O Chamado de Cthulhu e Outros Contos

O Chamado de Cthulhu e Outros Contos H. P. Lovecraft




Resenhas - O Chamado de Cthulhu e Outros Contos


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Anica 04/06/2010

O chamado de Cthulhu e outros contos (H.P.Lovecraft)
Eu já tive contato com Lovecraft anteriormente. Naquele momento, para falar bem a verdade, era TANTA gente dizendo que era a coisa mais bacana do mundo em se tratando de horror que bem, como fã do gênero é óbvio que li os livros com altíssimas expectativas. E nós sabemos que esse tipo de coisa causa decepção na grande maioria das vezes, e com o sr. Lovecraft não foi diferente. Fiquei pensando em como ele fazia caca ao prolongar demais a história após o clímax (eu sou meio fã daquela coisa de unidade de efeito, sabe como é) ou ainda ao tentar explicar o que foi visto.

Pois bem. Eis que após a leitura de Smoke and Mirrors do Neil Gaiman eu me animei a ler novamente Lovecraft (até porque uma das minhas histórias favoritas na coletânea prestava homenagem ao autor). E lá vou eu, conferir uma edição de bolso publicada pela editora Hedra, que me surpreendeu, diga-se de passagem. Fui consultar os livros disponíveis no catálogo da editora e o legal é que eles fogem do óbvio tem muita coisa que foge dos títulos que vemos nas publicações de mesmo formato aqui no Brasil, a começar pela seleção de contos do Lovecraft. Troféu joinha para eles.

Sobre os contos. Hum. As teorias do Poe ainda pesam muito quando estou lendo um conto de horror. Eu fico pensando naquelas ideias de não ser muito prolixo, para não prejudicar o efeito final e yadda yadda yadda. Nesse sentido, Lovecraft falha miseravelmente MESMO. Porque alguns de seus contos são quase novelas.1 E então eu comecei a observar os textos não como quem tenta atingir a tal unidade de efeito, mas como quem simplesmente quer contar uma história de horror. E aí, meu filho, o sujeito manda muito bem.

O legal nos contos dele não é a unidade de efeito, mas as imagens. Lovecraft é um autor extremamente visual. Mesmo dias após ler alguns contos eu ainda fecho os olhos e vejo o que li como se tivesse presenciado aqueles momentos. E alguns deles são horror puro, ainda mais se somadas à exploração dos demais sentidos que ele faz, ao incluir elementos como frio intenso, fedor insuportável e afins. É um outro tipo de horror, mas é um ótimo horror.

Dos contos presentes na coletânea meu favorito é O Modelo de Pickman, simplesmente genial. Por causa de algumas coisas que o narrador comenta você meio que já sabe o que está por vir, mas essa antecipação acaba auxiliando no desenvolvimento da tensão cada vez que se aproxima da conclusão. E a conclusão por si, é daquelas para não colocar defeito algum.

Gostei também dos demais, mesmo Dagon que já tinha lido antes e não curtido muito, agora ficou interessante depois que adotei esse novo esquema de leitura dos contos do Lovecraft. E no final das contas valeu muito a pena, até (e aqui elogiando a Hedra mais uma vez) pelo trabalho bacana que fizeram, com uma ótima introdução e com uma carta do Lovecraft no fim, além de Notas sobre a escritura de contos fantásticos.

Resumindo: daquela história de Poe ser melhor do que Lovecraft, eu cheguei a conclusão de que eles são diferentes. E eu sei que isso parece ser o tipo de coisa que se fala sobre a amante para a esposa, mas a verdade é que a coletânea me convenceu que vale muito a pena reler e ir atrás de outras coisas dele.

1. por novela aqui entenda-se texto mais longo que conto e mais curto que romance, sim? []
thaugusto 02/11/2010minha estante
Mas nas leituras que já fiz dos contos desse livro, estou na metade, percebo a unidade de efeito. A narrativa em primeira pessoa dando um relato incompleto do acontecido, o que adentra melhor o pânico das personagens, e a tensão crescente para o final marca bem tal efeito.

Pode não ser o que Poe pensou puramente, mas até então, Maupassant fez contos de enredo com efeito de maneira exemplar.


Anica 03/11/2010minha estante
O problema é que a tensão é crescente, mas não coincide com o fim (pelo menos não na maior parte dos contos). Ele costuma fechar o conto com uma explicação, ou algum detalhe qualquer sobre o que aconteceu depois, e isso acaba com a unidade de efeito.

