O Coração das Trevas

O Coração das Trevas Joseph Conrad




Resenhas - O Coração das Trevas


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Lusiana 29/07/2023

Ainda pensativa ?.
Gostei do livro, mas não amei, em algumas partes achei meio confuso, mas a história tem muitas camadas e te faz pensar!
Podem ser percebidos diversos estereótipos durante a leitura, em alguns pontos achei o livro até um pouco racista, não sei se essa era a intenção do autor, por se tratar de um livro que tem por base no Colonialismo!
A edição que li tem 3 textos de apoio maravilhosos e que não parei de ler até acabar todos, temo dizer que gostei mais dos textos de apoio do que do próprio livro!
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Pk_Affonso1408 29/07/2023

O Horror! O Horror!
A obra se apresenta com uma narrativa dentro da outra, feita pelo protagonista Marlow que conta aos seus companheiros o que o levou ao posto de capitão e sobre ir em busca de um homem odiosamente misterioso, conhecido como Kurtz em uma expedição ao coração das trevas.

Coração das Trevas acaba adquirindo um caráter crítico sobre o olhar branco e europeu com relação aos povos africanos e em como os mesmos eram vistos como "selvagens" e menos civilizados e sua cultura era desprezada pelos colonizadores. Com isso temos descrições extremamente degradantes e nauseantes dos povos africanos, as descrições sem filtro são impactantes para o leitor, já que o narrador diz exatamente o que vê ali, com a sua mentalidade de quem acha que está ali para auxiliar o governo a fazer o que era certo.

A obra é uma aventura marítima, então traz vários momentos de Marlow atrás de Kurtz a fim de conhecer mais sobre o homem que alcançou o sucesso que tanto almejava, onde nesse trajeto, passa por momentos clássicos de livros de aventura, como fugas frenéticas, ataques de povos locais e cenários confusos.

Consegui entender a razão da obra ser um clássico literário devido a sua crueza de palavras e pelo seu peso histórico mas isso não a torna uma leitura mais fácil já que mostra um dos piores lados da humanidade, aquele banhado em ganância e exploração sob o pretexto de um progresso humanitário que não chega, causando muito sofrimento para os mais fracos. É um livro sobre o pior lado da natureza humana. É uma leitura válida mas que precisa de estômago e paciência para ser lido.
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Lobita_______ 28/07/2023

Exigente no começo, envolvente no meio e no final. O autor é incrível pra ambientar, você se sente ali no meio dessa aventura horrorosa.

É inacreditável que isso tudo já tenha acontecido e que já foi considerado normal. Histórias como essa não podem cair no esquecimento, ao contrário, além de serem lembradas tem que abrir caminho pra que o lado afetado conte sua versão dos fatos, erga sua voz e receba o mínimo de reparação.
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Icaro 27/07/2023

Horror horror
Livro que conta o relato de uma viagem para o antigo Congo Belga. Serviu de inspiração para diversos autores, inclusive para o filme Apocalipse Now.

Mas o que realmente chama a atenção é a denúncia relativa ao genocídio praticado pela Bélgica contra os congoleses. Estima-se que chegaram a morrer mais de 10 milhões de pessoas, sendo que até hoje pouco se fala sobre essa atrocidade liderada pelo Rei Leopoldo II.

Publicação primorosa da Darkside.
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Regis 25/07/2023

A criminosa empreitada "civilizatória" na África
O autor Joseph Conrad era de origem polonesa, após tentar suicídio em Marcelha, na França com um tiro no peito, foi convencido por seu tio a mudar de ares e trabalhar na marinha mercante britânica. Após isso, foi contratado por uma companhia belga como capitão do barco a vapor Roi des Belges; onde presenciou atrocidades extremas e criou uma profunda aversão aos mercadores europeus e ao degradante regime de trabalho imposto aos africanos. Apesar de acreditar (assim como a grande maioria dos europeus em sua época) que era obrigação do homem branco levar a civilização e a religião para os povos nativos do continente africano, Conrad não concordava com os métodos de colonização empregados pelos belgas no Congo, todo o horror que presenciou por esse curto período de 1890 o fez escrever em 1899, Coração das Trevas: que narra ?a criminosa ineficiência e o puro egoísmo da empreitada civilizatória na África?, conseguindo com sua obra explorar a profundezas do horror e do desespero humano com uma clareza aterrorizante.

