Hiroshima

Hiroshima John Hersey




Resenhas - Hiroshima


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Rafael 03/03/2020

Um dos primeiros trabalhos do chamado jornalismo literário, John Hersey vivencia os horrores de uma Hiroshima um ano após a explosão da Bomba A, e como a cidade e seus habitantes estão um ano após o fatídico dia.
Dividido em duas partes, o livro não se atém somente aos fatos em si, mas principalmente, às histórias de seis pessoas afetadas pela explosão (hibakushas) que vivenciaram esse momento histórico e anos após, como viveram.
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AleixoItalo 11/01/2020

Hiroshima conta a história de 6 sobreviventes da explosão da bomba atômica, e é um dos precursores do jornalismo literário.
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Escrito como um artigo e só posteriormente publicado como livro, a narrativa mostra todos os momentos desde a detonação da ogiva até os dias subsequentes. A história preza pelo primor jornalístico e exposição dos fatos, e faz criar laços e afeição pelos personagens através da narrativa de sua história de vida antes e depois da bomba.
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O livro ganhou um novo capítulo mostrando como estavam os sobreviventes 40 anos após a explosão, embora seja destoante o ritmo deste com o resto do livro
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Alessandro 26/10/2019

Impressionante maldade humana
Um livro que descreve a grande poder destrutivo do ser humano ao mesmo tempo mostra a capacidade humana de reação e solidariedade após uma catástrofe. Através dos relatos dos sobreviventes fui transportado pelo autor para dentro da tragédia: grande sofrimento humano, todo o poder destrutivo da bomba atômica, a solidariedade dos sobreviventes... E a minha conclusão: devemos dizer NÃO a guerra sempre! As consequências são irreparáveis!
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Henrique Fendrich 24/09/2019

Para lembrar de Hiroshima
É justo que o acontecimento mais emblemático do século XX também tenha sido o tema da melhor reportagem daquele século. O impressionante esforço de pesquisa de John Hersey para reconstituir o dia 6 de agosto de 1945 na vida de seis personagens faz de “Hiroshima” o relato mais aproximado e humano daquilo que foi a tragédia japonesa. Embora os fatos narrados por Hersey criem por si só um ambiente de tensão, também é de se admirar o quanto a sua estrutura narrativa prende a atenção – e, sobretudo, emociona.

Os pequenos detalhes coletados pelo autor sobre o dia do ataque da bomba atômica e os que se seguiram dão a dimensão do horror a que fomos capazes de chegar, e não será surpresa se a ele um dia retornarmos. Lê-se o livro, primeiramente, na expectativa daquilo que sabemos que irá acontecer. Depois que acontece, lê-se com avidez ainda maior, tão compenetrados ficamos na tentativa de sobrevivência dos personagens e no drama daqueles que não conseguem.

Os momentos de solidariedade em meio à tentativa de salvação individual são bastante comoventes, especialmente porque às vezes eles fracassam e mais pessoas morrem. Em alguns há até mesmo um curioso sentimento de culpa pela sobrevivência. E Hersey não precisou apelar para as frases de impacto ou para os adjetivos que arrastam: sob sua escrita, a simples descrição dos fatos já é capaz de conduzir à emoção.

Entre os vários momentos dignos de emoção da obra está o da mulher sentada com a filha morta no colo, à espera do marido, um soldado que fatalmente também havia morrido. Seu argumento para não se afastar da filha morta ou mesmo sepultá-la era de que o seu marido era um homem tão bom que merecia vê-la ao menos mais uma vez. Quatro dias depois, com a criança já em avançado estado de decomposição, aquela mãe permanecia no mesmo lugar, sentada com a filha ao colo, à espera de um marido que não viria nunca.

O trabalho de Hersey mereceu uma edição inteira do The New Yorker antes de ser publicado em livro. As edições mais recentes também contam com um capítulo escrito pelo jornalista quarenta anos depois, quando voltou à Hiroshima para descobrir o que havia acontecido com os seis personagens que havia retratado. A obra cobre, portanto, desde o inesperado ataque, cuja origem e dimensão ainda era ignorado, até os efeitos, físicos ou não, que deixou em seus sobreviventes.