Mas óbvio, não são em todos. Inclusive nos que ele consegue fazer o clímax combinar com a conclusão são os mais memoráveis, na minha opinião.


Roger 19/10/2021minha estante
Já não sou fã de horror, mas busquei este livro por causa de Cthulhu, depois de ouvir tantos elogios. Vamos ver o que vem né. Seu comentário me animou.




Robson 27/07/2022

Muito bom
Gostei da maioria dos contos, o autor faz você imergir nas histórias, bem contada embora tenha algumas coisas negativas em relação a um aparentemente preconceito do autor a algumas classes, mas nada que tire o brilho do universo que ele criou.
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MariBrandão 29/02/2020

Foi meu primeiro contato com o autor, e acho que fui com muita sede ao pote...

Com excessão de dois ou três contos (sendo um deles o único que realmente gostei - O modelo de Pickman) tinha a impressão de estar lendo sempre a mesma coisa. Acho que por conta de um uso de vocabulário muito repetitivo.

Mesmo assim pretendo tentar ler outras coisas do Sr. Lovecraft. Quem sabe tenho mais sorte numa próxima vez.
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raonypimentel 19/04/2020

Receio que H. P. Lovecraft não seja para mim, afinal. Essa coisa de cosmos, universo, galáxia, aliens, não funcionam como terror comigo.
O melhor conto desta coletânea, sem dúvidas, é O chamado de Cthulhu. A sua escrita me lembra, de alguma forma, It - A Coisa, do Stephen King.
Leo 04/08/2020minha estante
King se inspira nele, assumidamente kkkkk realmente lembra.




Valério 08/07/2020

Contos extraordinários
Os contos do autor são extraordinários, como entitulei a resenha. Em muitos momentos, até demais. Em outros, de menos. Para nós, que crescemos vendo monstros e terror na TV e no cinema, muitos dos "assombros" criados por H.P. Lovecraft parecem banais e causadores de um temor injustificado em seus personagens.
Não senti o terror que deveria sentir.
Contudo, HP escreve bem, a história desenrola bem.
E, no fim, as 4 estrelas vão mais pela curiosidade histórica e pelo valor literário da obra. Bom. Mas nem tanto.
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lucyinmars 05/09/2011

Lovecraft - escrito em 11/09/10
Algumas semanas atrás fui até a uma livraria pouco movimentada, na esperança já fracassada de encontrar livros sobre Karl Marx. Ao invés disso encontrei duas pilhas enormes com temas filosóficos, que iam desde Baudelaire a Goethe. Revirei bem as pilhas e, no meio disso tudo encontrei dois autores que eu ansiava muito em ler: Lovecraft e Poe. Como amo escritos do século dezoito, não pude deixar de lamentar os demais títulos que não pude comprar. Os contos góticos são realmente minha paixão!


Gastei cinquenta reais nos livros e encomendei o infeliz livro de Marx, O Capital, que eu estava com vontade de ler desde que havia eu participado de uma palestra sobre as teorias do mais-valia e do fetichismo de mercadoria. Assim, voltei lá uma segunda vez, de lá saí e com mais dois livros debaixo do braço; desta vez de Nietzsche e Marx, ainda que não fosse exatamente os livros que eu precisava.


Destes livros concluí de ler apenas o de Lovecraft, que reunia alguns contos e tão comentado O Chamado de Cthulhu.


No começo da leitura tive muita dificuldade com a linguagem extremamente rebuscada e nada objetiva do autor, com frases intermináveis que se lidas em voz alta tiram todo o nosso fôlego. Como resultado negativo tenho eu mesma escrevendo à estilo Lovecraft.


Pois bem, continuando minha crítica posso citar aqui que no final da minha leitura, principalmente nos dois últimos longos contos, comecei a sentir uma dor no coração como efeito colateral que se deveu a mania do autor de em rigorosamente todo o conto deixar apenas a grande revelação para as duas últimas linhas.


Certos padrões que percebi em seus contos, que os tornam previsíveis e pobres, apesar de variarem de tema, são que todos os que li envolverem alguém morto, ou que vai morrer, ou seja, a morte em si. O medo, como o próprio autor menciona. A arte também torna-se padrão entre os protagonistas, como o violinista de "A Música de Erich Zann", o pintor de "O Modelo de Pickman", e o também pintor e escritor de "O Assombro das Trevas". Todos, praticamente todos trazem como objeto de medo algum ser inominável, geralmente rastejante e vindo das profundezas do mar, como Dagon e Cthulhu. Citação de artistas e escritores de admiração de Lovecraft são citados aos montes em seus contos. "Ar Frio' e " A Música de Erich Zann" são praticamente iguais, suas diferenças sendo apenas os perfis dos estranhos homens que viviam no andar de cima do cortiço em que o protagonista vivia.