Marlow, o personagem principal e também um dos narradores do livro, acredita, assim como o autor, que a missão civilizatória na "África selvagem" é o "fardo" do homem branco. Entretanto, o impacto da visão do que a missão dos agentes do rei Leopoldo II se transformou o deixou estarrecido e aterrorizado... enquanto seguia para o barco que comandaria; viu pelo caminho como os nativos eram acorrentados e obrigados a trabalhar na estrada de ferro, carregar nas costas cargas imensas de marfim do centro do Congo Belga por milhares de quilômetros até o litoral, alguns trabalhavam até a exaustão e jaziam encostados em árvores, haviam corpos de nativos mortos a tiros largados na estrada se decompondo... e a compreensão do que Marlow presenciava, mostrava a brutalidade arbitrária do tratamento dado aos nativos da África Equatorial escravizados para a extração do marfim.
E enquanto subia o rio indo cada vez mais fundo no coração das trevas para resgatar kurtz, Marlow não tinha a menor noção de que estava dirigindo-se ao encontro do maior horror de todos.

O autor traz uma narrativa simbólica, com uma história dentro da outra, sintetizando todo o mal, devastação e morte em um único personagem: o agente Kurtz... e com isso consegue demonstrar o retorno ao primitivismo, a crueldade e a ganância que o ser humano pode atingir, a ponto de dizimar significativamente uma população em nome da cobiça desmedida de um colonizador inescrupuloso que supostamente promovia expedições humanitárias e científicas para "civilizar os selvagens".

A partir do momento que Marlow encontra o "Arlequim", o jovem russo com suas vestes completamente preenchidas por remendos perfeitos e coloridos, a narrativa segue descortinando a história hedionda da passagem de Kurtz por aquele território. E então conseguimos visualizar todo "O horror! O horror!" em suas mais variadas facetas.

Coração das Trevas é um livro que revela parte do impacto que o autor sentiu em sua estadia na África e também é um retrato dos desmandos do imperialismo europeu que usava de métodos bárbaros enquanto afirmava estar levando a "civilização" para o continente africano.

Esse é um clássico que foi e continua sendo muito discutido, possui uma leitura que demanda um pouco de esforço para uma completa compreensão; principalmente para quem não tem nenhum conhecimento dos acontecimentos vivenciados pelo autor e de tudo que se passava no continente africano quando Joseph Conrad decidiu escrever o livro.

Existem dois filmes que são adaptações da história do livro de Conrad: A Maldição da Selva de 1993, do diretor Nicolas Roeg e Apocalipse Now de 1979 do diretor Francis Ford Coppola. Eu assisti aos dois e são maravilhosos.

Esse é um livro marcante que recomendo para todos que apreciam os grandes clássicos.
Mike27 25/07/2023minha estante
Eu sabia que você não ia me decepcionar! Suas resenhas sempre me deixam embasbacado! Parabéns! ???


Aryana 25/07/2023minha estante
Esse livro é incrível!


Léo 25/07/2023minha estante
Resenha perfeita, Régis. ?


Dona Erica 25/07/2023minha estante
A resenha faz a gente querer ler o livro!


Henrique Sanches 25/07/2023minha estante
5 estrelas!!! Parabéns pela resenha...


Regis 26/07/2023minha estante
Obrigada, Mike! ?


Regis 26/07/2023minha estante
Valeu, Henrique! ?


Regis 26/07/2023minha estante
Obrigada, Léo! ?


Regis 26/07/2023minha estante
Também achei o livro incrível, Ariana. ?


Regis 26/07/2023minha estante
Leia, Erica, é uma história cheia de nuances, você vai gostar. ?


Alex 28/07/2023minha estante
Mais um pra lista.


HenryClerval 04/09/2023minha estante
Resenha incrível, Régis. ???


Regis 04/09/2023minha estante
Obrigada, Leandro. Foi ótimo ver o documentário contigo. ?


HenryClerval 06/09/2023minha estante
Também achei, Régis.?


