vinizambianco 29/04/2024
[sobre robôs, ovelhas elétricas e o que é SER humano]
Finalmente tive o prazer de ler um dos livros de ficção cientifica mais conceituado do mundo, Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? Foi um dos primeiros (se não o primeiro) livros a abordar um futuro marcado pela evolução das maquinas e pelo grande questionamento a respeito da artificialidade.
A obra conta a história de um caçador de recompensas que sonha em ter uma ovelha de verdade pois no mundo que vive ter um animal representa prestígio, ele encontra a oportunidade de trocar sua versão elétrica quando seis Nexus-6 fogem de marte e se encaminham para a terra.
Todo o livro é pautado pelos questionamentos dos personagens sobre quem eles são e o que fazem eles serem quem são, fora que o autor lida muito com o conceito da artificialidade, desde os robôs que se apresentam como elétricos até o modo dos sentimentos serem sentidos são artificiais. A própria felicidade que a história vende para seus personagens é artificial ao fazer eles acreditarem que precisam das tais “ovelhas elétricas”, é incrível como as metáforas que o autor cria conseguiam ser usadas antes e conseguem ser usadas hoje, é admirável. E todo o fator de empatia envolvendo os androides também é muito bem colocado. A única crítica, que nem chega a ser uma crítica diz respeito ao começo do livro, para quem não tem muita noção da história fica meio perdido, ou seja, euzinho, mas depois que a pessoa abraça o tema transcorre da melhor maneira possível.
Em suma, o livro trata de toda a gama de sentimentos que nos torna o que somos e como a falta deles não nos deixa menos humanos, só nos deixa reais, e essa é a beleza da humanidade