Gostei particularmente de O Modelo de Pickman, que retrata o modelo que um pintor usava para compor suas estranhas obras em seu estúdio escuro e estranho, lugar este onde pintava cenas primitivas e atuais da vivência de estranhos e alienígenas seres que habitavam o poço do porão da pequena casa que alugou.



O Chamado de Cthulhu, tão aclamado conto de Lovecraft, foi o que mais deu dor-de-cabeça para mim. Não que seja ruim, mas para um conto sua extensão em páginas foi um tanto quanto cansativa (36 páginas) e um palavreado cada vez mais cansativo e subjetivo. Eu realmente ansiava pelo fim da maldita história que nunca se dava e já me via desistindo de ler na terceira página após o início da leitura. Foi terrível concluí-lo. Eu parava de parágrafo em parágrafo, com a mente cansada de ter de processar e relacionar tantas palavras em uma única frase. Como já li Machado de Assis e não vi severas dificuldades depois de ler as dez primeiras páginas, pensei que com os contos de Lovecraft daria se o mesmo. Mas não. Quando conclui o livro meus olhos até agradeceram pelo fim da torturosa leitura.


O conto O Chamado de Cthulhu nada mais é do que todos os padrões de Lovecraft reunidos em um único só conto. Começa com um sobrinho falando de anotações de um tio já morto, e assim começa uma narrativa de fatos descritos no diário deste mesmo tio. Fatos que puxavam para outros fatos mais antigos, e assim eu já me via perdida na história, sem saber de que ano estavam falando.


O sobrinho resolve investigar e relacionar os fatos e anotações deixadas pelo tio, a fim de descobrir o motivo que fez tantos artistas e homens sensíveis enlouquecerem e sonharem com as palavras "Cthulhu fhtagn" durante os dias 22 de Março e 2 de Abril. Já desistindo das investigações, ele encontra por acaso uma reportagem da Austrália, que falava de um ataque marítimo e de um sobrevivente abalado pscicológicamente. Além disso, havia como anexo a matéria a foto do ídolo de pedra que o jovem sobrinho já tão bem conhecia, e logo ele foi para Sydney em busca de informações. Lá pouco encontrando, descobriu que o tal homem voltou para a Nova Zelândia com sua esposa e que lá agora vivia. Viajando mais uma vez e descobrindo que o tal homem havia morrido logo depois do acidente marítimo, conseguiu com a mulher um manuscrito em que o marujo detalhava todo o ocorrido. Pouco havia ele falado para a polícia, por não querer parecer louco. Mas ele e sua tripulação haviam entrado em combate com uma escuna de mestiços, a caminho de uma estranha ilha. Matando todos os estranhos homens por auto-preservação, dirigiu-se ao lugar onde os mestiços pretendiam chegar, e se depararam com uma gosmenta cidade ciclópica, e logo atiçaram-se de curiosidade pelo que havia por trás da porta cheia de hieróglifos. Abriram-na, libertando o temível Cthulhu, o que na verdade era a missão dos mestiços ao se dirigirem para aquele local, uma vez que as estrelas estavam alinhadas para o mesmo pudesse andar sobre a Terra mais uma vez. Apenas o marujo e mais um homem escaparam da fúria do enorme monstro de cabeça de polvo, corpo e garras de dragão e asas de morcego, escapando para a escuna e navegando mares à fora. E depois disso, supôs-se que a cidade ciclópica afundou mais uma vez, para esperar o próximo alinhamento das estrelas. Pois se não assim, diz o protagonista, o mundo já estaria decaído pelo caos total.