Estes personagens (um reverendo, uma viúva, o proprietário de um hospital privado, um jovem médico, um padre jesuíta e uma funcionária administrativa) tem histórias significativas o bastante para serem evocadas em qualquer conflito internacional – e, convém dizer, não apenas naqueles em que a ameaça são armas químicas. O relato de Hersey é constrangedor para a humanidade, e infelizmente passa despercebido para as forças que movem as guerras no mundo.
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setantarpgs 27/02/2019

Pérola do jornalismo literário
Essa obra possibilitou a descoberta de um gênero literário pelo qual me interesso bastante: jornalismo literário. O relato direto amplia o espectro de compreensão do leitor sobre a tragédia de Hiroshima e suas consequências inesperadas. Inesquecível e necessário!
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Mauricio 29/09/2017

A um escombro da morte


Livro de John Hersey, Hiroshima, traz à tona a história de seis sobreviventes que estavam a poucos metros do centro da explosão da bomba atômica jogada pelos Estados Unidos no Japão. Contando com a sorte e alguns metros de concreto, todos os personagens sobreviveram ao ataque e relatam minuciosamente a experiência traumática de se tornar cobaia da primeira bomba de destruição em massa, que vitimou cerca de 100 mil pessoas. A cautela ao relatar o perfil dos personagens, por Hersey, demonstra a frieza e o impacto em trazer ao leitor, com dados precisos, a reportagem mais importante do século 20.

Título: Hiroshima
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 172
Preço: R$47,90
Autor: John Hersey

Hiroshima é uma aula de empatia. E o fast-journalism, hoje, sente a ausência disso. O autor busca, por meio da descrição, criar a imersão do leitor ao fato, imaginando, por meio das características e o sentimento de tensão da Segunda Guerra Mundial, o fato que chocaria o mundo - a explosão de uma bomba atômica. Hersey achou na precisão dos dados uma das formas de chocar e trazer o debate aos leitores da New Yorker, que tiveram o privilégio de ler uma matéria completa, com uma edição inteira, sobre os horrores que se passaram na cidade japonesa. Ele poderia - e faz - provar que a precisão de dados não se antepõe à descrição literária; é necessário saber utilizar ambos em conjunto. É como uma fuga do maniqueísmo político que viria a tomar o mundo posteriormente na Guerra Fria. O Dr. Terufumi Sasaki, um dos seis personagens do livro, é descrito, por meio do que fazia, no momento exato do acidente: desde suas angústias ao que viria acontecer posteriormente. O clímax do livro, como uma boa chamada de uma matéria, vem logo no início, no momento da explosão. E nesse período o autor se consolida como repórter nato: ‘‘Então a explosão sacudiu o prédio (a 1485 metros do centro). Os óculos do médico voaram longe; o frasco de sangue se espatifou contra a parede; as sandálias saíram-lhe dos pés - mas isso foi tudo que lhe aconteceu, graças à posição em que ele se encontrava.’’ (Pg. 20). Percebe-se que, pelo número quebrado, sua precisão em relatar o local onde se encontrava o médico demonstra o alto nível de apuração realizado pelo autor, não deixando de lado as minúcias do fato, que mantêm o leitor preso à reportagem.

Na década de 60, o debate entre Jornalismo de Dados e Jornalismo Literário se antepôs. Não há duvidas a um leitor de Hiroshima que trata-se literatura, mas sem qualquer tipo de invenção - tudo é verdade no fato, por se tratar de jornalismo. O que não se observara naquele período é que os dados eram complemento à literatura. É impossível fazer jornalismo sem dados tal como é improvável contar uma boa história sem qualquer tipo de descrição. A Sangue Frio, de Truman Capote, pode resumir perfeitamente o tipo clássico de Jornalismo Literário, por conta da apuração em trazer o melhor tipo de descrição ao assassinato brutal de uma família no Kansas, mas só Hiroshima soube complementar ambos os tipos de fazer jornalístico. O único problema da reportagem de Hersey - e que é dito por Harold Ross, um dos fundadores da New Yorker, onde o texto foi publicado - é que em nenhum momento se fala o motivo da morte de todas aquelas pessoas descritas, adjacentes aos seis personagens: elas faleceram pela intoxicação, pelos escombros ou pelas queimaduras? O autor não responde isso; deixa como interpretação vaga ao leitor.

