E o Vento Levou

E o Vento Levou Margaret Mitchell




Resenhas - E o Vento Levou


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@bibliotecadedramas 01/02/2023

um dos melhores clássicos que já li
Finalmente meu primeiro livro de 2023 concluído com sucesso que comecei a ler no finalzinho do ano passado, demorei bastante porque “…E o Vento Levou” é um romance histórico de quase mil páginas de um dos períodos mais conturbados da Guerra Civil entre o Norte e o Sul dos EUA e eu realmente não estava com pressa pra este livro.

Há muitos anos atrás, quando ainda eu era menina, me lembro de ter assistido o filme com minha mãe, mas da história em si hoje eu já não lembrava de mais nada, é um livro que há muito tempo queria ler e foi um dos melhores clássicos que já li na vida. A protagonista desta história é Scarlett O’Hara. Sua história começa com ela ainda bem mocinha, com apenas 16 anos. Scarlett é uma garota rica, mimada, impulsiva, que adora ser o centro das atenções entre os homens e que sabe usar da beleza e das artimanhas do charme que possui para conseguir isso.

Scarlett é a filha mais velha de duas irmãs. É de família rica e proeminente no sul dos EUA. Seu pai, Gerald, é um imigrante irlandês temperamental mas de bom coração que chegou aos EUA sem um centavo no bolso e construiu Tara, uma fazenda enorme de plantação de algodão. Casou-se com uma mulher que tinha metade da sua cidade – Ellen Robillard também de uma família rica, criada em Savannah – Ellen é uma mulher religiosa, extremamente benevolente com todos e a quem Scarlett teve uma profunda devoção.

Por ser rica e ter tudo o quer, as únicas preocupações da vida de Scarlett eram os bailes, os vestidos e os homens, acontece que as coisas começam a mudar com a chegada de uma Guerra Civil e isso será a ruptura que mudará sua vida e o destino de todos para sempre. Um pouco antes da guerra começar, devo incluir outro personagem muito importante que aparece em um baile: Rhett Buttler. O peculiar Rhett Buttler é o personagem pária da sociedade, metido em todo tipo de negócios escusos e que sempre deixou claro sua aversão aos Confederados e a guerra. De fato, por isso, ele não é muito querido entre todos e obviamente no futuro irá nascer uma grande amizade/amor entre Scarlett e Rhett, mas não vou contar nada além disso porque ainda tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte.

“Quando finalmente se levantou e reviu as ruínas enegrecidas de Twelve Oaks, sua cabeça se ergueu altiva e algo que representava juventude, beleza e um potencial de ternura havia desaparecido para sempre de sua fisionomia. O passado era passado. Os que estavam mortos estavam mortos. O luxo preguiçoso de outrora se acabara, para nunca mais voltar. Ao acomodar e cesta pesada no braço, Scarlett acomodou a mente e sua própria vida.

Não havia volta e ela iria a diante.

Durante cinquenta anos, haveria por todo o sul mulheres amarguradas e olhar para trás, para o passado morto, para homens mortos, a evocar memórias que magoavam e eram inúteis, tolerando a pobreza com orgulho amargo porque tinham essas memórias. Mas Scarlett nunca olharia para trás.”

Da história eu não vou entrar em detalhes, primeiro porque são muitas coisas que acontecem e em muitos períodos: o antes da Guerra, o pós Guerra, a Reconstrução, enfim… Tanto que o livro é dividido em cinco partes. Há uma porção de outros personagens, outras cidades, outras fazendas, mas no meio de tanta história há algo muito importante: a escravidão e sua abolição. A libertação dos negros, os direitos empregados, a revolta do sul e o surgimento da KKK. Esse livro há um tempo atrás foi muito comentado e estava rolando até um movimento de boicote alegando ser uma história “racialmente insensível”.

A história que é narrada em terceira pessoa – muitas vezes conta como são os pensamentos dos personagens, como pensavam e agiam em diversas situações e de fato, possui diversos estereótipos racistas, sobretudo de como era o povo sulista americano, mas acho que pra uma história que foi escrita em 1939 que retratou fielmente um período histórico de uma nação em meados de 1860, as coisas precisam ser contadas como realmente foram – não há como dourar a pílula, há estereótipos racistas porque é assim que as pessoas eram e agiam, e tirar isso do livro, seria como colocar o problema pra debaixo do tapete.