Um fim tanto que brusco, sendo que em minha opinião seria de mais valia se o autor esticasse mais a escrita, mesmo que se fosse para fazer um livro, e retratasse o mundo decaindo sobre as maldades de Cthulhu, e mostrar seu verdadeiro poder e força, um verdadeiro final - ou continuação - góticos. Pois o estilo gótico para mim é aquele em que os finais não são nem de longe felizes, ou acomodados, como o caso deste. Para todos os efeitos, o final foi feliz, porque o terror maior seria o que o tio falecido mais temia, a ressureição de Cthulhu sobre a Terra, e desta vez eternamente, a destruindo completamente.
Apreensiva foi a leitura interminável e rebuscada, e não o terror causado pela história, que foi completamente previsível e com um final sem graça e acomodado.
Longe de mim ofender os adoradores de Lovecraft, não teria eu me arriscado em uma leitura destas se não tivesse profunda admiração pela sua escrita. Acredito que não se pode ter uma opinião formada do que não se sabe, e por isso vi-me diante do desafio de analisar suas obras expostas no livro que adquiri a algumas semanas atrás. Acho O Chamado de Cthulhu realmente um conto exímiamente bom, considerando o ano em que foi escrito em relação a atualidade.
Recomendo a quem queira ler contos de Lovrecraft iniciarem por este, pois assim no momento em que a leitura se tornar cansativa vocês já terão lido a obra-prima deste autor, assim não agravando tantos pontos negativos deste mesmo conto como eu.
May Immortal 30/05/2013minha estante
Bem isso mesmo... Lovecraft escreve histórias maravilhosas, mas o estilo de escrita é extremamente cansativo




Wender.Dias 27/08/2020

Meu primeiro contato com H.P Lovecraft.
Destaque para os contos: O chamado de cthullu e Dagon. Gostei bastante desse universo de terror cósmicos. Recheado de mistérios, fiquei intrigado a cada pagina e o desenrolar da história. Pessoas fazendo seita maluca pra se conectar com o "cleitinho". Depois de conhecê-lo ele se conectará a você, e talvez a seita não seja tão maluca assim...
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Will 14/07/2022

Lovecraft: o inominável eloquente
Livro composto por 8 contos do mestre do horror. No geral, é uma boa distração, sendo todos os contos muito bons, porém havendo dois extensos e arrastados demais - isso fez com que a minha nota não fosse maior. Eu destaco justamente o carro-chefe "O Chamado de Cthulhu" e "A Cor que Caiu do Espaço" (leigo que sou de Lovecraft, imagino que sejam os dois contos mais populares do autor). Características como loucura, horror, taciturnidade e inenarrabilidade acerca das criaturas míticas são muito bem embaladas por um invólucro de uma bela narrativa.
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jessica 31/01/2023

encerrando a segunda leitura de 2023!!!
Meu primeiro contato com o gênero terror e com a escrita de Lovecraft.
Saindo totalmente da minha zona de conforto, sinto que essa foi uma ótima introdução ao universo gótico. Lovecraft é sensacional!
Com uma escrita incrível e contos que te envolvem do início ao fim num mistério incontestável, o autor nos mostra caos monstruosos causados pelo cosmos, caos que vão além da imaginação humana. É uma aventura sem igual. Trazendo críticas sociais e reflexões nas entrelinhas, H.P. conduz magistralmente viagens às mais insanas descobertas que o ser humano pode encarar.

com amor, j ?
D'ow 08/05/2023minha estante
Mandou bem no ponto de vista!




Marquesca 30/10/2020

Confuso, doido e intrigante
E esse foi o meu primeiro contato com H.P. Lovecraft e achei muito louco, bem sem pé nem cabeça. Esse livro em específico foi difícil de concluir, os contos não faziam tanto sentido. Não sei o que eu esperava quando inicie essa leitura, que eu só peguei para ler por ser uma leitura coletiva. Mas, certeza que esse será um universo que irei explorar, por mais que não tenha entendido muito bem as loucuras de Lovecraft, achei a sua escrita simplesmente maravilhosa.   

 
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Rodrigo 27/11/2021

Interessante
Gostei da forma como foi feito com a contos, a escrita é de fácil compreensão. O textos são agradáveis. Ele é detalhista em falar de ambientes.
Recomendo a leitura.
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Lorenna.Lory 01/01/2022

Lovecraft e o terror cósmico
Nessa coletânea de contos, é possível conhecer uma das faces de lovecraft cercada pelo terror imaginário, isto é, desconhecido, oculto e que atinge proporções galáticos. Seus contos trazem como ponto convergente o medo daquilo que não se sabe.
Criei expectativas sobre o autor, principalmente depois de vê-lo ao lado do gênio Poe. O terror dele é um bem diferente do que eu esperava, mas não deixou de ser uma leitura agradável.
Juh 01/01/2022minha estante
Acabei de ler ele




Leo 04/08/2020

H.P. Lovecraft, um gênio.
Com seu estilo de escrita diferente, mexendo um pouco além da consciência humana, te fazendo questionar diariamente o que está acontecendo, mesmo em seus contos mais fantasiosos ele sabe fazer um terror.

