Juliana 23/01/2014Incrível Coletânea de Contos É verdade que do século XIX até os dias atuais, o conceito do fantástico pode ter mudado um pouco, e alguns desses contos selecionados não sejam considerados tão fantásticos assim. Mesmo assim, apesar de um conto ou outro mais chato, vale a pena ler a coletânea.
A obra é composta de 26 contos, todos com comentários do organizador em seu início, e divididos entre o fantástico visionário e o fantástico cotidiano, sendo 12 contos pertencentes ao primeiro grupo e 14 ao segundo. A diferença entre está na época, o primeiro tipo é da primeira metade do século XIX e o segundo, da segunda metade. Geralmente, há também uma diferença entre esses dois tipos de contos que seria a natureza dos acontecimentos. No primeiro caso, o fantástico seria um elemento externo, enquanto no segundo, o fantástico estaria mais no interior dos personagens, tem mais a ver com as percepções destes de seu entorno. Esse segundo tipo possui maior número de metáforas, é necessário pensar um pouco mais no significado desses, o que, em alguns casos (mas não em todos), os torna mais interessantes.
Entre os 26 contos que compõem esse livro, considero alguns como tendo mais destaque, ou seja, são os melhores: Sortilégio de Outono, de Eichendorff; O Homem de areia, de Hoffman; A Morte amorosa, de Gautier; A Sombra, de Hans Christian Andersen; O Demônio da garrafa, de Robert Louis Stevenson; Em Terra de cego, de Herbert G. Wells; e É de confundir, de Isle-Adam. No geral, um livro muito bom, interessantes tanto para quem procura uma leitura inteligente e que faça pensar, como para quem busca por uma leitura leve e agradável.
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