Scarlett na verdade agia dessa forma; ela vivia em um eterno duelo mental de certo X errado das coisas e quando optava pelo lado errado – mas que a beneficiaria de alguma forma – ela sempre enfiava a consciência na ultima gaveta da mente e dizia a si mesma “amanhã eu penso nisso”, para ela todos os fins justificaram os seus meios. De fato é uma personagem extremamente forte no sentido de lutadora e isso é inegável, ela passou pelas consequências do pior de uma guerra e que herdou do pai o amor pela terra aonde foi criada e sendo assim prometeu que jamais iria passar fome outra vez. Apesar de ir a luta, trabalhar para alimentar a si e aos seus, Scarlett não mediu esforços para conseguir o que queria, sobretudo quando suas atitudes envolviam o dinheiro, e isso a fez uma mulher fria, dura, egocêntrica, egoísta e muitas vezes um pouco burra também. Scarlett era literal, não conseguia compreender as coisas que não fossem mostradas de uma forma direta pra ela.

Rhett também é esse tipo de pessoa dura e egocêntrica, um canalha assumido, mas era inteligente. Se aproveitou da guerra pra ganhar muito dinheiro e de fato ganhou. E sempre deixou muito claro isso pra todas as pessoas, por isso também era tão odiado, além de tudo era o único que conseguia ver Scarlett como realmente era e jogava todas as verdades na sua cara (eu adorava os diálogos entre os dois). Somando a outro personagem: Melaine Hamilton Wilkes estes foram os meus dois personagens favoritos da história. Melaine era uma amiga devota a Scarlett assim como Scarlett foi devota da mãe. Mas Scarlett nunca gostou de Melaine. Esta foi uma pessoa extremamente bondosa, que conseguia unir a todos a sua volta e enxergar o melhor das pessoas. E assim ela também era com Scarlett. Ela sempre saia em defesa da amiga quando todos os outros a julgavam por algo, mas tenho pra mim que no fundo, Melaine também sabia quem Scarlett realmente era, sabia inclusive do seu amor não diretamente declarado por Ashley – marido de Melaine, mas eram duas personalidades que por serem tão distintas uma da outra, se completavam e se uniam de certa forma nos piores momentos.

A reta final do livro é ainda mais emocionante, a história como um todo não tem nenhum momento de marasmo, SEMPRE há algo acontecendo, sendo assim é um livro que vai te prender do começo ao fim. Há tantas outras coisas a contar, tantos outros personagens, tantas reviravoltas, mas essa resenha ficaria longa demais, é uma história que todos em algum momento deveriam ler.

“…E o Vento Levou” pra mim é um dos melhores clássicos da literatura e hoje eu entendo o porquê. Não é apenas um romance histórico. São diversas histórias construídas e interligadas ao longo dos anos, um livro denso realmente, rico em todos os detalhes: desde lugares, histórias e personagens. Por isso que fiz questão de ler sem pressa alguma, mesmo porque é um livro longo e algo assim só faz sentido ler quando você não tem pressa alguma de terminar.

site: https://shejulis.com/livro-e-o-vento-levou/
Lu @gentequeamalivros 01/02/2023minha estante
Simplesmente perfeito sua colocação sobre os estereótipos racistas eu penso exatamente igual, precisamos falar sobre o tema e é exatamente o que essa história faz, conta como era o pensamento da época, como os negros eram vistos e tratados enfim... Eu amo essa história ?


@bibliotecadedramas 03/02/2023minha estante
obrigada, Lu!!




Eliane 23/01/2023

Um livro intenso e arrebatador como seus protagonistas, tendo como pano de fundo, a devastação da guerra de secessão, a fome, a pobreza, a morte incontável dos jovens, senhores e crianças do sul e o julgamento mordaz de uma elite em queda que se agarra aos velhos costumes como tábua de salvação incontestável a seu orgulho destroçado... Scarlett O'Hara, seu temperando tempestuoso e sua luta, diante de uma sociedade onde mulher deve ser resignada, ardilosamente feminina, emolduradora da existência de seu homem, sua recusa a este papel, sua condenação social e aqueles que a amaram e a quem, por ser quem era, ela decepcionou e que também a decepcionaram e a quem amou como tempestade que hidrata mas também arrasta e destroe... Impactante!!! Não se lê este livro impunemente!!
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Gabriela 09/01/2023

