com seu pai. Esse era o medo de Stark, ficar só. Não poderia continuar sendo maltratado por aquele homem. Bosten era seu herói e sem ele não conseguiria viver. O amor fraternal é o carro-chefe do livro, nesse caso é muito melhor que qualquer romance poderia ter. A necessidade que um irmão tem pelo outro, o convívio e tudo o mais.

É um livro maravilhoso. Talvez essa resenha não tenha tudo o que senti quando estava lendo, mas o livro está melhor. A escrita tem um toque especial, você TEM que lê-lo.

site: http://clicheimperial.blogspot.com.br/2016/06/resenha-minha-metade-silenciosa-andrew.html#more
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Bela Lima 08/06/2016

É triste o que lhes acontece, mas verdadeiro.
“(...) eu sou feio. Você vê o que estou fazendo, não vê? Estou fazendo você me ouvir do jeito que eu ouço o mundo. Mas não vou fazer isso demais, prometo. Sei o que isso pode fazer com você.”

Stark é um garoto alto de 13 anos apelidado de Palito, mas não é isso que o incomoda, ele gosta de ter um nome que não seja estranho como Stark. Ele sofre preconceito, principalmente por ele mesmo, pela razão de ter nascido sem uma orelha. Contudo, Palito tem um irmão que o ama muito apesar disso e que está sempre lá para protegê-lo, inclusive de seus pais abusivos. Outra pessoa que deixa sua vida melhor é sua melhor amiga Emily.

“Todo mundo sabia o que aconteceria a seguir. Era sempre a mesma cena, só que às vezes mudava de ator quando o astro era eu. O roteiro podia variar um pouco também. Mas, na minha opinião, se você já tivesse visto uma vez, não precisava assistir de novo.”

Quando são mandados para a casa da tia Dahlia que não conhecem, eles pensam que serão maltratados por uma nova pessoa, entretanto ela se revela uma pessoa maravilhosa que os amam independente de tudo. Lá eles fazem amigos, se sentem felizes, mas terão que voltar para casa e voltar para suas velhas vidas.

Contudo, antes que isso aconteça, eles ainda ficam alguns dias nas casas de seus amigos. Palito vai para a casa da Emily e Bosten, seu irmão, para a de Paul. Mas a alegria de tudo que lhes aconteceu desaparece quando o segredo de Bosten é revelado e seu pai o expulsa de casa, agora Palito deve encontrar Bosten, pois ele é uma das únicas pessoas que está sempre do seu lado.

“Como poderia ser errado estar apaixonado por alguém que pensa o mesmo que você, que você respeita e em quem confia?

Mais da metade da historia é sobre como era a vida deles e apesar de ser narrado na primeira pessoa, o autor não força o leitor a simpatizar, mas isso não demora a acontecer. Foi uma experiência única ler uma historia sobre a perspectiva de um adolescente e escrito por um homem, Andrew fala de tanto temas ao mesmo tempo e de um jeito tão sincero que emociona e perturba. É triste o que lhes acontece, mas verdadeiro.

“E não há amor na minha casa, somente regras.”

No fim, fiquei em duvida se o titulo do livro se referia ao seu irmão, minha opinião ao ler a sinopse, ou a ele mesmo, que Stark esconde quem realmente é, fingindo ser realmente outra pessoa. Ou não conhecendo a si mesmo por não se achar importante para isso. Palito acha que sua orelha (ou a falta dela) o torna feio, sempre a cobrindo, mas tudo muda.

“Tudo estava mudando. Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça.”

Não gostei do final, fiquei surpresa quando acabou e triste. Não vi o final chegado até que não existissem mais folhas, achei que houve uma correria, tudo aconteceu rápido demais. Por que tinha que acabar assim?

Li o livro imaginando que não importava o que acontecesse desde que eles tivessem um ao outro. Ate o final. Eu quero mais do que o autor lhe deu, eu quero que eles tenham um final feliz dos contos de fadas, eu quero que mostre o que acontece muito além de onde terminou, eu quero ter esperança para a humanidade.

“Às vezes, eu me perguntava o que os havia deixado daquele jeito, mas Bosten me explicou que não são as coisas que deixam as pessoas do jeito que elas são. Ele disse que não era como pegar um resfriado ou coisa assim. Você simplesmente é de determinado jeito.”