Jefferson 26/11/2023minha estante
Tem toda uma discussão, levantada por intelectuais, que consideram esta obra racista, pela descrição feita dos africanos. Uma discussão longa, mas interessante q vem já desde a década de 1970 e tal. Não sei se vc lê em inglês, mas tem um artigo da New Yorker, super legal e bem fácil de achar no Google, chamado The trouble with heart of darkness q talvez vc se interesse. Abs.




JefersonBOli 25/07/2023

Tensão e HORROR!
Esse livro mostrou para mim mais uma vez que quando uma leitura estiver chata, pare e recomece em outro momento. Na primeira vez que li, achei ok, interessante; porém, como a escrita do autor contém poucas quebras de parágrafo, ficou cansativa e eu simplesmente li por ler, apenas. Já nessa segunda tentativa, com um pouco mais de maturidade literária para livros complexos, consegui absorver muito mais coisas e acredito que tenha aproveitado essa viagem "horrorosa" ? no bom sentido.

Falando um pouco do enredo, Coração das Trevas é uma novela que narra a viagem do marinheiro inglês Marlow pelo rio Congo, na África, em busca de Kurtz, um comerciante de marfim que se tornou um tirano entre os nativos. Ao decorrer dessa viagem (que Marlow está contando aos seus colegas de barco de uma nova viagem), ele vai narrar as atrocidades encontradas naquelas terras; atrocidades, essas, tanto dos colonizadores europeus quanto a selvageria daquele povo nativo. Com isso, fica a reflexão de qual das duas é a pior.

A obra é uma crítica ao colonialismo europeu e à exploração da África, mostrando o contraste entre a civilização e a selvageria, a luz e a escuridão, o branco e o negro. Marlow testemunha as atrocidades cometidas pelos colonizadores e se depara com o mistério e o horror que envolvem Kurtz. Quando ele finalmente encontra o homem, aí que tudo fica ainda pior.

Recomendo muito essa leitura. É um livro que precisa de calma, paciência e sangue frio para ser lido e aproveitado. Quando você termina, a sensação é de ter feito uma viagem pela selva africana. Confesso que ao terminar, fiquei com um desgosto na garganta de tanta coisa terrível que acontece.

Vale a leitura. Mais um livro que me ganhou na segunda chance.
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Mari 24/07/2023

Me sentindo uma completa imbecil, não consegui absorver quase nada do livro. Enfim, talvez daqui alguns anos eu releia e consiga apreciar melhor
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Delma 22/07/2023

O horror da colonização
Marlow relata sua experiência de quando comandou um barco a vapor num rio na África, quando recebeu a missão de resgatar o comerciante Kurtz. Trata-se de uma leitura muito densa e reflexiva.
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willian.coelho. 18/07/2023