Isso não é um livro, é um tijolo. Demorei dois meses para ler, não só por causa do tamanho, mas porque a leitura fica muuuuuito chata as vezes. Não sei se devo recomendar, mas quem gosta de livros grandes e cheios de história devem gostar desse. Especialmente os que gostam de livros realistas.
No geral, achei muito pesado e realista. A personagem principal sofre que nem escrava (se liga na ironia), e ela é praticamente insensível, não ama ninguém.
Acho que seria um livro melhor se resumissem um pouco a história, desse jeito é meio chato.
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Benicio 27/12/2022

Um verdadeiro melodrama
Ler esse livro é passar por uma montanha russa de sentimentos. Ao mesmo tempo que temos uma das melhores protagonistas femininas já escrita, temos uma história datada e com viés extremamente racistas, não quero entrar em debates sobre isso pois creio que há melhores pessoas para discutir o assunto, oq posso dizer é leia e tire suas próprias conclusões sobre esse livro.
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Natelli Almeida 24/12/2022

O vento carrega tudo...até o amor
Um dos livros que mais marcou minha alma...A crueldade e infantilidade de Scarlatt...a ideia errada que tive do Capitão Butler, um homem que no fundo tinha um coração cheio de amor e foi torturado por isso. Uma obra que transpassa as areias do tempo e que se encaixa nos dias atuais.
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Fernanda.Coelho 18/12/2022

E o vento levou
Uff, meu Deus que leitura incrível, primeiro eu quero engrandecer a escrita dessa escritora sensacional porque a maneira como ela escreveu essa obra foi surreal, com muita clareza , rica em informações históricas, muito limpa e sem enrolação.
Em e o vento levou , conta a história da protagonista Scarlett O?Hara, uma Sulista jovem e mimada acostumada a ter tudo o que deseja , criada com muito zelo e dentro dos costumes sociais da sociedade da época , ela nutre um amor platônico por Ashley Wilkes, e fica decepcionada quando o já esperado e arranjado casamento dele acontece com sua prima Mellanie. Ao contrário do que muitos pensam esse livro não é de fato um romance, pois ele foca muito em questões sociais, econômicas e culturais da época,deixando o romance em segundo plano ao longo da leitura.
Quando o casamento de Ashley está prestes a acontecer ela decide revelar a ele seus sentimentos a fim de que Ashley desista do noivado, não contando que um convidado não desejado Rhett Butler, ouve toda a conversa, furiosa por sua declaração não ter surtido o efeito que desejava Scarlett , decide por vingança casar-se com o pobre Charles Hamilton irmão de Mellanie, sentindo que o tiro saiu pela culatra ela se arrepende de ter se precipitado em ter se casado ao se deparar com a realidade do casamento com um homem jovem demais e que ela não amava, do qual teve seu primeiro filho não desejado, após o casamento de Scarlett, inicia -se especulações de uma possível guerra entre os povos do Norte os Ianques é os confederados do Sul dos Estados Unidos , no qual o Norte industrializado lutava pelo fim da escravidão e pela separação dos Estados Unidos. Ao iniciar -se a guerra a vida de Scarlett , sofre uma mudança brutal , pois fica viúva muito jovem e as consequências trazidas pela guerra vem acompanhada de muitas perdas, miséria, fome desespero e muito sofrimento. Em contrapartida, Scarlett percebe que em meio ao caos e possível recomeçar ter esperanças e reconstruir o que foi destruído pela guerra inesperada. Nesse livro acontece muita coisa fala sobre a relação e a forma como eram tratados entre escravos e seus senhores , sobre a Ku Klux Klan que foi uma organização formada por sulistas brancos com o intuito de perseguir e promover ataques contra afro-americanos e defensores dos direitos desse grupo. Fala sobre costumes e forma de viver da sociedade da época que se comparado aos tempos atuais nos da margem para muitas reflexões sobre como a sociedade era auto ponitiva, com aquele que se desviava dos padrões sociais da época .
Fala sobre amizade , respeito lealdade e RECOMENÇOS. As páginas finais dessa história sensacional são páginas muito dolorosas e carregadas de muita tristeza, confesso que depois de tantas tragédia , eu esperava um final mais feliz , mas nem por isso essa história perdeu seu esplendor. ? ? ? ? ? ?.
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Lêticia Lopes 13/12/2022