A reportagem - apesar de dissolver seu clímax logo no início, no momento da explosão - se tornou um alento por dois motivos: o primeiro é que ela aborda o ponto de vista de seis pessoas que não se conheciam ou que tinham um contato superficial antes da explosão, mas que, apesar das divergentes características e ramos profissionais, acabam convergindo pela tragédia e se conhecendo, como em uma série de televisão; isso é observado claramente entre o Padre Kleinsorge e a trabalhadora de uma fundição de estanho, Toshiko Sasaki. Tudo parece ficção, o que deixa a narrativa mais interessante: não foge à cabeça do leitor, o tempo inteiro, pensar que tudo aquilo era verdade e de fato aconteceu. Pensar nisso, hoje, é algo inimaginável. O segundo ponto é que o autor sobre precisamente trabalhar com o pré e o pós; com os fatos, de cada um dos personagens que sucederam nas horas anteriores até a explosão, às 8h15, em Hiroshima, mas, também, valorizando a destruição posterior, o caos de pessoas que, ao serem encostadas, tinham a pele arrancada, a história de uma cidade civil que teve um raio de 8km devastado pela justificativa norte-americana de um ‘‘mal necessário’’ para terminar de vez com a Segunda Guerra.

Hiroshima é um prato cheio para um historiador que busca a contextualização do maior conflito do planeta até então. Seu impacto histórico é irreversível. Quando Hersey volta ao local, 40 anos mais tarde, no capítulo Depois da catástrofe, descreve os fatos sucessivos ao fim da Guerra, como a polarização entre URSS e EUA, o desenvolvimento de bombas atômicas por outros países e o auxílio - e principalmente a ausência dele - internacional às vítimas do experimento.atômico. Hersey traz à tona, também, pelos relatos, o orgulho de pertencimento à nação, desdobrados através da Revolução Francesa; esse foi um dos motivos do início da Grande Guerra. A banalidade do mal, de Hannah Arendt, se torna um complemento essencial às questões éticas presentes na reportagem. O autor busca explicar o termo utilizado pelos que sobreviveram à explosão; eles não gostavam de ser chamados de sobreviventes, pois era um desrespeito aos mortos que não tiveram a mesma sorte. Hibakusha se tornou a palavra precisa às pessoas. Ela significava ‘‘pessoas afetadas pela explosão’’. Houve um grande traço de humanidade, como toda reportagem responsável deve ter, no autor em se utilizar da expressão no restante do livro. O que separava um morto de um vivo era uma parede. A maioria dos que sobreviveram estavam a um escombro da morte. E isso bastou.


Maurício Rabaiolli Paz
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Rafael.Sabino 05/07/2017

Magnífico
Sem palavras para descrever, o livro conta em detalhes como os sobreviventes vivenciam antes, durante e após o acontecimento.
Eu recomendo.
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Andressa 24/04/2017

A bomba atômica lançada pelos Estados Unidos matou 100 mil pessoas na cidade japonesa de Hiroshima, em agosto de 1945. Um ano depois, a reportagem de John Hersey publicada em edição única e especial da revista The New Yorker reconstituía o dia da explosão a partir do depoimento de seis sobreviventes. Mais do que revolucionar o jornalismo vigente, a narrativa deu rosto à catástrofe da bomba: o horror tinha nome, idade, sexo, profissão, família e cultura.

A reportagem descreve como os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki afetaram indiscriminadamente a vida de seis pessoas de diferentes classes, sexos, faixas etárias, condições sociais e até nacionalidade. Hersey inicia o livro reconstituindo o dia da tragédia pelas lembranças de seus personagens: onde eles estavam, o que faziam, o que pensaram ao ver um grande clarão no céu. Foram eles o reverendo Kiyoshi Tanimoto, um pastor metodista educado nos Estados Unidos; Hatsuyo Nakamura, uma viúva de guerra e mãe de três crianças; Masakazu Fujii, médico proprietário de um hospital privado; padre Wilhelm Kleinsorge, um pastor jesuíta alemão designado para a cidade; Terufumi Sasaki, um jovem médico no Hospital da Cruz Vermelha; e Toshiko Sasaki: uma funcionária administrativa da East Asia Tin Works (sem parentesco com Terufumi Sasaki).

Confira a resenha completa em https://goo.gl/2yGPGl

site: https://goo.gl/2yGPGl
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Sayonnara 22/11/2016

Incrível
Que reportagem jornalística incrível sobre Hiroshima John Hersey realizou, descrevendo pela ótica de seis sobreviventes o impacto que a bomba teve para todas as pessoas afetadas, não precisou apelar para o sentimentalismo ou recursos emocionais, simplesmente a descrição como foi feita nos deixa chocados. Indico este livro para qualquer pessoa que tenha curiosidade sobre este fato.
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Nena 23/02/2016

Um livro reportagem q traz os depoimentos comoventes do antes, durante e depois de seis sobreviventes (duas mulheres e quatro homens) da bomba atômica q explodiu na cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945, matando 100 mil e deixando outros 100 mil feriados em uma cidade com população de 245 mil habitantes.
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Isabella.Lubrano 07/08/2015

Uma das melhores reportagens de todos os tempos
Já são setenta anos.