Em poucas páginas, em seu conto Os Gatos de Ulthar, ele consegue te colocar no meio de uma história envolvente e que ao termina você fica com aquele leve arrepio na espinha, se questionando como algo tão simples pode ser tão intrigante e com uma aura tão densa e cruel.

O livro se inicia com O Chamado de Cthulhu, um clássico do autor, criando até posteriormente um subgênero dele, o "Mitos de Cthulhu", um termo criado pelo escritor August Derleth para mencionar as criações monstruosas de Lovecraft. Nesse livro inicial você é levado a conhecer a história de um descendente de uma pessoa muito envolvida em um mistério devastador. Mantendo sempre a mística de "será que é real, será que não é" ele vai te envolvendo em uma história e fazendo com que sua imaginação te leve a entender o terror, o medo daquele protagonista, trazendo uma trama crescente e finalizando de uma forma espetacular, uma leitura simples e que te leva a começar a entender o diferencial de Lovecraft, ele sabe mexer com a dúvida e a crença do homem.

Após a introdução a mente de Lovecraft, fiz uma pausa para entender o autor, em seguida fui para o segundo conto, "A música de Erich Zann", um conto bem curto, contudo muito intrigante, você entra na mente do personagem, e com a sua falta de conhecimento para descrever o que vem a escutar, a sua imaginação pode te levar a horizontes distantes com as descrições propositalmente rasas de alguns fatos específicos, contudo o que falta, propositalmente de descrição, ele apresenta de ambientação e entrando na mente do protagonista, trazendo assim uma trama com história cercada de mistério e livre para você imaginar, isso pode ser assustador para sua imaginação.

Depois do conto de Cthulhu, devo admitir que não parei mais, li todos seguidos, então o terceiro conto é "Dagon", trazendo relato de um marinheiro a beira de um problema mental sério, e o decorrer do conto ele vai se aprofundando em como chegou a esse nível de insanidade, aproximando do suicídio, com uma história crescente, ela começa bem tranquila e de repente você se vê em meio a algo estranho, uma vivência que tenho certeza que ninguém gostaria. E aquele final, realmente muito interessante.

O quarto conto é o já citado e comentado "Os Gatos de Ulthar", acho que o mais curto, mas ainda assim não menos perturbador. Devo admitir que é de se abrir um leve sorriso para questionar até onde a mente desse autor vai.

E o próximo conto é "A Casa Abandonada", segunda maior história, muito envolvente, passa por 1 ato de introdução ao medo daquela casa, o centro dessa história, depois ele vai se aprofundando para explicar o medo, dar uma justificativa, tentar entender e o seu final muito interessante.

Todos os contos eles meio que trazem uma aura de arrependimento, de tristeza, de falta de esperança, essa aura ajuda muito na ambientação dos contos de Lovecraft, em alguns momentos você se sente sozinho ali também, vivenciando, o que torna a leitura ainda mais interessante e envolvente. Recomendo muito a leitura para quem gosta do gênero, não é atoa que Lovecraft é considerado um gênio do gênero, percursor de muitas coisas e inspiração de grandes nomes como o de Stephen King.

Nunca entenderei Lovecraft, mas sua leitura é inexplicavelmente maravilhosa.
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Chatissima 27/10/2022

Tchuchuco
Há muito tempo queria ler. A escrita é muito rebuscada em alguns aspectos, mas eu gostei disso. O terror é uma mistura do psicológico e da realidade. A forma detalhada e orgânica de mostrar o horror é o que mais me chamou a atenção. Todas as tensões e perigos que nos são apresentados se desenvolvem na hora certa, começando com uma situação estranha e se intensificando à medida que a suspeita e a estranheza crescem quando a verdadeira face da situação emerge. No geral, muito bom, são histórias divertidas e de leitura rápida, mas não gostei dos preconceitos que encontrei contra pessoas pobres ou outras culturas o que me incomodou.
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Joana 08/09/2020

É, mais ou menos
Li principalmente pelo conto do chamado do Chthullu, mas não achei tão legal. É meio paradão e eu achei que seria mais assustador. O terror é psicológico, mas ainda assim eu fiquei com um total de zero medo. Mas valeu conhecer o autor.
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