Uma trama sobretudo psicológica
“Heart of darkness” (1899) é a grande obra de Joseph Conrad - autor que, apesar de dominar alguns idiomas, resolveu adotar, com primor, o inglês britânico para a sua literatura. Nela, utiliza-se da experiência vivida numa viagem náutica ao Congo belga de Leopoldo ll (literalmente dele, uma vez que o déspota fez do território sua propriedade privada), na qual presenciou o morticínio da exploração de recursos naturais com mão de obra nativa análoga à escravidão.
A trama é narrada pelo marinheiro Marlow aos seus companheiros, e o leitor desfruta a história como se um deles fosse. O terror, indubitavelmente, é um componente preponderante, contudo não no seu modelo tradicional: o medo é criado por elementos reais (e até banais), mas mistificados, como a vastidão da floresta, o silêncio e a escuridão da atmosfera quase intocada pelo homem civilizado, a figura bestial e imprevisível do aborígine. Isso, por si só, é bastante excepcional, porém o enredo introduz o autêntico Kurtz, a personificação do “explorador pela causa do progresso” - um sujeito que se tornou um simbionte do obscuro.
Dada a complexidade do texto e o desinteresse do mesmo em mostrar grande porção da sua essência, Conrad acabou gerando uma fonte de infindáveis interpretações e um material filosófico de primeira que tem como foco o âmago do homem. De dentro de um recorte histórico pouquíssimo abordado, ele traz um livro sobretudo psicológico e, como é de se esperar, reflexivo e difícil (arduidade que é reforçada pela escrita deveras peculiar e lirismo empregados). O estilo do escritor é com certeza complicado de reproduzir (um inglês rebuscado e tomado de adjetivações, todavia usando vocábulos não tão usuais), culminando em traduções bastante diferentes.
Vale destacar também a adaptação do Coppola “Apocalypse Now” que, por mais que seja substancialmente diferente do original (certamente por questões mercadológicas: é muito mais palatável fazer um filme no contexto da Guerra do Vietnam do que no neoimperialismo belga), é um deleite da sétima arte, extremamente competente. Para finalizar, tomando permissão para destoar um pouco a minha tipologia textual e flertar com a narração, gostaria de citar um relato próprio para embasar a verossimilhança do horror proposto por Joseph. Eu e dois amigos costumávamos adentrar matagais (pequenas florestas, com vegetação alta, densa, com árvores de grandes copas) e passar a noite perambulando no interior deles (como armas, usávamos cacetetes, facões e taser): nunca me esqueço de como era incômodo o silêncio absoluto, a penumbra que podia ser vencida só por um feixe da lanterna e que, mesmo assim, revelava uma paisagem que parecia infinitamente igual. E quando um pequeno animal desconhecido mesmo à distância reproduzia um som irreconhecível, não se sabia de onde vinha, o que era, seria uma pessoa (cabe salientar que somos completamente céticos)? Certo dia, anos depois, comentamos numa mesa de bar: “tentem se imaginar sozinhos, lá no meio, mesmo com lanterna, mesmo sabendo que nada aconteceria e que vivemos no mundo unicamente da matéria, passariam uma noite lá?”, chegava a dar um frio na espinha, eriçar os pelos, só de se projetar. Somos vulneráveis ao estrangeiro.
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John 17/07/2023

Lembrar pra jamais esquecer
Eis aqui uma obra muito importante a qual trata de um tema muito relevante para a história da nossa sociedade. Por mais que nossa civilização queira negar, é impossível apagar a relação exploratória que as nações europeias tiveram com as nações africanas.

Nessa obra vamos embarcar em uma viagem ao congo passando por situações incrivelmente desumanas. Não há romantismo, não há passagem de pano, não há desvio de interpretação. Há apenas a gritante diferença de padrões e qualidade de vida existente entre as nações e o claro aproveitamento da fragilidade de alguns sendo vendida como "processo de se civilizar as pessoas".

Não há muito mais o que falar aqui, apenas que se trata de uma leitura pesada (até enfadonha eu diria, por ser muito contemplativa por parte do autor) porém os extras dessa edição são sensacionais e gostei mais dessas partes do que da história em si.

No mais é uma história sobre nós mesmos, nossa (des)humanidade e como tratamos os outros.
Uma leitura importante, principalmente porque o termo raça ainda é usado para nos diferenciar uns dos outros.

Leitura mais do que recomendada. E para aqueles que, como eu, gostam de leituras mais dinâmicas leiam os extras! são muito bons.
Mattenna 17/07/2023minha estante
Fiquei com vontade de ler!


John 17/07/2023minha estante
É um texto bastante pesado Anna, mas certamente muito importante. Vale a pena meu que seja pelos extras




RaquelSales17 17/07/2023

Diz a lenda que esse livro seria perturbador e inspirou o filme Apocalipse Now, mas do livro só tem um rio, um barco a vapor e o Kurtz.
É daqueles livros barrados em primeira pessoa por um homem muito enfadonho e egocêntrico.
BLACKanao 21/07/2023minha estante
É isso kkkk o rio, um barco a vapor e o Kurtz.




Maria.Heliza 15/07/2023

"Eu me ataquei com a morte"
" Eis a disputa mais desinteressante que você pode imaginar. Ela se dá num cinza impalpável, sem nada debaixo dos pés, sem nada em volta, sem espectadores, sem clamor, sem glória, sem o grande desejo da vitória, sem o grande medo da derrota, numa atmosfera doentia de ceticismo tépido, sem muita crença em sua própria razão e menos ainda do seu adversário. Se esta é a forma da sabedoria última, então a vida é uma charada maior do que alguns de nós pensamos."

Um livro de grandes e profundas reflexões sobre a disposição sombria do ser humano de agir sem escrúpulos quando pode, sempre que pode, apenas porquê pode.
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