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2016/06/minha-metade-silenciosa.html
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Su 23/05/2016

Esse livro já estava há um tempo na minha lista de futuras leituras. E, somente agora, decidi lê-lo, pois me lembrei que ele havia sido muito bem recomendado.
Stark McClean é um adolescente de treze anos que nasceu sem uma das orelhas. Ele se acha feio devido a sua deficiência. Além disso, ele não gosta muito do seu nome, preferindo o apelido Palito. Starck é chamado assim por ser muito alto e magro. Seus únicos amigos são seu irmão mais velho, Bosten, e sua vizinha, Emily. Os três costumavam ir catar siris na praia, mas Bosten, agora, se acha velho demais par isso. O que acaba tornando Stark e Emily ainda mais unidos.
Uma noite, Bosten e Stark vão ver seu amigo Paul jogar basquete. Durante o intervalo do jogo, Stark vai ao banheiro e Ricky, um dos garotos que estuda com ele, o chama de retardado e arranca o gorro da sua cabeça. Nisso, Bosten, para defender o irmão, dá um soco em Ricky.
Após serem expulsos do jogo pelo diretor, eles vão para o estacionamento esperar Paul. Quando o jogo acaba, Paul lhes conta que seu irmão, que trabalha no exército, lhe trouxe um explosivo que ao ser lançado aparenta ser um disco voador. Os três decidem ir para a praia lançá-lo. Porém, ao chegarem em casa, Starck e Bosten descobrem que seus pais já estão cientes do ocorrido no banheiro da escola e não se encontram nada satisfeitos. Por causa disso, Bosten leva uma surra do seu pai e é forçado a dormir no quarto de São Fillan, sem luz, sem roupas, sem nada. Sem poder, sequer, sair para ir ao banheiro. Mas, isso não era novidade na casa deles, praticamente todas as noites um deles tinha que dormir no quarto do castigo.
A estória desse livro é muito pesada. E, em alguns momentos não gostei da forma que o autor descreveu o Starck. Mas, a estória num todo é ótima. Consegue nos prender do início ao fim.
“- Bom, desculpa. Só queria saber como era. Não faço isso de novo se você não gostou.
- Não, tudo bem - eu disse. - E só que... é tão feio.
Ela deu de ombros.
- Eu não acho. Acho legal. Todo mundo é tão... igual, sabe?
Emily chegou mais perto de mim. Eu não ficava nervoso ou com vergonha perto dela, nunca, mas aquilo meio que me assustou. Sentia meu coração batendo muito forte e o som retumbava dentro da minha cabeça.
Eu queria que aquelas batidas nunca achassem jeito de sair.
- Olha para o meu rosto se você não acredita - ela disse. - Você vai ver.
- Ver o quê?
Então ela estendeu a mão bem de leve e devagar. Foi como assistir àquele bólido no céu. Ela tirou o boné do Bosten que eu usava e pôs a mão esquerda do lado da minha cabeça. Seus dedos se curvaram suavemente pelo meu cabelo curto. Olhei nos olhos dela.
Achei que ia ver repulsa.
Mas ela era tão delicada e perfeita. Ela baixou de novo a mão e disse:
- Viu?
Mas eu não consegui responder.
Ela aprisionou meu coração dentro da minha cabeça.
Tudo estava mudando.
Tudo, menos aquela metade silenciosa da minha cabeça.”

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
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. 26/04/2016

legal
o livro e legal, mais nao me prendeu
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Arca Literária 17/04/2016

resenha disponivel a pártir do dia 02/05 no link http://www.arcaliteraria.com.br/minha-metade-silenciosa-andrew-smith/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/minha-metade-silenciosa-andrew-smith/
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Aline Natália 28/03/2016

Minha Metade Silenciosa - Andrew Smith
"Sempre que Bosten me chamava de Palitoso eu sabia que ele estava planejando alguma loucura. Era nosso código, a única coisa que nossos pais ainda não tinham descoberto."

Escrito em primeira pessoa temos o texto todo narrado por Stark. Ao iniciar a leitura podemos estranhar um pouco a forma que o livro foi diagramado (que foi mantido igual ao original em inglês) pois temos espaçamentos exagerados, letras maiúsculas no meio da frase, porém foi uma brilhante forma que o autor usou para nos lembrar da deficiência do personagem, pois não ter a orelha esquerda faz com que o mesmo tenha um Delay (atraso).

Outro fato curioso, é que o personagem
fala que pessoas com duas orelhas
ouvem por uma e
as palavras saem pela outra orelha.
Porém pra ele não,
as palavras ficam presas,
e muitas
vezes temos trechos tensos
da história
presos na lateral da margem direita,
sem poder sair

A capa do livro também chama atenção por não conter uma das orelhas internas (usada para marcar a leitura ou estragar o livro). Todo cuidado nesses fatores tornam a leitura encantadora.

Os personagens são realistas, com problemas e sofrimentos palpáveis, os temas abordados são carregados de tensão, porém camuflados pelo olhar de um garoto que acredita que tudo pode se tornar melhor.

"E não há amor na minha casa, somente regras."
______________________________________________________________
Confira a Resenha completa no meu Blog:

Relíquias
http://reliquiasaline.blogspot.com.br/

site: http://reliquiasaline.blogspot.com.br/2016/03/livro-minha-metade-silenciosa.html
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Bia 20/03/2016

Haja coração!
Impossível não querer trazer o personagem pra casa! kkkk. É amor puro! O amor que faz surgir forças de onde se pensa que não tem, o amor incondicional, amor fraternal, descobertas, mágoas... é um livro muito lindo, um pouco 'pesado', difícil não chorar e impossível não se apaixonar!
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