O EGÍPCIO

O EGÍPCIO Mika Waltari




Resenhas - O Egípcio


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Wellington V. 16/02/2010

Uma Obra Faraônica
"Eu Sinuhe, filho de Senmut e de sua mulher Kipa escrevo isto. Não o
escrevo para a glória dos deuses da terra de Kan, porque estou cansado de deuses, nem para a glória dos faraós porque estou cansado de seus feitos. Tampouco escrevo por medo ou por qualquer esperança no futuro; escrevo para mim, apenas."

Não, não, não e não. O protagonista deste classicaço literário NÃO escrevera para si mesmo apenas. Suas palavras, a despeito do que disseste, endereçaram-se a uma grande parte de pessoas, ao redor do
mundo, que talvez precisassem tomar ciência do que disse O Egípcio.

Foram, são e serão pessoas que, de uma forma ou de outra, creem numa vida após a morte (ou não...), numa vida eterna, num tempo vindouro, porém (não se sabe o quão) distante, pessoas que tem uma ligação muito forte com o pretérito e o futuro, nesta ponte que é o presente. Em suma: pessoas que trazem estas características supracitadas, além, é claro, de carregarem em seus corações marcas deixadas pelas eras, pelas lembranças dos tempos.

Ganhei o meu exemplar de um dos que foram os maiores professores que já tive, numa das épocas mais memoráveis de minha vida. O Mestre Raimundo Nonato -- abração, Mestre!!! --, professor de História e Filosofia, me presenteou com seu "O Egípcio", em 1994. Julgo ter feito jus a tal presente porque, dois anos antes, eu já me destacava -- sem falsa modéstia -- por ser seu melhor aluno (o mais participativo).

Principalmente no que se referia ao assunto Egito Antigo. (Ô, Saudade...)

Considero o ponto alto (altíssimo!) do disco -- Ops! Eu quis dizer "livro"(1) -- os capítulos sequenciais "Minéia" e "A Mansão Escura". Até hoje noto um paralelo entre eles e alguma coisa em minha vida. Por falar nisso, entre boa parte do livro e minha vida. (Mas isso é outra
história...)

Quem ainda não leu essa "jóia rara" (mais jóia que rara) deveria fazê-lo. Por quê? As respostas somente semelhante tesouro em papel poderá dar.



NOTA


(1) Estou a ouvir "Sequent 'C'" (Dó sequencial), do Tangerine Dream. A
faixa, emuladora de flautas num orgão, tocado por Peter Baumann, parece estar em sintonia com o livro. Ademais, faz parte daquela que é
considerada a obra-prima do TD: "Phaedra" (lê-se "Fedra"), de 1974.
Discordo: "Phaedra", muito bom album, é finalizado com "Sequent 'C'", uma das composições mais expressivas do TD, talvez a melhor faixa do album. A obra-prima do Td talvez seja "Rubycon" (1975).

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Geógrafo da Alma (Poeta) 19/01/2009

Apaixonante
Essa é uma obra que literalmente eu amo. Sempre que saio de férias leio e torno a me emocionar como na primeira vez. Sinueh o médico é um grande protagonista, antagônico em suas atitudes e simplesmente deslumbrante.
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