Nerd Geek Feeli 12/06/2015
“O País dos Cegos e Outras Histórias” de H.G. Wells
Se em [A Máquina do Tempo] Wells nos [brindou] com um misto de genialidade e simplicidade, nesses contos ele vai além, muito além. A genialidade continua, mas as técnicas de escrita estão muito superiores às usadas em sua primeira obra. Uma evolução natural, creio.
Em “A Máquina do Tempo” o narrador era um personagem secundário e insignificante, mas era o responsável por recolher os dados, testemunhar os acontecimentos passivamente e passar a história adiante. Quase um jornalista. O mesmo acontece em alguns dos contos presentes nesse livro. O narrador é geralmente alguém próximo do personagem principal, alguém que ouviu falar de certa história, alguém que escuta e repassa. Os narradores muitas vezes se resguardam ao contar os casos, dizendo coisas como “rezava a história,” e “ele me fez usar essa narração, devo registrar“. Outra técnica interessante utilizada em alguns dos contos é que o próprio narrador incita o leitor a duvidar da veracidade dos fatos. Fica explícito algo como: “estou contando essa história, mas apesar de saber que é verdade, eu mesmo duvido, eu mesmo não creio às vezes. Fica a seu critério.“
Essas técnicas permitem que as histórias sejam contadas de maneira imparcial, e isso contribui para o tom de realismo, para tornar os contos mais críveis. Outra notável mudança em relação à “Máquina do Tempo” está nas descrições. Na primeira obra, apesar da descrição ser rica em alguns aspectos, ela é sempre simples. Já nesses contos, as descrições, de um modo geral, estão mais precisas e aguçadas.
Leia a resenha completa no link abaixo:
site: http://nerdgeekfeelings.com/2015/06/08/livro-o-pais-dos-cegos-e-outras-historias-de-h-g-wells-resenha/