Natalia.Eiras 20/12/2014Resenha publicada no blog Perdidas na Biblioteca Quantos anos você tem? Esta entre 20 e 30 anos? Então preste muita atenção nessa resenha.
Antes de você começar a pensar que esse é mais um daqueles livros de autoajuda chatos, cheios de estatísticas e resumos de pesquisas que mostram isso e aquilo, eu já adianto que a narrativa é bem diferente disso.
Algumas pessoas acreditam que a fase dos 20 aos 30 é a época de curtir a vida e deixam para começar a planejar as coisas e a 'iniciar" as próprias vidas mais tarde.
Porém, isso é um erro. E Meg Jay prova através do relato das sessões que ela teve com os pacientes dela isso.
Vou me usar como exemplo para explicar os pontos que este livro deseja mostrar para você leitor.
Eu tenho 27 anos. Estou naquela fase em que terminei minha faculdade, porém não consegui ainda o emprego que sempre quis na minha área de formação. A única coisa que sei é que não quero estar fazendo o que faço hoje quando chegar aos 30 anos.
Sou "casada" com uma pessoa, pois em determinado momento nós decidimos ir morar juntos, mas filhos são uma coisa muito distante na minha cabeça. Pra ser sincera, nem sei se os quero. Provavelmente não.
Mas uma coisa eu sei... Não teria filhos antes de me estabilizar na minha carreira e financeiramente, o que, convenhamos, só acontece próximo aos 30 anos para a grande maioria das pessoas. Ou seja, eu só teria filhos aos 30 ou depois disso.
Você se identificou comigo? Então você realmente precisa ler esse livro.
Se você acha que os 30 são os novos 20, esta redondamente enganado.
Na primeira parte do livro, Jay reúne histórias relacionadas a decisões relativas a sua carreira. Porque ficamos tão ansiosos com nossa vida profissional conforme nos aproximamos dos 30 anos? Você já parou pra pensar o que estará fazendo quando chegar a essa idade? Você já falou alguma vez que não pretende continuar fazendo o que faz hoje quando estiver com 30? Provavelmente já. Mas o que você fez para tornar isso possível? O que você fez para mudar?
Na segunda parte do livro, ela aborda histórias de pacientes que precisavam organizar a vida amorosa.
Quando você tem 20 e poucos anos é relativamente normal você sair com várias pessoas diferentes. Mas será que isso é o melhor para garantir uma vida amorosa completa aos 30 anos? Pensem bem... Você gasta sua energia com várias pessoas erradas que não agregam valor, e quando chega próximo dos 30 anos você começa a olhar pros lados e ver que todas as suas amigas estão casadas ou com filhos e você começa a pensar: "Será que vou ficar encalhada?"
E ai ocorrem aquelas histórias em que a pessoa casa com o primeiro que aparece, só pra poder dizer que casou. Ou fica feito uma louca tentando engravidar, pois sente o relógio biológico pressionando. Fica bem mais difícil pra mulher engravidar depois dos 30...
Mas casamento é um passo muito grande. Precisa ter muito cuidado com quem você escolhe pra casar, por isso é melhor morar junto um tempo pra fazer o "Test Drive".
Meg Jay mostra que isso não influencia em nada. Casais que moraram juntos antes de casarem têm até mais chances de se separarem do que os que só foram morar juntos depois de casar.
O que vai definir se você terá um casamento duradouro é a forma como vocês lidam com um problema. Se as formas forem similares, o casamento tem chance de durar. Se vocês tiverem personalidades diferentes e lidarem de formas opostas (um fica calmo e racional, enquanto o outro se desespera, por exemplo), o casamento tende a fracassar.
E terceira parte deste livro irá abordar o seu corpo, lhe explicando por que o seu cérebro não esta plenamente desenvolvido para conseguir lidar com todas as decisões que você precisa tomar nessa fase da vida, mas que você pode tirar melhor proveito dele.
Esse livro mostra que essa é a fase mais importante de nossas vidas, pois as decisões que tomamos nessa época irão refletir significativamente no nosso futuro. É preciso planejamento e traçar uma linha do tempo bem coesa para que a sua carreira, seus relacionamentos e seus planos de construir uma família não sejam atropelados ou impedidos de acontecer.
Ou seja: Se voltarmos a minha história, que só planejo ter filhos depois de ter uma carreira estabilizada, eu precisava me planejar para ter essa estabilidade antes dos 30, para não correr o risco de ter complicações para engravidar.
A psicóloga traça um perfil do jovem que esta cada dia saindo mais tarde da casa dos pais; se casando mais tarde e consequentemente terá filhos mais tarde, e mostra que se esse jovem não perceber que a hora de começar a construir o futuro que ele quer é agora, ele terá sérios problemas mais à frente.
Por isso, caro leitor, se você se encontra nessa idade, eu sugiro fortemente que você leia esse livro. Ele é esclarecedor e abre a sua mente para pensar em coisas que até então você não vinha dando valor por pensar que ainda tinha muito tempo para pensar nisso...
Definitivamente os 30 não são os novos 20.
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http://www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com.br/2014/08/a-idade-decisiva-por-meg-jay.html