Setenta anos desde aquela manhã de agosto em que a bomba mais destrutiva já fabricada explodiu sobre a cabeça de milhares de japoneses, matando cem mil.

E um número simplesmente incalculável de pessoas precisou conviver pelo resto da vida com os efeitos colaterais daquela bomba atômica – membros amputados. Cicatrizes horrorosas. Doenças crônicas. Várias formas de câncer.

Não é pra menos que desde aquela manhã de 6 de agosto de 1945, a humanidade passou a viver num clima de permanente de MEDO.

Não medo da guerra. Nem medo da morte. Essas coisas sempre existiram e sempre vão existir. Mas tipo diferente de medo, o medo da ANIQUILAÇÃO TOTAL.

E uma obra que revela o poder dessa arma também está fazendo aniversário: é o livro Hiroshima, do americano John Hersey, que conta a história de 6 sobreviventes da bomba atômica.

O que eles estava fazendo na hora da explosão. O que cada um viu e sentiu no exato momento em que a bomba caiu. O que aconteceu logo depois.

Depois desse dia, o medo da guerra nuclear virou o maior pesadelo das potências mundiais. E muito disso se deve ao livro Hiroshima, que foi lido no mundo inteiro.

E mesmo que hoje ninguém mais fale muito sobre esse assunto, vale lembrar que existem mais de 20 mil bombas nucleares em 9 países do mundo. Um arsenal suficiente pra eliminar a raça humana, várias vezes.

site: https://www.youtube.com/watch?v=ICfGpe2Vw7U
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Vanessa 04/05/2014

O livro contem relatos dos momentos que precederam a explosão sob a perspectiva de 6 sobreviventes. O autor colheu os depoimentos um ano após a bomba atômica arrasar Hiroshima. A história narra em detalhes o que cada um deles fazia até o momento em que viram o grande clarão.
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Debora 25/11/2013

Hiroshima - John Hersey
Hiroshima conta a história da bomba atômica lançado sobre a cidade de mesmo nome. O autor descreve os acontecimentos baseados no ponto de vista de seis pessoas que viveram esse terrível dia e sobreviveram para contar a história. A narrativa acompanha esse dia fatídico desde o inicio e a situação dos meses seguintes. E na parte final dá um pequeno panorama de como ficou a vida dessas pessoas quatro décadas depois.

Impactante. Realista. Perturbador. Hiroshima é tudo isso. Além de emocionante, me arrepiei nas primeiras páginas. Enquanto lia o pensamento que me dominava era: "Isso é real, realmente aconteceu. Cem mil pessoas morreram nesse dia e outras milhares sofreram e ainda sofrem. Tenho medo dos seres humanos".

É realmente um choque de realidade acompanhar a trajetória desses seis personagens que por sorte (destino?) não morreram e presenciaram o estado nu e cru em que Hiroshima ficou após o lançamento da bomba e todas as consequências que trouxe para a vida das pessoas, tanto nos relacionamentos, crenças e principalmente saúde. Além disso, o modo como o escritor aborda a história deixa uma ampla margem para reflexões a cerca da temática polêmica que até hoje permeia o lançamento da bomba.

O que mais me intrigou foi a força dos japoneses ao lidar com uma situação tão desoladora. Se eu não os entendia antes fiquei mais longe de tal façanha agora. É realmente surpreendente o modo como eles se reerguem e tocam a vida para frente e começam a reconstruir tudo mesmo que seja do zero. Com certeza, esse é um dos motivos de eles estarem onde estão, em termos socio-econômicos.

A escrita do autor é realista e digamos crua, gostei muito do formato que ele abordou o tema, no entanto achei que faltou sentimentos. Em alguns momentos eu me pegava pensando o que as vitimas/sobreviventes estavam pensando, mas não tinha essa informação. É claro, que devido as descrições e a situação podemos deduzi-las. Li que isso foi uma escolha deliberado do autor, mas em alguns momentos não me agradou.

Enfim, é um bom livro para os amantes de história como eu e que queiram mais detalhes e uma visão interessante do que aconteceu naquele dia que mudou o rumo da Guerra, além do da humanidade. A leitura é rápida e interessante, apesar de ter alguns pontos baixos, mas não deixe isso te desanimar.

site: Mais resenhas em: http://vanille-vie.blogspot.com.br/
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