Peguei spoilers e ainda valeu a leitura
Eu amo esse livro! Uma das melhores leituras do ano, como confirma o coraçãozinho. Scarlett é ao mesmo tempo odiável e muito real. Você se apega a ela, mesmo sabendo que ela é muito como uma anti-heroína. Sem falar no Cap. Butler, o cara é uma joia rara da literatura. Se a Margaret Mitchel fosse dessa geração, esse livro estaria repleto de cenas eróticas, podem anotar isso. Alguém escreveu uma versão dessa história um pouco mais explícita? Alguém poderia recomendar, caso haja?
Rayanne 03/01/2023minha estante
Tbm pensei o mesmo haha
Se não tivesse sido escrito numa época mais conservadora, com certeza teria muitas descrições hot no livro kkk


Lêticia Lopes 05/01/2023minha estante
Claramente! Quase que a autora escorregava a caneta e acrescentava detalhes picantes, aposto!




@elvira_leitora 07/12/2022

Tadinha dessa moça
Com a construção do romance, o ódio se iguala ao amor pela Scarlett. Eu não consigo assimilar esse final, precisava de uma continuação.
Torço muito para que ela tenha conquistado Rhett outra vez, porque desde o começo fica claro seu afeto por ele, apesar do costume de amar o outro.

Coração quentinho. Uma meta de leitura realizada ??
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Gabriela 26/11/2022

Não tenho palavras
Foi uma leitura difícil, não consigo dar 5 estrelas porque se eu disser que gostei estarei mentido, mas entendo a importância desse livro, entendo o contexto histórico, entendo o posicionamento da autora e entendo como hoje em dia é um livro problemático ao mesmo tempo tão atual.

Eu não consegui entender como a autora enrolou tanto no início na parte 1 e 2,tantas coisas que poderiam ter sido removida e na parte 5 ela simplesmente acelerou tudo e terminou o livro pela metade. No final, não foi uma leitura satisfatória.
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Isabela 17/11/2022

Ficção histórica sobre a Guerra Civil Americana. A Scarlet, personagem principal, é uma mulher muito determinada e de temperamento forte. Na época em que se cobrava todo um comportamento de uma ?dama?, Scarlet faz tudo às avessas. Durante o livro eu fico MORTA de raiva, porque ela é extremamente egoísta e gananciosa. Ela faz tudo ao seu alcance para conquistar dinheiro e conforto, mesmo que ela tenha que pisar nas pessoas que a amam. Mas ao mesmo tempo eu refleti sobre essas atitudes e pensei quão diferente eu seria se estivesse no lugar dela. Na verdade, quão ruim todos nós somos quando não há um padrão moral sobre nós. PQP as vezes, todos somos pessoas horríveis.
É isso que os livros clássicos fazem: explodem sua mente.?
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wmoreira 14/11/2022

Sobre a Scarlet
Uma aventura, a leitura deste livro. Ufa! Já tentei ver o filme duas vezes, o sono sempre me venceu. Preciso tentar novamente. O livro é extraordinário, apesar de longo e absolutamente centrado em Scarlet Ohara, não cansa. Aprendi muito sobre a Guerra Civil estadunidense, que lhe serve de pano de fundo. Scarlet Ohara passa a ocupar, em minha opinião, o posto de personagem mais ranhenta de toda a literatura: chata, egoísta, deslumbrada, infantil, grossa, insensível, cruel, insuportável, enfim ? mas, ainda assim, ou por tudo isso mesmo, muito interessante.
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Elen 20/11/2022minha estante
Vc é perfeita! Passei raiva demais com esse livro, 3 ??




Gouveia 07/11/2022

Sem palavras.
Caramba, não esperava que o livro fosse tão justo, estava com medo de como iria ser o final mas me surpreendeu.

Amei a história, os personagens, acompanhei tanto a vida da Scarlett que vou sentir falta ?. O livro me tirou muitas risadas, e por ser um livro um pouco (?) grande, tem algumas partes que vc fica esperando a ação, mas quando acontece alguma coisa ?.
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